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la ciudad que soñamos es la ciudad que podemos construir

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Patrimônio cultural emperra desenvolvimento, é o quê?

Descrição

Seminário em Tiradentes, que se encerra no Dia da Mentira, abre a 110 interessados debates sobre "soluções possíveis e factíveis" para cidades que preservam arquitetura e tradições

Como pôr a preservação do patrimônio arquitetônico-cultural a serviço do desenvolvimento econômico e da melhoria da qualidade de vida urbana em cidades como Tiradentes, São João del-Rei e Prados, dentre outros municípios brasileiros com grande acervo cultural preservado? Essa é a tônica do seminário “Cidades e Patrimônio: integrando Planejamento e Preservação”, de quarta a sexta-feira, 30 de março a 1º de abril, no Centro Cultural Yves Alves, em Tiradentes.

Cinco mesas-redondas – com a participação de professores universitários, membros de instituições como a Unesco e a Fundação Roberto Marinho, de órgãos governamentais como o Ministério das Cidades, BNDES e Câmara Municipal de Guimarães (Portugal), mais quatro prefeitos de cidades históricas mineiras (veja programação abaixo) – abordarão, entre outros temas: dar fim à fantasia de que o patrimônio cultural edificado (construções antigas, centros históricos) entrava o desenvolvimento; preservação do patrimônio cultural como alternativa econômica para o desenvolvimento local – principalmente no tocante ao turismo; e como encontrar soluções locais capazes de superar conflitos entre o poder público e a população, gerados pela proteção do patrimônio cultural.

O seminário, aberto a 110 interessados – o público alvo são gestores públicos e lideranças sociais, participantes de organizações não governamentais, professores e profissionais das áreas relacionadas aos temas cidades, planejamento urbano e preservação –, tem taxa única de R$ 50. As mesas-redondas e grupos de trabalho resultarão em documento com propostas de “soluções possíveis e factíveis” para os problemas que afetam as cidades de grande acervo cultural preservado, material (edificado) ou imaterial (tradições).

Cada uma das cinco mesas-redondas abordará um eixo temático – aspectos urbanos e ambientais, aspectos sociais e econômicos, aspectos jurídico-legais, gestão das cidades e do patrimônio cultural, aspectos gerais –, bem como cada um dos quatro grupos de trabalho: “Participação da comunidade no processo de gestão municipal”, “Formação dos profissionais”, “Estrutura e organização institucional local” (governos locais devem promover uma mudança na forma de governar) e “Capacidade jurídico-legal municipal”.

Leia a programação abaixo e, para mais informações e inscrição, ligue para o Centro Cultural Yves Alves (rua Direita, 168, Centro, Tiradentes/MG), telefones (32) 3355-1503 e 3355-1604.

Quarta-feira, 30 de março
14h: credenciamento e entrega do material de trabalho.
20h: abertura com a palestra “Preservação do Patrimônio Cultural em Cidades: conflitos e soluções”, por Jurema de Sousa Machado, coordenadora do setor de Cultura da UNESCO/ Brasil; a seguir, apresentação cultural.

Quinta-feira, 31 de março
8h30: mesa-redonda “Preservação do Patrimônio Cultural em Cidades: Aspectos Urbano-Ambientais”. A coordenação é do prefeito de Diamantina, Gustavo Botelho Júnior, e os palestrantes são: Maurício Andrés Ribeiro (assessor na Agência Nacional de Águas/Brasília), Betina Adams (arquiteta do Instituto de Planejamento Urbano de Florianópolis/SC) e Maria Cristina Rocha Simão (professora da Fundação Mineira de Educação e Cultura – Fumec-BH).
10h: intervalo para o café.
10h30: mesa-redonda “Preservação do Patrimônio Cultural em Cidades: Aspectos Jurídico-Legais”. A coordenação é do prefeito de Ouro Preto, Ângelo Oswaldo de Araújo Santos, e os palestrantes são: Sônia Rabelo (diretora do Departamento de Patrimônio Material do IPHAN e professora de Direito Urbanístico da UERJ), Marinella Machado Araújo (coordenadora do Núcleo Jurídico de Políticas Públicas do Observatório das Metrópoles da PUC/MG) e Rodrigo Cançado Anaya Rojas (promotor de Justiça de Defesa do Meio Ambiente e Patrimônio Cultural de Belo Horizonte).
12h: intervalo para almoço
14h: mesa-redonda “Preservação do Patrimônio Cultural em Cidades: Aspectos Sócio-Econômicos”. A coordenação é do prefeito de Congonhas, Anderson Cabido, e os palestrantes são: Nelson Quadros Vieira Filho (coordenador do mestrado de Turismo e professor da UNA-BH), Marlene Vellasco (presidente da Associação Casa de Cora Coralina, Goiás) e Sílvia Finguerut (gerente geral de Patrimônio e Meio Ambiente da Fundação Roberto Marinho).
15h30: intervalo para o café.
16h: sessão dos grupos de trabalho “Participação da comunidade no processo de gestão”, sob a coordenação da diretora de Proteção e Memória do IEPHA-MG, Selma Melo Miranda; “Formação dos profissionais”, sob a coordenação do administrador regional da Pampulha (Prefeitura de BH) e professor da Escola de Arquitetura da UFMG, Flávio de Lemos Carsalade; “Estrutura e organização institucional local”, sob a coordenação do professor tiradentino Luiz Cruz; e “Capacidade jurídico-legal municipal”, sob a coordenação do secretário de Cultura e Patrimônio de Ouro Preto, Sérgio Lellis Santiago Junior.
19h: mesa especial “Conversando sobre o Patrimônio”, sob a coordenação da Secretária de Cultura de Tiradentes, Anna Maria N. L. Parsons, com os palestrantes Gustavo Penna (arquiteto e professor da Escola de Arquitetura da UFMG), Maria Isabel Braga da Câmara (arquiteta e chefe do Escritório Técnico do IPHAN – Tiradentes) e Mauro Guimarães Werkema (jornalista).

Sexta-feira, 1º de abril
8h30: mesa-redonda “Preservação do Patrimônio Cultural em cidades: Gestão”. A coordenação é do prefeito de Mariana, Celso Cota, e os palestrantes são: Raquel Rolnik (Secretária Nacional de Programas Urbanos, do Ministério das Cidades), Karla Cristina Santos Nunes (coordenadora do Núcleo Gestor do Centro Histórico de São Luís/Maranhão) e Lília Mello (técnica da Área de Planejamento do BNDES).
10h: intervalo para o café.
10h30: conclusão das sessões de trabalho.
12h: intervalo para almoço.
14h: apresentação de caso “Preservação do sítio histórico de Guimarães, Portugal”, pelos palestrantes Filipe José Carvalho Vilas Boas Fernandes (arquiteto) e José Miguel de Oliveira Ferreira de Melo (arquiteto do Gabinete Técnico Local da Câmara Municipal de Guimarães/Portugal, responsável pela área classificada como Patrimônio Cultural da Humanidade pela UNESCO).
15h30: intervalo para o café.
16h: plenária final.


Fonte: Jornal Cultura Local . Editora Ponte da Cadeia
www.editorapontedacadeia.com.br
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