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Escopo: São João del-Rei | Tiradentes | Ouro Preto | Minas Gerais | Brasil | Mundo
Estátua da Deusa Ceres de São João del-Rei . José Maurício de Carvalho
Descrição
Ceres é a deusa da agricultura e da colheita.
Na mitologia grega é relacionada à Deméter, divindade agrária e símbolo da terra. Deméter, filha de Saturno e Cibele, é mãe de Perséfone e uma das doze deusas do Monte Olimpo. Por causa do sofrimento pela perda da filha, ela criou o inverno e, ao recuperá-la, parte do ano, a primavera. Por esse motivo, Ceres foi vinculada aos rituais de morte e ressurreição, porque seu estado interior, conforme a presença ou ausência da filha comandava o estado do tempo dando origem ao processo cíc1ico das estações. Conta a mitologia grega que a vida ressurge, quente e alegre, a cada ano depois do inverno gelado, porque Deméter reencontra a filha que retoma da terra dos mortos. Seu coração materno se aquece cada vez que a filha volta ao seu convívio e sua alegria é tão grande que aquece, juntamente, a terra.
A estátua da Deusa Ceres carrega um cutelo de colheita, porta um ancinho e está adiante de um feixe de trigo. Esse se eleva junto a suas pernas e pés. A deusa encontras¬se sobre base de ferro fundido decorada com duas cabeças de sátiros. Sátiro é divindade secundária da Grécia Antiga e companheiro de Baco. Usualmente é representado com cabelos desgrenhados, orelhas pontudas, dois pequenos chifres e pernas de bode, tendo nas mãos uma taça ou um instrumento de música. Sua figura estranha foi normalmente associada ao demônio, num esforço da Igreja Primitiva para romper com as divindades do mundo clássico. As bocas destas figuras mitológicas, no nosso monumento, são orifícios de onde antes se jorrava água sobre duas bacias, que completam a estrutura de ferro do chafariz e estão ainda intactas.
A estátua chegou nesta cidade de São João del-Rei, adquirida pela Câmara Municipal no ano de 1887, proveniente da cidade italiana de Turim. Durante décadas e até a demolição da antiga Matriz de Matosinhos esteve ao seu lado. Desde então, ela foi transferida para próximo da Caixa d'água do Bonfim, retomando, mais tarde, ao local onde hoje se encontra. Mesmo sendo centenária, lembrança de um tempo no qual água pura jorrando nas praças era, para nossos homens públicos, símbolo de civilização, a estátua não tem merecido, maiores cuidados em nosso tempo.
Haver sido adquirida durante o Império, ter servido de fonte aos habitantes desta cidade e de ser destinada a perpetuar, para a posteridade, a lembrança de nossa dívida cultural para com os romanos e gregos, justificam o seu tombamento municipal. A preocupação com sua preservação é antiga, pois existem vários pedidos de restauração do monumento. Há cerca de sete anos a comunidade acadêmica da UFSJ-Universidade Federal de São João del-Rei chamou atenção para a beleza do monumento e para seu estado de abandono ao escolhê-lo para ilustrar a capa lia Revista Vertentes da UFSJ-Universidade Federal de São João del-Rei, nº 1, de jan./jun. de 1993.
É um dos poucos bens históricos ainda preservados no bairro de Matosinhos.
...
DECRETO Nº2.628, de 18 de outubro de 2000
Homologa Resolução do Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Cultural
O Prefeito Municipal de São João dei Rei, no uso de suas atribuições e de conformidade com o disposto no Artigo 3° e seu § único da Lei Municipal n° 3.452, de 08 de junho de 1999, DECRETA:
Art. 1°:- Fica homologada a Resolução n.o 006/00, do Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Cultural, datada de 11 de outubro de 2000, que determina a inscrição, no Livro de Tombo do Bem Público - Estátua e Chafariz da Deusa Ceres, situados na Praça Senhor Bom Jesus de Matozinhos, de propriedade do Município de São João Dei Rei - autos do Processo de Tombamento n° 028/00.
Art. 2º:- Revogam-se as disposições em contrário.
Prefeitura Municipal de São João del-Rei, 18 de outubro de 2000
Carlos Alberto da Silva Braga
Prefeito Municipal de São João del-Rei
Na mitologia grega é relacionada à Deméter, divindade agrária e símbolo da terra. Deméter, filha de Saturno e Cibele, é mãe de Perséfone e uma das doze deusas do Monte Olimpo. Por causa do sofrimento pela perda da filha, ela criou o inverno e, ao recuperá-la, parte do ano, a primavera. Por esse motivo, Ceres foi vinculada aos rituais de morte e ressurreição, porque seu estado interior, conforme a presença ou ausência da filha comandava o estado do tempo dando origem ao processo cíc1ico das estações. Conta a mitologia grega que a vida ressurge, quente e alegre, a cada ano depois do inverno gelado, porque Deméter reencontra a filha que retoma da terra dos mortos. Seu coração materno se aquece cada vez que a filha volta ao seu convívio e sua alegria é tão grande que aquece, juntamente, a terra.
A estátua da Deusa Ceres carrega um cutelo de colheita, porta um ancinho e está adiante de um feixe de trigo. Esse se eleva junto a suas pernas e pés. A deusa encontras¬se sobre base de ferro fundido decorada com duas cabeças de sátiros. Sátiro é divindade secundária da Grécia Antiga e companheiro de Baco. Usualmente é representado com cabelos desgrenhados, orelhas pontudas, dois pequenos chifres e pernas de bode, tendo nas mãos uma taça ou um instrumento de música. Sua figura estranha foi normalmente associada ao demônio, num esforço da Igreja Primitiva para romper com as divindades do mundo clássico. As bocas destas figuras mitológicas, no nosso monumento, são orifícios de onde antes se jorrava água sobre duas bacias, que completam a estrutura de ferro do chafariz e estão ainda intactas.
A estátua chegou nesta cidade de São João del-Rei, adquirida pela Câmara Municipal no ano de 1887, proveniente da cidade italiana de Turim. Durante décadas e até a demolição da antiga Matriz de Matosinhos esteve ao seu lado. Desde então, ela foi transferida para próximo da Caixa d'água do Bonfim, retomando, mais tarde, ao local onde hoje se encontra. Mesmo sendo centenária, lembrança de um tempo no qual água pura jorrando nas praças era, para nossos homens públicos, símbolo de civilização, a estátua não tem merecido, maiores cuidados em nosso tempo.
Haver sido adquirida durante o Império, ter servido de fonte aos habitantes desta cidade e de ser destinada a perpetuar, para a posteridade, a lembrança de nossa dívida cultural para com os romanos e gregos, justificam o seu tombamento municipal. A preocupação com sua preservação é antiga, pois existem vários pedidos de restauração do monumento. Há cerca de sete anos a comunidade acadêmica da UFSJ-Universidade Federal de São João del-Rei chamou atenção para a beleza do monumento e para seu estado de abandono ao escolhê-lo para ilustrar a capa lia Revista Vertentes da UFSJ-Universidade Federal de São João del-Rei, nº 1, de jan./jun. de 1993.
É um dos poucos bens históricos ainda preservados no bairro de Matosinhos.
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DECRETO Nº2.628, de 18 de outubro de 2000
Homologa Resolução do Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Cultural
O Prefeito Municipal de São João dei Rei, no uso de suas atribuições e de conformidade com o disposto no Artigo 3° e seu § único da Lei Municipal n° 3.452, de 08 de junho de 1999, DECRETA:
Art. 1°:- Fica homologada a Resolução n.o 006/00, do Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Cultural, datada de 11 de outubro de 2000, que determina a inscrição, no Livro de Tombo do Bem Público - Estátua e Chafariz da Deusa Ceres, situados na Praça Senhor Bom Jesus de Matozinhos, de propriedade do Município de São João Dei Rei - autos do Processo de Tombamento n° 028/00.
Art. 2º:- Revogam-se as disposições em contrário.
Prefeitura Municipal de São João del-Rei, 18 de outubro de 2000
Carlos Alberto da Silva Braga
Prefeito Municipal de São João del-Rei