Melhores Práticas
Instituições trabalham para a preservação
Descrição
A preservação do patrimônio histórico de São João del-Rei é de extrema importância para a cidade, já que ajuda a resguardar sua memória e, ainda, gerar renda por atrair visitantes. "Acredito que pra se construir um modelo sustentável de preservação é necessário, antes de tudo, que tanto o Conselho quanto o Iphan e principalmente a UFSJ, hoje com Cursos de Arquitetura e Urbanismo, Geografia, Filosofia e História, tomem-se parceiros cada vez mais próximos nessa causa. A população deve ajudar os agentes responsáveis pela política de patrimônio a criarem condições de parar de atuar somente na parte burocrática do dia-a-dia da preservação edificada, que é aprovação, fiscalização e vigilância do que será construído", afirmou o arquiteto e membro do Conselho do Patrimônio Cultural
do Estado de Minas Gerais, André Guilherme Dorneles Dangelo. Ele acredita que também seja necessário rio tempo para planejar a melhor forma de atuação, trabalhando sob metodologias mais eficientes e já testadas, que dizem respeito ao papel que as pessoas querem para a nova arquitetura dentro das áreas tombadas e no seu entorno. “Não acredito em atuação na área de arquitetura em geral,, principalmente de patrimônio, sem que os agentes responsáveis por essa ação amadureçam o bom hábito de fazer uma reflexão teórica sobre o contexto a ser intervindo. Acredito, por experiência própria, que mesmo sendo bem intencionado o técnico-fiscalizador, arquiteto ou engenheiro, sem a valorização dessas premissas de projeto o resultado sempre deixa a desejar", disse.
Conselho
A Lei n° 3.388 de 16 de julho de 1998 criou o Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Cultural, que tem a função de assessorar o Poder Público no que diz respeito à conservação e defesa dos bens históricos do município. Segundo o presidente do grupo, José Alberto Ferreira, quando a população envia à prefeitura projetos de construções, o Conselho o analisa para ver se irá interferir nos imóveis no entorno. "Já conseguimos, inclusive, que várias construções não fossem demolidas", comentou Ferreira. Ele comentou ainda que quando alguém pretende derrubar um imóvel, a pessoa deve mandar o projeto para a prefeitura, que o encaminha para o Conselho. Sendo assim, ele irá avaliar se o imóvel tem valor arquitetônico e aprovar ou não a ação.
Amigos de SJDR
Para discutir e atuar em diversas frentes na cidade, entre elas o patrimônio histórico, surgiu há quase dois anos a Associação Amigos de São João del-Rei. Segundo a presidente, Alzira Haddad, a intenção do grupo é atuar em projetos relacionados à revitalização e desenvolvidos da cidade.
Patrimônio são-joanense
Até o final do ano deve ser implantada em São João a Casa do Patrimônio. A ideia é ajudar na conscientização sobre a preservação dos bens históricos. "Estamos desenvolvendo em todo o país as Casas do Patrimônio, transformando a sede do Iphan em um local para conscientização, para trazer a comunidade para dentro da instituição. Nosso objetivo é que a comunidade procure o órgão antes de fazer qualquer obra para receber as orientações de como deve ser feito", comentou o diretor do Iphan em São João del-Rei, Mário Antônio Ferrari Felisberto .
Segundo o arquiteto e membro do Conselho do Patrimônio Cultural do Estado de Minas Gerais, André Guilherme Dornelles Dangelo, a cidade foi tombada inicialmente pelo Iphan em 1937. “Posteriormente foi delimitado um novo perímetro definido pelo próprio Iphan em 1947, que se refere às áreas mais ligadas à formação da cidade nos séculos XVIII e metade do XIX. A primeira versão do Conselho Municipal do Patrimônio tombou o Conjunto Eclético das Avenidas Eduardo Magalhães e Hermílio Alves. Nesta linha o Iphan tombou o Complexo Ferroviário e seu entorno em 1989. Em 2000, a atual versão do Conselho Municipal de Patrimônio ampliou os limites do Tombamento Federal, abarcando quase toda a cidade consolidada na fase final do Ecletismo em São João del-Rei em 1940 e seu entorno”, comentou. Ele ainda lembrou a existência de imóveis que, pelo seu significado histórico, artístico e cultural, são tombados individualmente, como por exemplo, a Igreja de São Francisco, protegida no Nível Federal e Municipal, e o Complexo da Santa Casa, protegido no âmbito municipal.
Para o coordenador do Núcleo de Interiorização da Cultura da Secretaria de Estado de Cultura, Adenor Simões, o complexo arquitetônico são-joanense é um dos mais ricos, pois abrange três séculos no mesmo contexto. “Acaba se misturando muito os tipos de arquitetura e as pessoas não percebem, mas a cidade oferece a oportunidade de, por exemplo, você estar no Largo São Francisco e olhar para a Casa de Bárbara Eliodora e para a Igreja de São Francisco, que são do século XVIII, para a casa do Barão de SJDR, que é do século XIX, e para as casas em volta, que são do século XX. Você tem três séculos presentes em um mesmo local, o que não acontece em outras cidades”, comentou.
Fonte: Gazeta de São João del-Rei . 20 de agosto de 2011
do Estado de Minas Gerais, André Guilherme Dorneles Dangelo. Ele acredita que também seja necessário rio tempo para planejar a melhor forma de atuação, trabalhando sob metodologias mais eficientes e já testadas, que dizem respeito ao papel que as pessoas querem para a nova arquitetura dentro das áreas tombadas e no seu entorno. “Não acredito em atuação na área de arquitetura em geral,, principalmente de patrimônio, sem que os agentes responsáveis por essa ação amadureçam o bom hábito de fazer uma reflexão teórica sobre o contexto a ser intervindo. Acredito, por experiência própria, que mesmo sendo bem intencionado o técnico-fiscalizador, arquiteto ou engenheiro, sem a valorização dessas premissas de projeto o resultado sempre deixa a desejar", disse.
Conselho
A Lei n° 3.388 de 16 de julho de 1998 criou o Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Cultural, que tem a função de assessorar o Poder Público no que diz respeito à conservação e defesa dos bens históricos do município. Segundo o presidente do grupo, José Alberto Ferreira, quando a população envia à prefeitura projetos de construções, o Conselho o analisa para ver se irá interferir nos imóveis no entorno. "Já conseguimos, inclusive, que várias construções não fossem demolidas", comentou Ferreira. Ele comentou ainda que quando alguém pretende derrubar um imóvel, a pessoa deve mandar o projeto para a prefeitura, que o encaminha para o Conselho. Sendo assim, ele irá avaliar se o imóvel tem valor arquitetônico e aprovar ou não a ação.
Amigos de SJDR
Para discutir e atuar em diversas frentes na cidade, entre elas o patrimônio histórico, surgiu há quase dois anos a Associação Amigos de São João del-Rei. Segundo a presidente, Alzira Haddad, a intenção do grupo é atuar em projetos relacionados à revitalização e desenvolvidos da cidade.
Patrimônio são-joanense
Até o final do ano deve ser implantada em São João a Casa do Patrimônio. A ideia é ajudar na conscientização sobre a preservação dos bens históricos. "Estamos desenvolvendo em todo o país as Casas do Patrimônio, transformando a sede do Iphan em um local para conscientização, para trazer a comunidade para dentro da instituição. Nosso objetivo é que a comunidade procure o órgão antes de fazer qualquer obra para receber as orientações de como deve ser feito", comentou o diretor do Iphan em São João del-Rei, Mário Antônio Ferrari Felisberto .
Segundo o arquiteto e membro do Conselho do Patrimônio Cultural do Estado de Minas Gerais, André Guilherme Dornelles Dangelo, a cidade foi tombada inicialmente pelo Iphan em 1937. “Posteriormente foi delimitado um novo perímetro definido pelo próprio Iphan em 1947, que se refere às áreas mais ligadas à formação da cidade nos séculos XVIII e metade do XIX. A primeira versão do Conselho Municipal do Patrimônio tombou o Conjunto Eclético das Avenidas Eduardo Magalhães e Hermílio Alves. Nesta linha o Iphan tombou o Complexo Ferroviário e seu entorno em 1989. Em 2000, a atual versão do Conselho Municipal de Patrimônio ampliou os limites do Tombamento Federal, abarcando quase toda a cidade consolidada na fase final do Ecletismo em São João del-Rei em 1940 e seu entorno”, comentou. Ele ainda lembrou a existência de imóveis que, pelo seu significado histórico, artístico e cultural, são tombados individualmente, como por exemplo, a Igreja de São Francisco, protegida no Nível Federal e Municipal, e o Complexo da Santa Casa, protegido no âmbito municipal.
Para o coordenador do Núcleo de Interiorização da Cultura da Secretaria de Estado de Cultura, Adenor Simões, o complexo arquitetônico são-joanense é um dos mais ricos, pois abrange três séculos no mesmo contexto. “Acaba se misturando muito os tipos de arquitetura e as pessoas não percebem, mas a cidade oferece a oportunidade de, por exemplo, você estar no Largo São Francisco e olhar para a Casa de Bárbara Eliodora e para a Igreja de São Francisco, que são do século XVIII, para a casa do Barão de SJDR, que é do século XIX, e para as casas em volta, que são do século XX. Você tem três séculos presentes em um mesmo local, o que não acontece em outras cidades”, comentou.
Fonte: Gazeta de São João del-Rei . 20 de agosto de 2011