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E por falar em advogados . Juliane Menezes Machado

Descrição

A História da Humanidade é marcada pela presença significativa do advogado, principalmente a partir da formação do Estado, que tomou para si o poder de dizer o direito e, em regra, as pessoas não mais puderam fazer justiça com as próprias mãos, passando a valer-se da figura do advogado.

No Brasil, o Dia do Advogado é comemorado em 11 de agosto, visto que no ano de 1827 Dom Pedro I criou os dois primeiros cursos de Direito do Brasil, um em Olinda e outro em São Paulo.

Nas palavras de Francesco Carnelutti, “o próprio nome do causídico soa como um pedido de ajuda. Advocatus, vocatus ad, chamado a socorrer”. É que desde que vimos ao mundo – até quando nos despedimos de nossa própria existência – nós respiramos o direito e precisamos nos servir da mediação do advogado naquilo em que não somos habilitados a agir.

Merece ser laureado o incansável trabalho da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), como fiel partícipe da consolidação do Estado Democrático de Direito, consagrado na Constituição Federal de 1988.  A OAB fez-se presente em momentos conflitantes em que urgia a sacralização da justiça, quando denunciou algumas atrocidades ocorridas em governos já adormecidos, no movimento das Diretas Já, na implantação da Assembleia Constituinte, na transparência dos atos públicos e em diversas ocasiões que clamaram pela manifestação da entidade como guardiã da Justiça.

O art. 133 da Constituição Federal dispõe que “o advogado é indispensável à administração da Justiça”, um profissional que atua como instrumento de garantia de efetivação da cidadania, sendo a Advocacia Pública e Privada e a Defensoria Pública, funções essenciais à Justiça.

Nos bancos da Academia nos é dito que o mundo não vive sem o direito, pois viver é existir graças ao direito. Diante disso, é possível concluir também que se o mundo não vive sem o direito, a sociedade não existe sem o advogado, que é o elo entre o Estado julgador e o cidadão que busca a aplicação da justiça, seja quando aciona algo ou alguém, seja quando é acionado. O certo é que todos nós necessitamos da intercessão de um advogado, em suas mais variadas áreas de atuação.

Em tempos de crise de valores e das instituições, uma idéia despontou em meu coração reflexivo, sobre como um advogado poderia contribuir para socorrer melhor aos que dele necessitarem. A conclusão mais precisa foi que o advogado, neófito ou experiente, deve prosseguir corajoso na maravilhosa, inesgotável e surpreendente luta pelo direito, aliando o valioso conhecimento jurídico que o qualifica como profissional da classe com algo que ouso chamar de sensibilidade para as coisas da vida.  Merece cumprimentos e venturas o advogado que se imbuir do doce desafio de desnudar a natureza mística da alma humana, colocar-se de maneira pura no lugar do outro, de ampliar seu conhecimento de mundo e postar-se independente, para, dessa forma, entregar-se integralmente à causa. Assim, com “razão e sensibilidade”, expressão sugerida pelo advogado e doutor, Luís Carlos Balbino Gambogi, o advogado pode oferecer à sociedade o encontro humanizado do real com o abstrato, para mudar o mundo e dignificar tão nobre função essencial à Justiça.   E por falar em advogados… Parabéns pelo seu dia!!!

*Juliane Menezes Machado é Advogada

Fonte: Gazeta de São João del-Rei . 18/08/2012

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