a cidade com que sonhamos é a cidade que podemos construir

la ciudad que soñamos es la ciudad que podemos construir

the city we dream of is the one we can build ourselves

la cittá che sognamo é la cittá che possiamo costruire

la ville dont on rêve c’est celle que nous pouvons construire

Publicações

Tipo: Artigos | Cartilhas | Livros | Teses e Monografias | Pesquisas | Lideranças e Mecenas | Diversos

Escopo: São João del-Rei | Tiradentes | Ouro Preto | Minas Gerais | Brasil | Mundo

 

Dez anos nas bancas . Gazeta de São João del-Rei . Jota Dangelo

Descrição

Os dez anos de "A Gazeta de São João del Rei" levou-me a refletir sobre as centenas de militantes da imprensa que foram responsáveis pelo registro, para o bem e para o mal, da historia da cidade. Heróicos, estes bravos homens da imprensa, vencendo todas as dificuldades, sujeitando-se a todas as espécies de achincalhes, e também gratificados pelos raros elogios, conseguiram fazer com que São João del Rei fosse uma das cidades de Minas que mais periódicos publicou nos séculos XIX e XX, ainda que muitos deles tenham tido vida efêmera, embora sempre significativa.

Para se ter uma idéia, foram 45 publicações só entre 1827 e 1900. Em 1827, surgiu o primeiro dos jornais, "O Astro de Minas", que durou até 1839, portanto, 12 anos. Abriu os caminhos para outras publicações que, no decorrer do tempo, registraram os acontecimentos da cidade histórica: "O papagaio", "A legalidade em triumpho", "A ordem", "O povo, "O arauto de Minas", "O luzeiro", "A verdade política", para citar apenas alguns. Pelos títulos, eventualmente, é possível perceber-se, com clareza, a ideologia política de seus fundadores como, por exemplo, "O resistente", ou "Tribuna popular", ou ainda "Opinião liberal". Cabe uma menção especial para o "Pátria mineira", de Sebastião Sette, primeiro órgão de imprensa republicano surgido em Minas e um dos primeiros do Brasil. Na verdade, o primeiro número de "Pátria mineira" saiu à luz em 14 de abril de 1889, antes portanto da proclamação da República, o que o faz porta-voz pioneiro daquele movimento nas montanhas de Minas. Sebastião Sette conseguiu manter o seu periódico por cinco anos, sabe-se lá com que sacrifícios, até 1894.

O século XX viu nascer e morrer muitos órgãos de imprensa na cidade, com destaque para "O Correio" e "O Diário do Comércio", os dois jornais diários mantidos pelos respectivos partidos políticos, PSD, o primeiro, e UDN, o segundo. Aliás, o que manteve estas duas publicações por tantos anos, com edições diárias, o que é uma façanha difícil, senão impossível, de ser igualada hoje em dia, foi justamente o embate político das duas facções mais representativas da militância política daqueles anos em São João del Rei. Tantos anos passados, comemorando os dez anos de "A Gazeta", rendo minhas homenagens a José Belini dos Santos, o incansável editor de "O Diário do Comércio" e à turma de "O Correio", nas figuras de Mozart Novaes, seu colunista mais conceituado, e Asterack de Lima, seu poeta parnasiano mais inspirado.

Nas minhas recordações lembrei-me ainda do jornalzinho do Colégio Santo Antônio, "O porvir", no qual tantas vezes escrevi "mal traçadas linhas" iniciando uma não muito consistente carreira de jornalista. Não é só a "Gazeta" que comemora seus dez anos de existência. Nestas horas, toda a militância jornalística sanjoanense, incluindo aí os diversos murais que seguiram o exemplo do fundador do "Jornal do Poste", Joanino Lobosque, deve ser lembrada, pois quem trabalha no setor sabe, sem qualquer sombra de dúvida, o que representa manter uma publicação semanal, ou diária, no caso dos murais, à disposição do público.

Fonte: Gazeta de São João del-Rei

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