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Ócio nada criativo . Valmor Bolan

Descrição

Reportagem de Carlos Minuano publicada no Folhateen, no dia 6 de junho, chama atenção de um fenômeno preocupante com graves consequências de dano social. Jovens da classe média adotam a preguiça como profissão  (www1.folha.uol.com.br/folhateen/925863-jovens-de-classe-media-adotam-a-preguica-como-profissao.shtml). E conta que “Andréa M., 22, formada em Gastronomia, revela sua receita predileta: levar a vida a banho-maria. ‘Em plena quarta-feira, fui à praia com uma amiga. Se eu estivesse trabalhando isso não seria possível’, diz.” E acrescenta: “Qualidades não faltam à Andréa. Além do talento na cozinha, fala espanhol fluente. Mas, no currículo, há somente quatro experiências que não somam mais do que seis meses de trabalho. Ela conta que, para espantar a monotonia, sai três ou quatro vezes por semana. Seu roteiro inclui bares e baladas na Vila Madalena. Andréa admite que os seus pais não concordam muito com sua situação atual. ‘Vivem me dizendo para ir trabalhar. Mas agora, no inverno, prefiro é ficar embaixo da cobertas.”
A situação descrita na reportagem de Minuano é um fato que vem se tornando corriqueiro na atual geração: filhos que levam uma vida despreocupada, sustentados pelos pais e que não se preocupam em administrar o talento, o tempo, os recursos que possuem, pelo contrario, gastando-os com coisas supérfluas, comprometendo, muitas vezes, o patrimônio dos pais, para levar uma vida na sombra e água fresca.
Isso tudo é resultado de uma sociedade que colocou os direitos acima dos deveres, aonde se fala só em direitos, mas ninguém quer saber dos deveres humanos. Há, nesse sentido, um permanente tirar proveito da situação, na lógica do ganho com o mínimo esforço. Infelizmente, é o que temos visto por aí, de modo crescente, o que nos causa apreensão, porque com essa cultura não podemos progredir muito, pois situações como estas revelam o grau de acomodação de muitos pais, que se tornaram reféns dos filhos, em vez de dar direção na vida deles, acabam sendo dirigidos por eles, numa inversão total de valores.
Precisamos educar os nossos filhos à responsabilidade, daí que desde cedo é importante que eles aprendam a assumir pequenas tarefas em casa, e os pais devem cobrar, sim, o cumprimento destas tarefas, para que eles entendam que em família, um deve ajudar o outro, pelo bem do todo. Urge que os pais assumam o dever de educar os filhos para o trabalho, a responsabilidade e o cumprimento dos deveres, para não termos ampliadas estas situações de um ócio nada criativo.

Valmor Bolan é doutor em Sociologia, conselheiro da Organização Universitária Interamericana no Brasil e membro da Comissão Ministerial do Prouni

Fonte: Gazeta de SJDR, 18 de Junho de 2011

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