a cidade com que sonhamos é a cidade que podemos construir

la ciudad que soñamos es la ciudad que podemos construir

the city we dream of is the one we can build ourselves

la cittá che sognamo é la cittá che possiamo costruire

la ville dont on rêve c’est celle que nous pouvons construire

página inicial | ser nobre é ter identidade | rede colaborativa pró-agenda 2030

Publicações

Tipo: Artigos | Cartilhas | Livros | Teses e Monografias | Pesquisas | Lideranças e Mecenas | Diversos

Escopo: São João del-Rei | Tiradentes | Ouro Preto | Minas Gerais | Brasil | Mundo

 

Dia do Folclore . Ulisses Passarelli

Descrição

Corria o século XIX. Cada região ou estudioso dava às tradições populares um nome que julgasse mais conveniente, até que, talvez incomodado com essa falta de sintonia nos estudos, o inglês Willian John Thoms no ano de 1846 usou num artigo para o jornal londrino O Ateneu um neologismo: criou o termo “FOLK-LORE”, usando duas palavras anglo-saxônicas, que usualmente se traduzem como saber popular, ou conhecimento do povo. Como esta publicação se deu a 22 de agosto daquele ano, ficou mais tarde fixado que este é o Dia do Folclore e, por conseguinte, a semana que ocorre, Semana do Folclore. Assim, agosto passa a ser considerado o Mês do Folclore.

Desde aquela época o campo para pesquisas se ampliou muito e as próprias reflexões analíticas dos temas folclóricos. Mas muita gente por falta de conhecimento usa mal a palavra para designar expressões culturais ou situações que não são propriamente folclóricas. Não por outro motivo o significado da palavra folclore se distorceu, desgastou-se. Assim, muitos estudiosos preferem usar em seu lugar a expressão Cultura Popular. Outras implicações de ordem teórica se interpõem, mas não fazem parte da diretriz deste simples artigo.

Anos atrás escrevi um texto, O Dia do Folclore ou O Folclore de Cada Dia, no qual expressava a preocupação com o fato de se dar atenção às tradições folclóricas apenas nesse período, enquanto no resto do ano passam em ocaso. Elas vivem o ano inteiro na zona urbana ou rural, em todos os bairros, florescendo no artesanato, nas crenças, nas narrativas de mitos, lendas e causos, na culinária tradicional, no artesanato típico, nas danças e nos folguedos, rituais e muitas outras vertentes. Bem, poderia ser melhor aproveitado no ensino escolar e quisera num ano eleitoral como este, os candidatos que vencerem nas urnas dessem maior atenção às necessidades básicas dos grupos e expressões folclóricas.

O estudo do folclore demanda anos de dedicação. Conhecer seus meandros abre um novo horizonte ao conhecimento, mostra uma outra riqueza do país. Quando se observa e compreende a cultura popular, vemos que não se pode ver o folclore como algo exótico, como curiosidade. É preciso valorizar nossas tradições. O mar de novidades que nos chega todo dia não deve afogar o que já nos acompanha desde as origens.

Nesse ensejo rendo meu louvor a quantos se sintonizam nessa cultura tão diversificada, seja estudando-a, defendendo-a em suas necessidades ou mesmo participando dela ativamente. É importante dar visibilidade às manifestações da Cultura Popular e homenagear as grandes figuras humanas que a mantêm. Pensando nisso criei recentemente um blog com esse objetivo, sem finalidades políticas, comerciais ou lucrativas: Tradições Populares das Vertentes (folclorevertentes.blogspot.com.br), no qual se pode acessar mais informações sobre nossa cultura de raiz.

Fonte: Gazeta de São João del-Rei . 25/08/2012

Cadastre lideranças engajadas, sua ação sociocultural, seu projeto, produto, entidade, pesquisa, agenda cultural etc - contribua, complemente, atualize, curta e compartilhe!

Compartilhar no Facebook Compartilhar no Instagram Compartilhar no Whatsapp Imprimir

ESSE PORTAL É UM PROJETO VOLUNTÁRIO. NÃO PERTENCE À PREFEITURA MUNICIPAL | CADASTRE GRATUITAMENTE A SUA AÇÃO SÓCIOCULTURAL