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Melhores Práticas

Restauração: Igrejas e Capelas

Descrição

A Capela de Nossa Senhora das Vitórias, no Distrito de São Sebastião das Vitória, pode ter o forro original restaurado ainda neste ano, além de ser foco para um pedido de tombamento patrimonial. Tudo depende, segundo o superintendente de Cultura em São João del-Rei, Ulisses Passarelli, da liberação oficial de uma verba de R$20 mil já cedida pelo Conselho Municipal do setor através da Prefeitura para o primeiro caso; e do envio de um inventário para o Conselho de Preservação do Patrimônio no último. “A capela é de 1884 e tem, além de uma importância histórica, o valor sentimental para a comunidade”, explicou.

A obra pintada no teto da igreja é admirada desde o início do século XX, mas sem os devidos créditos ao autor, desconhecido até hoje. “É uma identidade que requer uma pesquisa profunda. Vamos recorrer a registros das irmandades e recibos de pagamentos do século passado em busca desse nome”, disse.
O espaço religioso, que até os anos 60 era voltado à devoção de São Sebastião, passou a ser dedicado a Nossa Senhora das Vitórias após a inauguração de uma nova igreja matriz em 1964.
A ideia é reformar o forro através de uma equipe de profissionais especializados na área assim que a verba de R$20 mil for liberada. Provavelmente ainda neste ano. “É o que esperamos. Tudo depende de questões burocráticas que são realmente complicadas. Assim que isso acontecer, o trabalho terá início e deverá ser feito em até um ano”, comentou.

O inventário que dará início ao processo de tombamento da capela também está engatilhado. “Fizemos um levantamento patrimonial e arquitetônico completo, que logo será encaminhado para o conselho responsável. Estamos empenhados em torno da Capela e a comunidade nos apoia muito. Há uma grande ansiedade por lá”, explicou Passarelli.

Jornada
Além do patrimônio histórico material, os esforços também estão voltados para o imaterial. Na última semana, São João del-Rei integrou a maratona de eventos culturais ocorridos em todo o Estado durante a 4ª Jornada Mineira do Patrimônio Cultural. A iniciativa da Secretaria de Estado de Cultura é organizada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico (Iepha) e conta anualmente com a adesão de pelo menos 500 municípios de MG em cada edição. Com essa média, a Jornada chega a quatro anos somando mais de 3,5 mil eventos.
No caso de São João, o evento foi marcado por uma exposição no Teatro Municipal, duas palestras temáticas e uma passeata da Banda Municipal Santa Cecília salientando o tema Griôs: a Jornada dos Mestres de nossa Cultura.

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Igreja de São Gonçalo passa por reformas

A população são-joanense está se unindo para ajudar a Confraria de São Gonçalo Garcia na reforma dos altares que estão carunchados. “Já realizamos a troca da iluminação, a pintura externa e a reforma das torres. Estamos em várias frentes de trabalho neste ano para conseguirmos o dinheiro necessário para terminar a reforma da igreja, vinculando todas as nossas ações para isso principalmente para a restauração do altar principal”, disse o ministro da igreja, Estafanio Bento Muffato. Para a reforma do altar-mor e dos altares colaterais é necessário arrecadar R$140 mil.

A campanha em busca de recursos começou no dia 1º d ejaneiro após Mufatto perceber que a igreja não era tombada em nenhum órgão municipal, estadual ou federal. “Eu me vi obrigado a tomar uma atitude, a parti para a campanha”. O secretário da igreja, Mauro Carlos Juvenal, afirmou que foram então encaminhados ofícios para as empresas. “Também estamos pedindo ajuda constantemente durante a missa”.
A confraria pretende fazer dia 22 de outubro um show beneficiente com o Padre Clésio, que já se comprometeu com a causa, no Salão Paroquial da Igreja de Matozinhos. “Vamos tentar conseguir patrocínios para o som, para a hospedagem dos músicos e pessoas voluntárias para trabalhar. Acredito que o show dará um impacto na campanha”, disse Muffato.

A administração da igreja já conseguiu que a parte do dízimo que seria repassado para a diocese fosse convertida em doação. Além disso, o dinheiro que será arrecadado com os 11 jazidos de mármore que foram construídos no local será destinado à causa.
Até o fechamento desta edição a campanha já tinha arrecadado R$.835 através de contribuições dos fiéis nos cofres da igreja durante as missas e na conta destinada à campanha. “Convocamos a comunidade e as empresas para que venham verificar a situação da igreja e nos ajudem nessa causa”, diz muffato. Quem quiser colaborar pode fazer depósito de qualquer quantia na poupança 47211-5, variação 01, agencia 0162-7 do Banco do Brasil.

A Igreja de São Gonçalo Garcia
A Confraria de São Gonçalo Garcia foi inaugurada em 1903 para substituir uma capela construída no local em 1722. Segundo o livro Sanjonidades (1996) de Gaio Sobrinho, o interior dessa igreja é muito simples, desprovido de elementos artísticos, e sua principal atração é uma imagem de Santa Luzia em madeira. Ainda segundo a obra, o local é considerado a igreja dos militares, pois veneram ali sua patrona, Santa Joana D’Arc.
O guia turístico e confrade do Instituto Histórico e Geográfico de São João del-Rei, Luiz  Antônio do Sacramento  Miranda conta que São Gonçalo foi irmão leigo franciscano, martirizado juntamente com São Pedro Batista e mais doze meninos, no Japão. “Era de origem portuguesa e seu nome foi escolhido para servir, com a irmandade que leva seu nome, de alternativa para os negros pardos, impedidos por razões de cor de integrarem os quadros da Ordem Terceira de São Francisco de Assis. Têm vestes semelhantes, embora um pouco mais curtos para diferenciá-los”.

Fonte: Gazeta de SJDR, 18 de Junho de 2011

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Comunidade reinaugura capela do Rio das Mortes

Após sete anos de reforma, será reinaugurada, amanhã, às 10h, a Capela Santo Antônio do Rio das Mortes Pequena, com cerimônia religiosa celebrada pelo bispo diocesano dom Waldemar Chaves de Araújo. A reforma que se estendeu por um longo período, foi feita exclusivamente por moradores do distrito do Rio das Mortes.

Na primeira etapa da obra, pedreiros, ajudantes e a população em geral fizeram parte do mutirão para reformar a igreja. Já na segunda, serviços mais específicos foram necessários, como douração, carpintaria e pintura. De acordo com Sebastião Roberto de Carvalho, presidente da comissão da reforma há seis anos, foi um projeto que contou somente com a comunidade e que orgulha muito todos os moradores. "A reforma foi feita apenas com o dinheiro de doações e ajuda da população do Rio das Mortes. No começo houve um mutirão muito grande e envolveu várias pessoas. Toda comunidade sempre colaborou. Realizávamos o trabalho sempre aos sábados e feriados", explicou.

Ainda conforme Carvalho, no começo a comunidade acreditava que seria fácil, mas com o passar do tempo tiveram que refazer desde o piso até o altar de Santo Antônio. "O forro, por exemplo, devido à chuva, ficou tão fino que parecia couro. Pedimos doações de porta em porta. Felizmente, tudo deu certo e estamos muito contentes. A obra que no início foi orçada por uma empresa particular em R$600mil, saiu para a comunidade por cerca de R$120 mil", comemorou.
Para Luis Bartolomeu Rios, carpinteiro e escultor, a reforma era quase como uma obrigação da comunidade. "Somos católicos e como a igreja estava precisando, ajudamos a tomar cuidado e a restaurar. Todos colaboraram. Eu sou carpinteiro e ajudei nas imagens, no altar-mor, na capelinha do Santíssimo, entre outras coisas. Estava muito desgastado, o tempo estragou muito, mas agora está melhor. A igreja não tinha dinheiro pra restaurar, então tomamos como nossa obrigação ir lá e restaurar", afirmou.

Quem também comemora com a reforma é o pároco monsenhor Juvenal Vaz Guimarães Filho. "Cada um fez o que pode. Foi obra do povo, sem verba. O altar-mor estava todo carunchado, agora colocaram uma madeira de boa qualidade. O serviço de douração, por exemplo, foi restaurado; compramos folhas de ouro para isso. É uma igreja muito antiga, datada, creio eu, de meados de 1730, pois já vi certidão de batismo dessa época. Agora é cuidar para manter", alertou.

Curiosidade
De acordo com o presidente da comissão da reforma, há uma peculiaridade marcante na capela do Rio das Mortes. "Existe a imagem de um capeta no interior da igreja. Apenas duas igrejas no mundo têm esse tipo de imagem dentro dela. Na capela de Santo Antônio do Rio das Mortes, a figura demoníaca é representada dando a mão a uma alma. Tudo isso relacionado à lenda de Santo Antônio, que diz que em Pádua havia uma alma que estava prometida ao diabo. Porém, no momento que seria levada ao inferno ela se arrependeu. Foi quando Santo Antônio interveio em seu nome. Por isso, há uma placa na mão do diabo com os dizeres que a alma daquela pessoa pertencia a ele. Entretanto, com a benevolência costumeira, o santo pegou a alma e a puxou concedendo-lhe o convívio no Paraíso", contou.

Fonte: Gazeta de São João del-Rei

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