São João del Rei Transparente

Ouvidoria

Complexo Cultural Ferroviário de São João del-Rei | Impasses

Descrição

Complexo Cultural Ferroviário de São João del-Rei
Reabilitação da Rotunda do Complexo Ferroviário de São João del-Rei . Isabela Berg
Complexo ferroviário de São João del Rei nos Livros do Tombo (IPHAN)
O Complexo Ferroviário de São João del-Rei e Tiradentes como patrimônio nacional (ou a diferença entre o apogeu e decadência que afligem sua existência) . Welber Luiz dos Santos
Complexo Ferroviário de São João del-Rei, MG: de transporte de passageiros a recurso turístico
Imagens do Complexo Cultural Ferroviário de São João del-Rei
Trem Noturno . Expresso São João . Maria Fumaça 




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No dia 9 de maio de 2011 aconteceu a histórica reunião de São João del-Rei com o IPHAN-Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, em Belo Horizonte, solicitada pela Associação Comercial e Industrial de São João del-Rei, com o objetivo de discutir os assuntos referentes à renovação da concessão da FCA-Ferrovia Centro Atlântica, o uso e ocupação, a destinação do espaço da Rotunda/Complexo Ferroviário de São João del-ReiVeja fotos
O espaço precioso e histórico do Complexo Ferroviário de São João del-Rei há muitos anos tem sido motivo de angústia e aflição por parte da cidade, que é ciente do potencial do mesmo e do prejuízo que sua sub-utilização acarreta sócio-turístico-cultural e econômicamente.
Diversos grupos, entidades e instituições vem se manifestando há muitos anos sobre a importância de ter aquele local como uma referência e centro cultural da cidade, onde as nossas principais manifestações culturais possam acontecer permanentemente. Como exemplo, os importantes projetos de São João del-Rei que não tem utilizado o espaço como poderia, o Inverno Cultural, da UFSJ-Universidade Federal de SJDR e o Felit, entre inúmeros projetos que aguardam as orientações do IPHAN para que sejam desenvolvidos no local. O IPHAN solicitou 'a nossa comunidade a elaboração de um plano para a utilização turístico-cultural do Complexo Ferroviário e dos espaços tombados em São João del-Rei. Uma comissão realizou esta análise com orientações co-participativas entre o IPHAN, Corpo de Bombeiros, entidades e instituições: Ações culturais e Eventos São João del-Rei . Critérios e Análise Técnica de Eventos
O consenso é de que as decisões sobre a utilização dos espaços urbanos conciliem anseios, necessidades, segurança e proteção - considerando sempre os principais protagonistas e guardiões do patrimônio: o IPHAM e a comunidade.

Histórico
Associação Comercial e Industrial de São João del-Rei, na época do governo Carlos Braga, mobilizou diversos grupos e entidades/instituições, na tentativa de se ativar o Complexo Ferroviário e criar legalmente uma entidade responsável - criou-se então a Fundação Otávio Neves, que mais tarde gerou a Fundação Municipal Oeste de Minas - pública, de direito privado, com o apoio de Andrea Neves e do então deputado federal, Aécio Neves. Esta associação visava assumir o Complexo, envolver empresas, entidades, outras associações e toda a comunidade. Buscou vários apoios, envolveu ex-funcionários da Rede Ferroviária e contatos, todos mobilizados pró possibilidades culturais e econômicas do local como o grande atrativo turístico de São João del-Rei, tendo 'a frente deste movimento, Ênio Lombardi, Attila Godoy, Oyama Ramalho, Newmam Torga entre outros.

Estiveram presentes na reunião de 05 de maio de 2011:

IPHAN-Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional
: Leonardo Barreto de Oliveria, Superintendente Regional do 13º IPHAN . Robson Bolonhani, Procurador Federal do IPHAN . Mario Antonio Ferrari Felisberto, chefe do Escritório Técnico do IPHAN de São João del-Rei
Nivaldo José de Andrade, Prefeito de SJDR
Ralf Justino, Secretário de Cultura de SJDR
Mauro Alexandre Carvalho Duarte, presidente da Cãmara Municipal de SJDR
Ronaldo Assis
Marcelino, Cássia e Pedro - representantes da FCA-Ferrovia Centro Atlântica
Rômulo Viegas, Deputado Estadual e o seu assessor Renato Baccarini
Pompílio Canavez, Deputado Estadual
O Deputado Federal Reginaldo Lopes enviou representantes
Associação Comercial e Industrial de SJDR: João Afonso farias, presidente . Artur dos Santos Coelho, vice-presidente, Luiz Carlos Lobato Costa, diretor de Relações Públicas
UFSJ-Universidade Federal de SJDR: Telma Resende
Sindcomércio . Wainer Pastorini Haddad, presidente
Trilha dos Inconfidentes: Denílson Reis (prefeito de São Tiago)
Associação Amigos de São João del-Rei . CMPPC-Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Cultural de São João del-Rei . Atitude Cultural: Alzira Agostini Haddad
Conselho da Mulher Empreendedora: Marilena Zanzoni Coelho Monteiro/Diretora de Turismo ACI
Conselho Universidade Federal (CONSU), Representante do Conselho Municipal das Cidades: Luiz Gonzaga Cardoso
Academia de LetrasO Grande Matozinhos e Associação dos Moradores e Amigos do Grande Matosinhos - ASMAT : José Cláudio Henriques
Felit-Festival de Literatura de São João del-Rei: Lúcio Teixeira Carvalho
ABPF-Associação Brasileira de Preservação Ferroviária: Welber Luiz dos Santos
Paula Bastone, Promotora Cultural

Mais cidadãos, entidades e instituições que integram o projeto de reabilização/otimização do Complexo Ferroviário de São João del-Rei e espaços urbanos tombados
ABPF-Associação Brasileira de Preservação Ferroviária e UFSJ-Universidade Federal de SJDR: Bruno Nascimento Campos
Associação de Apoio as ONGs . Instituto Apoiar e UFSJ-Universidade Federal de SJDR: Antônio Claret de Souza
. Fundação Oeste de Minas: Attila Carvalho de Godoy
Corpo de Bombeiros de São João del Rei . MG . 4º PEL BM/4º BBM
Profissionais que trabalham ou usufruem do Patrimônio Cultural . local/regional


Reunião de São João del-Rei com o IPHAN . maio 2011
Reabilitação/otimização do Complexo Ferroviário de São João del-Rei
Foto José Cláudio Henriques


Reunião de São João del-Rei com o IPHAN . maio 2011
Artur dos Santos Coelho, vice-presidente ACI, Leonardo Barreto de Oliveria, superintendente regional do 13º Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional/IPHAN,Rômulo Viegas, Deputado Estadual de MG, Pompílio Canavez, Deputado Estadual de MG
Reabilitação/otimização do Complexo Ferroviário de São João del-Rei
Foto José Cláudio Henriques


Reunião de São João del-Rei com o IPHAN . maio 2011
Reabilitação/otimização do Complexo Ferroviário de São João del-Rei
Foto José Cláudio Henriques


Reunião de São João del-Rei com o IPHAN . maio 2011
Cássia e Marcelino, representantes da FCA-Ferrovia Centro Atlântica, Mauro Alexandre Carvalho Duarte, presidente da Cãmara Municipal de SJDR, Nivaldo de Andrade, prefeito de SJDR, Ralph Justino, secretário de cultura de SJDR
Reabilitação/otimização do Complexo Ferroviário de São João del-Rei
Foto José Cláudio Henriques


Reunião de São João del-Rei com o IPHAN . maio 2011
Ralph Justino, secretário de Cultura de SJDR, João Afonso Farias, presidente da ACI, Wainer Pastorini Haddad, presidente do Sindcomércio
Reabilitação/otimização do Complexo Ferroviário de São João del-Rei
Foto José Cláudio Henriques

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Exemplos de espaços tombados otimizados
Complexo Cultural Ferroviário de São João del-Rei . diversas ações culturais
Comida di Buteco em espaços tombados . São João del-Rei e Belo Horizonte
Casa do Conde . Belo Horizonte . diversos ações culturais

Exemplos de utilização turística e cultural em complexos ferroviários

Estação da Luz
Estação Ferroviária da Luz, localizada na cidade de São Paulo, foi aberta ao público em 1901. Projetada na Inglaterra, e com área de 7.520 metros, ligou a próspera região produtora de café do interior paulista ao porto de Santos. É tombada pelo Iphan, mas ainda figura como importante entroncamento do sistema metropolitano de transporte e abriga um dos mais importantes centros culturais do país: o Museu da Língua Portuguesa, que foi inaugurado em março de 2006.
No leque de programações culturais do Museu da Língua Portuguesa, destacam-se as visitas monitoradas nos finais de semana sobre a história da Estação da Luz, que percorrem pontos históricos e arquitetônicos da Estação, contribuindo para a preservação da memória do patrimônio.

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Estação Ferroviária de Campinas
Estação Ferroviária de Campinas foi inaugurada em 1872 e tombada como patrimônio histórico em 1982. Serviu como estação ferroviária até 2001 e em 2003 passou a abrigar um centro cultural, que é administrado pela prefeitura. Também conhecida como Estação Cultura, possui museu, espaço cultural e multimídia e realiza exposições e mostras, além de figurar como palco de eventos, shows e espetáculos. O evento Campinas Decor, por exemplo, é uma importante mostra de arquitetura, decoração e paisagismo que ocorre no local. Também é realizado o Festival Autorock na Estação Cultura, com shows gratuitos de rock independente.


Manifestações/mídia sobre o tema:

IPHAN cortou asas do Red Bull em São João del-Rei mas cidade continua querendo voar

No começo de maio, uma nova "Guerra dos Emboabas" quase aconteceu em São João del-Rei, repetindo um fato histórico ali acontecido em 1708. Desta vez, de um lado está o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional - IPHAN e do outro um conjunto de instituições públicas e privadas, formado pela administração municipal, parlamentares estaduais e federais da região e várias entidades associativas e representativas culturais são-joanenses.
Motivo: "enérgico", o IPHAN - que tem um escritório regional na cidade - não permitiu que o "energético" Red Bull desse asas a São João del-Rei, impedindo a realização, no Largo São Francisco, de um evento esportivo de visibilidade internacional, que já teve como cenário até as pirâmides do Egito e o Coliseu, de Roma: o X Fighters Jam Session, transmitido para 130 países.
Como a negativa gerou muitos protestos, o superintendente do IPHAN em Minas Gerais, Leonardo Barreto, falando para o jornal Gazeta de São João del-Rei, justificou como causa para a negativa o não recebimento de documentos garantindo que o evento era seguro quanto à preservação do Largo São Francisco. Alegou também o aspecto simbólico, de natureza religiosa, naturalmente católica. Este último argumento, inclusive, pode ser melhor compreendido pelo que disse o chefe do Escritório local do IPHAN, Mário Antonio Ferrari Felisberto. Segundo o jornal Folha das Vertentes, Mário Antonio evidenciou que dois personagens de peso - não mencionados pelo superintendente - influenciaram na decisão do órgão governamental: "O IPHAN de Minas Gerais, o bispo e a Paróquia da Igreja de São Francisco foram contra o evento."
Do confronto para o consenso, os principais envolvidos (agora excluídos o bispo e a Paróquia) no dia 9 de maio reuniram-se em Belo Horizonte para, com base em decisões do IPHAN e perdas decorrentes, buscarem saída para conflitos semelhantes que há tempos se arrastam, prejudicando o desenvolvimento cultural da cidade. Para isso, criou-se um grupo de trabalho. Certamente, tentando se retratar, em breve, o órgão federal fará algumas concessões e todos se darão por satisfeitos. Amistosamente, não se falará mais nisso...
Contudo, este fato pode trazer mais ganhos do que meros e eventuais prêmios de consolação. Entre eles, a compreensão de que o IPHAN e a comunidade são-joanense precisam ter visões mais convergentes e ações mais colaborativas e articuladas. Que passados descasos, permissividades e negligências com a proteção do patrimônio cultural de São João del-Rei não podem ser corrigidos nem reparados hoje com posturas rígidas, anacrônicas em relação à flexibilidade responsável que o mundo atual requer.
E, mais: que na briga do mar com o rochedo, quem sofre sempre é o marisco, ou seja, se não houver união, compromisso e comprometimento de todos com a memória, a cultura e o patrimônio de São João del-Rei, os grandes prejudicados serão a comunidade são-joanense e a memória nacional.
Veja, em quatro links abaixo, alguns registros do fato na imprensa local e regional. No último, a flexibilidade e lucidez como foi tratada questão semelhante em relação a outro importante evento da região, que se repete anualmente. Pena que o espírito colaborativo não serviu de exemplo...
http://www.readoz.com/publication/read?i=1037344#page6
http://www.hojeemdia.com.br/cmlink/hoje-em-dia/marcio-fagundes-1.11067/o-barroco-retrogrado-1.269540
http://www.folhadasvertentes.com.br/default.asp?pagina=integra&cd_materias=4573
http://www.saojoaodelreitransparente.com.br/projects/view/666
http://www.prmg.mpf.gov.br/imprensa/noticias/patrimonio-cultural/mpf-obtem-dos-organizadores-do-festival-gastronomico-de-tiradentes-mg-compromisso-de-protecao-do-patrimonio-cultural
Fonte: Tencoes e Terentenas

A Rotunda . Marina Mazzoni

Parece mágica: lá vem o trem, rec-rec, rec-rec, tuc-tuc, tuc...
Segue ligeiro, parece não se importar com o fim da linha...
Fumega, rec-rec, tuc-tuc...
Risos, empolgação, movimentação.
Parece ser o fim, mas não é.
É a mágica da Rotunda, gira-gira, e de novo o trem está na linha, nos trilhos, prontinho para seguir no eterno vai e vem, São João - Tiradentes.
Esse passeio mágico obrigatório da infância das crianças de Minas.
Mas a Rotunda é mais: é o espaço cultural, centro de convenções mais abençoado do país.
Abençoado pela lua, pela ferrovia, pelos trilhos, pela neblina, pela alegria.
Sr. IPHAN, será que entre seus doutos existe alguém capaz de enxergar a alegria da gente de São João de circular nos eventos na Rotunda, cheia de orgulho de sua terra e de sua Rotunda?
São doutores da arte da vida, da aura e alma dos lugares, fazedores de cultura e arte.
Vida ao patrimônio de Minas, alma aos guardadores do futuro, sensibilidade aos sensores da ambientação dos lugares de Minas.
Rotunda sempre,
Eventos também
Que nem ninguém
Fonte: Nota independente

A união faz... mudanças

No esporte, decisões importantes em campeonatos de futebol no mundo inteiro trazem à tona palavras como "equipe", "vitória" e "torcida" nesta semana. Mas esse mini-vocabulário não se restringe à bola e a resultados previsíveis nos gramados. Sob outra perspectiva, os mesmos termos podem ser aplicados a situações que tomaram as páginas da Gazeta nesta edição.
... O clichê da união que "faz a força" também faz sentido em matéria sobre a reunião entre representantes municipais e do Iphan em Belo Horizonte que culminou em uma proposta para, ao menos, amenizar os embates entre os dois lados na realização de eventos culturais na cidade. Boa leitura.
Fonte: Gazeta de SJDR, 14 de Maio de 2011

São João del-Rei na contramão da História . Impedidos de saltar
Isabela Berg, Arquiteta e Urbanista

Já há alguns dias em que um assunto em especial vem sendo bastante comentado na cidade: o veto imposto pelo IPHAN de São João dei-Rei ao evento de motocross freestyle patrocinado pela empresa Red Bull, previsto para ser realizado na praça em frente à Igreja de São Francisco de Assis. A população, de forma geral, sente-se lesada por ter perdido a oportunidade não somente do espetáculo com as motos, mas principalmente da projeção internacional que a cidade teria com a transmissão do evento para mais de 130 países. E, diante deste cenário, faz-se necessário ponderar algumas questões importantes. Como arquiteta e urbanista atuante na área da preservação do patrimônio cultural, entendo que a preocupação do IPHAN é absolutamente legítima por ter em vista a salvaguarda de um de nossos mais preciosos bens. Contudo, os motivos apresentados pelo referido órgão para negar o evento são pouco convincentes. Alegar o risco à grama, às palmeiras ou à igreja não constitui motivo suficiente pelo fato de que a Red Bull se disporia ao zelo absoluto com todas as etapas de produção e realização do espetáculo, prestando-se, inclusive, a assumir este compromisso em cartório. Sabemos que o mesmo evento já foi realizado em diversos outros locais ao redor do mundo, como por exemplo no Coliseu, em Roma, e nas proximidades das milenares pirâmides de Gizé, no Cairo, e diante disso não há o que nos faça pensar que uma só lasca de reboco correria o risco de. ser arrancada das paredes da nossa igreja setecentista. Alegar a falta de documentação técnica adequada até certo ponto é procedente porque a burocracia existe. Porém, tal como foi divulgado, a documentação seria providenciada após haver um parecer inicial positivo, já que seu custo é elevado e poderia configurar desperdício de dinheiro caso fosse elaborada em vão no fim das contas. Por último, alegar o insulto à fé é algo de certa forma confuso por dois aspectos: primeiramente, c, porque a praça está sim fisicamente integrada ao espaço da igreja através da ligação estabelecida pela escadaria do adro; contudo, não constitui o espaço simbólico destinado às celebrações religiosas. Em segundo lugar, porque um evento esportivo não é caracterizado como uma celebração pagã, ao contrário do Carnaval, época na qual alguns dos blocos carnavalescos da cidade se apropriam livremente do local. Mas, não basta se deter no questionamento de justificativas que já nos fizeram perder a oportunidade do evento; o objetivo deste artigo também é defender a necessidade de se adotar uma outra postura daqui pra frente. O papel da preservação do patrimônio hoje extrapola os limites da historicidade e passa a cumprir também um papel econômico e social nos núcleos urbanos detentores de acervo cultural. Diante disso, entendo que a preservação dos sítios urbanos não deve mais ser vista como a necessidade de mantê-los congelados e estáticos, pois a sua redução a objetos estanques pode acabar contribuindo para a destruição dos valores a serem preservados. A própria Unesco, em 1976, lançou um documento intitulado "Recomendação relativa à proteção dos conjuntos históricos e tradicionais e ao seu papel na vida contemporânea", que tal como qualifica a historiadora Françoise Choay, "continua sendo a exposição de motivos e a argumentação mais complexa em favor de um tratamento não museal das malhas urbanas". Ao contrário, a preservação deve considerar a dinâmica natural destes sítios para que assim ocorra de forma satisfatória para a sociedade e o meio, o que compreende a possibilidade de vincular a existência do patrimônio com a vitalidade da cidade, ou seja, ampliar o leque de atividades a serem desenvolvidas tendo em vista, por exemplo, o fortalecimento do turismo e o conseqüente aumento da renda municipal. Por isso é necessário que, em conjunto às medidas de proteção sejam também adotadas medidas de promoção dos sítios e seus monumentos. Isto deve ser feito tanto para os visitantes quanto para os próprios cidadãos porque há ainda muito que se investir na formação de uma consciência coletiva fortalecida sobre a importância do passado em nosso presente e futuro. Agora, o que passou, passou. De fato lamentamos a perda que nós, são-joanenses, a cidade e nosso patrimônio sofremos ao ser vetada a realização do evento da Red Bull. Lamentamos porque não fomos escolhidos ao acaso e era pra ser nossa a chance de uma exibição mundial com realce para quase todos os povos da Terra do que o interior de Minas tem de melhor. Lamentamos também perder as acrobacias radicais realizadas nos saltos de pilotos renomados, mas no fim lamentamos muito mais o fato de nós mesmos não termos podido dar um importante salto à frente. Por fim, destaco que em cada caso, em cada cenário e em cada conflito com os quais se defronta a ação preservacionista de modo geral devem ser buscados, dentro da perspectiva de um planejamento integrado, os parâmetros mais adequados para serem aplicados. Não podemos pecar pela proibição extrema nem pela plena permissividade. Nem podemos pecar impedindo São João de avançar porque, no fim das contas, estamos atravancando a nós mesmos.
Fonte: O Grafite, 13 de Maio de 2011

Hoje estou de luto
Augusto Pedrosa

A atitude no mínimo retrograda por parte do IPHAM demonstrou um verdadeiro descompasso com as principais caracte­rísticas de um povo intelectualmente evoluído, qual seja: contemplar o passado e vislumbrar o futuro com a mesma intensidade. Privar São João del-Rei de um evento desta magnitude não é conservar o seu patrimônio histórico e social, é engaiolá-lo na obscuridade e na ignorância. São João del-Rei perde, com esse ato pseudo protetor, uma grande oportunidade de mostrar a grandiosidade de seu patrimônio arquitetônico, histórico e cultural para o mundo e atrair o turismo. Ideais ultra conservadores e extremados como este do IPHAM foram ideais que outrora levaram a forca um lustre filho dessa terra, o alferes Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes. Homem que lutou pela liberdade e crescimento moral econômico e cultural de Minas Gerais e do Brasil, e foi levado ao cadafalso por homens que se apegaram a idéias antiquadas e extremas. Podar progresso e o desenvolvimento de uma cidade com a escusa de proteção de seu patrimônio histórico, não é culpa grave, a intenção é boa, já que as maiores metrópoles da Europa como Londres, Paris, Roma, entre outras, se encontram na idade da pedra até hoje, com o fito de manter o seu patrimônio histórico cultural!!! Sejamos sinceros enquanto tivermos pessoas absolutamente tacanhas que nada compreendem de história e de desenvolvimento, estaremos fadados a obscuridade e ao esquecimento. As lições que o passado nos mostra são diametralmente opostas a atitude do IPHAM. Devemos utilizar sim de toda a nossa capacidade cultural e histórica para fomentarmos o turismo e nossa economia, devemos sim utilizar toda nossa capacidade empreendedora para trazer o progresso a nossa cidade, sem esquecermos nosso passado glorioso que evoca o progresso, e o reacionismo e não a ignorância e a intolerância.
Fonte: O Grafite, 13 de maio de 2011

IPHAN de Minas impede quase tudo que se propõe de arte e cultura em del-Rei 
. José Cláudio Henriques*
O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, principalmente depois que assumiu o controle patrimonial da antiga Rede Ferroviária Federal, impede que quase tudo que se propõem em termos de arte e cultura em São João del Rei seja impedido de se realizar.
Assim foi o caso do “Trem Noturno” que empresários locais bolaram para entretenimento de turistas e moradores, com músicas e jantares numa composição que partiria de Tiradentes com destino a São João del Rei. Com desculpas de que o horário noturno não dava segurança, vetaram o projeto. As locomotivas da Oeste possuem faróis de longo alcance e as linhas férreas já são diariamente vistoriadas. Ademais, os trechos de maiores riscos seriam trafegados com o mesmo cuidado quando das viagens diurnas. Percursos ferroviários como o de Bento Gonçalves e o famoso trem do forró da Bahia e de Pernambuco circulam normalmente à noite. Se não tivermos ousadia para se fazer eventos em cidades históricas, com segurança, será decretado o fim dessas cidades com fins turísticos e de entretenimento para o público local. Eventos como esses acontecem normalmente em cidades européias com mais de mil anos de existência.
Outro veto se deu com relação ao evento X-Fighters, no qual acrobatas de motocross, a nível internacional, fariam apresentações no sábado, dia 28 de maio, no Largo de São Francisco. O evento seria transmitido para cerca de 130 paises, sem prejuízo para a monumental igreja, já que o evento seria praticado na rua e não nas dependências da mesma. Há anos que blocos carnavalescos saem dali, ou passam por ali, sem que nenhum registro grave tenha ocorrido. Como fazer então com o famoso encontro de motos de Tiradentes, cuja participação monta em cerca de vinte mil pessoas, para uma cidade de seis mil habitantes?
Não para por aí. O pior de tudo vem a seguir: O IPHAN vetou qualquer evento artístico cultural na Rotunda do complexo ferroviário, proibindo até mesmo filmagens para reportagens televisivas, visitas e shows do Festival de Inverno da UFSJ.
Uma comitiva liderada pela ACI-del Rei foi a Belo Horizonte no dia 09/05/2011, incluindo o prefeito municipal, presidente da câmara, secretário de cultura, dois deputados estaduais, e gente de arte e cultura. Fizeram visita ao superintendente do IPHAN-MG, Sr. Leonardo Barreto, que ouviu atentamente as reclamações, mas não deu seqüência para solucionar nenhuma das questões. Disse que o IPHAN-MG não é burocrático e resolve rápido as pendências, no que foi rechaçado pelo presidente da Academia de Letras de SJDR, José Cláudio Henriques. Este questionou que a volta da portada principal da antiga igreja de Matosinhos de 1771 está parada nas mãos deles desde julho de 2010, mesmo tendo sua detentora liberado a peça e desistido do processo. José Cláudio questionou também da burocracia para se pesquisar manuscritos nos arquivos do IPHAN de São João, que agora exige agendamento.
Finalmente, o que ficou resolvido entre as partes é a criação de uma comissão para que se resolva localmente, assuntos que deveriam ser enviados para Belo Horizonte.
. José Cláudio Henriques: presidente da Academia de Letras de SJDR e da Associação dos Moradores e Amigos do Grande Matosinhos - ASMAT
Fonte Jornal O Grande Matosinhos . maio de 2011


SJDR perde realização de evento mundial . X-Fighters não teve autorização do Iphan para acontecer

X-Fighters, um dos maiores eventos mundiais de motocross, foi vetado em São João del-Rei. Realizado pela Red Bull, o torneio freestyle já teve como sede os arre­dores das pirâmides do Egito e do Coliseu em Roma, reunindo pilotos do mundo inteiro em espetáculos de acrobacia sobre rodas exibidos para mais de 130 países. Apesar da visibilidade da competição, o X­-Figthers recebeu resposta negativa do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (lphan) para ser sediado em São João e causou polê­mica que culminou em uma reunião com representações políticas e institucionais na semana passada.
A proposta da Red Bull, se­gundo a promoter da Secretaria Municipal de Cultura e Turismo, Paula Bastone, em realizar uma etapa da competição no Largo do São Francisco, em frente à igreja de São Francisco de Assis. Para isso seria montada na rua uma rampa de. 4 metros na qual motociclistas como Marcelo Simões, Jeff Cam­pacci, Joaninha, Fred Kyrillos e Gian Bergamini fariam acrobacias durante uma hora e meia. Além das transmissões televisivas e via internet, um comercial da marca de energéticos seria filmado durante o evento, mas nada disso convenceu o Iphan a permitir que o X - Fighters fosse realizado em São João. "A cidade perdeu em visibilidade e atração de turistas, o comércio perdeu em vendas, a população perdeu em entretenimento e pos­sibilidades. Não foi uma decisão justa", argumentou Paula.
Em entrevista à Gazeta de São João del-Rei, o superintendente do Iphan-MG, Leonadro Barreto, ex­plicou o porquê do veto. "Justifiquei nossa decisão com vários motivos básicos. Do ponto de vista formal, não nos foi apresentada documen­tação adequada, com garantias de segurança, preservação da área tombada e análise dos impactos que o evento poderia causar nas edifica­ções. Foi tudo muito raso e existem questões técnicas que respeitamos no nosso trabalho". disse.
Paula Bastone sé defendeu alegando que o preparo da docu­mentação técnica, com todos os requisitos exigidos pelo Iphan, representaria custos altos. "É óbvio que providenciaríamos tudo isso. Mas antes fizemos um pedido for­mal ao instituto para que o evento pudesse vir a São João. Corríamos o risco de organizar toda essa pape­lada, investir caro nessa questão e, ainda assim, recebermos negativas. Trata-se de um evento internacional, com uma empresa acostumada a realizar eventos em patrimônios históricos. Eles não são amadores. Só queríamos o aval positivo. Aí sim trabalharíamos pelo resto. Não promoveríamos qualquer coisa que fosse prejudicar o município".
Para Barreto, porém, a justi­ficativa não foi suficiente. ''Não é só isso. Também precisamos considerar os aspectos patrimoniais e religiosos", apontou. Segundo o superintendente, o Largo do São Francisco seria espaço inadequado para a realização do evento não apenas por questões materiais, mas simbólicas. “Não preservamos por preservar. Há todo um significado por trás de qualquer monumento ou espaço que não tem qualquer relação, neste caso, com motoci­cletas voando de cabeça para baixo. Precisamos considerar que a igreja de São Francisco de Assis é um local para profissão de fé e, permitindo o evento, podemos ofender muitos católicos com os quais, inclusive, tivemos contato ao analisar a pro­posta", explicou.
Questionado sobre as aglome­rações carnavalescas que aconte­cem nos arredores do Largo São Francisco, Barreto foi categórico. "Trata-se de uma festa tradicional que já acontece há décadas e que, mesmo assim, estamos trabalhando para normatizar. Não vamos proibir, mas desenvolver mecanismos de controle e cuidado com o espaço. Isso não quer dizer que tudo é per­mitido por ali. Um equívoco não justifica o outro", respondeu. Com o veto do instituto, o próximo X-Fighter acontecerá em Brasília (DF), no Centro-Oeste do país, no sábado, 28.

POLÊMICA
A decisão do Iphan foi recebida com protestos. No Facebook, uma página chamada Evento Vetado Pelo Iphan já reúne mais de 120 participantes e dezenas de comentá­rios criticando o veto ao X - Fighters. Mas as manifestações contrárias não pararam por aí. Em reunião na sede da Associação Comercial e Industrial de São João del-Rei (ACI deI-Rei) na segunda-feira, 25 de abril, o presidente da entidade,João Afonso Farias, comentou sobre o caso. "Queremos pensar em pro­postas que visem sustentabilidade e preservação, mas ao mesmo tempo permitam que possamos aproveitar nosso potencial turístico e econô­mico", frisou.
O deputado estadual Rômulo Viegas (PSDB), que conseguiu agendar a reunião no Iphan, em Belo Horizonte, participou da reunião na ACI del-Rei e garantiu presença no encontro em Belo Horizonte nesta segunda-feira, 9. "Precisamos criar uma nova mentalidade entre os gestores, comerciantes e entidades são-joanenses. A grande questão é pensar com empreendedorismo e conduzir políticas administrativas de forma mais ampla e equilibrada, São João tem riquezas enormes e pode utilizá-las buscando lucros e avanços significativos. O que não pode acontecer é a cidade ficar estagnada, com hotéis, restaurantes e pontos turísticos vazios em nome de uma preservação que, no final das contas, ficará restrita à visão dos próprios moradores", defendeu.
O superintendente do Iphan­-MG, Leonadro Barreto, se disse aberto à conversa, mas garantiu que o X-Fighter não deverá ser abordado na reunião. "É um assunto fora de questão. Vamos discutir outros problemas", garantiu.
Fonte: Gazeta de SJDR, 7 de Maio de 2011

São João perde evento com visibilidade internacional
A cidade de São João del-Rei acaba de perder um evento de repercussão internacional, o X-Fighters Jam Session. Sua realização prevista para acontecer no Largo São Francisco, no dia 14 deste mês, duraria apenas uma hora e seria transmitido para 130 países. Mas, por determinação do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), o mesmo teve que ser cancelado.
Segundo os organizadores, a Red Bull patrocinaria o evento, fazendo com que a cidade não tivesse qualquer custo. Mas, conforme a empresa, o Iphan vetou o projeto. De acordo com o chefe de escritório de São João, Mário Antônio Ferrari Felisberto, “o acontecimento do evento no local acarretaria risco ao patrimônio e por isso não foi liberado. O Iphan de Minas Gerais, o bispo e a Paróquia da Igreja de São Francisco foram contra o evento”. A promoter da Secretaria Municipal de Turismo, Paula Bastone Zerlotini, não concorda com a decisão do Iphan. “Estava tudo pronto. Os argumentos para mim são infundados, pois a praça seria circulada de grades e iria contar com seguranças e o apoio da PM, levando em conta, também, que a população são-joanense não é composta de vândalos”, afirmou a promoter.
Já o secretário de Turismo, Ralph Justino, disse que vai tentar reverter essa situação para possíveis eventos futuros. “Todo problema tem lados positivos e negativos. Esse caso serviu para que
possamos resolver várias questões. Temos uma reunião agora, dia 9, em Belo Horizonte, para tratar da Rotunda. Vamos aproveitar para falar sobre outros locais que podem ser usados para eventos grandes
e tentar criar regras nesses casos, que atendam a todos os órgãos. Esse não dá mais tempo de tentar resgatar. Infelizmente perdemos”, lamentou o secretário.

O evento
X-Fighters Jam Session consiste em uma apresentação demonstrativa de MotoCross no estilo livre. Essa demonstração já aconteceu em outras cidades brasileiras, como Rio de Janeiro e Paulínia (SP). A apresentação é um tipo de demonstração não-competitiva que dá apenas um gostinho do que é o maior
campeonato de motocross freestyle do mundo, o Red Bull X-Fighters, modalidade em que pilotos realizam manobras radicais em saltos que chegam a atingir 10 metros de altura e 30m de distância.
Fonte: Folha das Vertentes, 1ª quinzena de maio de 2011

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Ano após ano a história vai-se apagando
Centenária Estrada de Ferro Oeste de Minas, embora ainda não tenha sofrido o apagão da história da ferrovia no Brasil está bastante próxima desta irresponsabilidade.
Importante e imponente componente de desenvolvimento de Minas Gerais e do Brasil, hoje encontra-se agonizando por descaso de autoridades que deveriam estar preservando o patrimônio. Neste jogo de descompromisso não se sabe de quem é a responsabilidade pelo Complexo Ferroviário: IPHAN, FCA ou outro? Mas que a história está se apagando, está!
Veja as fotos clicando aqui! . Acesse os vídeos
http://tvdelrei.blogspot.com/2009/12/o-que-esta-acontecendo-com-o-nosso.html http://observador8.blogspot.com/2009/12/ex-diretor-da-rede-ferroviaria-e.html
http://observador8.blogspot.com/2008/12/mineiro-perdendo-o-trem.html
http://www.youtube.com/watch?v=9mmUBKsDmcs

Fonte: Instituto Apoiar . maio de 2011

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Evento vetado pelo IPHAN . Paula Bastone

São João Dei Rei acaba de perder um evento de repercussão Internacional que seria transmitido para 130 países. O mesmo evento já aconteceu nas Pirâmides do Egito e dentro do Coliseu em Roma, aqui seria em no Largo de São Francisco. A RED BULL realiza esse evento em lugares inusitados pelo mundo. Ninguém iria gastar nada com esse evento nem a Secretaria de Cultura, nem a Prefeitura, a RED BULL iria arcar com todos os custos do evento, e só traria benefícios para a cidade, não afetando em nada a estrutura histórica.
Esse evento é o X-Fighter Jam Session que seria realizado no dia 14 de maio 2011 sábado, com duração de apenas 1 hora e meia de espetáculo com motos e com a presença dos pilotos Marcelo Simões, Jeff Campacci, Joaninha, Fred Kyrillos e Gian Bergamini que são Campeões Mundiais, que fazem malabarismos com as motos em uma rampa de 4 metros, aqui essa rampa seria montada em frente a Igreja de São Francisco de Assis em via Pública, com toda infra estrutura de segurança e uma mega divulgação de nossa Terra, e filmado o comercial da Red Buli de veiculação mundial. (é uma propaganda para cidade sem igual e melhor gratuita).
Tive uma reunião no dia 15 de março com o representante o IPHAN e o Ministro da Ordem Ter­ceira de São Francisco de Assis onde foi apresentado para eles o Projeto que a Red Buli iria fazer para a realização do evento e a única ressalva foi caso houvesse algum dano ao Patrimônio que a empresa se responsabilizasse pelo ressarcimento do mesmo, o que a Red Buli concordou no ato e até se dispôs a registrar esse compromisso em cartório. O Alvará da Prefeitura já estava liberado.
Mas depois de um tempo o IPHAN SJDR vetou alegando que as motos podem bater nas palmeiras ou nas edificações históricas, e que vai muita gente e podem pisar na grama. Tudo isso à meu ver infundado pois a praça seria circulada de gradis e o local em que as motos iriam passar é longe das palmeiras, além de contar com seguranças e o apoio da PM, levando em conta também que população sanjoanense não é composta de vândalos, e no mesmo local acontecem vários outros eventos como a concentração do Bloco Cambalhota e do Cachaça com mel, a dispersão do Bloco do Copo Sujo e do Deixe o Mundo Girar, o Terra de Livres e as Prossições Católicas, que levam milhares de pessoas ao local e nunca foi afetado por isso.
Pedimos então para p Iphan de BH, porque apesar de agora o senhor Mário Ferrari do IPHAN de SJDR achar que não há problema, assim como achou da primeira vez em que teve a reunião, ele disse que não pode voltar atrás na decisão dele e que a ordem teria que vir de BH. Mas não conse­guimos apresentar o projeto e nem obter resposta por nada com o Superintendente do IPHAN em BH - Senhor Leonardo Barreto.
A fim de tentar resolver esse impasse e nossa cidade e não perder esse evento eu procurei ajuda com inúmeras autoridades e políticos que foram eleitos pelo povo para nos representar e defender nossas causas e o que pode trazer benefícios para nossa cidade e região.
Primeiro entrei em contado com a assessoria do Senador Aécio Neves e o Deputado Rômulo Viegas que gentilmente me falaram que o caminho a seguir seria através do PT, pois o IPHAN é um órgão ligado diretamente ao Governo Federal, então entrei em contato com o Deputado Pompilio Canavez que prontamente me atendeu, e se empenhou ao má­ximo pela causa procurando o Superintentende do IPHAN em Minas, o qual teve dificuldades em ser atendido, e dito por ele quando foi atendido não teve muita reciprocidade e resolveu por bem levar ao conhecimento da imprensa estadual. Procurei também o Deputado Reginaldo Lopes que me disse ser amigo do Superintendente e não estava disposto a se indispor com o mesmo, alegando que já foi inúmeras vezes atendido em suas solicitações por ele, mas por intermédio dele conseguimos que o representante da Red Buli fosse recebido pelo senhor Leonardo Barreto. Procurei e pedi ajuda também os Deputados Domingos Sávio, Dimas Fabiano, Odair Cunha, os assessores parlamentares Jorge Luna, Ancil Souza, Cristiano Silveira, o Reitor da UFSJ Helvécio, o Vice Prefeito de SJDR Jorge Hannas, a Verea­dora Vera Alfredo, o Vice prefeito de BH Roberto Carvalho(este procurado pelo Deputado Pompilio), o Bispo Dom Célio, entre inúmeras outra pessoas, para que interviessem em favor da realização do evento. Alguns me deram retorno outros sequer me responderam, por isso é bom pensar bem na hora de votar em pára-quedistas, que só pensam em nossa cidade na época de eleições.
Apesar de todo esforço lamento muito, mas a resposta definitiva do IPHAN foi NÃO, e ainda tive que ouvir que caso insistíssemos seria colocada força policial para impedir, coisa desnecessária pois se tivéssemos a intenção de executar o evento sem autorização a mesma não teria sido solicitada. A alegação final para o veto foi que seria uma afronta à Igreja deixar que fossem colocadas motos de cabeça para baixo em frente à Igreja de São Francisco de Assis. Pedi que todos os motivos fossem enviados por oficio ou email,o que foi negado.
O Superintendente do IPHAN disse que o projeto não foi apresentado como deveria, pois faltou o pro­jeto de segurança, de meio ambiente, dos Bombeiros, de impacto de vizinhança e mapas de engenharia, respondi que todos esses seriam apresentados assim que fosse feita a liberação, pois o custo dos mesmos é alto, e sem a autorização inicial fica inviável, e que assim que fosse liberado ele teria todos eles em mãos em pouco tempo. Tivemos o apoio de vários órgãos:
Prefeitura Municipal, da Secretaria de Planejamento, do Setor de Trânsito através' do Senhor Vai do, da Policia Militar, do engenheiro Fábio Tibúrcio, da Secretária de Obras, do DAMAE e do jornalista Márcio Fagundes.
Apresentei para Red Buli outros locais para reali­zação do evento, mas não havia neles espaço hábil para a realização, e eles levarão o evento para outro estado. Foi tudo em vão perdemos a oportunidade de ter essa projeção mundial, Perdeu São João Dei Rei e perdeu Minas Gerais!!!
Agradeço a todos que de uma forma ou de outra se empenharam para que esse evento fosse realizado e me desculpo com a população sanjoanense, pois não tive influência suficiente para reverter esse veto, apesar de todo meu esforço pessoal.
Fonte: Tribuna Sanjoanese, 26 de abril a 16 de maio de 2011

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São-joanenses se reúnem com o superintendente do Iphan
Uma comitiva liderada pela Associação Comercial e Industrial de São João dei-Rei (ACI dei Rei) foi a Belo Horizonte, acompanha­da do prefeito Nivaldo José de Andrade, demais autoridades da cidade e agentes da Cultura, no dia 9 de maio. O objetivo foi fazer uma visita ao superintendente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN~MG), Leonardo Barreto, que ouviu as reivindicações dos são-joanenses relativas a ações daquele órgão na cidade.
Na ocasião, foram apresenta­das questões relativas à revitali­zação do Complexo Ferroviário, que consideram subutilizado e a burocracia na hora de tentar realizar eventos no centro his-tórico da cidade. Citando, prin­cipalmente, o recente caso do veto ao X-Fighters Jam Session, no qual acrobatas de motocross, a nível internacional, fariam apre­sentações no sábado, dia 14 de maio, no Largo de São Francisco. O evento seria transmitido para cerca de 130 países.

Novo encontro
Desse encontro, na capital mineira, ficou de ser agendada lima nova reunião, em São João del-Rei, numa data ainda a ser marcada, com a presença de representantes do Ministério Público Federal (MPF), que, segundo Leonardo Barreto, é a instituição que realmente barra os eventos.

De última hora
O superintendente afirmou que o problema é que “não há planejamento, todos os eventos são de última hora, tudo é urgente e mal programado”. E Acrescentou: “Seria ideal um calendário”. Com relação ao X-Fighetrs, Leonardo Barreto argumentou que o projeto foi mal elaborado e a Igreja de São Francisco também não liberou o espaço.
Fonte: Folha das Vertentes, 2º quinzena de 2011

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Impasse entre Iphan, Prefeitura e Sociedade pode ter solução
Reunião agendada pelo deputado Rômulo Viegas (PSDB) a última segunda-feira, em Belo Horizonte, entre o superintendente do Instituto Nacional (Iphan), Leonardo Barreto, o prefeito de São João del-Rei, Nivaldo de Andrade, o secretário municipal de Cultura e Turismo, Ralf Justino, o presidente da Associação Comercial e Industrial da cidade (ACI), João Afonso Farias, e demais representantes dos setores envolvidos, representou o primeiro passo para que o desejo da sociedade sanjonense, de ter mais abertura para realização de eventos em determinados locais da cidade, seja realizado.
De acordo com o deputado, durante o encontro foi sugerido que a prefeitura e todas as entida­des envolvidas criem um conselho cuja prioridade será a elaboração de um projeto cultural contendo as datas, locais e tipos de eventos que poderão ocorrer no município.
Ficou acertado também que o do­cumento deve ser enviado previa­mente ao IPHAN e ao Ministério Público para a deliberação. Ainda segundo Rômulo Viegas, o diálogo construtivo com todos os atores é fundamental para que São João Dei Rei possa sediar bons projetos culturais, sem prejuízo para o patri­mônio artístico, cultural e religioso.
"Agora, o que esperamos de fato e de concreto é que o IPHAN autorize o mais rápido possível o bom uso do nosso Complexo Ferroviário para a realização de nossos eventos culturais, de modo a atender a vontade da nossa sociadade e da região. Não pode­mos ficar presos a uma burocracia .extensiva e a uma legislação que preocupa em simplesmente falar que preservou um patrimônio, sem a legal conservação do mes­mo. Caso contrário, teremos que unirforças junto à população para, de uma vez por todas, encontrar­mos uma solução", ressaltou o deputado.
Fonte: Tribuna Sanjoanese, 26 de abril a 16 de maio de 2011

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Cultura e Iphan discutem eventos em del-Rei
Após a polêmica causada em decorrência do cancelamento, em São João del-Rei, do X-Fighters Jam Session (da Red Bull) – um evento de repercussão internacional – alguns setores da comunidade se mobilizaram para resolver questões relativas a esse tipo de situação.
Assim sendo, a Secretaria de Cultura e Turismo de São João del-Rei se reuniu, no último dia 26 de maio, com o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), o Ministério Público Federal, a Câmara de Vereadores e a Universidade Federal (UFSJ) para debaterem sobre a formação de uma Comissão que regulará a realização de eventos em pontos históricos da cidade.
O X-Fighters seria realizado no Largo São Francisco no mês passado, mas foi vetado pelo Iphan, “por correr o risco de causar posteriores danos ao patrimônio”. O caso foi muito discutido na reunião. O secretário de Cultura e Turismo, Ralph Justino, assumiu uma parcela de culpa pelo evento não ter saído do papel: “Não viemos acusar ninguém. Todos temos um pouco de culpa pelo processo não ter avançado”.

A comissão
O chefe do escritório técnico do Iphan em São João del-Rei, Mário Antônio Ferrari Felisberto, falou sobre a formação da Comissão e disse que, caso se organizem, podem estabelecer regras que trarão resultados para todos. “Queremos chegar a um denominador comum para eventos em bens tombados. Precisamos criar uma agenda anual e ver como lidaremos com imprevistos”.
O representante da UFSJ, Alberto Ferreira da Rocha Júnior, conhecido Tibaji, alertou para importantes situações a serem tratadas caso a Comissão seja formada. “Acho que questões mais amplas devem ser discutidas, como a utilização do Complexo Ferroviário”. Segundo ele, o Iphan se recusa a a apresentar documentos quando solicitado, o que não deveria em hipótese nenhuma acontecer. Alegou, também, que a UFSJ jamais deixou algo sem consertar quando usufruiu do Complexo Ferroviário ou outras localidades para eventos. “Para nós é importante que isso seja resolvido. O patrimônio precisa estar vivo e de um uso social cuidadoso e responsável. Sem isso, ele não existe”, disse Tibaji.
O promotor de justiça, Antônio Pedro da Silva Melo, também presente na reunião, afirmou que o Iphan não tem autoridade para vetar eventos, assim como faz na cidade. “A palavra final não é do Iphan e, sim, da Justiça Federal”, afirmou o promotor.

Mais encontro
Ao final, ficou agendado um segundo encontro para ontem, quinta-feira, dia 2 de junho, quando decidiriam quais serão os membros da Comissão responsável pelo estudo e decisão com relação à realização de eventos no centro histórico da cidade.
Fonte: Folha das Vertentes, 1ª quinzena de junho de 2011

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Comissão estuda agenda e critérios para eventos

Os organizadores de eventos de olho em espaços públicos são-joanenses terão novos parâmetros para seguirem breve, além de um calendário anual de realizações como guia. Pelo menos essa é a proposta apresentada pela Comissão de Análises Técnicas de Eventos (CATE), formada em São João deI-Rei no iní­cio do mês. O grupo é constituído por 12 mem­bros de diferentes esferas da sociedade, defini­dos através de indicação e interesse voluntário. "Foi uma seleção natural dentre as entidades, instituições e grupos relacionados à promoção de eventos e à preservação do Centro Histórico em São João. Com isso conseguimos estrutu­rar uma equipe com representantes do Poder Público e da sociedade em geral", explicou o secretário municipal de Cultura e Turismo, Ralph Justino.
A ideia da comissão surgiu depois de im­passe no mês passado, quando o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) impediu que um evento de motocross mundial promovido pela Red Bull fosse rea­lizado no Largo São Francisco. A negativa foi a gota d'água na relação entre representativi­dades culturais do município e a diretoria do instituto e, em uma reunião em Belo Horizonte no dia 9 de maio, a proposta da comissão foi levantada.
Dentre os integrantes do grupo estão lista­dos representantes da Academia São-Joanense de Letras, das associações de bairros, organiza­ções não governamentais, do Sindicato do Co­mércio de São João dei-Rei (Sindcomércio), da Associação Comercial e Industrial de São João del-Rei (ACI del-Rei), do Instituto Histórico e Geográfico (IHG), da UFSJ, Trilha dos Incon­fidentes, Polícia Militar, do empresariado local e Conselho Municipal do Patrimônio Históri­co. A equipe se reúne a cada 15 dias e, atual­mente, discute a implantação de parâmetros e critérios de realização dos eventos nos Galpões da Rotunda, no Centro Histórico e nas ruas de São João deI-Rei. "Nosso objetivo é chegar a denominadores comuns que nos permitam crescer com sustentabilidade e preservação. É uma questão de duas vias: pode-se utilizar a estrutura patrimonial sem depredá-la. Pode-se ter crescimento econômico sem estragar nada. Pode-se preservar sem impedir realizações. Só é necessário ter cuidado, disse Justino.

Reunião
Na terça-feira, 14, a Comissão de Análises Técnicas de Eventos se reuniu na sede da ACI del-Rei para novas deliberações. Foi a primei­ra reunião oficial do grupo depois de instituído oficialmente no dia 2. Com a comissão monta­da, os proponentes de eventos devem apresen­tar projetos prévios das realizações ao grupo que, se aprovar a documentação, encaminhará a proposta para o Conselho Municipal de Patri­mônio. ''Não se trata de uma questão altamente burocrática. O que vamos analisar é a ideia, o estilo de programação, a data em que há inte­resse. em implantá-la, a existência de eventos religiosos ou tradicionais no dia da proposta, a estimativa de público e estrutura que se quer implantar. Nosso questionamento central será: ‘É viável? Condiz com o local proposto? De que forma vai interferir no funcionamento do município?"', explicou a promoter da Secre­taria Municipal de Cultura e Turismo, Paula Bastone.
Segundo ela, um engenheiro do Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agro­nomia (Crea) já está realizando um estudo so­bre a capacidade de público em todos os es­paços são-joanenses para nortear o trabalho da comissão e, ainda, orientar previamente os interessados em realizarem atividades para o grande público na cidade. "Qualquer interven­ção em qualquer lugar causa grande impacto. O que queremos é permitir que tudo seja or­ganizado e previamente acordado, de forma que novos impasses não ocorreram e possa­mos usufruir dos espaços, para promover São João”, explicou Paula.
Na reunião da última semana, a discussão central foi sobre os documentos a serem apre­sentados à comissão no momento da proposta, além dos prazos e critérios a serem utilizados na avaliação dos projetos. Segundo Ralph Jus­tino, a expectativa é de que esses tópicos já estejam totalmente definidos em no máximo dois meses. "Estamos correndo contra o tem­po. Nosso objetivo é chegar a um consenso nas próximas duas ou três reuniões; Precisamos agilizar isso", finalizou.
Fonte: Gazeta de SJDR, 18 de Junho de 2011

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ABOTTC-Associação Brasileira das Operadoras de Trens Turísticos e Culturais . Histórico
A Associação Brasileira das Operadoras de Trens Turísticos e Culturais, ABOTTC foi fundada em 2000 e sediada em Campos do Jordão (SP). A entidade surge da necessidade que as operadoras de trens com fins turístico e cultural tinham de unificar o setor promovendo a troca de informações entre as operadoras e dando visibilidade para o setor frente ao restante do mercado turístico nacional e internacional.
Entre 2000 e 2003 a entidade apoiou e realizou em parceria com o Movimento de Preservação Ferroviária diversos eventos sobre preservação e revitalização ferroviária no País com abrangência regional e nacional. A partir de maio de 2004 a sede da entidade foi transferida para a Rua Cosme Velho, 513 Bairro Cosme Velho na cidade do Rio de Janeiro.
E Associação teve seu Estatuto modificado e legalizado através da constituição de uma OSCIP – Organização Social Civil de Interesse Público, esta decisão foi tomada a medida que entendeu-se que as operadoras para fins turístico-culturais também tinha como caráter essencial a preservação e revitalização do patrimônio ferroviário nacional o que torna as ações desempenhadas pela ABOTTC não só de interesse das operadoras, mas de toda a sociedade.
O biênio 2004-2006 foi presidido por Sávio Neves, Diretor executivo do Trem do Corcovado (RJ) e por Anderson Pacheco – Diretor da Serrambi Turismo que coordena o Trem do Forró (PE).
A diretora foi composta por Adonai Aires, Diretor da Serra Verde Express (PR); por Jair Baruffi representante da Giordani Turismo que opera o Trem do Sul (RS); por Berenício Carvalho que representa a Maria Fumaça que liga São João Del Rei a Tiradentes (MG) e por José Francisco que representa a Estrada de Ferro Campos do Jordão (SP).
No biênio 2006-2008 foi presidida por Sávio Neves (Trem do Corcovada) e vice presidida por Adonai Aires Filho (Serra Verde Express). Em reunião ordinária foi votada uma alteração estatutária ampliando o mandato de dois para quatro anos.
O atual mandato deriva de uma reeleição da presidência anterior e refere-se ao quadriênio 2008-2012.
Em 2010 a entidade assinou com o SEBRAE um importante convênio para o desenvolvimento do setor ferroviário turístico denominado "Trem é Turismo".

Ata da I Reunião dos Operadores da ABOTTC . 17/2/2005 - ABOTTC
A Associação Brasileira das Operadoras de Trens Turísticos e Culturais que tem como missão unir e dar visibilidade ao setor ferroviário com fins turísticos e culturais, realizou (15/02/2005) sua primeira reunião, unido os diversos operadores de trens e bondes brasileiros.

Reuniram-se 18 trens e bondes de todo o País na sede da entidade, na Rua Cosme Velho, 513 Rio de Janeiro. A Reunião aconteceu em um clima de muita alegria e entrosamento. O encontro foi dividido em três tempos a fim de tratar de diversos assuntos de interesses dos operadores. Foi presidida Sr. Sávio Neves (Presidente da ABOTTC e Diretor do Trem do Corcovado). E contou com os serviços do Contador Delmar da DRC Contabilidades que supervisionou a assinatura dos documentos junto com o Escrevente do 17º Cartório de Ofícios e de Notas do Rio de Janeiro. A I Reunião foi um sucesso, com a aprovação e assinatura da Ata e Estatuto na parte da manhã. Na parte da tarde, a Secretária Executiva da entidade, a Turismóloga Carla Fraga informou sobre o posicionamento dos trens e bondes frente ao restante do mercado turístico nacional e internacional. Uma curiosidade é que sem investimento nenhum em marketing integrado no ano de 2003, dos 15 trens e bondes contabilizados o setor transportou mais de 1,6 milhões de passageiros. Fato que não pode passar despercebido, quando o assunto é Turismo. Além de informar a Turismóloga propôs algumas estratégias e ações em comum para que os operadores possam aumentar sua visibilidade e conseqüentemente seus lucros. Um dos interesses da entidade é unir o setor em prol da multiplicação do número de passageiros transportados pelo setor. Outro objetivo cumprido foi à proposta da criação e manutenção de fundo de aval que possibilite a realização das ações propostas pela entidade, tais como: realização e participação em eventos comerciais e socioeducativos, criação de material promocional bilíngüe (Folder, banner, display,camiseta,botton) que represente todos os trens e bondes frente ao restante do mercado turístico nacional e internacional, portifólio para distribuição junto a agencias e operadoras de turismo; cartilhas educativas, desenvolvimento de um site profissional e bilíngüe da entidade, realização de pesquisas, manutenção despesas com recursos humanos e materiais. Os operadores receberam propostas por e-mail, fax e/ou Correios e terão o prazo de 30 dias para serem analisadas por suas operadoras e retornadas a ABOTTC, efetuando assim sua filiação como Sócio Contribuinte. Dentre os diversos objetivos da reunião, um é que está tenha continuidade, e seja a primeira de muitas. E com uma freqüência de pelo menos dois meses, contando com operadoras anfitriãs diferentes, para que todos os operadores associados conheçam o produto dos demais. Outro ponto discutido e aprovado é a realização das próximas reuniões em paralelo com o calendário de eventos comerciais, tais como feiras de turismo, para assim aproveitarmos o deslocamento dos operadores (já que isto envolve um custo/investimento para as operadoras) e já divulga-los para o restante do mercado turístico nas feiras e demais eventos. Tendo em vista, amadurecer para no futuro realizarmos uma mini-feira de Trens e Bondes Turísticos destinada a Agentes e Operadores de Turismo nacionais e internacionais. O terceiro tempo foi à apresentação do Produto Trem do Corcovado, que completou 120 anos e transporta mais de 600 mil passageiros por ano. Os operadores, além de ganhar material promocional e bonés, puderam fazer o belíssimo passeio.

Participantes:
Presidente: Sávio Neves (Trem do Corcovado) – Rio de Janeiro (RJ)
Vice Presidente: Anderson Pacheco (Trem do Forró)- Recife (PE)

Chapa Diretora
Adonai Filho (Serra Verde Express) –Curitiba (PR)
Berenício Carvalho (Estrada de Ferro do Oeste Mineiro) – São João Del Rei (MG)
Geraldo Godoy (Associação Brasileira de Preservação Ferroviária)
Susana Giordani (Trem do Sul) – Bento Gonçalves (RS)

Conselho Deliberativo
Vanderlei Silva (Viação Férrea Campinas Jaguariúna) Campinas (SP)
Jorge Luis Sanches (Trem da Serra da Mantiqueira) Passa Quatro (MG)
Gilberto Mendes (Bonde do Memorial do Imigrante) São Paulo (SP)

Conselho Fiscal
José Francisco Monteiro (Estrada de Ferro Campos do Jordão) Campos do Jordão (SP). Sidnei Gonçalves representando Elias (Trem do Imigrante) São Paulo (SP)

Demais Operadores
Edelmo de Freitas (Trem das Águas) São Lourenço (MG)Geraldo Godoy representando Ralf Iig (Trem das Termas, Trem do Contestado e Trem da Serra do Mar). Piratuba (SC) Marcelino Ramos (RS) Porto Real (SC)Murilo Rangel (Trem Estrada Real) Paraíba do Sul (RJ)Zezinho do Parque Taquaral (Bonde do Parque Portugal ) Campinas (SP)Ramiro Nascimento e Hélio Suevo – Bonde de Santa Teresa Rio de Janeiro (SP)Paulo Sérgio Vallejo – Bondes Monte Serrat Santos (SP)

Fonte: O Blog do JP

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Patrimônio histórico . Imóveis da extinta RFFSA podem virar centros culturais

O secretário executivo adjunto do Ministério a Cultura (MinC), Gustavo Vidigal, recebeu em audiência, na tarde desta terça-feira (13 de julho), o prefeito municipal de Campinas (SP), Hélio de Oliveira Santos. O prefeito foi a Brasília solicitar a transferência de dois imóveis do espólio da Rede Ferroviária Federal S.A. (RFFSA) para a prefeitura da cidade.
A mudança no comando do Palácio da Mogiana e da Estação de Trens de Campinas para a administração municipal visa possibilitar a construção de dois grandes centros culturais na cidade, a serem erguidos em parceria com o Ministério da Cultura dentro do Programa de Aceleração do Crescimento das Cidades Históricas (PAC das Cidades Históricas).
Após à extinção da RFFSA, seus bens de valor artístico, histórico e cultural passaram para a custódia do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Cultural do Ministério da Cultura (Iphan/MinC), com usufruto da prefeitura de Campinas.

Patricia Saldanha, Comunicação Social/MinC

Publicado por Patrícia Saldanha/Comunicação Social
Categoria(s): Notícias do MinCO dia-a-dia da Cultura
Tags: iphan

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Complexo ferroviário de São João del Rei nos Livros do Tombo (IPHAN)

Complexo ferroviário de São João del Rei (São João Del Rei e Tiradentes, MG)
Outros Nomes: Museu Ferroviário

Descrição:
O complexo ferroviário de São João del Rei fazia parte da antiga Estrada de Ferro Oeste de Minas, criada através da concessão provincial de 1872, com o nome "Estrada de Ferro d' Oeste". Seu percurso iniciava na cidade de Sítios, atual Antônio Carlos, que estava ligada com a Estrada de Ferro D. Pedro II (depois Central do Brasil), partindo daí para São João del Rei. Através de uma série de concessões, a Oeste de Minas foi se estendendo a outras cidades e ramais, chegando a Oliveira (ramal Ribeirão Vermelho) e desta até Paraopeba (ramal Itapecerica), de modo que em 1894 abrangia um percurso total de 684 Km.
A Companhia Estrada de Ferro Oeste de Minas foi constituída na cidade de São João del Rei, através de estatutos aprovados pelo Governo Federal em julho de 1878, sendo considerada a primeira ferrovia de pequeno porte no país, tendo com uma de suas características a bitola estreita de 760 mm. A inauguração do trecho Sítio-São João del Rei ocorreu no dia 28 de agosto de 1881 e contou com a presença do Imperador D. Pedro II. Este trecho possuía a extensão de 100 Km, percorrendo as estações de Barroso, São José e Tiradentes. Inicialmente a Companhia compunha-se de quatro locomotivas, de procedência norte-americana, da fábrica Baldwin Locomotive Works-Philadelphia.
O restante do material rodante foi todo construído nas oficinas da Estrada de Ferro D. Pedro II. Em 1957, a Oeste de Minas foi integrada à Rede Ferroviária Federal S/A, sua última proprietária O complexo ferroviário inclui, além do trecho ferroviário São João del Rei, com uma extensão de 12 Km, em bitola estreita (0,76 mm) e ainda em funcionamento como linha turística, as seguintes edificações:
1- O prédio da Estação de São João Del Rei, apresentando plataforma com cobertura estrutural de ferro, de belíssimo acabamento.
2- O prédio da Estação de Tiradentes, caracterizado pelas linhas simples, sem muito detalhamento, com cobertura em telha francesa e plataforma arrematada por lambrequins de madeira.
3- O Museu Ferroviário, antigo armazém de carga da ferrovia ,anexo à estação de São João Del Rei, inaugurado por ocasião do centenário da Estrada de Ferro Oeste de Minas, em 1981, encontrando-se entre suas relíquias a locomotiva número 1.
4- Rotunda de São João Del Rei, com edifício e telhado em forma diagonal, vãos em arco pleno, paredes em alvenaria de tijolos, cuja recuperação realizada pela Rede Ferroviária,procurou manter os elementos construtivos originais. Dos elementos originais foram conservados o "girador de locomotivas ", as linhas e valas de inspeção e alguns pedestais de pedra onde eram apoiadas as colunas de ferro para a sustentação do telhado. Nela acham-se guardados diversas locomotivas e vagões.
5- Oficinas de manutenção, cujo prédio foi inaugurado em 1822. Possui máquinas centenárias de fabricação inglesa, em perfeito estado de conservação, que ainda hoje continuam dando assistência na reparação das locomotivas e vagões.
6- O antigo almoxarifado e antigo armazém, completam a relação de prédios antigos, tendo sido transformados em Centro de Artes e Auditórios. Entre as máquinas e vagões, incluem-se um total de quinze ((15) locomotivas, estando três (3) em operação. As demais acham-se em exposição, sendo uma (1) no Museu Ferroviário, como acima referido, e onze (11) na Rotunda, sendo a maioria de fabricação americana. Com relação aos vagões, nove (9) são utilizados para operação de transporte turístico e os demais ou encontram-se em exposição ou aguardam nas oficinas por trabalhos de recuperação. Texto extraído de: Arquivo Museu Regional de São João del Rei.
Endereço: - São João Del Rei e Tiradentes - MG . Livro de Belas Artes
Inscrição: 596 Data:3-8-1989 . Livro Histórico
Inscrição: 528 Data:3-8-1989 . Nº Processo: 1185-T-85

Fonte: Arquivo Noronha Santos - IPHAN (Associação Brasileira de Preservação Ferroviária - ABPF)

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A situação do Complexo Ferroviário de São João del-Rei está preocupando a comunidade.
Já é do conhecimento do Ministério Público Federal e do IPHAN.
Ainda há uma série de bens móveis e questões sobre os imóveis a serem retratadas pelo "Trilhos do Oeste".
Eis outras informações:

http://trilhosdooeste.blogspot.com/2010/08/o-complexo-ferroviario-de-sao-joao-del.html
http://trilhosdooeste.blogspot.com/2010/07/eu-tombo-ele-tomba-ou-fantasia-do.html
http://trilhosdooeste.blogspot.com/2010/07/eu-tombo-ele-tomba-ou-fantasia-do_28.html

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Dicas para quem quer construir, reformar, restaurar ou pintar o seu imóvel

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Prezados senhores,

Venho por meio deste e-mail denunciar o descaso com o patrimônio histórico que está acontecendo em São João del-Rei (MG). Estive em São João del-Rei neste fim de semana e vi o total abandono que se encontra o complexo ferroviário de São João del-Rei. Os carros de passageiros estão sujos e abandonados, apesar de ainda estarem funcionando. A rotunda está numa sujeira sem igual. Nas oficinas a empresa responsável não deixa a gente ir (mas todo o abandono pode ser visto do morro que fica atrás da estação). A estação de Chagas Dória toda pichada e a estação de Tiradentes virou boteco.
Hoje pela manhã, vasculhando a internet para saber mais informações, vi estas fotos em anexo, num site da cidade www.ihgsaojoaodelrei.org.br e encaminho para vocês. Segundo ouvi de alguns moradores da cidade, peças tombadas desapareceram e outras estão sendo destruídas no Complexo Ferroviário de São João del-Rei, Estrada de Ferro Oeste de Minas. Lembramos que este complexo abriga peças únicas no Brasil e, quiçá, no mundo. É a maior concentração de locomotivas Baldwin do mundo. Em 28 de agosto próximo completará 128 anos de operação ininterrupta. Que nossas autoridades façam alguma coisa.
Divulguem estas imagens. Ajude a combater esse absurdo! Ajude a salvar nosso patrimônio!
Cordiais saudações!

H. R. São José dos Campos (SP) . Cidadão brasileiro

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