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São João del-Rei, enternecida, lembra a morte de São Francisco de Assis . Antônio Emílio da Costa
Descrição
São João del-Rei, enternecida, lembra a morte de São Francisco de Assis
Neste dia 4, desde cedo, em São João del-Rei, os sinos das altas torres do templo franciscano tocam graves, compassados e langorosos para lembrar aos são-joanenses que no dia 3 de outubro de 1226 - portanto há 787 anos - morria, irmão da água e do fogo, da Terra, da Morte, do Sol e da Lua, São Francisco de Assis.
Mesmo que seja azul e iluminado, o dia escorre triste no jardim em forma de lira, tendo palmeiras como cordas. Esparsamente, pessoas atravessam largo e adro, entram na igreja sombria e silenciosa e levam orações para o santo, penitente, piedoso, magrinho e de hábito preto, austero e solitário em seu andor. Já no século XVIII era assim.
Às três da tarde, os sinos tocam mais insistentes e mais tristes ainda. É hora de celebrar o momento em que São Francisco - em imagem deitado no chão da igreja - deixou este mundo. Em volta, também de hábitos pretos, irmãos e irmãs da Ordem Terceira oram contritos em memória da sentida passagem.
Pouco depois, no adro da igreja, os animais são abençoados, em reconhecimento à sua pureza e inocência. Gotas de água benta respingam também em seus donos, lembrando-lhes do humilde pedido que a Deus fizera o santo:
"Senhor, fazei de mim um instrumento de vossa paz.
Onde houver ódio, que eu leve o amor.
Onde houver ofensa, que eu leve o perdão.
Onde houver tristeza, que eu leve alegria.
Onde houver dúvida, que eu leve a fé".
Logo que anoitece, na igreja de São Francisco tem missa solene e barroca, ao som de instrumentos e vozes da bicentenária Orquestra Ribeiro Bastos. Depois rasoura pelas ruas coloniais e, para encerrar, de volta ao templo, canto do Te Deum Laudamus.
São Francisco é caridoso. Estende uma mão para Cristo crucificado, de quem recebeu as chagas, e a outra para o povo de São João del-Rei, a quem abriga em seu coração.
Postado por: Antônio Emílio da Costa em 3/10/13
Fonte: diretodesaojoaodelrei.blogspot.com.br
Neste dia 4, desde cedo, em São João del-Rei, os sinos das altas torres do templo franciscano tocam graves, compassados e langorosos para lembrar aos são-joanenses que no dia 3 de outubro de 1226 - portanto há 787 anos - morria, irmão da água e do fogo, da Terra, da Morte, do Sol e da Lua, São Francisco de Assis.
Mesmo que seja azul e iluminado, o dia escorre triste no jardim em forma de lira, tendo palmeiras como cordas. Esparsamente, pessoas atravessam largo e adro, entram na igreja sombria e silenciosa e levam orações para o santo, penitente, piedoso, magrinho e de hábito preto, austero e solitário em seu andor. Já no século XVIII era assim.
Às três da tarde, os sinos tocam mais insistentes e mais tristes ainda. É hora de celebrar o momento em que São Francisco - em imagem deitado no chão da igreja - deixou este mundo. Em volta, também de hábitos pretos, irmãos e irmãs da Ordem Terceira oram contritos em memória da sentida passagem.
Pouco depois, no adro da igreja, os animais são abençoados, em reconhecimento à sua pureza e inocência. Gotas de água benta respingam também em seus donos, lembrando-lhes do humilde pedido que a Deus fizera o santo:
"Senhor, fazei de mim um instrumento de vossa paz.
Onde houver ódio, que eu leve o amor.
Onde houver ofensa, que eu leve o perdão.
Onde houver tristeza, que eu leve alegria.
Onde houver dúvida, que eu leve a fé".
Logo que anoitece, na igreja de São Francisco tem missa solene e barroca, ao som de instrumentos e vozes da bicentenária Orquestra Ribeiro Bastos. Depois rasoura pelas ruas coloniais e, para encerrar, de volta ao templo, canto do Te Deum Laudamus.
São Francisco é caridoso. Estende uma mão para Cristo crucificado, de quem recebeu as chagas, e a outra para o povo de São João del-Rei, a quem abriga em seu coração.
Postado por: Antônio Emílio da Costa em 3/10/13
Fonte: diretodesaojoaodelrei.blogspot.com.br