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Dengue | São João del-Rei
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Gincana movimenta escolas contra a Dengue
Por Gazeta de São João del-Rei em 11/10/2013
Mais de 1,5 mil crianças de 11 escolas municipais de São João del-Rei estão ansiosas à espera da próxima segunda-feira, 14. Nessa data, a Secretaria Municipal de Saúde, através do setor de Endemias, vai divulgar qual instituição recolheu mais possíveis criadouros de Dengue na cidade. No mutirão que já acontece no município há quase um mês, alunos do pré-escolar até a 4ª série percorrem residências e ruas da cidade retirando de circulação garrafas, copinhos descartáveis, latas, pratinhos de vasos de planta, pneus e quaisquer objetos que possam servir de abrigo para larvas do Aedes aegypti. “Queremos mobilizá-las porque quanto mais cedo houver consciência, melhor. Além disso, as crianças são nossos agentes mirins: elas cobram posturas e cuidado dos pais, o que nos ajuda muito”, explicou o coordenador da área em São João del-Rei, Jean Vilela.
Todas as instituições participantes receberão prêmios como passeios de trem gratuitos ou um dia de lazer no Balneário Águas Santas, além de certificados de participação. Só uma, porém, será consagrada campeã com prêmio especial ainda a ser definido e título de maior defensora contra a Dengue no município. Para isso, precisa recolher a maior quantidade de recipientes de risco. “Eles serão contados individualmente. As coletas terminaram hoje, 11, para começarmos a apuração”, completou Vilela. Todo material será doado para reutilização na Associação dos Catadores de Material Reciclável (Ascas) de São João del-Rei.
No início do ano, as crianças também foram protagonistas das ações do setor de Endemias através de aulas especiais e passeatas de conscientização.
Água sanitária
Já assumida como arma potente no combate ao mosquito da Dengue, a água sanitária também exercerá papel importante na maratona de realizações contra o Aedes aegypti. O setor de Endemias vai distribuir mais de 3,7 mil litros do produto nas escolas, além de planfletos didáticos explicando a utilização do líquido. “Sabe-se que, diluída em água pura, a água sanitária é muito potente e impede o desenvolvimento da larva para mosquito”, explicou o coordenador da pasta.
LIRA
Terminada a apuração da gincana escolar, o setor de Endemias segue para mais um mapeamento de focos de Dengue através do Levantamento de Índice Rápido de Aedes aegypti (LIRAa). Da terça-feira, 15, a quinta-feira, 17, mais de 55 agentes percorrerão a cidade à procura de larvas do mosquito e orientando a população. “São ações continuadas, complementando as maratonas nos bairros, as visitas em domicílio e o fechamento das caixas d’água. Não podemos parar”, finalizou Vilela.
Veja http://www.youtube.com/watch?
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Casos de Dengue em São João caem 78%
O número de pacientes com Dengue caiu 78% em São João del-Rei. De janeiro a outubro deste ano, apenas quatro casos foram confirmados na cidade, enquanto em 2011, no mesmo período, o município já somava 18 diagnósticos da doença.
Agentes de combate à Dengue doam capas de nylon a moradores para lacrarem caixas d’água em São João – Foto: Secretaria Municipal de Saúde / Divulgação
Os resultados refletem tendência de queda na incidência do problema desde março, quando Levantamento de Índice Rápido de Aedes aegypti (LIRAa) apontou grau de infestação em 2,2%. Queda brusca nos números em comparação ao primeiro trimestre de 2011, quando a taxa chegou a 3,6%.
Quadro parecido foi encontrado na cidade ao analisar os últimos três meses do ano. Se de outubro a dezembro de 2011 a presença do mosquito em São João registrava índices de 0,9%, um ano depois esse valor decresceu e chegou a 0,3%.
Mas os agentes do Programa Permanente de Controle da Dengue, ligado à Secretaria Municipal de Saúde, batem na tecla do trabalho contínuo e sem trégua ao mosquito. “Em breve começam as chuvas de verão e é nessa época do ano que fica mais fácil localizar poças de água parada. O mosquito adora isso e vai encontrar muitos cenários propícios. Já conseguimos vencer parte do problema com a ajuda da população, mas não podemos parar. Ainda é preciso minimizá-lo ainda mais”, explicou o supervisor da ação, Cléverson Costa.
Capas
Depois de realizar mais um LIRAa na cidade, na primeira quinzena de agosto, os agentes de endemias agora correm para capturar lavas suspeitas do Aedes aegypti e imunizar locais de risco. Para isso, têm visitado todas as residências do município colhendo amostras, eliminando focos, conscientizando moradores e até mesmo vedando caixas d’água. Para a campanha de contenção de 2012, mais de 2 mil capas de nylon serão colocadas em recipientes abertos ou mal fechados na cidade até o final do mês. “A proteção é mais do que necessária. Muita gente usa telhas para cobrir a boca da caixa e esquece que qualquer fenda é suficiente para o mosquito entrar. São pessoas que acabam se assustando muito quando encontramos lavas nas visitas em domicilio”, explicou o agente Roner Zanetti.
Até agora, porém, apenas cinco focos foram localizados e confirmados em São João del-Rei. “Não quer dizer que foram os únicos pontos de alerta. Encontramos outras manifestações suspeitas nas inspeções. Tudo foi retirado da água e encaminhado para laboratório. Esses testes vão nos dizer se o que encontramos é ou não Aedes aegypti”, comentou Costa.
Foi o que aconteceu na casa do militar aposentado Francisco Randi, no Bairro Matosinhos. As telhas usadas para tampar uma caixa d’água foram parcialmente arrastadas pelos ventos das chuvas que caíram na cidade nos últimos dias e abriram brechas para que ovos suspeitos fossem depositados na água. “Daqui de baixo não dava para ver o problema. Parecia que estava tudo no lugar. Sorte que os agentes passaram por aqui, viram a situação e resolveram com os meios necessários”, disse.
Esses casos, segundo Costa, ajudam a mostrar a necessidade de atender os agentes. “Temos pouca resistência em São João. Mais de 90% dos moradores costumam nos receber. Mas esses 10% restantes fazem muita diferença”, alertou o supervisor.
Tipo 4
Em setembro do ano passado foi confirmado o primeiro caso de Dengue pelo vírus “Tipo 4” em Minas Gerais. Essa extensão da doença, que não se manifestava no Brasil há quase 30 anos, já havia aparecido no Norte do país em 2010 e desceu o mapa até o Sudeste, onde deu sinais em 2011. Depois de surgir no Espírito Santo, no Rio de Janeiro e em São Paulo, o problema apareceu em Minas. E ligou alertas. “Não há motivo para pânico, mas é preciso atenção. Dos 18 casos de Dengue em São João em 2011, 13 foram importados, isto é, foram diagnosticados em pessoas que não moravam aqui, mas manifestaram os sintomas na cidade. Isso quer dizer que mesmo não havendo doentes com Tipo 4 no município, isso pode acontecer a qualquer momento. Distância não impede que alguém traga o problema ou que o levemos para outros pontos”, salientou.
Especialista
O médico infectologista Américo Calzavara Neto também frisou essa questão. Segundo ele, os diferentes tipos de vírus são mutações ocorridas ao longo dos anos e de acordo com situações geográficas. “Na África ou em outros países da América Latina também há manifestações da doença e as migrações podem ajudar a dispersar diferentes patologias, a exemplo do Tipo 4. Ele não é mais grave ou letal, mas significa que um ex-paciente com Dengue tem agora mais uma possibilidade de infecção”, explicou.
E é exatamente aí que mora o perigo. Segundo Neto, quem foi acometido pelo vírus 1 fica automaticamente imunizado em relação a ele, mas não aos demais tipos. Todos se manifestam da mesma maneira e com os mesmos sintomas, mas podem representar complicações graves nas reincidências. “Um segundo episódio de infecção pode levar à Dengue Hemorrágica ou à insuficiência respiratória. É preciso ter muito cuidado”, frisou. Outro ponto levantado pelo clínico está ligado à automedicação.
É comum que comerciais de medicamentos simples como comprimidos para dor terminem com mensagens pedindo suspensão de uso em caso de suspeita de Dengue. De acordo com Neto, o recado é imprescindível. “A preocupação está na presença do ácido acetilsalicílico na fórmula, também conhecido como AAS ou aspirina, popularmente dizendo. A soma desse fármaco com o vírus da dengue pode levar a um quadro hemorrágico”, finalizou.
Fonte: Gazeta de São João del-Rei . 02/11/12
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Ação contra a dengue troca lixo por leite
Apesar de não estar no período mais propício para a proliferação do Aedes aegypti, a Regional de Saúde de São João del-Rei e a Secretária Municipal de Saúde realizam na próxima sexta-feira, 12, uma campanha para mobilizar e conscientizar a população de que o combate à dengue deve ser feito diariamente.
Nesse dia, das 8h às 14h, na Avenida Presidente Tancredo Neves, na Praça do Coreto, o Programa de Combate à Dengue estará promovendo uma ação de mobilização social. A equipe de prevenção da doença trocará latas, pneus, garrafas pet e outros produtos que possam se transformar em criadouros dos ovos do mosquito por caixas de leite longa vida.
Um litro da bebida poderá ser trocado por uma das seguintes opções: dois pneus de carro, um pneu de caminhão, cinco pneus de bicicleta/moto, 20 garrafas pet ou 15 latas. A organização também definiu que o limite de troca por pessoas é de até três litros de leite.
Essa mobilização conjunta tem a finalidade de recolher recipientes que possam acumular ovos do mosquito. "Estamos na época de recolher esses produtos que podem acumular água para que no período de chuva esses ovos não tenham um local para eclodir. Então, quanto menos recipientes, menos mosquitos irão proliferar", alertou o coordenador do Programa de Controle à Dengue em São João, José Ubirajara Jardim Júnior.
Durante a ação serão distribuídos 1,2 mil litros de leite e será montada uma barraca para que agentes do combate ao Aedes aegypti distribuam panfletos explicativos e realizem um trabalho de conscientização. Júnior informou também que o município, além dessa iniciativa, continua com atividades de educação e saúde através de palestras em escolas, indústrias, associações de bairros e outros locais.
Fonte: Gazeta de SJDR, 6 de Agosto de 2011
Mais informações
Campanha São João del-Rei limpa - Eu faço a minha parte! . Associação Amigos de SJDR
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