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A História de São João del-Rei é feita de muitas histórias. E também de belas estórias... . Antônio Emílio da Costa
Descrição
A História de São João del-Rei é feita de muitas histórias. E também de belas estórias...
Depois de Tomé Portes, ainda no Arraial, a Guerra dos Emboabas, certamente acendeu o lume para a instituição da vila de São João del-Rei. Em 1717, o Conde de Assumar esteve aqui e foi saudado com a música do mestre Antônio do Carmo. Gostou tanto que voltou outras vezes. À época, aqui se destacou Maria Viegas, escrava liberta e mulher libertária, que formou filho padre e deixou portentosos testamento e inventário. Em 1746, Tiradentes nasceu nas terras da Vila são-joanense, que foi berço de Bárbara Heliodora e de seus filhos com o inconfidente Inácio José de Alvarenga Peixoto. No vale do Lenheiro também despontou e refulgiu o gênio de Francisco de Lima Cerqueira.
Mais uma vez, agora na virada do século XVIII, negros e mulatos firmaram a cor da história de São João del-Rei, escrevendo-a em pautas musicais, em recortes na pedra, na ourivessaria, no sopro e na corda dos instrumentos. O povo são-joanense começou a construir e consolidar sua identidade cultural ainda nos tempos do Brasil Colônia.
Ao longo do século XIX e no século XX, enriqueceu-se a história de São João del-Rei com a chegada dos imigrantes, principalmente sirio-libaneses, árabes e italianos. Mais são-joanenses continuaram trazendo novas contribuições para a cultura de nossa terra, alguns deles até transcendendo os limites da Serra do Lenheiro e destacando-se nos mais diversos setores da vida nacional - na política, no direito, nas artes, na educação e nas ciências.
O nome de muitos facilmente nos salta do pensamento pela lembrança de suas imortalizadas obras, antigas ou recentes, e também de sua vanguardista atuação: padre José Maria Xavier, Aniceto de Souza Lopes, Venâncio do Espírito Santo, Jesuíno José Ferreira, Martiniano Ribeiro Bastos, Baptista Caetano de Almeida, Nhá Chica, Presciliano Silva, Ireno e Luiz Batista Lopes, Alexina Pinto, Lincoln de Souza, Dom Lucas Moreira Neves, Dr. Paulo Lustosa, irmãos Teixeira, Tancredo Neves, historiadores Sebastião Cintra e Fábio Nelson Guimarães, maestros Telêmaco Neves, José Maria Neves, Sílvio Padilha e Pedro de Souza, maestrina Maria Stella Neves Valle. A estes se somam os nomes do artista plástico Marcos Mazzoni, dos violinistas Japhet da Conceição e Geraldo Ivon da Silva - Geraldo Patusca -, do compositor Agostinho França, do capitão de congada Luís Santana e de tantos outros protagonistas que em corpo não estão mais entre nós.
Há aqueles que, sem ter nome oficializado pela historiografia oficial, fazem parte da memória sentimental e afetiva de São João del-Rei e reticentemente vêm sendo perpetuados pelo carinho da lembrança dos mais vividos. Entre eles, vagueiam João Catuta, Elefante sem rabo, Dona Maria Baronesa, Chico Brugudum, Maria Cachorra, Periquito da Bateia, Nico Bunda, Henrique Parreira e todos os anjos populares que, em nossa terra vivendo outro tempo e outro mundo, hoje dormem ossos misturados nos ossuários gerais.
Nonagenários, octogenários, septuagenários, idosos, maduros, jovens (graças a Deus muitos jovens!), a cada dia muitos são-joanenses continuam escrevendo, na sua lida cotidiana, a valorosa história de São João del-Rei. Brancos, negros, mulatos, morenos, criolos. Nobres, pobres, famosos, anônimos, vaidosos, humildes, analfabetos, trabalhadores braçais, serviçais. Intelectuais, iletrados, artistas, artesãos, analfabetos, escultores, músicos, cientistas, inventores de estórias que mais parecem a própria vida.
Todos eles são patrimônio cultural de São João del-Rei!...
Postado por: Antônio Emílio da Costa em 1/10/13
Fonte: diretodesaojoaodelrei.blogspot.com.br
Desde que no alvorecer do século XVIII Tomé Portes del-Rei fincou pé nas margens do Rio das Mortes, cobrando pedágio pela travessia fluvial que levava às portas do Arraial Novo de Nossa Senhora do Pilar, até a mais recente badalada dos sinos da Matriz do Pilar, muitos personagens estão - há mais de 300 anos, na lida do seu dia a dia - a escrever a história de nossa terra.
Brancos, negros, mulatos, morenos, criolos. Nobres, proscritos, desbravadores, déspotas, clandestinos, bandeirantes, sacerdotes, escravos. Livres, cativos, forros, libertos, sonhadores, serviçais. Intelectuais, iletrados, artistas, artesãos, analfabetos, escultores, músicos, cientistas, inventores de estórias que mais parecem a própria vida.Depois de Tomé Portes, ainda no Arraial, a Guerra dos Emboabas, certamente acendeu o lume para a instituição da vila de São João del-Rei. Em 1717, o Conde de Assumar esteve aqui e foi saudado com a música do mestre Antônio do Carmo. Gostou tanto que voltou outras vezes. À época, aqui se destacou Maria Viegas, escrava liberta e mulher libertária, que formou filho padre e deixou portentosos testamento e inventário. Em 1746, Tiradentes nasceu nas terras da Vila são-joanense, que foi berço de Bárbara Heliodora e de seus filhos com o inconfidente Inácio José de Alvarenga Peixoto. No vale do Lenheiro também despontou e refulgiu o gênio de Francisco de Lima Cerqueira.
Mais uma vez, agora na virada do século XVIII, negros e mulatos firmaram a cor da história de São João del-Rei, escrevendo-a em pautas musicais, em recortes na pedra, na ourivessaria, no sopro e na corda dos instrumentos. O povo são-joanense começou a construir e consolidar sua identidade cultural ainda nos tempos do Brasil Colônia.
Ao longo do século XIX e no século XX, enriqueceu-se a história de São João del-Rei com a chegada dos imigrantes, principalmente sirio-libaneses, árabes e italianos. Mais são-joanenses continuaram trazendo novas contribuições para a cultura de nossa terra, alguns deles até transcendendo os limites da Serra do Lenheiro e destacando-se nos mais diversos setores da vida nacional - na política, no direito, nas artes, na educação e nas ciências.
O nome de muitos facilmente nos salta do pensamento pela lembrança de suas imortalizadas obras, antigas ou recentes, e também de sua vanguardista atuação: padre José Maria Xavier, Aniceto de Souza Lopes, Venâncio do Espírito Santo, Jesuíno José Ferreira, Martiniano Ribeiro Bastos, Baptista Caetano de Almeida, Nhá Chica, Presciliano Silva, Ireno e Luiz Batista Lopes, Alexina Pinto, Lincoln de Souza, Dom Lucas Moreira Neves, Dr. Paulo Lustosa, irmãos Teixeira, Tancredo Neves, historiadores Sebastião Cintra e Fábio Nelson Guimarães, maestros Telêmaco Neves, José Maria Neves, Sílvio Padilha e Pedro de Souza, maestrina Maria Stella Neves Valle. A estes se somam os nomes do artista plástico Marcos Mazzoni, dos violinistas Japhet da Conceição e Geraldo Ivon da Silva - Geraldo Patusca -, do compositor Agostinho França, do capitão de congada Luís Santana e de tantos outros protagonistas que em corpo não estão mais entre nós.
Há aqueles que, sem ter nome oficializado pela historiografia oficial, fazem parte da memória sentimental e afetiva de São João del-Rei e reticentemente vêm sendo perpetuados pelo carinho da lembrança dos mais vividos. Entre eles, vagueiam João Catuta, Elefante sem rabo, Dona Maria Baronesa, Chico Brugudum, Maria Cachorra, Periquito da Bateia, Nico Bunda, Henrique Parreira e todos os anjos populares que, em nossa terra vivendo outro tempo e outro mundo, hoje dormem ossos misturados nos ossuários gerais.
Nonagenários, octogenários, septuagenários, idosos, maduros, jovens (graças a Deus muitos jovens!), a cada dia muitos são-joanenses continuam escrevendo, na sua lida cotidiana, a valorosa história de São João del-Rei. Brancos, negros, mulatos, morenos, criolos. Nobres, pobres, famosos, anônimos, vaidosos, humildes, analfabetos, trabalhadores braçais, serviçais. Intelectuais, iletrados, artistas, artesãos, analfabetos, escultores, músicos, cientistas, inventores de estórias que mais parecem a própria vida.
Todos eles são patrimônio cultural de São João del-Rei!...
Postado por: Antônio Emílio da Costa em 1/10/13
Fonte: diretodesaojoaodelrei.blogspot.com.br