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Escopo: São João del-Rei | Tiradentes | Ouro Preto | Minas Gerais | Brasil | Mundo
Álbum litúrgico catequético das Piedosas e Solenes Tradições de Nossa Terra
Descrição
Centro Histórico de São João del-Rei
Paróquia da Catedral Basílica de Nossa Senhora do Pilar
Álbum Litúrgico Catequético
No ano de 2002, o Santo Padre, o Papa João Paulo II, instituiu os Mistérios Luminosos e declarou que seria o Ano do Santo Rosário.
A nossa Paróquia, atendendo às recomendações do Santo Padre, fez uma série de promoções, divulgando amplamente o Rosário de Nossa Senhora, incluindo a edição de um Álbum Catequético contendo a Ladainha de Nossa Senhora em artísticas figurinhas, que muito incentivou os alunos do Catecismo Paroquial.
No ano de 2004, a Igreja comemorou, em todo o mundo, os 150 anos da proclamação solene do Dogma da Imaculada Conceição de Maria Santíssima, promulgando em 1854, pelo Papa Pio IX, e, no Brasil, o Centenário da Coroação de Nossa Senhora Aparecida, Rainha e Padroeira do Brasil.
Ainda no ano de 2004, nossa paróquia comemorou, em 12 de outubro, o Jubileu de Ouro da Coroação Pontifícia de Nossa Senhora do Pilar.
Por isso, elaboramos este novo Álbum Catequético visando mostrar e motivar os alunos do Catecismo Paroquial a conhecerem e aprenderem nossas tradições , tão importantes para a religião, a cultura e a arte.
Fazemos os votos de sua participação na montagem deste álbum.
O Pároco
Tradições religiosas de são João del-Rei
As funções religiosas de São João del-Rei tiveram seu início, com a própria fundação da vila e depois cidade. A Igreja Católica foi a responsável pela grandiosidade de tudo o que hoje temos e realizamos e que chamamos de tradições religiosas e que nas são tão caras; pois conservadas através dos tempos, demonstram o espírito de religiosidade dos são-joanenses.
Para a manutenção de nossas tradições religiosas, foram e são preponderantes a Paróquia de Nossa Senhora do Pilar e as irmandades, confrarias e ordens terceiras, promotoras dos tríduos, quinqüena, setenário, novenas, trezena, e meses que se celebram anualmente.
Pata que as festas tenham o brilhantismo necessário, a Música Sacra está sempre presente, cantando os louvores a Deus, à Santíssima Virgem Maria, nos vários títulos com que é venerada em nossa cidade e, também, aos santos.
São João del-Rei pode se orgulhar de ter sido a cidade que soube preservar sua tradição musical e possuir duas orquestras especificamente voltadas ao cultivo da Música Sacra, e para as quais grandes e numerosos compositores escreveram suas abras musicais.
.As Orquestras Lira Sanjoanense e Ribeiro Bastos são um verdadeiro sustentáculo nas tradições religiosas de nossa cidade. Mais que centenárias, se orgulham de, com sua música, ter dotado São João del-Rei com o cognome de Terra da Música.
O mais importante compositor de Música Sacra de nossa cidade é a Padre José Maria Xavier (1819-1887), cuja obra musical abrilhanta todas as nossas festas religiosas, especialmente a Semana Santa e a Festa de N. S. da Boa Morte.
São também importantes as bandas de música que abrilhantam as procissões e eventos externos.
É bem expressivo o número de compositores, instrumentistas e cantores que através dos tempos abrilhantaram e enobreceram as nossas mais caras tradições religiosas.
Tempos Litúrgicos
Cores empregadas na liturgia:
Colorir os Tempos, Solenidades e Festas conforme as cores abaixo:
1. Roxa: Advento e Quaresma
2. Branca: Natal, Epifania, Batismo, Ceia do Senhor, Vigília Pascal, Páscoa, Domingo da Páscoa, Ascenção, Nossa Senhora, Pastores, Doutores, Virgens, Santos e Santas.
3. Verde: Domingos Comuns
4. Vermelho: Domingo de Ramos, Paixão e Morte, Pentecostes e Mártires.
5. Rosa: 4º Domingo da Quaresma e 3º Domingo do Advento.
Tempo do Natal:
1. Advento
2. Natal ; Epifania, Batismo de Jesus
3. Tempo Comum 1ª Parte
Profeta Isaías
São João Batista
Advento:
A palavra Advento tem o mesmo significado de Vinda. O advento prepara a vinda de Jesus.
O tempo do Advento compõe-se de 4 semanas.
Cada semana nos prepara para o Natal de Jesus, através de 3 grandes personagens.
1. Profeta Isaias ( semana da expectativa) dizendo:
a) Ficai atentos e preparados...
b) Vigiai: não sabeis quando o dono da casa vem...
c) A vossa libertação está próxima...
2. São João Batista (semana da preparação) dizendo:
a) Convertei-vos, porque o Reino dos Céus está próximo...
b) Endireitai as estradas do Senhor...
c) Todas as pessoas verão a salvação de Deus...
3. Na 3ª semana São João Batista nos mostra o Messias, dizendo:
a) És tu aquele que há de vir ou devemos esperar um outro?
b) No mio de vós está Aquele que vós não conheceis...
c) Que devemos fazer?
4. Nossa Senhora (presença de Nossa Senhora)
a) Jesus nascerá de Maria, prometida em casamento a José, filho de Davi...
b) Eis que conceberás e darás à luz um Filho...
c) Como posso merecer que a Mãe de meu Senhor me venha visitar?
Natal
Eis que, finalmente, realiza-se a Vinda anunciada na Liturgia do Advento. É Natal!
“O Verbo se fez carne e habitou entre nós”.
Glória a Deus nas alturas e paz na terra...” assim cantam os Anjos e os Pastores, ao redor de Belém, vão alegres adorar o Menino recém-nascido, Jesus. Todos os anos, por ocasião do Natal, numerosas famílias, piedosamente, armam em suas casas, simples e artísticos presépios.
Presépio da Catedral Basílica de Nossa Senhora do Pilar
Epifania
A palavra Epifania significa manifestação. Neste dia Jesus foi apresentado aos Reis Magos e a todo o universo. Os Reis Magos vieram, também, adorar o Menino Deus, trazendo presentes: ouro, incenso e mirra.
Aqui em São João del-Rei conserva-se ainda, neste tempo, a Folia de Reis, que consiste em grupos folclóricos que, tocando e cantando músicas próprias, visitam as casas levando a notícia do nascimento do Salvador.
Seguindo o Ritual Romano há, ainda neste dia, o costume de o celebrante, na Missa, benzer o giz com o qual os fiéis escrevem às portas de duas casas, os nomes dos três Reis Magos: Gaspar, Melchior e Baltazar, pedindo-lhes que, como eles souberam, à voz do anjo, defender o Menino Jesus de Herodes, defendam as nossas casas de todo o mal.
Epifania
Batismo de Jesus
Tempo Comum – 1ª Parte
O Tempo Comum – 1ª Parte – começa na segunda-feira que segue ao Domingo depois do dia 6 de janeiro e se estende até a terça-feira antes da Quaresma.
Nesta primeira parte, a tradição aqui destaca:
a) a festa do mártir São Sebastião, que a Paróquia da Catedral Basílica de Nossa Senhora do Pilar comemora, desde o ano de 1719, no dia 20 de janeiro.
b) A festa da Apresentação do Senhor, no dia 2 de fevereiro, com a bênção de velas e procissão saindo da Igreja de Nossa Senhora do Rosário para a Catedral Basílica de Nossa Senhora do Piar.
c) A festa de São Brás, bispo e mártir, no dia 3 de fevereiro, com a bênção da garganta.
d) A festa de São Gonçalo Garcia, leigo franciscano e mártir, no dia 6 de fevereiro.
e) A festa de Nossa Senhora de Lourdes, no dia 11 de fevereiro.
f) A festa de São José, celebrada na Igreja de Nossa Senhora do Rosário, pela Confraria, em homenagem aos carpinteiros e marceneiros.
São Sebastião
Catedral Basílica de Nossa Senhora do Pilar
Apresentação do Senhor
Benção das Velas na Igreja de N. S. do Rosário
Procissão para a Catedral Basílica do Pilar
São Brás
São Gonçalo Garcia
Igreja de São Gonçalo
São José, esposo da Santíssima Virgem Maria, Mãe de Deus, Padroeiro dos marceneiros, carpinteiro, operários e da Igreja do mundo inteiro.
Sinos
“Para louvor do Deus verdadeiro, chamo piedosamente, reunindo os fiéis”.
São João del-Rei, conhecida como a Terra da Música, é também chamada de Terra onde os sinos falam.
Em nenhuma outra parte do Brasil encontramos uma riqueza de modalidades e significados nos toques dos sinos como aqui. Todas as igrejas e capelas da cidade possuem sinos pequenos, médios e grandes, com variados e melodiosos sons. Em todas as festas e atos religiosos os sinos aqui têm uma participação toda especial. Antes, durante e ao término das festas, as vozes dos sinos se fazem ouvir.
Estes sinos também participam de eventos importantes e históricos de nossa cidade e da nossa pátria.
Sinos da Catedral
Tempo da Quaresma
O Tempo da Quaresma visa preparar a celebração da Páscoa, fazendo os fiéis ouvirem com mais freqüência a Palavra de Deus e entregarem-se à oração e à penitência, encontrando assim um manancial abundante de graças.
Em São João del-Rei, além desses exercícios acima mencionados, os fiéis conservam, com carinho, outros atos de piedade que se tornaram tradições locais. São eles:
Via Sacra
Esta belíssima coleção das Estações da Via Sacra é existente na nave da Catedral do Pilar, com suava coloração. São gravuras belgas, feitas no século XIX, em excelente trabalho gráfico. As molduras destes guadros foram feitas por um artista são-joanense.
Primeira Estação: Jesus é condenado à Morte
Segunda Estação: Jesus recebe a Cruz
Terceira Estação: Jesus cai pela primeira vez
Quarta Estação: Jesus se encontra com Maria
Quinta Estação: Jesus é ajudado pelo Cirineu
Sexta Estação: Jesus imprime sua face em um pano
Sétima Estação: Jesus cai pela Segunda vez
Oitava Estação: Jesus consola as Filhas de Jerusalém
Nona Estação: Jesus cai pela Terceira vez
Décima Estação: Jesus é despojao de suas vestes
Décima primeira Estação: Jesus é pregado à Cruz
Décima segunda Estação: Jesus morre na Cruz
Décima terceira Estação: Jesus é baixado da Cruz
Décima quarta Estação: Jesus é depositado no Sepulcro
Capelas Passos
Capelas Passos ou Passinhos são pequenas capelas ou oratórios localizados em diversos pontos nas ruas do centro histórico da cidade, representando em seus alteares imagens ou pinturas sobre os Passos de Nosso Senhor Jesus Cristo a caminho do Calvário, carregando a cruz.
É diante dessas capelas passos que se realiza a Via Sacra externa, quando se executam os Motetos dos Passos, do compositor são-joanense Martiniano Ribeiro Bastos.
Além desses Passinhos, a piedade cristã dos são-joanenses cria outros Passinhos nas igrejas de São Gonçalo Garcia, São Francisco de Assis, Nossa senhora do Rosário, Nossa Senhora das Mercês e Nossa Senhora do Carmo, somente durante a Semana Santa, para visitação dos fiéis, representando cenas da vida de Nosso Senhor Jesus Cristo, a saber: parábolas, fatos, etc.
Via Sacra Externa- Passinhos
1. Rua Padre José Maria Xavier
2. Largo do Rosário
3. Rua Manoel de Almeida Neto
4. Largo da Cruz
5. Rua Direita
Encomendação de Almas
É uma grande tradição oriunda de Portugal, realizada pelos músicos em São João del-Rei, desde o período colonial. Realiza-se em três sextas-feiras da Quaresma, às altas horas da noite e consiste em cantar os Motetos dos Passos e rezar pelos mortos, nos cemitérios, cruzeiros e defronte das igrejas e capelas.
Encomendação das Almas
Solenidade dos Passos
Em São João del-Rei, por determinação estatuária, comemora-se na quarta semana da Quaresma a Solenidade dos Passos. Consiste em transladas para as igrejas de N. S. do Carmo e S. Francisco de Assis, sob velário, as imagens de N. S. das Dores e do Senhor dos Passos, na sexta-feira e no sábado, respectivamente, onde ficam depositadas até o Domingo, quando se realizam pela manhã as rasouras e missas solenes. À tarde do domingo, realiza-se a solene e comovente procissão do Encontro de Jesus com sua Mãe, havendo o sermão alusivo ao Encontro.
Depósito de N. S. das Dores
Depósito do Senhor dos Passos
Nossa Senhora das Dores e Nosso Senhor dos Passos
Rasoura de Nosso Senhor dos Passos e Rasoura de Nossa Senhora das Dores
Procissão do Encontro
Setenário das Dores
Na semana seguinte à Solenidade dos Passos, tem início o tocante Setenário das Dores, que consta de orações, pregação e cantos sobre as Sete Dores de Maria Santíssima. Culmina o Setenário com a solene procissão de Nossa Senhora que percorre os passos da Via Sacra, concluindo a cerimônia com o Sermão da Soledade de Maria Santíssima.
Primeira Dor
Segunda Dor
Terceira Dor
Quarta Dor
Quinta Dor
Sexta Dor
Sétima Dor
Semana Santa
A Semana Santa rememora piedosamente a Paixão e Morte de Nosso Senhor Jesus Cristo e celebra solenemente, a sua Ressurreição. A Páscoa é o triunfo de Cristo vencedor da morte e do pecado. Participando ativamente da Semana Santa, podemos compreender todo o mistério da nossa Salvação, meditando as palavras de São Paulo: “O Cristo fez-se por nós obediente até a morte, e morte de cruz. Por este motivo Deus o exaltou e Lhe eu um nome, que está acima de todos os nomes.”
A Semana Santa que se celebra da Paróquia da Catedral Basílica de N. S. do pilar, desde a fundação da Irmandade do SS. Sacramento, em 1711, sempre primou pela imponência das solenidades com belíssimas imagens e ricas alfaias, tudo abrilhantado por músicas expressamente compostas pelos compositores são-joanenses e mineiros. Por isso São João del-Rei se orgulha muito de ser chamada “Terra da Música”.
Na atualidade, mesmo após as várias reformas litúrgicas havidas, a Semana Santa são-joanense manteve muito da imponência das cerimônias, especialmente os Ofícios de Trevas, sendo talvez a única cidade do mundo que os realiza com tanto requinte, com o canto gregoriano, com a participação de coro e orquestra executando os belíssimos responsórios das Matinas e das Laudes, de autoria do são-joanense Padre José Maria Xavier ( 1819-1887).
Durante toda a Quaresma todos nós devemos nos preparar para realizarmos uma boa confissão para celebrar digna e piedosamente as alegrias da Páscoa do Senhor.
O Preceito Pascal, isto é, comungar pela Páscoa da Ressurreição, começa na Quinta-feira Santa e se prolonga por 50 dias até a Solenidade de Pentecostes.
Nas fotos são evidenciados diversos aspectos da Semana Santa.
Ofício de Trevas
Domingo de Ramos
Capela do Santíssimo Sacramento
Lava-pés
Sermão das Sete Palavras
Descendimento da Cruz
Procissão do Enterro do Senhor
Verônica
Ressurreição
Procissão do Santissimo Sacramento
Coroação de Nossa Senhora das Dores
Tempo Comum – 2ª Parte
Recomeça esta 2ª Parte do Tempo Comum na segunda-feira depois do domingo de Pentecostes e termina antes das Primeiras Vésperas do 1º Domingo do Advento.
São importantes neste Tempo: as solenidades da Santíssima Trindade, de Corpus Christi, do Sagrado Coração de Jesus e da Assunção de Maria Santíssima aos céus.
São João del-Rei ainda celebra grandes destas devocionais que coincidem neste Tempo: o Mês de Maria, o Mês do Sagrado Coração de Jesus, festas de Santo Antônio de Pádua, de N. S. do Carmo, de N. Sr. Do Bonfim, Sr. Bom Jesus do Monte, Sr. Bom Jesus do Matosinhos, quinqüena das Chagas e novena de S. Francisco de Assis, Exaltação da Santa Cruz, N. S. das Dores, N. S. das Mercês, Santos Arcanjos, Anjo da Guarda, a solene festa de nossa Padroeira, N. S. do Pilar e o Mês do Santo Rosário. EM novembro as celebrações dos sufrágios pelos mortos a partir do dia 2 até o dia 17, as festas de Santa Cecília, N. S. das Graças, culminando este tempo com o Domingo de Cristo Rei.
Iniciando o Tempo do Advento, quando a Igreja se prepara para o Natal, ele é interrompido para se celebrar a solenidade da Imaculada Conceição de Maria Santíssima, Dogma de Fé que todos devemos crer e professar.
Festa de Corpus Christi
Durante os meses de maio e junho, os são-joanenses louvam, cantam e rezam a Nossa Senhora e ao Sagrado Coração de Jesus.
Nestes dois meses os fiéis recebem, através das pregações diárias, na Catedral Basílica de Nossa Senhora do Pilar, uma sólida formação e bens espirituais sobre as devoções a Nossa Snhora nos seus mais diversos títulos e ao Sagrado Coração de Jesus.
Também durante este período, celebramos a Solenidade da Ascensão do Senhor, precedida de um Tríduo preparatório com procissões, orações e reza da Ladainha de todos os Santos, conhecido este tríduo como "Rogações".
Rogações são orações públicas que fazem parte neste Tríduo a fim de pedir a Deus a prevenção de calamidades públicas, como peste, fome, guerra, incêndio...
Mês de Maria e Mês do Sagrado Coração de Jesus
Santo Antônio e Capela de Santo Antônio
Nossa Senhora do Carmo e Igreja de N. S. do Carmo
Senhor do Binfim e Capela do Bonfim
Senhor do Monte e Capela do Senhor do Monte
Senhor do Matosinhos e Nossa Senhora da Boa Morte
Assunção de Nossa Senhora e Coroação de Nossa Senhora
Nossa Senhora das Mercês e Igreja de Nossa Senhora das Mercês
São Francisco de Assis e Igreja de São Francisco de Assis
Cristo do Monte Alverne e São Miguel
Nossa Senhora do Pilar e Nossa Senhora do Rosário
Igreja de Nossa Senhora do Rosário
Coroas de Puro de Nossa Senhora do Pilar e do Menino Jesus e o Cetro
No fim de 2004, duas grandes datas foram comemoradas pelos católicos sanjoanenses: a primeira, o cinquentenário da Coroação Pontificia da venerada imagem de Nossa Senhora do Pilar. Em 12 mde outubro de 1954, graças aos esforços do Padre Almir de Rezende Aquino, então pároco da Paróquia de Nossa Senhora do Pilar e uma valorosa equipe de cidadãos são-joanenses, D. Helvécio Gomes de Oliveira, Arcebispo de Mariana, a cuja arquidiocese São João del-Rei pertencia, em nome do Santo Padre Pio XII, coroou solenemente nossa padroeira. As coroas de ouro de Nossa Senhora e do Menino Jesus, cravejadas de pedras preciosas, muito além do valor material, têm o valor afetivo, histórico e significativo que merecem ser lembrados e dados a conhecer: todo o ouro de que foram feitas foi extraído nas betas e minas de São João del-Rei e doado pelos são-joanenses; as pedras preciosas são gemas extraídas do solo de Minas Gerais. O amálgama do ouro foi realizado por um são-joanense na Casa da Moeda e também o projeto-desenho é da autoria de um são-joanense. No dia da coroação, Nossa Senhora do Pilar, já padroeira da Praóquia do Pilar e da cidade, foi constituida padroeira de todo o município de São João del-Rei.
Em oito de dezembro de 1854, o Santo Padre Pio IX proclamou o Dogma da Imaculada Conceição de Nossa Senhora. A Virgem Maria foi concebida sem o pecado original. Ela que desde toda a eternidade fora escolhida para ser a Santa Mãe do Filho de Deus. Para nós, são-joanenses, esta data é também muito cara, pors em 8 de dezembro de 1713, São João del-Rei foi elevada à categoria de Vila e teve início sua organização política e social iniciada sob a proteção de Nossa Senhora.
Cemitérios de São Francisco de Assis, de N. S. do Carmo e de N. S. das Mercês
Cemitérios de São Gonçalo, das Irmandades e do Rosário
Cruzeiros
Quando Santa Helena, mae do Imperador COnstantino, mandou fazer escavações no Calvário e encontrou, por sinais miraculosos, o madeiro sagrado em que Jesus morreu, imensa alegria elevou-se dos corações de todos os fiéis, e não sem razão, porque a Cruz é o instrumento de nossa salvação.
De instrumento de ignominia que era tornou-se o cetro de grandeza de Deus nas almas. Em todas as partes, em todos povos, nas alegrias, nos triunfos, nos sofrimentos, na vida e na morte, a Cruz de Cristo está presente.
Na Cruz, portanto, está a nossa vida e a nossa esperança. Desde o Calvário, os cristãos de todos os tempos têm tido uma devoção toda especial à Cruz de Cristo, o Santo Lenho, procurando colocá-la na sua vida, vivendo assim aquelas palavras de Nosso Senhor: "Se alguém quer me seguir, renuncie a si mesmo, tome a sua cruz cada dia e siga-me".
No Brasil, esta devoção vem desde as suas origens. Os portugueses, descobrindo o novo e imenso país, fincaram uma grande cruz e, celebrando a Primeira Missa nesta terra, deram-lhe o nome de Terra de Santa Cruz. Glorioso nascimento.
Em São João del-Rei, esta devoção à Cruz de Nosso Senhor é sempre comemorada.
Todas as Ordens Terceiras, Arquiconfraria, Confrarias, Irmandades e Associações Religiosas possuem belíssimas cruzes em prata, que são usadas nas procissões e nas exéquias de seus irmãos falecidos.
A Irmandade do Senhor Bom Jesus dos Passos, fundada em 1733, através de seu estatuto, comemora o dia 3 de maio, antigamente "Invenção da Santa Cruz", com Missa, dobre de sinos, orações, cânticos e incenso. Neste mesmo dia, a cada dois anos, se dá a posse da nova Mesa Administrativa da Irmandade. Neste dia 3 de maio, algumas famílias ainda conservam o singelo e singular costume e enfeitam as cruzes colocadas às portas de suas casas, como também os Cruzeiros, junto aos quais rezam o Terço de Nossa Senhora.
No dia 14 de setembro, esta mesma Irmandade comemora, com solenidade, a liturgia da Cruz com Missa e cerimônia no altar próprio.
No Largo da Cruz conserva-se o piedoso costume de se rezar o Terço de Nossa Senhora, aos sábados, em frente ao cruzeiro ali existente e, recentemente, todo restaurado.
Nas procissões, sob pálio vermelho, o sacerdote oficiante, conduz o Santo Lenho em artístico relicário dourado. O Santo Lenho é um fragmento da Verdadeira Cruz de Nosso Senhor Jesus Cristo, reliquia que se venera na Catedral Basílica de Nossa Senhora do Pilar. À entrada das procissões o sacerdote abençoa os fiéis presentes com esta relíquia.
Um dos principais atos da Sexta-feira Santa é a Adoração da Cruz, quando a Cruz é desvelada solenemente e todos a veneram osculando o símbolo da salvação do gênero humano.
São João del-Rei conserva ainda com carinho muitos Cruzeiros que o seu povo erigiu através dos tempos. Estão localizados:
Rua do Ouro e Largo da Cruz
Igreja de Nossa Senhora das Mercês, Lateral Direita e Pau d'Angá ou d'Ingá
Rua Padre Faustino e Praça do Bom Senhor Jesus do Monte
Alto do Cruzeiro e Alto do Bonfim
Serra do Lenheiro (Além da Rua do Ouro) e São Dimas
Ponte do Rosário e Ponte da Cadeia
Catecismos
A nossa Paróquia possui 3 prédios, constituindo-se em três Centros Catequéticos, especialmente construídos e destinados à catequese para crianças, jovens e adultos. Neles, uma grande equipe de catequistas, com excelente material didático, ministra aulas às diversas séries do Catecismo Paroquial.
Centro Catequético Nossa Senhora Auxiliadora
Rua Ricardo G. dos Santos, 136
Centro Catequético Nossa Senhora Aparecida
Rua do Ouro, 215
Centro Catequético Nossa Senhora do Pilar
Rua Monsenhor Gustavo, 51
Instrução Religiosa
Objetivo | Nome | Local | Dia | Horário |
Crianças | Centro Catequético N. Sra. do Pilar | Rua Monsenhor Gustavo, 51 | 2ª, 3ª, 4ª e 5ª | 18h |
Crianças | Centro Catequético N. Sra. Aparecida | Rua do Ouro,215 | sábado | 15h |
Crianças | Centro Catequético N. Sra. Auxiliadora | Rua Ricardo Geraldo dos Santos, 136 | sábado | 15h |
Jovens | Coroinhas da Catedral | Rua Monsenhor Gustavo, 51 | 1º sábado | |
Jovens | Escola Doméstica N. Sra. do Pilar | Rua Monsenhor Gustavo, 51 | segunda-feira | 19h |
Senhoras | Centro Catequético N. Sra. Aparecida | Rua do Ouro,215 | quinta-feira | 15h |
Senhoras | Centro Catequético N. Sra. Auxiliadora | Rua Ricardo Geraldo dos Santos, 136 | quinta-feira | 15h |
Homens | Centro Catequético N. Sra. Aparecida | Rua do Ouro,215 | sábado | 17h30 |
Homens | Centro Catequético N. Sra. Auxiliadora | Rua Ricardo Geraldo dos Santos, 136 | sábado | 16h30 |
Catequistas | Centro Catequético N. Sra. do Pilar | Rua Monsenhor Gustavo, 51 | 1ª quinta-feira | 19h30 |
Dias Especiais
Objetivo | Atividade | Local | Dia | Horário |
Fiéis em geral | Missas | Catedral . Carmo . Rosário . Mercês | Domingos e dias Santos | |
Fiéis em geral | Novena São Sebastião | Catedral Basílica | 11 a 20 de janeiro | 19h30 |
Fiéis em geral | Setenário de Nossa Senhora das Dores | Catedral Basílica | 8 dias que antecedem a Semana Santa | 19h30 |
Fiéis em geral | Semana Santa | Catedral Basílica | Festa Móvel | |
Fiéis em geral | Mês de Maria | Catedral Basílica | Mês de Maio | 19h30 |
Fiéis em geral | Mês do Sagrado Coração de Jesus | Catedral Basílica | Mês de Junho | 19h30 |
Fiéis em geral | Trezena de Santo Antônio | Capela de Santo Antônio | 29 de Maio a 13 de julho | 18h30 |
Fiéis em geral | Novena de Nossa Senhora do Carmo | Igreja de Nossa senhora do Carmo | 7 a 16 de Julho | 18h30 |
Fiéis em geral | Novena de Nossa Senhora da Boa Morte | Catedral Basílica | 5 a 15 de Agosto | 19h30 |
Fiéis em geral | Novena de Nossa Senhora das Mercês | Igreja de Nossa Senhora das Mercês | 15 a 24 de Setembro | 19h |
Fiéis em geral | Tríduo de São Miguel Arcanjo | Catedral Basílica | 26 a 29 de Setembro | 19h30 |
Fiéis em geral | Novena de Nossa Senhora do Pilar | Catedral Basílica | 3 a 12 de outubro | 19h30 |
Fiéis em geral | Novena de Natal de N. Sr. Jesus Cristo | Igreja de Nossa Senhora do Rosário | 16 a 25 de Dezembro | 19h |
Ficha Técnica:
Designer: Matheus Carvalho Ramalho
Fotos: João Ramalho e Jacó (Sebastião Machado Gomes)
Supervisão Técnica: Mauro André dos Santos e Aluízio José Viegas
Impressão: Segrac
Direção Geral: Equipe de Liturgia da Paróquia do Pilar