São João del-Rei, Tiradentes e Ouro Preto Transparentes

a cidade com que sonhamos é a cidade que podemos construir

la ciudad que soñamos es la ciudad que podemos construir

the city we dream of is the one we can build ourselves

la cittá che sognamo é la cittá che possiamo costruire

la ville dont on rêve c’est celle que nous pouvons construire

ser nobre é ter identidade
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Tipo: Artigos | Cartilhas | Livros | Teses e Monografias | Pesquisas | Lideranças e Mecenas | Diversos

Escopo: São João del-Rei | Tiradentes | Ouro Preto | Minas Gerais | Brasil | Mundo

 

São João del-Rei está de parabéns se perceber que turismo é preservação . Alzira Agostini Haddad

Descrição

Como valorizar nosso patrimônio para melhorar o Turismo/Atualizada . Atitude Cultural
Iº Prêmio Turismo é Preservação . Homenagem André Bello
Dicas para quem quer construir, reformar, restaurar ou pintar o seu imóvel no Centro Histórico e entorno de São João del-Rei

Em 1838 São João del-Rei, divina e graciosa*, adquire o título de cidade. 
A mineração foi o marco da origem de nossa cidade que guarda ainda tesouros muito bem e muito mal explorados. Abençoados os que escolheram este vale tão lindo para esculpir a nossa cidade.  Abençoados os que trabalharam e trabalham duro para construí-la e preservá-la tão linda, cuidadosos de tantos detalhes que encantam turistas de todo o mundo. Personalidades ilustres desbravaram, construíram e imprimiram suas marcas, deixando legados que alteraram a história do país e compõe um patrimônio natural e cultural que é referência.

“São João del-Rei é um bonito nome de cidade. Transmite uma nobreza antiga, sóbria e sábia. Da mesma estirpe, e não por acaso também de outras cidades históricas mineiras” escreveu em artigo Roberto Pompeu de Toledo . Revista Veja 17/10/07.

De geração a geração uma cidade é construída, assim como também pode ser destruída como tantas já o foram. A identidade que confere singularidade ao conjunto urbano – suas manifestações culturais, ruas, praças, monumentos, casario, comércio – correm todos os riscos de dar lugar a construções medíocres sem qualquer estilo ou respeito com o seu entorno. Vejam no site www.saojoaodelreitransparente.com.br , em Legislação municipal, Dicas para quem quer construir, reformar, restaurar ou pintar o seu imóvel. Quantas cidades já não foram dilapidadas em nome de um suposto progresso? E estas cidades continuam com seus sérios problemas e agora ainda outro pior: perderam a identidade e não podem nunca mais usufruir da maior indústria da atualidade, o turismo.

O tombamento de São João del-Rei em 1938 (4 de março de 1938, inscrito no Livro de Belas Artes, vol. 1, inscrição nº1), não conseguiu proteger a cidade o suficiente. O CMPPC-Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Cultural de São João del-Rei, que agora em 2008 completa 10 anos de sua criação, propôs, junto ao IPHAN, a delimitação e ampliação da poligonal do Centro Histórico e a área em seu entorno, ampliando de 2,5 para 4% a área de preservação do patrimônio, iniciando um processo de proteção tombando imóveis importantes e tem empreendido esforços para a salvaguarda do patrimônio da cidade. Prestem atenção: 4%.

Desde a formação da cidade, percebemos muitas preocupações acerca do desenvolvimento indiscriminado da cidade, podemos constatar, conforme levantamento histórico feito pelo historiador Roberto Maldos, presidente do CMPPC:

“O controle administrativo era bastante intenso, buscando a segurança ou o “formoseamento” da Vila. [...]  havia por parte da Câmara o interesse em se determinar a largura das ruas e a dimensão máxima dos lotes urbanos, já se prevendo a carência de lotes mais centrais e que eram os mais procurados. [...] a Câmara durante o século XIX aprimora a questão das posturas, obrigando a obedecer o risco de Edilidade, que a mesma havia adotado para as construções da Vila, zelando também pelo alinhamento das fachadas”.

Tiradentes, Ouro Preto, Diamantina e Paraty, que também retratamos na Agenda Atitude Cultural 2009 – Estrada Real, tem conseguido manter lindamente as suas identidades – não sem muitas dificuldades, mas muito determinadas. Sabem o quanto a preservação está para o lucro, o emprego, a qualidade de vida.

Em razão dos monumentos e dos sítios serem também lugares de desenvolvimento sustentável e de reconciliação, a UNESCO coordena ações de seus parceiros administrando a Convenção para a Proteção do Patrimônio Mundial, Cultural e Natural de 1972, reconhecendo entre outros ítens, que a degradação ou o desaparecimento de um bem cultural e natural acarreta o empobrecimento irreversível do patrimônio de todos os povos do mundo.

Temos agora o grande impasse das palmeiras do Largo São Francisco. São Francisco de Assis, abençoe as decisões que a realidade impõe. Torcemos para que prevaleça a possibilidade de se  plantar primeiro grandes palmeiras sadias, e que o corte ou não das demais sigam orientações muito estudadas dos técnicos da área. A comunidade está bem acostumada à praça sempre linda, com a igreja tão bem cuidada pela Ordem Terceira de São Francisco de Assis, o brilho das iluminações de Fim de ano, o Carnaval de antigamente, a Semana Santa; os encontros, a alegria e o talento dos artistas e músicos locais, e principalmente a alma da população que sempre participa com tanto entusiasmo de tudo que lá se apresenta. Mesmo que, por força maior, for preciso interromper temporariamente esta consolidada política cultural que vem sendo desenvolvida há tantos anos no Largo São Francisco, sempre teremos este espaço de afeto e orgulho para apreciar e manifestar a nossa cultura.

São João del-Rei, desejamos no seu aniversário, que o poder de seus gestores e dirigentes sejam favoráveis à sua conservação e desenvolvimento, que seus filhos se comprometam com a sua sustentabilidade, que os que nasceram e os que vivem aqui percebam a “galinha dos ovos de ouro” que representa e a respeite sempre. Desejamos também que o próximo secretário de cultura tenha sucesso e possa dar continuidade ao belo trabalho da atual secretária e toda a sua equipe; que a fragilidade dos Conselhos Municipais de Preservação possam contar com mais suporte, assessoria e condições reais trabalho; que os pequenos empresários continuem apoiando iniciativas culturais e que as grandes indústrias, empresas e bancos da cidade efetivamente pratiquem a sua responsabilidade social e cultural, patrocinando projetos e iniciativas culturais importantes.

*Música Rosa . Pixinguinha

Alzira Agostini Haddad
Atitude Cultural
www.saojoaodelreitransparente.com.br
06/12/08 - Gazeta de São João del-Rei

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