a cidade com que sonhamos é a cidade que podemos construir

la ciudad que soñamos es la ciudad que podemos construir

the city we dream of is the one we can build ourselves

la cittá che sognamo é la cittá che possiamo costruire

la ville dont on rêve c’est celle que nous pouvons construire

Publicações

Tipo: Artigos | Cartilhas | Livros | Teses e Monografias | Pesquisas | Lideranças e Mecenas | Diversos

Escopo: São João del-Rei | Tiradentes | Ouro Preto | Minas Gerais | Brasil | Mundo

 

A importância de somar, interagir e registrar as conquistas para o fortalecimento das lideranças comunitárias. Alzira Agostini H

Descrição

Fórum de Planejamento e Gestão Cultural . Forno Harmônico (des) incubadora . Programação 25 de fevereiro . 2021

Parabéns pela iniciativa do Forno Harmônico, pela dedicação de Pedro Lago e equipe, pelas palestras da Lala Deheinzelin, do Eduardo Shana, do André Marquez e a participação de todos! Gratidão.

São João del-Rei e região já sediaram inúmeros fóruns, seminários, encontros etc para se discutir sobre cultura, entre outras questões. Muita história, muitos cidadãos, muitos sofrimentos, expectativas, lutas, trabalho, conquistas e realizações aconteceram ou deixaram de acontecer, frutificaram - mas ainda temos um imenso horizonte mais digno e consistente para conquistar e consolidar. A tal política possivelmente assegurada das conquistas, da valorização e divulgação etc dos fabulosos fazedores de arte, cultura, patrimônio e identidade como um todo. Precisamos sempre nos lembrar e continuar levantando todas as histórias, todos os dados e documentos já produzidos, todas as demandas – que haverão de nortear e fortalecer a construção necessária desta imprescindível, tão sonhada e legítima política mais permanente, integrada e agora mais do que nunca: conectada. Seguindo as orientações, os exemplos dos percursos e as recorrentes demandas, juntando forças, precisamos sempre nos nortear pelas diretrizes conjuntamente compactuadas como também pelas alternativas que se apresentam pelo mundo, com um foco “pensando local agindo global” da Agenda 2030.

Obras em co-construção constante, mais do que nunca estamos buscando soluções mais integradas e efetivas, desenvolvidas com todos os multiatores da comunidade. Assim como foi quando criada a “Sociedade Sanjoanense de Arte e Cultura”, fruto da desilusão quanto à perda do Festival de Inverno da UFMG que esteve por 2 anos na cidade – um impacto surpreendente e inesquecível. Um grupo de artistas e amigos da cultura se mobilizou para fazer um projeto de um Festival de Inverno para São João del-Rei.

Muitas discussões, muitas reuniões, pesquisas, mobilização – e o desenvolvimento de um bom projeto. Respeitosamente e cheios de esperança, levamos este projeto para a UFSJ-Universidade Federal de São João del-Rei. Na época, o reitor era João Bosco de Castro Teixeira – que imediatamente acolheu o projeto com toda a equipe da Pró-Reitoria de Extensão de Assuntos Comunitários e abriu transparente e democraticamente todas as portas da universidade para esta tarefa coletiva. Comunidade acadêmica com a comunidade de São João del-Rei que juntos realizou milhares de ações sócio-culturais na cidade e região, beneficiando em cadeia e permanentemente a vida de cada um de nós, de toda a cidade e região. Eu tive a honra de participar deste grupo, deste o momento de sua criação e desta conquista, junto com vários gestores, artistas e ativistas como as irmãs Maria Amélia e Salomé, o Mestre Quaglia, grande artista já falecido, João Bosco Marques, tb artista, o summalier Bené, Marcos Camarano, diretor de teatro, o artista plástico e restaurador Carlos Magno de Araújo, Vírgínia Xavier, Suely Campos Franco, que na época também era servidora da UFSJ-Universidade Federal de São João del-Rei, assim como Maria Ângela Resende, Lúcia Helena Boscolo, o jornalista Guilherme Jorge de Resende, Sr. Altamiro, Sr. Zezito, entre tantos que contribuíram com a implantação e manutenção deste projeto por vários anos. Vamos pesquisar mais dados e documentos, registrar e disponibilizar tudo em nosso portal - não podemos nos esquecer de ninguém, quem tiver mais informações por favor nos envie.

Obedecendo a ordem de Pedro, de dormir com o problema – rolei para lá e para cá pensando pensando. Lembrando, lembrando. Tentando encontrar respostas.

As propostas que se apresentam são muitas e todas válidas. Pertencemos a um fio muito precioso desta história de inquietações, limites, ações e conquistas. Sempre me lembro de uma das muitas palestras que Angelo Osvaldo, que já foi diretor do IBRAM- Instituto Brasileiro de Museus e prefeito de Ouro Preto, jornalista. Em um dos seminários sobre estes temas - o projeto original do Festival de Inverno da UFSJ-Universidade Federal de São João del-Rei incluía seminários em todas as edições. No Galpão da Rotunda – que a cidade e a universidade precisam voltar a usufruir em parceria com o IPHAN e a empresa que faz a sua gestão - ele citou São João del-ReiCapital Brasileira da Cultura em 2007 como a cidade que ele conhecia que mais tinha importantes e atuantes grupos, associações e entidades. A pesquisadora Patrícia Ashley fez também importantes levantamentos de uma infinidade surpreendente de associações e entidades de nossa cidade.

Mudanças inerentes no curso do dia a dia, de impasses e contextos, de gestão na universidade, na cidade e nas entidades envolvidas; o projeto original foi mudando. Muitas vezes para direções menos pensadas e muito mais vezes positivamente, evoluiu e se mantém até hoje como o maior projeto de extensão da UFSJ-Universidade Federal de São João del-Rei. Em uma ocasião aconteceu a iniciativa da comunidade do Inverno Cultural Plano B – uai: se a universidade é pública e a comunidade a integra, o ideal é que essa gestão continue a ser compartilhada.

Prosseguindo o raciocínio: já que temos este cenário tão favorável, penso que seria perfeito a comunidade de São João del-Rei e a comunidade acadêmica, junto com a Pró-Reitoria de Extensão de Assuntos Comunitários da UFSJ e à comunidade, poder contar com este privilégio - com a representatividade dos diversos grupos sócio-culturais e entidades consolidados, somando os seus talentos, recursos e perseveranças. Os grupos ainda não organizados oficialmente poderiam encontrar formas conjuntas para se oficializarem, podendo contar os departamentos jurídico, financeiro, assessoria de imprensa etc da nossa universidade e as empresas juniors. Somando também com as Prefeituras e comunidades dos diversos Campus. Resguardando sempre todas as respectivas autonomias, estabelecendo critérios e abrindo mais e mais campos de pesquisa, ações, registros etc, agora podendo contar ainda mais com os novos cursos que foram criados e tanto podem contribuir.

E assim, co-realinhando e co-atualizando com harmonia e sintonia - como de fato aconteceu na época, o projeto original poderia ser estendido para o ano todo, culminando em julho.
Ajustando e fortalecendo esta roda tão belamente construída junto com os poderes locais, desde 1989.

Um possível ganha ganha muito promissor. 

Alzira AH . Atitude Cultural . www.saojoaodelreitransparente.com.br


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A foto que ilustra a comemoração dos 50 anos do Festival de Inverno da UFMG é do 19 Festival que aconteceu em São João del-Rei com o Grupo Giramundo, em 1987.

De outros festivais: os 50 anos do Festival de Inverno da UFMG

Apresentação da peça “A Peste e o Intrigante”, do grupo Giramundo, na abertura oficial do 19º Festival de Inverno da UFMG, realizado em São João Del Rei em 1987. Foto: Eber Faioli. Acervo: Cedecom UFMG

A edição é a 49ª, mas o aniversário é de 50 anos. Para comemorar, o Festival de Inverno da UFMG oferece, de 28 de julho a 5 de agosto, 30 atividades, entre oficinas, minicursos e aulas abertas, e 20 apresentações culturais que vão ocorrer em diferentes espaços de Belo Horizonte e nas unidades da UFMG. A comemoração é dupla, já que coincide também com os 90 anos da UFMG.

Para abrir as comemorações quem assume a noite da abertura do Festival é o Grupo Galpão, formado nas oficinas do próprio Festival de Inverno de 1982. O grupo retorna aos palcos da UFMG para apresentar a peça De tempos somos. Ao longo da semana a programação cultural tem ainda concerto do Ars Nova Coral da UFMG, show Eras, do Coletivo Negras Autoras, e com o espetáculo teatral Isso te interessa?, da Cia Brasileira de Teatro.

As opções para as oficinas, minicursos e residências artísticas também são variadas. A programação tem atividades para todas as idades e perfis de público. As atividades envolvem dança, música e literatura e os saberes da cultura afro-mineira e brasileira e também indígena. Eu canto, porque o instante existe, Escrever sem doer, e Grafismo indígena e pintura corporal são algumas das oficinas oferecidas.

Residências artísticas

Duas residências visam à imersão dos artistas: a Oficina da Música Universal, com Itiberê Zwarg, do Rio de Janeiro; e a Oficina de Construção de Bonecos de Balcão, oferecida pelo grupo Giramundo, que também tem uma estreita relação com a história do Festival de Inverno da UFMG.

O Grupo Giramundo foi formado pelos professores Álvaro Apocalypse, Terezinha Veloso e Maria do Carmo Martins, a Madu, que lecionavam na Escola de Belas Artes da UFMG. Segundo Álvaro, seu fundador, o Festival de Inverno da Universidade atuou como um divisor de águas na trajetória do grupo. A peça “El Retablo de Maese Pedro”, produzida com bonecos em tamanho real durante o Festival de Inverno de 1976 , teve excelente repercussão. A partir de então, o grupo contaria com a parceria da UFMG e do Festival de Inverno para o seu funcionamento e financiamento parcial, até 1999.

Criação e Resistência

O Festival de Inverno da UFMG, um dos mais tradicionais eventos culturais de Minas Gerais e do Brasil, chega ao seu cinquentenário no mesmo ano em que a Universidade Federal de Minas Gerais completa nove décadas.

Realizada pela Diretoria de Ação Cultural da UFMG e com o tema “Poéticas de Transformação: Criação e Resistência”, a 49ª edição quer promover o diálogo entre dois conceitos aparentemente contraditórios, mas que juntos possibilitam a expressão da arte na capital mineira, como destacado no programa.

“Em um momento como o que vivemos, configura-se fundamental a existência de um espaço e um tempo para experimentar tal combinação, criação e resistência, para encontrar o alento de avançar, seguir adiante para realizar o realizável no trabalho sobre si e com o coletivo.”

50 anos, 49 edições

A primeira edição do Festival de Inverno foi realizada em 1967, na cidade de Ouro Preto. Ele foi criado por um grupo de professores da Escola de Belas Artes e da Escola de Música da UFMG, que buscavam aproximar a arte e os artistas do público.

Sobre a edição pioneira, escreve o professor aposentado da Escola de Belas Artes da UFMG, José Tavares de Barros, no Boletim UFMG de número 1239:

“Tive a chance de integrar o grupo que planejou o primeiro Festival de Inverno, em 1967. Naquela época de comunicações precárias, a viagem entre Belo Horizonte e Ouro Preto levava quase duas horas. A cidade histórica vivia ainda mergulhada nas tradições e nos rígidos costumes da antiga capital. Mas seu espaço barroco era essencial para a proposta renovadora de oferecer a estudantes do Brasil inteiro cursos livres de artes plásticas e música, do nível básico às especializações mais alentadas”.

Ouro Preto sediou o Festival de Inverno da UFMG até 1979, época em que o evento durava cerca de um mês. Edições do Festival também já ocorreram em Diamantina, São João Del Rei, Poços de Caldas e Belo Horizonte, local de realização do evento desde 2014.

O cinquentenário só não é percebido no número das edições porque o festival não ocorreu em duas ocasiões: em 1980, devido ao cerceamento do governo militar, e em 1984, quando uma greve de servidores e docentes inviabilizou o evento.

Considerado “celeiro da arte mineira”, o Festival favoreceu o nascimento de grupos artísticos como o Galpão, Corpo, Oficcina Multimédia, e Uakti. Sua realização em Belo Horizonte também desencadeou na formação de outros festivais, como o Internacional de Dança (FID) e o Internacional de Teatro (FIT).

Fonte: Festival Notícias UFMG 

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