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Os imortais de São João del-Rei . Carol Argamim Gouvêa

Descrição



As salas antigas do segundo andar do prédio da Biblioteca Municipal ganham vida no último domingo de cada mês, com a reunião mensal da Academia de Letras de São João del-Rei. Entre cidadãos interessados e curiosos, destacam-se 40 pessoas: os imortais, membros efetivos da entidade.
 
A Academia, como é conhecida, foi fundada em 1970 e possui como objetivo promover e preservar as Belas Letras e Belas Artes são-joanenses, além de ajudar a manter o patrimônio cultural da cidade. Seguindo o modelo machadiano da ABL (Academia Brasileira de Letras), possui um patrono para cada uma das 40 cadeiras, sendo que cada um é uma personalidade da história e da literatura local, tais como o ex-presidente Tancredo Neves.
 
Segundo o estatuto da Academia, apenas escritores, jornalistas e excelentes oradores podem ocupar uma das cadeiras vitalícias. Além disso, é preciso residir em São João del-Rei e comparecer às reuniões mensais.
 
Dentre os imortais da Academia, está o músico, compositor, professor e escritor Abgar Tirado, membro há 28 anos. Ele ocupa a cadeira 16, que corresponde àquela do seu próprio amigo e professor, Domingos Horta. Tirado também é sócio correspondente da Academia Municipalista de Letras de Minas Gerais e da Academia de Letras de Valença.
 
José Antônio de Ávila Sacramento, ocupante da cadeira 15, critica o sistema da Academia, dizendo que alguns membros efetivos “não são da Literatura e possivelmente nunca escreveram um pequeno artigo”. Ele acredita que apenas as pessoas realmente ligadas à literatura deveriam ter acesso ao topo da instituição. Entretanto, ele explica que esse fato ocorre até mesmo na ABL, desde a defesa de Joaquim Nabuco para uma maior flexibilidade na admissão de membros efetivos. Ainda assim, ele defende a necessidade de um controle maior na escolha dos imortais.



Sacramento procura estar sempre ativo na produção literária, além de possuir um site na internet onde publica seus artigos e crônicas, colabora no Jornal de Minas, em revistas de institutos históricos e espera pela publicação de um livro em parceria com o amigo Oyama de Alencar Ramalho, ex-membro da Academia.
 
Sobre as dificuldades da entidade, o Acadêmico afirma que a Academia de Letras de São João del-Rei, apesar de relativo reconhecimento nacional, não é valorizada pelos são-joanenses. Uma parcela da população até sabe da existência, mas poucos realmente conhecem o trabalho cultural da Academia. Ele acredita que um trabalho melhor de publicidade e esclarecimento da população deva ser realizado. Como lembra o professor Abgar Tirado, “já existem pessoas muito interessadas, que vão assistir sempre às sessões com a pretensão de um dia pertencerem à Academia”. E ainda dá a dica: “Se você quiser participar, procure estudar muito, produzir boas coisas e estar sempre presente”.

Texto de Carol Argamim Gouvêa . Publicado no Observatório da Cultura
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