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Escopo: São João del-Rei | Tiradentes | Ouro Preto | Minas Gerais | Brasil | Mundo
O "benfeitor" . Jota Dangelo
Descrição
Justo Regresso . Jota Dangelo
"Homenagem da Prefeitura Municipal e dos fiéis de São João del-Rei ao cônego Jacinto Lovato Filho, benfeitor do Santuário do Senhor Bom Jesus de Matosinhos".
É o que está gravado na placa colocada do pedestal que sustenta o busto do homenageado, inaugurado em 20 de agosto, bem em frente ao local onde existiu, um dia, a igreja tombada pelo Iphan, mandada demolir justamente pelo cônego Jacinto, que também vendeu as peças sacras daquele templo. Deveriam ter colocado tambem no pedestal a foto do fotógrafo Afonso Nogueira, feita em 1970, mostrando as ruínas da igreja em fase de demolição. Quem sabe, ao lado do monumento, não se coloca a portada do templo, vendida para o proprietário de uma fazenda paulista, já falecido, e recuperada recentemente? Ilustraria bem a "benfeitoria". Não duvido da obra sacerdotal/espiritural do cônego Jacinto, mas chamá-lo de benfeitor do Santuário de Bom Jesus de Matosinhos é uma piada. Ele pode ter sido benfeitor de muita coisa, mas nunca daquela igreja que mandou demolir criminosamente. Possivelmente ele não foi o único responsável por este crime contra o patrimônio, mas seguramente foi um deles, e o mais próximo daquele templo. Lamento, profundamente - mais do que o busto do demolidor - os dizeres da placa que identifica a homenagem, do mesmo momdo que é triste saber que não seu ouviu na Câmara Municipal nenhuma voz que recordasse a perda de um dos mais valiosos patrimônios culturais do Bairro de Matosinhos.
Gazeta de São João del-Rei . 28 de agosto de 2010
"Homenagem da Prefeitura Municipal e dos fiéis de São João del-Rei ao cônego Jacinto Lovato Filho, benfeitor do Santuário do Senhor Bom Jesus de Matosinhos".
É o que está gravado na placa colocada do pedestal que sustenta o busto do homenageado, inaugurado em 20 de agosto, bem em frente ao local onde existiu, um dia, a igreja tombada pelo Iphan, mandada demolir justamente pelo cônego Jacinto, que também vendeu as peças sacras daquele templo. Deveriam ter colocado tambem no pedestal a foto do fotógrafo Afonso Nogueira, feita em 1970, mostrando as ruínas da igreja em fase de demolição. Quem sabe, ao lado do monumento, não se coloca a portada do templo, vendida para o proprietário de uma fazenda paulista, já falecido, e recuperada recentemente? Ilustraria bem a "benfeitoria". Não duvido da obra sacerdotal/espiritural do cônego Jacinto, mas chamá-lo de benfeitor do Santuário de Bom Jesus de Matosinhos é uma piada. Ele pode ter sido benfeitor de muita coisa, mas nunca daquela igreja que mandou demolir criminosamente. Possivelmente ele não foi o único responsável por este crime contra o patrimônio, mas seguramente foi um deles, e o mais próximo daquele templo. Lamento, profundamente - mais do que o busto do demolidor - os dizeres da placa que identifica a homenagem, do mesmo momdo que é triste saber que não seu ouviu na Câmara Municipal nenhuma voz que recordasse a perda de um dos mais valiosos patrimônios culturais do Bairro de Matosinhos.
Gazeta de São João del-Rei . 28 de agosto de 2010