a cidade com que sonhamos é a cidade que podemos construir

la ciudad que soñamos es la ciudad que podemos construir

the city we dream of is the one we can build ourselves

la cittá che sognamo é la cittá che possiamo costruire

la ville dont on rêve c’est celle que nous pouvons construire

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O sonho da ZONACHIC | André Dangelo

Descrição

Mais informações:
André Guilherme Dornelles Dangelo


Há 30 anos atrás eu e outras pessoas de São João del- Rei já pensávamos a rua da Cachaça (já decadente e abandonada naquela época) como uma possível nova centralidade cultural da cidade. A ZONACHIC no dizer do Átila Godoy.

30 anos depois, sem nenhuma ajuda do poder público, a iniciativa privada (ainda que investindo individualmente e sem uma estratégia mais profissional de marketing) avançou muito nessa ideia.

Entretanto, a rua continua sem vida e marginalizada. Penso eu, que só um Centro Comercial (parecido com a proposta desse antigo projeto), cravado no Centro da rua, poderia de fato resolver o problema e ser a âncora do desenvolvimento final dessa área da cidade. Infelizmente os donos desses imóveis são descrentes do projeto. Não empreendem e também não vendem para quem quer empreender ali.

No meu entender, toda essa região deve ter seu uso cultura consolidado( respeitando logicamente a diversidade do seus usos, que deve ser pactuado por Legislação própria de Uso e horários de atividades) entendida alias para toda a região do Largo do Carmo ( hoje com um uso já bem diversificado mas sem planejamento). O projeto também deve alcançar o espaço da Praça Visconde de Rio Branco, cujos edifícios precisam ser melhor conservador e qualificados para a área ser melhor utilizada como parte desse Projeto.

Os Empresários continuam acreditando, mas o apoio do poder público nunca chega. Acabaram de abrir um excelente restaurante na rua da Cachaça. Torço pra dar certo. Mas é mais uma ação solitária do empresariado.

Quem sabe com uma nova Gestão a partir de 2025 na Prefeitura, surja a oportunidade de uma política de Turismo mais qualificada. E assim, essa área encontre um lugar de maior relevância na mentalidade dos políticos da cidade. É muito potencial desperdiçado numa área já congelada pelo Tombamento Federal e Municipal. Basta lembrar o Parque Ferroviário sem nenhuma atividade e a cidade não protesta. O trem serve muito mais ao turismo de Tiradentes.

Se o Turismo não consegui agregar o potencial econômico de todos esses imóveis tombados, a decadência é o esvaziamento do Centro Histórico é certa. Se a transformação em toda essa área em Comercio é uma tendencial mundial, não quer dizer que ela é a melhor solução. Mesclar os usos é a melhor solução e o poder público tem responsabilidade nessa gestão do espaço público. Faz parte das diretrizes de um Plano Diretor sustentável. Esse fenômeno em Centro Históricos, aliás, é conhecido e estudado. E já está acontecendo em São João. E só olhar a Esquina do Kibom, que outrora era o coração da vida social da cidade.

Não é o caso aqui de ser saudosista. As cidades mudam. As gerações pesam diferente e fundam novas centralidade sociais. A cidade cresceu. É normal e mesmo bom que seja assim. A verticalização deve ser fazer longe do limite do Tombamento. Mas outras medidas também são necessárias para minimizar o impacto nas encostas, principalmente um bom projeto de plantio de árvores e cortinas verdes minimizaram muito os impactos na paisagem.

Mas voltando ao problema do Centro Histórico, ele sempre será o lugar da história é da memória fundadora da cidade, ou seja, o seu ponto de maior relevância é identidade cultural. Não existe São João del-Rei de fato, sem o seu Centro Histórico. E por isso, é uma espaço que precisa de olhar especial.

Todos sabemos que em 40 anos, sem querer comparar, pois são situações e escalas muito diferentes, Tiradentes virou potência turística e São João perdeu quase tudo nessa área.

São situações que podem e devem ser equacionadas tecnicamente. São destinos diferentes de turismo, mas que podem se somar se bem planejados. São João não vai viver de Turismo, mas ele é importante para a manutenção do Centro Histórico.

Mas pra isso tudo funcionar e acontecer, é preciso gente competente para gerenciar. E algo bastante complexo. Muito além de pequenas reformas de Praças, que reconheço que são importantes também. Gestão no Centro Histórico é algo que São João nunca teve nos últimos 40 anos. E aguardar pra ver se muda.

Fonte: Face de André Dangelo | Janeiro de 2024

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