Ouvidoria
Saúde terá R$12 milhões anuais do Governo de MG
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Verba será direcionada para a macrorregião Centro Sul
São João del-Rei e outros nove municípios mineiros ganharam do Governo de Minas uma importante injeção de investimentos em saúde. Isso porque na segunda-feira, 22, o secretário de Estado da pasta, Antônio Jorge de Souza Marques, assinou um termo de compromisso que garante repasses mensais de R$1 milhão a dez cidades integrantes da Rede de Urgência e Emergência da Macrorregião Centro Sul. A iniciativa, assim, adianta o processo de instalação a ser finalizado em novembro deste ano e representa investimentos anuais de R$12 milhões.
Em São João del-Rei isso significa a consolidação de uma estrutura médica com um componente pré-hospitalar móvel, o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), agregando os serviços prestados pela Unidade de Pronto Atendimento(UPA) e pelas casas de saúde do município, com retaguarda financeira total e garantida de R$280 mil por mês.
Sob uma perspectiva mais ampla, a cidade se firma como um dos pilares na nova plataforma médica e integrada planejada pelo governo do Estado. "Trabalhando em rede, os municípios poderão garantir maior
efetividade e resolutividade na atenção de urgência e emergência. Com a efetivação desse sistema, Minas busca garantir que as equipes de atendimento estejam presentes nos pontos de atenção no momento em que os usuários mais precisarem”, explicou Souza Marques.Benefícios
O termo assinado na segunda-feira beneficia diretamente São João del-Rei, Nazareno, São Tiago, Alto Rio Doce, Piranga, Barbacena, Congonhas, Conselheiro Lafaiete, Carandaí e São Vicente de Minas. No entanto, o estabelecimento da Rede de Urgência e Emergência vai atender 50 municípios, prestando assistência a 740 mil habitantes. "Os ganhos com todo esse investimento serão de todos. E há a expectativa de que o Governo Federal possa incrementá-lo, A saúde em Minas dará um passo enorme. Em São João isso vai significar a coroação de um trabalho que já vinha acontecendo e vai melhorar ainda mais o atendimento local", explicou 0- secretário municipal do setor, José Marcos de Andrade.Os repasses
Conforme explica a secretária executiva do Consórcio Intermunicipal de Saúde da Rede de Urgência e Emergência da Macrorregião Centro Sul (Cisru), Ormesinda Barbosa, cada um dos municípios receberá os
incentivos financeiros de acordo com a função assumida dentro do sistema integrado, dividido por níveis hospitalares. Com isso, hospitais de Piranga, Alto Rio Doce, São Tiago, Nazareno e São Vicente de Minas serão beneficiados com concessões de R$35 mil mensais, destinadas a casas classificadas como de Nível IV, responsáveis por oferecer plantões médicos clínicos presenciais. Já Congonhas, Carandaí e São João del-Rei(com instituições enquadradas no Nível III, de urgência e emergência clínica, cirúrgica e traumatológica) receberão, cada uma, R$100 mil. O Hospital Nossa Senhora das Mercês está incluído nesse grupo, enquanto à Santa Casa são-joanense corresponde ao Nível II junto aos municípios de Barbacena e Conselheiro Lafaiete, Voltadas para atendimentos em pediatria, ginecologia e obstetrícia, todas essas instituições garantiram repasses de R$180 mil junto ao Estado. Ainda de acordo com o secretário de Saúde de São João, a Santa Casa e o Hospital das Mercês são obrigadas a garantirem plantões presenciais clínicos e de anestesia, além de sobreaviso em áreas cirúrgicas.
As casas de saúde de Nível I, como é o caso de Ibiapaba, em Barbacena, terão investimentos de R$75 mil, valor repassado a hospitais de referência em doenças cardiovasculares. "Ao todo esses investimentos representam mais de R$10 milhões destinados à Rede anualmente, além da instalação de um novo método de atendimento, baseado no Protocolo de Manchester", lembrou Ormesinda.Recepção Humanizada
Em São João del-Rei, o Protocolo de Manchester já funciona na UPA. O método baseia-se na triagem dos pacientes, determinando o período de espera a partir de unia avaliação realizada por enfermeiros. Isso
significa que a intervenção médica não depende da ordem de chegada, mas da real necessidade da pessoa assistida, classificada por cores. Até o final de setembro, a expectativa é de que todas as casas de saúde
integrantes da Rede de Urgência e Emergência Centro Sul já utilizem o protocolo. E esse é um dos quesitos para garantir os investimentos do Estado. "Essas instituições já aderiram ao método, mas vão precisar comprovar às prefeituras que realmente estão aplicando essa técnica para que os repasses mensais sejam feitos efetivamente", explicou Marta Sousa Lima, chefe de gabinete da Secretaria de Estado de Saúde.
Na primeira semana de setembro, nos dias 5 e 6, 250 pessoas vão participar de um curso preparatório, em Barbacena, voltado para o protocolo. A oficina será ministrada por uma equipe técnica de Pirapora (MG), considerada referência nacional na aplicação do sistema de Manchester.· "Uma preparação online já acontece desde 2010. Agora o trabalho será realizado de forma presencial incluindo, também, um momento de sensibilização de representantes públicos com relação a esse novo tipo de atendimento", explicou Ormesinda.
O Governo de Minas já enviou computadores, softwares e câmeras para cada um dos hospitais da Rede, compondo um kit de mais de R$8 mil.Plantões
Com intuito de prestar um serviço à população são-joanense, o jornal Gazeta de São João dei Rei encaminhou ofícios às três casas de saúde da cidade, desde a terça-feira, 16, solicitando o nome dos profissionais dos plantões presenciais que as instituições fazem no fim de semana.
A Santa Casa respondeu aos dois ofícios e disse não poder atender ao pedido devido às trocas regulares de plantonistas nas diversas especialidades. “Achamos prudente que os nomes dos referidos profissionais não sejam divulgados, pois podemos levar informações não condizentes com a realidade do dia do plantão”, atestou um dos ofícios de resposta, enviados à redação nos dias 17 e 23.
Já o Hospital Nossa Senhora das Mercês informou que ao poderia divulgar os nomes dos profissionais, pois a escala poderia ser modificada a qualquer momento “por motivos alheios à vontade dos próprios profissionais ou da entidade”.
A Unidade de Pronto Atendimento (UPA), que a princípio responde que a solicitação deveria ser feita ao supervisor da unidade, não respondeu aos ofícios. Só na última quinta-feira, 25, a reportagem do jornal foi avisada por telefone que a requisição deveria ser enviada ao gerente executivo da Fundação de Apoio ao Hospital Universitário (FHU) da UFJF, responsável por gerir a UPA.
A equipe entrou em contato com o gerente da instituição, que solicitou que o documento fosse encaminhado por email. Porém, ele afirmou que deveria repassar o pedido para o conselho da fundação e não teria condições de respondê-lo ainda nesta semana.
As três instituições de saúde realizam atendimento 24h e devem ofertar plantões presenciais para atender a população. As pessoas que se sentirem lesadas nesse sentido podem procurar o Ministério Público para fazer uma reclamação formal.
Fonte: Gazeta de SJDR, 27 de Agosto de 2011
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