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Integração de lavoura, pecuária e floresta ganha espaço no Estado

Descrição

Minas Gerais já conta com 442 Unidades Demonstrativas (UDs) de Integração Lavoura, Pecuária e Floresta (ILPF). O sistema consiste em consorciar diferentes sistemas produtivos de grãos numa mesma área onde também se explora a pecuária e o cultivo de arbóreos, principalmente eucalipto. As UDs foram implantadas entre 2008 e 2010 e fazem parte de um programa coordenado pela Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais (Seapa-MG).
Em sua forma original, a proposta de integração contava apenas com a produção de grãos e pecuária bovina (leite e corte). “Ao incluir a proposta de ILPF em suas políticas de desenvolvimento da agropecuária, a Secretaria de Agricultura de Minas Gerais agregou a produção de florestas”, destaca o superintendente de Desenvolvimento Rural Sustentável, Guilherme de Oliveira Mendes. O objetivo, ele diz, “é intensificar a produção agrícola com sustentabilidade e criar novas alternativas de renda para o produtor”.
As unidades demonstrativas são utilizadas como vitrines tecnológicas para pesquisadores, extensionistas e agricultores conhecerem e acompanharem a evolução do sistema de ILPF em uma propriedade. As UDs estão implantadas em propriedades rurais de todas as regiões de Minas Gerais. O investimento do Estado com a compra e distribuição de mudas e adubo foi de R$ 1,9 milhão.

Recuperação de pastagem
“O sistema de ILPF é indicado principalmente para regiões onde há pastagens degradadas”, acrescenta o coordenador estadual da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais (Emater), José Alberto de Ávila Pires. As pastagens representam 43,1% da área total do Estado, somando aproximadamente 25 milhões de hectares. “Estima-se que 50% dessas pastagens apresentem algum grau de degradação, algo entre 12 e 13 milhões de hectares”, diz o coordenador.
Ávila Pires e Guilherme Mendes ressaltam a importância da integração como alternativa para a recuperação dessas áreas de pastagem degradadas como consequência do uso intensivo da terra. Eles dizem que o cultivo de diversas espécies vegetais e a criação de bovinos de forma integrada possibilitam maior produção por área com sustentabilidade, porque ocorrem a renovação do solo e o aproveitamento de adubação residual de lavouras.

Crédito para ILPF
A Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais vai reforçar a orientação aos produtores rurais para que recorram ao crédito destinado à implantação e manutenção do sistema de Integração Lavoura, Pecuária e Floresta (ILPF) no Estado.
De acordo com o Guilherme Mendes, uma das tarefas dos técnicos da Emater é prestar assistência técnica aos agricultores interessados em buscar financiamento para seus projetos. Além disso, os produtores podem obter informações sobre as instituições de crédito que dispõem de linhas específicas para o sistema ILPF. “Os extensionistas também acompanham todos os passos para a aprovação dos financiamentos”, acrescenta o superintendente.
No caso da agricultura familiar, às vezes os gastos com a implantação da ILPF não atingem R$ 4 mil por hectare. “Esta cifra é alta para o produtor, mas ele pode recorrer ao crédito do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf)”, explica Guilherme de Oliveira Mendes.
Já os produtores não contemplados pelo Pronaf e que pretendam desenvolver o sistema de ILPF poderão recorrer ao Programa de Estímulo à Produção Agropecuária Sustentável (Produsa), uma linha de crédito rural criada pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Segundo o superintendente, há também o programa Agricultura de Baixo Carbono (ABC), do Ministério da Agricultura, que oferece recursos a agricultores e cooperativas com limite de financiamento de R$ 1 milhão e prazo de pagamento de 12 anos.
O Programa Estadual de Integração Lavoura, Pecuária e Floresta também tem a participação da Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig), que coordena e executa ações ao lado da Emater. Também são parceiros do programa a Embrapa, Universidade Federal de Viçosa (UFV), empresas privadas e produtores rurais.

Fonte: Agência Minas

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