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O que a vida me ensinou . Walt Disney - Exclusivo para a FSP
Descrição
Neste texto foi mantida a grafia original
O medo leva ao fracasso
Quando eu tinha uns 21 anos, fiquei arruinado pela primeira vez. Dormia em almofadas de poltronas em meu "estudio" em Kansas City e comia latas de feijão frio. Entretanto, olhei de novo meu sonho e parti para Hollywood.
Loucura? Não para um jovem. Uma pessoa mais idosa talvez tivesse "bom senso" demais para fazer isso. Às vezes, penso que "bom sendo" não é senão maneira de dizer "medo". E o "medo" com muita frequencia leva ao fracasso.
No vocabulario da mocidade, não existe a palavra "falhar". Lembram-se da historia do menino que queria marchar no desfile do circo? Quando o circo chegou à cidade, o maestro da banda precisava de um trombonista e o menino ofereceu-se para o lugar. Não havia percorrido ainda um quarteirão quando os horriveis sons de seu trombone fizeram duas velhas senhoras desmaiar e um cavalo disparar. O maestro da banda perguntou-lhe: "Por que não me disse que não sabia tocar trombone?" E o menino respondeu: "Como poderia eu saber? Eu nunca havia experimentado tocar!"
Há muitos anos, eu talvez tivesse feito exatamente o que aquele menino fez. Hoje, sou avô, tenho muitos cabelos grisalhos e muito do que o povo chama de bom senso. Todavia, se não sou mais moço na idade, espero continuar sendo no espirito suficientemente moço para jamais temer o fracasso, suficientemente moço ainda para aproveitar uma oportunidade e marchar no desfile.
Fonte: Publicado na Folha de S.Paulo . Data de publicação 02.jun.1962 . Folha on line
O medo leva ao fracasso
Quando eu tinha uns 21 anos, fiquei arruinado pela primeira vez. Dormia em almofadas de poltronas em meu "estudio" em Kansas City e comia latas de feijão frio. Entretanto, olhei de novo meu sonho e parti para Hollywood.
Loucura? Não para um jovem. Uma pessoa mais idosa talvez tivesse "bom senso" demais para fazer isso. Às vezes, penso que "bom sendo" não é senão maneira de dizer "medo". E o "medo" com muita frequencia leva ao fracasso.
No vocabulario da mocidade, não existe a palavra "falhar". Lembram-se da historia do menino que queria marchar no desfile do circo? Quando o circo chegou à cidade, o maestro da banda precisava de um trombonista e o menino ofereceu-se para o lugar. Não havia percorrido ainda um quarteirão quando os horriveis sons de seu trombone fizeram duas velhas senhoras desmaiar e um cavalo disparar. O maestro da banda perguntou-lhe: "Por que não me disse que não sabia tocar trombone?" E o menino respondeu: "Como poderia eu saber? Eu nunca havia experimentado tocar!"
Há muitos anos, eu talvez tivesse feito exatamente o que aquele menino fez. Hoje, sou avô, tenho muitos cabelos grisalhos e muito do que o povo chama de bom senso. Todavia, se não sou mais moço na idade, espero continuar sendo no espirito suficientemente moço para jamais temer o fracasso, suficientemente moço ainda para aproveitar uma oportunidade e marchar no desfile.
Fonte: Publicado na Folha de S.Paulo . Data de publicação 02.jun.1962 . Folha on line