Melhores Práticas
Tratamento de resíduos sólidos pode render ganhos ambientais e econômicos
Descrição
Workshop apresenta experiências lucrativas na destinação correta do lixo das grandes cidades
Algumas das mais modernas e lucrativas técnicas para coleta e tratamento de resíduos sólidos produzido por grandes cidades foram apresentadas durante o Workshop Gestão de Resíduos Sólidos Urbanos como Oportunidade de Negócios, promovido pela Fundação Estadual do Meio Ambiente (Feam), órgão da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (SEMAD), em parceria com a Federação das Indústrias de Minas Gerais (Fiemg). O evento reuniu empresários, ambientalistas, estudantes e profissionais ligados ao tema, que puderam debater a destinação do lixo como oportunidade de negócio e geração de empregos.
O presidente da Feam, Ilmar Bastos Santos, destacou a importância de se debater a implantação de alternativas de destinação para os resíduos. "Sabemos que a gestão de resíduos representa um desafio para os municípios, mas lembramos que 2014 é o prazo final para erradicação dos lixões no país", ressaltou o presidente.
Ilmar discorreu sobre o Programa Minas Sem Lixões, que é desenvolvido pela Feam desde 2003. Por meio do programa, mais de 50% dos municípios mineiros já trabalham a gestão de resíduos com disposição final adequada.
O gerente de Meio Ambiente da Fiemg, Wagner Costa, frisou a importância da participação da indústria na gestão dos resíduos, com visão na geração de negócios. "O setor industrial não pode esquecer que, hoje, o bom aproveitamento dos resíduos gera lucros ambientais e econômicos", avaliou.
Experiências
A gerente comercial da Titech, que trabalha com gestão de resíduos, Carina Arita, apresentou as ações da empresa que tem como foco principal a seleção de resíduos. "Atualmente, processamos 190 mil toneladas por dia. Resíduo é riqueza", afirmou Carina.
O diretor operacional da Superintendência de Limpeza Urbana (SLU), Rogério Siqueira, abordou o trabalho desenvolvido na gestão de resíduos de Belo Horizonte. Segundo Siqueira, são coletadas diariamente 3.580 toneladas de resíduos sólidos urbanos e mais 28 toneladas de resíduos hospitalares. Siqueira fez um alerta, afirmando que "um aterro nunca deixa de ser operado, portanto deve-se avaliar um investimento de tempo e pesquisa a longo prazo".
Outra experiência apresentada no workshop foi a Companhia Municipal de Limpeza Urbana do Município do Rio de Janeiro (Comlurb). Segundo o coordenador operacional, Fernando Alves Oliveira Pinto, o Rio produz cerca de 9.000 toneladas de lixo por dia. "Trabalhamos com reciclagem e produção de fertilizantes como alternativas à disposição dos resíduos", explicou o coordenador.
O diretor de Novos Projetos do Grupo Estre, Breno Palma, relatou as atividades da organização, que abrangem coleta, reciclagem, tratamento, logística reversa e planejamento para geração de energia por meio da utilização dos resíduos. "Um ponto a ser melhorado é o design dos produtos, que não leva em consideração a desmontagem. Isso atrapalha o processo de reciclagem", disse Palma. Ele concluiu, salientando a necessidade da promoção de ações de educação ambiental para minimizar os impactos causados pelos resíduos.
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