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Escopo: São João del-Rei | Tiradentes | Ouro Preto | Minas Gerais | Brasil | Mundo
São João del-Rei possui chafariz premiado como um dos melhores do país . José R. Chaves Vale
Descrição
Há pouco tempo atrás, relendo uma revista antiga da minha coleção, deparei com a foto de um chafariz. No início, pensei tratar-se de um dos muitos chafarizes do Brasil colonial, mas notei, logo depois, que aquela preciosidade histórica era são-joanense, embora não tivesse como pano de fundo o antigo grupo escolar Maria Teresa. Em seguida, para o meu espanto, li a observação que fazia a revista: aquele monumento tinha ganhado o primeiro prêmio no concurso de chafarizes coloniais "há tempos realizado", conforme diz a revista, isto é, antes de 1939, sem qualquer outra referência. Esta foto se acha na página 10 da revista Ilustração Brasileira, edição de maio de 1939, mensário então editado pela sociedade anônima "O Malho", que editava também outro mensário com o mesmo nome, isto é, O Malho, naqueles tempos e que faz a alegria dos colecionadores.
Esta notícia me levou de imediato à meditação: será que os encarregados do serviço de proteção do precioso patrimônio colonial desta Cidade têm conhecimento desta premiação? Há pouco atrás, tive uma grata surpresa, digna de todos os elogios, já que não existe neste país qualquer preocupação com o bem público, fruto histórico da nossa falta de origem. Como muito bem afirmou Viana Moog no seu livro “Bandeirantes e pioneiros”: para aqui vieram os bandeirantes, para os Estados Unidos foram os pioneiros. A grata surpresa foi a iniciativa da Escola Maria Teresa, que, através de um grupo de alunos, orientados por uma professora conseguiu remover uma pichação, feita por algum instrumento cortante, no monumento, por algum vândalo.
Já tinha alertado por duas vezes pessoas conhecidas e muito interessadas na proteção de tudo aquilo que significa tradição, passado, enfim, tudo que é precioso para São João del-Rei, mas nenhuma iniciativa foi tomada: o chafariz continua exposto a atos de desrespeito e a danos que podem ser irreversíveis para a cidade, pois, infelizmente, não há aqui, como no resto do país, qualquer respeito às nossas tradições, por mais preciosas que possam ser. Mas fica aqui uma simples sugestão: o que impede a construção de um pequeno muro de pedra imitando o estilo da época e encimado por uma grade, em redor do chafariz, para que possa protegê-lo de possíveis e lamentáveis danos? Este chafariz merece ou nós não somos dignos dele!!!
José R. Chaves Vale – Professor e Advogado São-joanense
Há pouco tempo atrás, relendo uma revista antiga da minha coleção, deparei com a foto de um chafariz. No início, pensei tratar-se de um dos muitos chafarizes do Brasil colonial, mas notei, logo depois, que aquela preciosidade histórica era são-joanense, embora não tivesse como pano de fundo o antigo grupo escolar Maria Teresa. Em seguida, para o meu espanto, li a observação que fazia a revista: aquele monumento tinha ganhado o primeiro prêmio no concurso de chafarizes coloniais "há tempos realizado", conforme diz a revista, isto é, antes de 1939, sem qualquer outra referência. Esta foto se acha na página 10 da revista Ilustração Brasileira, edição de maio de 1939, mensário então editado pela sociedade anônima "O Malho", que editava também outro mensário com o mesmo nome, isto é, O Malho, naqueles tempos e que faz a alegria dos colecionadores.
Esta notícia me levou de imediato à meditação: será que os encarregados do serviço de proteção do precioso patrimônio colonial desta Cidade têm conhecimento desta premiação? Há pouco atrás, tive uma grata surpresa, digna de todos os elogios, já que não existe neste país qualquer preocupação com o bem público, fruto histórico da nossa falta de origem. Como muito bem afirmou Viana Moog no seu livro “Bandeirantes e pioneiros”: para aqui vieram os bandeirantes, para os Estados Unidos foram os pioneiros. A grata surpresa foi a iniciativa da Escola Maria Teresa, que, através de um grupo de alunos, orientados por uma professora conseguiu remover uma pichação, feita por algum instrumento cortante, no monumento, por algum vândalo.
Já tinha alertado por duas vezes pessoas conhecidas e muito interessadas na proteção de tudo aquilo que significa tradição, passado, enfim, tudo que é precioso para São João del-Rei, mas nenhuma iniciativa foi tomada: o chafariz continua exposto a atos de desrespeito e a danos que podem ser irreversíveis para a cidade, pois, infelizmente, não há aqui, como no resto do país, qualquer respeito às nossas tradições, por mais preciosas que possam ser. Mas fica aqui uma simples sugestão: o que impede a construção de um pequeno muro de pedra imitando o estilo da época e encimado por uma grade, em redor do chafariz, para que possa protegê-lo de possíveis e lamentáveis danos? Este chafariz merece ou nós não somos dignos dele!!!
José R. Chaves Vale – Professor e Advogado São-joanense
