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Refúgio Estadual de Vida Silvestre Libélulas da Serra de São José: impactos sobre a fauna
Prefeitura de Tiradentes tenta evitar leilão de área de preservação
Lançamento do projeto Cultura, História e Biodiversidade da Serra de São José
Serra de São José, Monumento Natural Nacional
Projeto sobre cultura, história e biodiversidade da Serra de São José
Pela preservação da Serra São José . Luiz Cruz
Desmatamento na Serra de São José
Serra de São José . Luiz Cruz
Tiradentes - proteção e especulação . Luiz Cruz

Tombamento da Serra de São José, em Tiradentes, é debatido por deputados
Por Hugo Netto | 17/04/2024

Pedra Grande, em Itatiaiuçu; Serra dos Pires, em Congonhas; Serra de São José, em Tiradentes; e conjunto de serras de Piumhi também são tema de audiência pública

A Comissão de Cultura da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) realizou, nesta quarta-feira (17), uma audiência pública para debater a importância do tombamento de patrimônios naturais do Estado, para que sejam protegidos de atividades econômicas exploratórias.

Luiz Antônio da Cruz, doutor em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), assumiu a campanha pelo tombamento da Serra de São José, em sua cidade, Tiradentes, em 1987. Ele observou que, iniciado em 1979 pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), o processo agora se encontra “em pendência”, mas valorizou a abertura da casa legislativa para debate sobre o tema pela primeira vez nos quase 40 anos de sua atuação.

Detalhando a importância do tombamento pedido, citou dois biomas presentes no local: “A Mata Atlântica e o Cerrado e, entre eles, diversos ambientes de extrema importância para proteção da situação arqueológica, cultural e ambiental. E nós temos também uma espécie endêmica, a libélula Heteragrion tiradentense, que tem esse nome porque foi encontrada lá”.

A serra também está presente nos municípios de São João del-Rei, Prados, Coronel Xavier Chaves e Santa Cruz. “Do lado de Tiradentes, onde está a Mata Atlântica, sofremos um processo gravíssimo da especulação imobiliária. Não temos como segurar aquilo que está acontecendo com os condomínios, loteamentos, os parcelamentos, as mudanças de uso, isso tudo traz impacto”, denuncia Luiz Antônio.

O Secretário Municipal de Turismo, Cultura, Esporte e Lazer de Tiradentes, Sérvulo Matias Filho, reafirmou a questão da especulação imobiliária na cidade: “Em todos os cantos, hoje, você vê um loteamento. Um município com 7.444 habitantes, com quase 5 mil lotes à venda e, infelizmente, um déficit habitacional enorme, num perímetro de 83 quilômetros quadrados. Isso nos preocupa bastante e a gente precisa desse acautelamento, desse tombamento, não só federal, mas principalmente o estadual.

A área tombada apenas municipalmente possui dez hectares, o que equivale a 100 mil metros quadrados ou a dez campos de futebol. De acordo com a ALMG, a serra quase foi vendida para uma mineradora e empresas interessadas em construir resorts e hotéis, mas ficou sob posse do Instituto Estadual de Florestas de Minas Gerais, por ação do Tribunal de Justiça.

Mineração preocupa outras serras mineiras

A licença ambiental obtida por uma mineradora para instalação de um empreendimento a 500 metros do monumento de Pedra Grande, entre Itatiaiuçu, Igarapé e Mateus Leme, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, também foi uma preocupação da audiência. Segundo a assessoria da deputada Beatriz Cerqueira (PT), que solicitou a reunião, a Pedra Grande tem 37 cavidades já catalogadas e ainda compreende a Serra Azul com nascentes e corredor ecológico.

A Serra dos Pires, em Congonhas, na Região Central do estado, já sofre com reflexos da mineração no abastecimento de água, de acordo com ativistas. O local também abriga espécies raras de flora e fauna, “inclusive uma delas já bem pesquisadas por João Luís Lobo, um dos pesquisadores da Universidade Federal de Juiz de Fora, que catalogou uma espécie rara de uma orquídea que só se manifesta nessa região”, destacou André Candreva, sócio-fundador e presidente do Instituto Histórico e Geográfico de Congonhas.

E no conjunto de serras de Piumhi, no Centro-Oeste de Minas, localizada entre o Parque Nacional da Serra da Canastra, onde fica a nascente do Rio São Francisco, e o Lago de Furnas, sítios arqueológicos e nascentes também podem ser ameaçados pelo interesse na exploração de minério de ferro, cromo e manganês.

Iepha não se movimenta por conta própria

De acordo com Helena Maria França Alves, arquiteta da Gerência de Projetos e Obras do Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (Iepha-MG), “sem dúvida existe o interesse de proteção dessas serras que estão sendo ameaçadas pelo poder econômico”, mas, mesmo com “o interesse histórico, etnográfico, antropológico e até arqueológico”, a Assembleia Legislativa precisaria enviar o pedido formal.

A deputada solicitante da audiência informou que serão apresentados dois requerimentos: para que o Iepha atue iniciando os procedimentos da proteção e também solicitando a atuação das prefeituras, mas nesse ponto com “esperanças um pouco relativas”.

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SOS MANGUE
maio 2023

Nós, cidadãos preocupados com a preservação do meio ambiente e comprometidos com a conservação de nossos recursos naturais, manifestamos nossa profunda indignação e repúdio diante dos planos de leiloar a Cachoeira do Mangue para uma iniciativa privada, com o objetivo de transformá-la em uma pedreira.

A Cachoeira do Mangue é um patrimônio natural de valor inestimável. Sua beleza cênica, suas águas cristalinas e sua biodiversidade exuberante são fontes de encantamento e um refúgio para a fauna e a flora locais. Entendemos que a preservação desse tesouro é de responsabilidade coletiva e um compromisso inegociável com as gerações presentes e futuras.

Diante disso, solicitamos veementemente que as autoridades competentes intervenham e tomem as medidas necessárias para garantir a proteção e a preservação da Cachoeira do Mangue. Exigimos a revogação imediata do plano de leilão e a adoção de ações concretas para a conservação desse importante ecossistema.

Como signatários deste abaixo-assinado, pedimos:

  1. A realização de estudos ambientais abrangentes para avaliar os impactos que a exploração da pedreira teria sobre a Cachoeira do Mangue, considerando a biodiversidade, a qualidade da água, a paisagem e outros fatores relevantes.

  2. A criação de uma área de proteção ambiental ou de um parque natural que inclua a Cachoeira do Mangue, com medidas de preservação efetivas e um plano de manejo sustentável.

  3. A destinação de recursos para a fiscalização e monitoramento contínuo do local, a fim de garantir a aplicação das medidas de proteção e prevenir qualquer atividade prejudicial ao ecossistema.

  4. O engajamento da comunidade local, das organizações não governamentais e dos especialistas em meio ambiente na tomada de decisões relacionadas à Cachoeira do Mangue, de forma a garantir transparência, participação e diálogo constante.

  5. O fortalecimento da educação ambiental, por meio de campanhas de conscientização e programas educativos, para promover a importância da conservação da natureza e da valorização de nossos recursos naturais.

Assine este abaixo-assinado em defesa da Cachoeira do Mangue e junte-se a nós na luta pela preservação desse importante patrimônio natural. Nossas assinaturas representam a união de vozes em prol de um futuro sustentável e consciente.

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TIRADENTES – MAIS UMA VITÓRIA DOS AMBIENTALISTAS!

O terreno Maria Joana, ou Terreno do Mangue, de propriedade da SAT – Sociedade Amigos de Tiradentes recebeu uma multa do IEF-Instituto Estadual de Florestas/MG. Logo a SAT que fez ampla campanha em defesa da Serra, construiu uma guarita para o monitoramento da área, fez o projeto arquitetônico para o Parque Municipal Frei Veloso e em 1992 equipou os 20 primeiros brigadistas da Brigada Voluntária de Combate a Incêndios Florestais de Tiradentes – que atuaram bravamente por quase 30 anos em defesa da serra. A SAT desenvolveu projetos pioneiros na área do patrimônio cultural e ambiental na região. A multa que recebeu foi uma vingança não contra a SAT, MAS CONTRA TIRADENTES. Infelizmente, a direção da SAT caiu em mão indevidas, de uns abutres que quando precisam, pousam de defensores do patrimônio só para aparecer. Corremos o risco de perder o TERRENO MARIA JOANA, mas quando tomamos conhecimento da realização do LEILÃO JUDICIAL, pedimos socorro à Prefeitura Municipal de Tiradentes. Tivemos várias reuniões com o Prefeito Nilzio Barbosa, o Secretário de Governo Rogério de Almeida e a assessoria jurídica. Em curtíssimo tempo, tentamos diversas medidas possíveis para que o MANGUE fosse preservado; pois apareceram várias propostas inadequadas para o terreno, que é de uso tradicional do lazer e entretenimento da população e do turismo. Claro, além da riqueza da biodiversidade, dos recursos hídricos e dos diversos vestígios arqueológicos. Todos nós vivenciamos momentos de apreensão. A Prefeitura Municipal de Tiradentes encontrou a solução, a desapropriação do terreno para a implantação do Parque Arqueológico da Serra de São José – Decreto Nº4218, de 18 de maio de 2023. Os ambientalistas são poucos, mas são firmes, fortes e vencedores. E, como dizia minha avó Maria, “A caravana da vitória passa, aos outros só resta roer os cotovelos”. Gratidão ao Prefeito Nilzio, ao Rogério e a todos que apoiaram essa iniciativa – que São Francisco de Assis, sincretizado com IROKO, derrame muitas bençãos sobre vocês!!! E a MÃE NATUREZA também agradece.

Fonte: Face Luiz Cruz

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Zema coloca Tiradentes na rota da mineração

A população mineira recebeu estarrecida a notícia de que o governo de Romeu Zema (Novo) pretende leiloar a uma mineradora parte da Serra de São José, em Tiradentes. O leilão, que estava marcado para segunda-feira (22), foi suspenso devido a movimentação da prefeitura, que conseguiu a suspensão por 30 dias.

A parte da serra que está sob ameaça é conhecida como “Mangue”, uma região linda que emoldura a cidade de Tiradentes, repleta de biodiversidade, nascentes e até cachoeira. Segundo o secretário de governo do município, o local, que está inserido em uma área de proteção ambiental (APA), foi atingido por um incêndio em 2008. A entidade que adquiriu o terreno não realizou os pagamentos de algumas multas, e o Instituto Estadual de Florestas (IEF) está exigindo a execução das penalidades através do leilão da região do Mangue.

Diversas mineradoras possuem multas milionárias, devido a recorrentes crimes ambientais, e não percebemos o mesmo empenho do governador Zema em exigir a execução de multas por meio de leilão dos bens das empresas. Recentemente, por exemplo, o governador livrou de penalidades várias mineradoras que não cumpriram a “Lei mar de lama nunca mais”, que exigia o descomissionamento de barragens de rejeitos construídas em método à montante em Minas Gerais. A medida, que só beneficiou as mineradoras, manteve dezenas de barragens com risco de rompimento em cima das casas dos mineiros.

No entanto, quando o assunto é punir uma entidade da sociedade civil para entregar terrenos para mineração, o governo atua como carrasco pressionando a Justiça para realizar o leilão de forma célere, surpreendendo a comunidade e liberando fronteiras para o capital mineral.

Ataque ao patrimônio dos mineiros

De acordo com as informações da Agência Nacional de Mineração (ANM), a região da Serra de São José possui vários requerimentos de pesquisa e lavra para explorar diversos minerais, tais como quartzito, cobre, areia, água mineral, níquel, manganês e fosfato.

Tiradentes é uma cidade símbolo da história e cultura mineira, mundialmente conhecida por sua arquitetura, sua culinária e seus festivais. A mineração na região seria um crime contra um patrimônio do povo mineiro e desconfiguraria a Serra de São José, que proporciona uma das paisagens mais belas do estado.

Esse é mais um episódio de como o governador Zema atua de maneira obcecada para liberar a mineração em todo o território mineiro. O governo representa um projeto que busca acumular riqueza pela espoliação completa de nossos bens naturais e não possui nenhum compromisso com a vida, com o povo e com nossos patrimônios histórico-culturais. A resistência a este projeto, bem como o impedimento da mineração em Tiradentes, é uma tarefa histórica de todo o povo mineiro que se empenha em virar essa página e superar esse desgoverno em Minas Gerais.

Luiz Paulo Siqueira é biólogo e coordenador nacional do Movimento pela Soberania Popular na Mineração (MAM).

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Tempo seco antecipa preocupação com fogo
Por Gazeta de São João del-Rei em 15/02/2014

O alarme de queimadas na região já foi ligado. Isso porque nos primeiros meses de 2014 o clima está atípico, mais seco do que o normal nesta época do ano, favorecendo incêndios que já começaram a acontecer.

Ocorrências de incêndio em lotes vagos e pequenas vegetações ligam alerta para cuidados com APAs como a Serra São José, alvo de queimadas grandes em 2012 – Foto: B.Batchelder / Divulgação indisponível.

Só em janeiro deste ano foram dois em vegetação e seis em lotes vagos, de acordo com o 2º Pelotão do Corpo de Bombeiros. Segundo o subtentente da guarnição, Wagner Eduardo Jacques, em decorrência do aumento da temperatura e da baixa umidade do ar, o primeiro bimestre de 2014 foi propício a esses incidentes que, infelizmente são realidade na região todos os anos. Porém, eles são mais frequentes nos meses de julho e agosto.
A antecipação do problema faz com que os bombeiros já se preocupem, também, com Áreas de Proteção Ambiental (APA). Elas, aliás, sofreram com o fogo em anos anteriores. Em setembro de 2011, uma queimada atingiu cerca de mil hectares de terra na Serra de São José. Em agosto de 2012, outra destruiu 480 hectares no mesmo espaço, além de cerca de 70 mil metros quadrados de mata na Serra do Lenheiro.
Dados recentes

As estatísticas divulgadas pelo Corpo de Bombeiros apontam uma matemática favorável ao meio ambiente regional quando o assunto são os últimos anos, mas isso não exclui a apreensão com 2014. Em 2011 foram registradas 224 ocorrências de incêndio em vegetação. Já em 2012 e 2013, o número caiu para 85. Em 2014, até o dia 31 de janeiro ocorreram dois incêndios desse tipo.
E as queimadas também tiveram outro cenário: os lotes vagos. Nesses casos, em 2012 foram 41 ocorrências; em 2013, 64; e em 2014, seis até agora. Para o subtenente dos bombeiros, a queda no total das ocorrências se deve às ações preventivas realizadas em patrulhas e vistorias do pelotão em parcerias com os proprietários de terrenos e as entidades de apoio.

As parcerias com as entidades de apoio são essenciais no que tange à segurança ambiental nas duas serras que cortam a região. A Serra São José abriga duas Unidades de Conservação (UCs) Estaduais: a Área de Proteção Ambiental (APA) São José e o Refúgio Estadual de Vida Silvestre (REVS) Libélulas da Serra São José. Segundo o gerente da APA e REVS, Itamar Silva, os recursos para gestão das UCs são oriundos do Governo do Estado de Minas Gerais, através do Instituto Estadual de Florestas (IEF).
Ele explicou que há trabalho durante todo o ano nas unidades, mas o período que mais exige das equipes é o chamado “período crítico”, de seca ou estiagem, que vai de junho a outubro. Contudo, neste ano, como já apontado pelos Bombeiros, a situação está diferente. “No verão de 2014 estamos vivenciando um ‘período crítico’ extraordinário”, concordou.

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Incêndio destroi parte da Serra de São José

Um incêndio que durou quatro dias destruiu cerca de 480 hectares de área da Serra de São José. O fogo, que começou na noite de sábado, 8 de setembro para domingo, 9 e destruiu partes da reserva situada em Tiradentes, Prados e Coronel Xavier Chaves, só foi controlado na noite de terça-feira, dia 11.

Segundo informações do 2º Pelotão de Bombeiros Militares, a unidade foi acionada na tarde de domingo e compareceu nas proximidades da Trilha do Carteiro, onde parece ter se iniciado a queimada. Os bombeiros trabalharam até altas horas, quando tiveram que parar devido às dificuldades de acesso ao local durante a noite. Na segunda-feira, dia 10, o apoio de bombeiros voluntários do Instituto Estadual de Florestas (IEF) e de militares do 11º Batalhão de Infantaria de Montanha-Regimento Tiradentes, envolvendo cerca de 60 pessoas além da presença de três aeronaves, ajudou no combate, controlando parcialmente o incêndio. Já na manhã de terça-feira, os profissionais retornaram ao local em mais uma tentativa de acabar com os focos que ainda persistiam. O fogo somente foi extinto na noite de terça-feira.

O Corpo de Bombeiros estima que mais de 480 hectares foram destruídos pela queimada, que atingiu a área da Serra presente em três das cinco cidades onde ela se encontra, só não chegando até São João del-Rei e Santa Cruz de Minas. Ainda que as causas não tenham sido identificadas até o momento, a suspeita é de que o fogo teria começado em uma área de camping, possivelmente por acidente.


A área atingida compreende partes da Serra nos municípios de Tiradentes, Prados e Coronel Xavier Chaves

Fonte: Folha das Vertentes . 1 Quinzena de Setembro de 2012

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Chamas destroem quase 500 hectares de serras

Áreas ambientais equivalentes a mais de 680 campos de futebol foram devastadas pelo fogo em São João del-Rei e Tiradentes nesta semana, quando dois incêndios atingiram a Serra de São José e a Serra do Lenheiro.

Quem passou pelas ruas históricas de Tiradentes no domingo, 9, se deparou com as chamas que tomavam a serra – Foto: Facebook Ben Batchelder / Divulgação . indisponível

O primeiro foco surgiu na São José na tarde de domingo, 9, por volta das 15h, e se transformou em queimada extensa que só acabou na manhã de quarta-feira, 12, após destruir 480 hectares de Área de Proteção Ambiental (APA). O terreno queimado em três dias equivale a 672 campos com as dimensões do novo Mineirão, com 7,14 mil metros quadrados.

Já na Serra do Lenheiro, em São João del-Rei, os estragos foram menores, mas também preocupantes. Ali a brigada de incêndio local começou a atuar na segunda-feira, 10, apagando queimadas isoladas. Até o fechamento desta edição na quinta-feira, 13, o fogo já havia consumido mais de 70 mil metros quadrados de mata. “Chegamos a encontrar um bezerro carbonizado. É uma realidade triste, que nos comove, e tentamos brigar contra ela. Mas nem todos têm essa consciência. No início da semana flagramos duas pessoas saindo às pressas da mata onde havíamos diagnosticado um foco de incêndio. Muito do que acontece é criminoso”, explicou o brigadista Ulisses Coelho.

A suspeita é de que o mesmo possa ter acontecido na Serra de São José. Segundo o comandante do 2º Pelotão do Corpo de Bombeiros, subtenente Wagner Eduardo Jacques, o incidente ainda será investigado, mas é possível que tenha sido causado propositalmente ou após descuido de visitantes e turistas na área.

São José
A devastação na serra localizada em Tiradentes aconteceu exatamente um ano depois de o mesmo espaço ter mil hectares tomados pelo fogo. Desta vez as labaredas chegaram a atingir quatro metros de altura e demandaram reforços aéreos com duas aeronaves do Previncêndio, lançando 1,8 mil litros de água por carregamento; e um helicóptero da Corpaer, de Belo Horizonte.

No chão, 60 pessoas entre integrantes do Corpo de Bombeiros, brigadistas do Instituto Estadual de Florestas (IEF), homens do 11º Batalhão de Infantaria de Montanha e voluntários treinados se revezaram no combate ao incêndio. “Começamos todos os dias por volta das 5h30 e encerramos às 18h30. Nesse horário, a falta de visibilidade impedia que pudéssemos trabalhar de forma efetiva, já que o local é de difícil acesso”, explicou o cabo Alexandre Martins Mendes, assessor de imprensa do 2º Pelotão do Corpo de Bombeiros.

De acordo com o engenheiro florestal Itamar Christófaro Silva, do IEF, um outro detalhe chama a atenção. “Curiosamente, a parte queimada é contígua à que foi destruída no ano passado. Infelizmente, o que não foi atingido em 2011 sofreu em 2012. Esse terreno tem capacidade de recuperação parcial em dois ou três anos. Mas para isso vamos precisar lutar para evitar novos incidentes e contar com a consciência das pessoas para que não causem queimadas. O problema é que ainda há muita gente disposta a destruir”, disse.

Mesmo sem focos aparentes, uma equipe de monitoramento com 20 profissionais permanece acompanhando o local, para impedir que novo incidente aconteça. “Esta época do ano é marcada por altas temperaturas e baixa umidade do ar, facilitando que o fogo se espalhe. Além disso, na região atingida ainda há muito material de fácil combustão, como folhagem seca, galhos e mata rasteira”, explicou o subtenente Eduardo.

Lenheiro
Para combater os focos de incêndio na Serra do Lenheiro, a brigada local contou com dez voluntários e uma lista de aparatos manuais como abafadores, chicotes, enxadas, pás, facões e bombas costais, além de equipamentos de proteção individual.

A equipe foi formada no primeiro semestre deste ano como extensão da Brigada 1, de Belo Horizonte, que também conta com braços de apoio em Ouro Preto e Sacramento.

Apesar de focos isolados e em menores proporções, o trabalho da equipe de combate também é árduo. “A Serra do Lenheiro, frontalmente, abrange do Rio das Mortes ao Senhor dos Montes, mas há os trechos que as pessoas não conseguem ver de dentro da cidade. Também atuamos ali e defendemos o espaço da melhor maneira que podemos”, explicou Coelho.

Fonte: Gazeta de SJDR . 15/09/2012

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31/08/2010 08h26 - Atualizado em 31/08/2010

Queimada devasta parte de reserva de Mata Atlântica, em Tiradentes
Corpo de Bombeiros disse que fogo começou na copa das árvores.
Ainda não se sabe o tamanho da área destruída.Do G1 MG
Um incêndio atingiu parte de uma reserva de Mata Atlântica na Serra de São José, em Tiradentes, região central de Minas Gerais. Segundo o Corpo de Bombeiros Voluntários de Tiradentes, as chamas começaram nas copas das árvores na última sexta-feira (27) e os focos se espalharam rapidamente pela vegetação rasteira.

Vinte bombeiros voluntários e 30 moradores trabalharam para combater o fogo. O incêndio foi controlado na noite desta segunda-feira (30). Ainda não se sabe o tamanho da área destruída.
Os bombeiros voluntários vão chamar a Polícia Ambiental para fazer a perícia e tentar descobrir o que causou a queimada.

Fonte: Site G1/MG

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