São João del-Rei, Tiradentes e Ouro Preto Transparentes

a cidade com que sonhamos é a cidade que podemos construir

la ciudad que soñamos es la ciudad que podemos construir

the city we dream of is the one we can build ourselves

la cittá che sognamo é la cittá che possiamo costruire

la ville dont on rêve c’est celle que nous pouvons construire

ser nobre é ter identidade
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Publicações

Tipo: Artigos | Cartilhas | Livros | Teses e Monografias | Pesquisas | Lideranças e Mecenas | Diversos

Escopo: São João del-Rei | Tiradentes | Ouro Preto | Minas Gerais | Brasil | Mundo

 

8 de Dezembro: Parabéns, São João del-Rei . Artur Cláudio da Costa Moreira

Descrição

Às vezes, algumas pessoas com quem travo conhecimento, costumam perguntar se eu sou de São João del-Rei, Invariavelmente minha resposta é: “sou nascido, criado e não saio daqui”. Digo com muito orgulho! Sou da Rua do Meio (Hoje Dr. José Bastos) meio caminho entre o Centro e o Bairro Bonfim. Ali estou desde muitotempo, filho de Henrique da Costa Moreira e Haydée da Costa Moreia, tenho quatro irmãos, dois nacidos no Rio de Janeiro e dois são-joanenses (Maria Helen, Eduardo Henrique, Regina Coeli e Fernando Antônio) como eu. Mas os dois cariocas, não dizem que ao de outras bandas; também falam, com orgulhoso, serem nascidos aqui. A razão? Quem é de del-Rei, sabe dos encantos de nossa terra. Nascemos ouvindo os sinos falarem: viveram vendo as procissões percorrendo as ruas centrais da cidade, vestindo as opas das irmandades, seguindo o cortejo carnavalesco da Falem de Mim, Qualquer Nome Serve, Depois eu Digo, Largo da Cruz, Metralhas e Custa Mais Vai. Comendo as deliciosas amêndoas, o puxa-puxa, o quebra-queixo.
Crescemos ouvindo as orquestras Ribeiro Bastos, Lira São-joanense e Sinfônica. Quantas vezes não fomos atrás das Bandas Teodoro de Faria, a Santa Cecília e a Banda do “Seu” Joaquim Laurindo, quando "à toa na vida, quando alguém nos chamava para ver a banda passar”. Quando a sirene na Rádio São João tocava, corríamos para ouvir as notícias urgentes que o Joanino Lobosque viria trazer. E a rádio da nossa história, fazíamos passar as tardes em oferecimentos musicais aos amigos, terminando com o Chá das Cinco. Quantas tares d domingo não passamos dentro do Clube Teatral Artur Azevedo, ansiosos pelas três badaladas que anunciavam o início das inesquecíveis sessões de cinema ou alguma peça de teatro, onde meu pai iniciou-se sua carreira de ator? O Cine Teatro Municipal também nos fez assistir a muitos filmes e peças teatrais. O Cine Glória com suas cadeiras confortáveis nos via pouco, pois os maiores sucessos eram exibidos no Artur Azevedo. Hoje, nas mãos do glorioso Lilinho, esse cidadão que muito nos honra – embora não seja sã-joanense da gema – e é mais são-joanense que muitos filhos da terra, e mantém bravamente duas salas de cinema, com lançamentos simultâneos de grande filme. Nadamos muito nos córregos da cidade, lamentavelmente poluídos. Viajamos até dizer chega na Maria Fumaça, antes que seus trilhos fossem criminosamente arrancados, ferindo o brio da fiel e briosa São João del-Rei. Quantas vezes jogamos queimada, pique-bandeira, peladas, bolinhas de gude, finco, nas ruas de nossa terra antes que os automóveis virassem prioridade? Os apitos das fábricas, anunciando o final dos turnos e o sino da Matriz eram os relógios pontuais da cidade. Quando crianças, andávamos aos bandos pelos morros são-joanenses a catar gabiroba, amora silvestre, tendo caganeira e bebendo água das minas que pululavam pelos montes e sua água fresquinha nos matava a sede. Os terrenos baldios nos serviam de campos de futebol. Aos domingos, a diversão, além do cinema, era ir ao Ginásio Santo Antônio visitar o “zoológico” do Frei Metelo, dia de missa, de Oratório São Caetano, pedindo aos padres e freis os santinhos para nossa coleção. Er divertido comer os pastéis do “Boazinha”, ir ao Bico de Lacre tomar um refrigerante e comer mais pastel, após uma procissão. Que saudade de tudo isso!
Hoje, passados os anos, São João del-Rei deu uma repaginada. Mudou muito! Quantas coisas novas estão por aí. Quem cresceu aqui, ou ficou no ir e vir ou voltou depois de longo tempo ausente, encontrou uma cidade diferente, mas que encanta a quem por aqui chega. Todavia, o que torna nossa São João tão encantadora, capaz de cativar os mais arraigados visitantes de outras terras? Será o ecletismo de sua arquitetura, que vive entre o barroco e o moderno? Será a convivência tranquila entre o sagrado e o profano, quando  gente vê as mesmas pessoas que agitam  carnaval, carregarem os andores nas procissões? Será p jeito da boa gente da terra, que recebe bem a todos que aqui visitam? Será o ar gostoso que aqui se respira? Será a topografia de vale e montanha? Será a cultura que teve um passado espetacular e hoje readquire o brilho de outrora? O que será? Para mim e outros tantos mais, o que encanta em São João é simplesmente o fato de ser são-joanense, de conhecer cada caminho da terra, cada cidadão singular. O fato é que ou amamos ou detestamos a cidade. Não dá para existir o meio termo. E, com certeza, a opção de amar supera, em muito, a segunda. Por isso, terra gentil que fulguras, no regaço das terras de Minas, cofre das glórias mais puras, das bênçãos mais divinas. Salve Terra!... Entre terras mineiras, tens um posto de grande fulgor. Foram tua as vozes primeiras, contra o mal de um governo opressor. Salve, terra querida e formosa!.... Salve terra de Sõ João del-Rei. Sê tu sempre feliz e gloriosa, sentinela da crença e da lei.
Gritemos juntos, em uníssono: Parabéns, em sua data querda! Feliz aniversario! EU “TE” AMO, SÃO JOÃO DEL-REI!!

Fonte: Gazeta de SJDR, 3 de Dezembro de 2011

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