(jornal O Raio, São João del-Rei/MG, fevereiro de 2020)

No dia 9 de fevereiro de 2020, um domingo, participei de um almoço de confraternização da família athleticana na Praça de Esportes do Athletic Club, em São João del-Rei.

Compareceram o presidente Leandro Bini e vários ex-presidentes, papai, Dario Ratton Monteiro, Luiz Antônio Neves de Resende, Fernando Magno Mendonça e Almir Mendonça de Almeida. Diretores e associados também se fizeram presentes.

Representando os craques do futebol de todos os tempos, Fernando Magno e Bita. O dia nublado foi muito propício à feijoada com cerveja gelada.

Sou athleticano por genética, Meu avô paterno, o Dr. Garcia, presidiu o Athletic por seguidos anos. Era o símbolo do que chamo de “alma athleticana”. O que é alma athleticana? É uma ética voltada para o trabalho árduo e o amor às cores alvinegras. O crescimento do clube, ao longo mais de um século, não foi um sonhado mar de rosas. Resultou da abnegação dos fundadores e das sucessivas diretorias. Empenharam sacrifícios pessoais e, muitas vezes, financeiros, para que a agremiação se desenvolvesse. Esse é o diferencial do nosso clube.

E é ótimo frequentar, nos fins-de-semana, a Praça de Esportes. Mergulho mais nas cervejas do que na piscina. E rio muito das coisas engraçadas. O Mé, por exemplo.

Certa feita, tomávamos cerveja no início da noite de um sábado. Éramos alguns sobreviventes das rodadas que se sucederam, desde o meio-dia. Os copos estavam vazios e o Fernando Baependi foi buscar uma saideira, no balcão do bar. Muito educado, ao voltar com a garrafa gelada na mão, perguntou ao Mé:

- Você está bebendo?
O Mé, sempre ágil no sarcasmo, respondeu:
- Não, eu tô chupando manga...

Isso é a vida bem vivida!