São João del-Rei, Tiradentes e Ouro Preto Transparentes

a cidade com que sonhamos é a cidade que podemos construir

la ciudad que soñamos es la ciudad que podemos construir

the city we dream of is the one we can build ourselves

la cittá che sognamo é la cittá che possiamo costruire

la ville dont on rêve c’est celle que nous pouvons construire

ser nobre é ter identidade
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Semana Santa . Festa de Passos. Andam faltando anjos no céu de São João del-Rei? Antônio Emílio da Costa

Descrição

A brisa suave de outono, as orquídeas, as hortências, o verde brilhoso das folhas das árvores, o céu azul, as quaresmeiras arroxeadas, o bando de andorinhas que corta a tarde crepuscular no Largo do Rosário, a Serra do Lenheiro roxodistante... Este é o cenário natural em que acontece, em São João del-Rei, as "Solenes Celebrações dos Passos de Nosso Senhor Jesus Cristo a Caminho do Calvário", ou simplesmente a Festa de Passos, como é mais conhecida.

É a mais extensa celebração da Quaresma na "terra onde os sinos falam" e, sem sombra de dúvidas, uma das mais tocantes. Ao que tudo indica, a que mais se manteve fiel a tudo o que a caracterizava no século XVIII, quando foi fundada a Irmandade de Nosso Senhor Bom Jesus dos Passos.

O toque dos sinos enfeitados com penachos de longas fitas de papel crepom roxo, que se desprendem dos badalos e voam, povoando os ares de tons melancólicos e comoventes. Os motetos e cânticos barrocos. Os andores velados, forrados com manjericão roxo e branco. O rosmaninho a perfumar o chão das igrejas. O incenso embalsamador das lembranças longínquas. O grande pendão à frente do cortejo, com suas quatro letras douradas S.P.Q.R - São Pedro quer rapadura, traduzem bem humoradas crianças travessas. Roxo por toda parte. Tudo tal qual era antigamente.

Mas algo anda acontecendo que, nos últimos anos, é cada vez menor a legião de anjinhos que acompanha Senhor dos Passos e Nossa Senhora das Dores. Às vezes, não se vê nenhum nas rasouras do Domingo de Passos e poucos, esparsos, na Procissão do Encontro. Na Procissão da Soledade, então, é comum Nossa Senhora, lastimosa - a solidão em pessoa - chorar suas dores na companhia de um único anjinho. Tão solitário quanto ela.

Desde os tempos coloniais, vestir crianças de anjo nas procissões é uma tradição brasileira, muito presente nos cortejos religiosos setecentistas das cidades históricas de Minas Gerais. Era um recurso que a Igreja utilizava para aproximar infância e religião, iniciando logo a evangelização. Para as crianças, era um momento especial, que se tornava inesquecível por toda vida: ser alvo de atenção elogiosa e orgulho de seus pais e parentes, que se sentiam dignamente representados, com destaque, por seus rebentos, em um acontecimento tão solene.

Nos últimos anos, a ausência de anjinhos nas procissões vem sendo bastante sentida. Sem eles fica a faltar no cortejo celeste a pureza e a inocência que são próprias dos querubins.  Mas isto pode mudar e o céu pode ficar ainda mais presente nas procissões de São João del-Rei. Basta os pais  e avós proporcionarem às suas crianças este presente inesquecível por toda vida: uma túnica de cetim, um diadema florido e um par de asas. Todas as crianças que viveram esta experiência têm hoje, na memória sentimental e afetiva, uma lembrança eterna. E a sua também pode ter. Só depende de você...

Rasoura dos Passos 2012 - São João Del Rei

Fonte: Direto de São João del-Rei . março de 2014
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Mais anjinhos nas procissões de São João del-Rei . Campanha

As procissões de São João del-Rei  são famosas em todo o Brasil. Singulares, relembram tradições antigas, realizadas em nossa terra desde o começo do século XVIII. Como não se vê procissões tão autênticas em nenhuma outra cidade histórica, elas atraem turistas de várias partes do mundo. São a fé, a arte e a religiosidade no estado mais puro, sensibilizando e encantando a alma humana.

Nas procissões de São João del-Rei, crianças vestidas de anjo sempre foram uma atração à parte. Com seu sorriso e ingenuidade,dão ao cortejo o tom da graça e da inocência próprias dos querubins. No tempo do ouro, eram os meninos que desempenhavam este papel. Quem,em algum dia na infância,se vestiu de anjinho, leva esta lembrança por toda a vida.

Nos últimos tempos, anda diminuindo a legião de anjos nas procissões. Sem eles,os cortejos perdem um pouco de sua beleza, ao mesmo tempo em que as crianças deixam de vivenciar uma experiência única, que não se vive em outro momento.

Sabendo disto, que tal presentear sua criança com uma túnica de cetim, um diadema e um par de asas? Ela se lembrará deste dia para sempre e tornará as procissões de São João del-Rei ainda mais bonitas e grandiosas...

Antonio Emilio da Costa

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