a cidade com que sonhamos é a cidade que podemos construir

la ciudad que soñamos es la ciudad que podemos construir

the city we dream of is the one we can build ourselves

la cittá che sognamo é la cittá che possiamo costruire

la ville dont on rêve c’est celle que nous pouvons construire

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Resende Costa . Diversos

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Fundo Estadual de Cultura seleciona 5 projetos das Vertentes e Coleção Lageana dá mais um passo para a regionalização
Por Elaine Martins*

A Secretaria de Estado de Cultura de Minas Gerais divulgou dia 5 de outubro a lista dos 154 projetos aprovados pelo edital 2013 do Fundo Estadual de Cultura (FEC) que teve 678 inscritos. Dos 153 selecionados na modalidade recursos não reembolsáveis, 7 são da capital e os outros 136 do interior. Cinco deles são do Campo das Vertentes, incluindo o “Coleção Lageana IV na web” proposto pela Associação dos Amigos da Cultura de Resende Costa (AMIRCO).
A aprovação do 4º. projeto da AMIRCO garante a continuidade do programa editorial Coleção Lageana, com a criação de um website e a edição de mais 3 livros de temáticas regionais. São eles: o original de poesia "Portas que viram janelas", do professor Mário Márcio de Quadros, indicado para publicação dado o seu valor literário e didático; a série de reportagens reunidas sob o título "História política de municípios mineiros", do jornalista José Venâncio de Resende, indicada por preencher a lacuna do registro da história política da região das Vertentes; e a reedição de "Memória histórica dos diamantes" (1836), de autoria do inconfidente Conselheiro José de Resende Costa, cuja importância extrapola a região e o Estado.
A Coleção Lageana, coordenada por Elaine Martins e Rosalvo Pinto, possui um conselho editorial formado por 13 membros que avalia os originais submetidos à publicação. Para o presidente da AMIRCO, André Eustáquio, a aprovação do 4º. projeto da coleção, que já conta com 4 livros publicados e outros 3 no prelo, coroa as ações dos membros da associação que há quase 10 anos vem se empenhando para resgatar e divulgar a cultura de Resende Costa e sua gente. “Essa aprovação fortalece ainda mais o nosso anseio de regionalização do projeto, estreitando cada vez mais os laços culturais que unem as cidades da região do Campo das Vertentes",” completa.

Recursos para a cultura da região

O FEC 2013 destinará R$6,5 milhões para os 153 projetos não reembolsáveis, sendo que os 5 das Vertentes receberão juntos R$190 mil. Além do Coleção Lageana IV, da AMIRCO (R$25 mil), foi contemplado um projeto de Tiradentes: Modernização de Biblioteca Pública Municipal Tomás Antônio Gonzaga, da Prefeitura Municipal (R$10 mil); e outros três de São João del-Rei: Manutenção de Espaço Cultural, do Centro Cultural Feminino (R$15 mil); Maestro João Cavalcante: História e Evolução das Bandas em Minas Gerais, da Fundação Centro de Referência Musicológica José Maria Neves (R$70 mil), e Reforma e Adequação da Sede da Sociedade de Concertos Sinfônicos, da Sociedade de Concertos Sinfônicos de São João del-Rei (R$70 mil).
O FEC tem o objetivo de dar apoio financeiro a ações e projetos que visem à criação, à produção, à preservação e à divulgação de bens e manifestações culturais no Estado; estimular o desenvolvimento cultural do Estado em suas regiões, com foco prioritário para o interior, considerando o planejamento e a qualidade das ações culturais; e apoiar as ações de manutenção, conservação, recuperação e difusão do patrimônio cultural, material e imaterial, do Estado. 

* Elaine Martins é Diretora de Comunicação da AMIRCO.

A Coleção Lageana, que já conta com 4 livros publicados e 3 no prelo, garante a edição de outros 3 com recursos do FEC 2013.

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Centro Comunitário ARNOV-Assocação de Moradores de Resende Costa ganha nova sede

O sábado, 5 de maio, foi de festa para os moradores do Bairro Nova Resende, em Resende Costa, distante cerca de 35 km de São João del-Rei. Depois de 16 anos de fundação, a Associação de Moradores (Arnova) ganhou um novo espaço. Trata-se do Centro Comunitário, construído com recursos da Prefeitura Municipal, em atendimento à solicitação da comunidade através do Orçamento Participativo (OP).
Bastante emocionada, a presidente da Arnova, Ítala Carolina Silva, falou da emoção daquele momento na vida dos moradores da Nova Resende. E se dirigindo a eles, falou: "Vocês são os responsáveis por isso, donos de tudo isso que está acontecendo aqui hoje." Ítala Carolina lembrou, ainda, da antiga sede, construída através do esforço da comunidade e comentou: "Lá não comportava mais a demanda de projetos que temos".
A obra, segundo contou o prefeito Adilson Avelino de Resende, ficou em R$ 121 mil. "Inicialmente o valor era de R$ 106 mil, mas tivemos que fazer um aditivo para a construção do muro de arrimo, cuja mão-de-obra foi da Prefeitura", explicou. Ele lembrou, ainda, que "foram ouvidas as necessidades da comunidade, avaliado o que os moradores queriam de um Centro Comunitário e o resultado está aí, para todos verem: ‘uma obra de arquitetura belíssima’".
Já o presidente da Câmara Municipal, Luiz Cláudio Reis, destacou a importância daquele momento para o bairro. "A Arnova é um exemplo para as demais associações. O sonho do novo espaço se torna realidade porque houve a participação da sociedade civil organizada e dos poderes instituídos. Parabenizo à Prefeitura Municipal, através do prefeito Adilson, pelo apoio que tem dado às. comunidades", disse.

O local
O Centro Comunitário abrigará a Arnova; ações da Pastoral da Criança; oficinas de geração de emprego e renda, através da Secretaria Municipal de Assistência Social; Educação de Jovens e Adultos (EJA), por meio da Secretaria Municipal de Educação e o projeto “ArtePura-Crianças em busca de um sonho”, de socialização através da música.

Fonte: Folha das Vertentes . 1ª Quinzena de Maio de 2012

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Vereador questiona concessões de táxis . Resende Costa

O vereador José Roberto de Souza (PSDB), o Betinho, solicitou na última segunda-feira, 23, da presidência da Câmara Municipal de Resende Costa que fosse encaminhado um ofício ao prefeito da cidade para que o administrador justificasse a concessão de placas de táxi.
De acordo com o vereador al gumas pessoas o questionaram sobre este fato. "Me disseram que a prefeitura estava ressussitando algumas placas que já haviam sido cassadas. Queremos saber se a concessão está sendo feita sem licitação. Temos uma lei que regulamenta isso e pedimos esclarecimentos ap prefeito para saber se ela está sendo cumprida", argumentou Betinho.
O presidente da Casa, Luis Claudio dos Reis (PDT), informou que o pedido seria encaminhado à prefeitura esta semana, mas até o fechamento desta edição na ultima quinta-feira, 26, ainda não havia sido enviado. De acordo com a assessoria jurídica da Câmara, o documento, provavelmente seria encaminhado ontem, 27.
De acordo com o artigo 7 da Lei n2.130 que regulamenta o serviço do veículo de aluguel destinado ao transporte individual de passageiros no município de Resende Costa, "o permissionário que ficar sem veículo destinado ao serviço de transporte de passageiros (táxi) pelo período de 02 (dois) meses consecutivos, terá a sua permisão cassada automaticamente, devendo a seção de Cadastro comunicar ao Executivo Municipa". Ainda conforme a lei, para a liberdade de novas permissões de serviço de táxi, o executivo fundamentará por escrito a necessidade da permissão e proceserá o leilão para os interessados.
A reportagem do jornal tetnou entrar em contato, por telefone, com o prefeito Adilson Avelino de Resende (PT) na última quinta-feira, 26, mas não obteve retorno.

Fonte: Gazeta de SJDR, 28 de Maio de 2011  

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Resende Costa: a arte de fazer arte


O comerciante Édson Ribeiro fala com orgulho do seu sucesso na área artesanal

Com cerca de 10 mil habitantes, Resende Costa é conhecida pela sua produção têxtil artesanal. Essa atividade é responsável pelo impulso turístico vivido pela cidade nas últimas duas décadas e é tida como a principal fonte de renda do município. É comum o visitante ouvir que, por ali, “toda casa tem um tear”. Resguardado o exagero, esse dito revela que a produção têxtil de Resende Costa ainda sustenta características artesanais e acontece, em grande medida, de maneira descentralizada.

O processo de produção do artesanato de Resende Costa é repassado há décadas através das gerações, o que garante que a tradição não seja esquecida. Em meados do século XX, a atividade ganhou mais força e, consequentemente, mão-de-obra e produção aumentaram. 
De acordo com relatos de artesãos e comerciantes que atuaram nesta época, o processo de produção artesanal não era valorizado como hoje. Explicam, por exemplo, que a matéria prima (o retalho, sobra de tecido industrial) era abandonada pelas fábricas nas grandes cidades e que artesãos e viajantes aproveitavam aqueles resíduos na produção de colchas e tapetes. Atualmente, essa matéria prima é vendida pelas fábricas aos artesãos e, muitas vezes, até falta. Isto devido à modernização das fábricas têxteis, que depois da mecanização e da informatização de seus processos produtivos passaram a ser mais econômicas e a “produzir” menos retalho. Por outro lado, o trabalho manual e a produção artesanal agregaram, hoje, valor ecológico e multiplicou-se a demanda pelos seus produtos. 
Maria Libânia de Resende é uma das artesãs mais tradicionais de Resende Costa. Dona Mariquinha, assim conhecida pela comunidade, vive na zona rural e transmitiu seus conhecimentos aos cinco filhos e nove netos. Sua família aparece como uma das mais antigas detentoras de conhecimentos sobre o tear. 
Cícero Resende Chaves é empresário do ramo artesanal há 12 anos e presidente da associação empresarial e turística de Resende Costa (ASSETURC). Ele nos conta que a cidade possui hoje cerca de 80 estabelecimentos comerciais diretamente ligados ao artesanato, sendo a maioria associada à ASSETURC.  
Ele avalia que os principais desafios do turismo e do artesanato de Resende Costa estão ligados à estrutura para receber o turista e ao preparo dos profissionais do comércio, para que atendam da melhor forma os visitantes da cidade. Cícero relata que há duas décadas a vocação do artesanato de Resende Costa era a venda para lojistas, no atacado. Naquela época, o percentual de vendas realizado para o turista (varejo) era da ordem de 2%. Hoje, o movimento turístico se intensificou bastante e é responsável por cerca de 20% das vendas do artesanato local.  “O turismo desenvolveu-se muito rapidamente na cidade. Em duas décadas, surgiram cerca de 60 lojas de artesanato, o que é muito bom, pois a cidade ganhou o aspecto de um “shopping”, onde o consumidor encontra uma enorme variedade de produtos.
O problema é que, com o crescimento repentino, o mercado criou novas exigências e a cidade foi pega despreparada em alguns aspectos. O turista, que tem um perfil diferente do atacadista, fica em Resende Costa por mais tempo, exige uma melhor recepção e quer conhecer outros atrativos da cidade. Apesar de haver avanços no que diz respeito à estrutura de recepção da cidade, como o aumento do número de restaurantes, bares e hotéis, assim como o melhoramento da qualidade dos serviços prestados pelos estabelecimentos que já existiam, é preciso avançar ainda mais nesse sentido”, relata o presidente da Associação. 
Cícero fala, também, de suas perspectivas para o futuro comercial e turístico de Resende Costa. Ele aponta o valor ecológico, a cada dia mais agregado ao produto artesanal, como impulso à economia da cidade. Destaca ainda, o avanço que o país vive na área da construção civil, fator favorável ao setor de decoração. “Quem constrói, decora”, afirma o empresário, confiante no avanço do comércio de cama, mesa, banho e decoração.     
O comerciante Édson Ribeiro atua há cerca de 20 anos na área artesanal. Ele conta que, no início, trabalhava apenas com a produção e o fornecimento dos seus produtos às lojas. Após algum tempo desenvolvendo trabalhos no tear, abriu seu próprio comércio, no início apenas com três funcionários. Hoje, passados 16 anos, Édson revela que envolvendo atendentes, tecedores, fornecedores e outros mais, há mais de cem pessoas trabalhando com ele. 
O Artesanato de Resende Costa é sem duvidas protagonista do desenvolvimento econômico de uma região, promovendo o turismo, a renda, a geração de empregos, o reaproveitamento de materiais e, muitas vezes, a inclusão e a mobilidade social. E a cidade se prepara cada vez mais para receber melhor seus visitantes e continuar crescendo, mas sem perder seu vínculo com o passado, com o trabalho manual e com os modos mineiros que garantem a autenticidade de sua cultura e de seus produtos.

Texto de Emanuele Ribeiro e Fernando Chaves
Publicado no Observatório da Cultura . 15 de novembro de 2010

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Estudantes escrevem sobre hábitos culturais de suas comunidades rurais . Resende Costa
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