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la ciudad que soñamos es la ciudad que podemos construir

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OGs e ONGs

Centro Infantil Risoleta Tolentino Neves

Título

Centro Infantil Risoleta Tolentino Neves

Data de início das atividades

1º de abril de 1986

Responsável pelo órgão/cargo

Maria José Fonseca – Coordenadora

Endereço

Rua Nossa Senhora de Belém, nº 33, Senhor dos Montes . São João del-Rei.

Telefone

032 3371 1722

Atividades/Serviços

Cuida e educa crianças de seis meses a três anos (berçário) e de quatro a seis anos. Os serviços oferecidos pelo Centro Infantil são: alimentação (como desjejum e jantar), noções de higiene pessoal, aulas, atividades educativas e brincadeiras.
No momento, atende gratuitamente cerca de 76 crianças, muitas delas carentes e em situação de risco.

Público alvo para comunicação de atividades da entidade

O público alvo dos serviços do Centro Infantil são mães trabalhadoras, geralmente domésticas e diaristas. O público alvo para comunicações é a comunidade, apesar de não haver um trabalho de comunicação por parte da entidade.

Passo a passo para o cidadão ter acesso às atividades ou serviços

A mãe interessada deve fazer a inscrição da criança no Centro Infantil e aguardar o surgimento de uma vaga. A procura por vagas é sempre muito maior que a capacidade da instituição e o primeiro critério para permitir a entrada de uma nova criança é que a mãe trabalhe em tempo integral.

Perfil dos membros

O Centro Infantil possui 16 membros: duas cozinheiras, uma lavadeira, uma faxineira e uma ajudante, um serviços gerais, 6 monitoras, 2 professoras (contratadas pela prefeitura municipal) , uma coordenadora e uma secretária. Além disso, possui duas dentistas voluntárias.

Parceiros

O Centro Infantil é filiado às Obras Sociais da Paróquia de Nossa Senhora do Pilar e possui parceria com o SESI.

Histórico

O Centro Infantil Risoleta Tolentino Neves foi fundado em 1986, através de doações conjuntas de Risoleta Neves, Padre Paiva (da Paróquia Nossa Senhora do Pilar) e da Companhia Estanífera do Brasil, empresa associada, na época, à Brascon Brasil e à BP do Brasil.
Segundo Geraldina Abgail de Jesus, funcionária da instituição desde o ano de sua fundação, “A creche foi um presente de Dona Risoleta a São João del-Rei. Ela poderia ter presenteado Belo Horizonte ou Cláudio, que é a cidade dela, mas ela quis presentear nossa cidade.” A esposa de Tancredo foi responsável pela doação do prédio, enquanto Padre Paiva doou o terreno em um bairro carente, o Senhor dos Montes.
A Paróquia Nossa Senhora do Pilar é a responsável pela administração da instituição, junto de suas outras Obras Sociais. Como entidade filantrópica e sem fins lucrativos, o Centro Infantil oferece serviços educacionais gratuitos a 76 crianças de 6 meses a 6 anos de idade. Entretanto, já chegou a atender 100 crianças no início de suas atividades, capacidade que se tornou inviável pela falta de funcionários.
A falta de funcionários e voluntários é um dos maiores problemas enfrentados pela entidade, junto às típicas dificuldades financeiras de instituições que se mantêm através de doações e verbas esporádicas do governo. “Sempre que precisamos de comidas e mantimentos, recebemos muitas doações do povo são-joanense”, conta a coordenadora Maria José Fonseca, “nosso problema é com a falta de voluntariado, principalmente na área da psicologia”.
Maria José conta que a maioria das crianças atendidas são carentes e estão em situação de risco, além de algumas serem traumatizadas e hiperativas, o que exige um maior acompanhamento psicológico e social, o que não pode ser feito no momento devido à falta de profissionais qualificados para tal.
Mas mesmo com as dificuldades enfrentadas, o Centro Infantil continua ininterruptamente suas atividades no bairro Senhor dos Montes. O serviço já atendeu inúmeras crianças do bairro e Geraldina de Jesus conta que um verdadeiro laço é criado entre os alunos e os funcionários da instituição: “Depois quando as crianças crescem elas costumam voltar, passar aqui para abraçar a diretora e as tias. É uma coisa gostosa, você vê que ficou uma semente, que você ajudou na formação dessas pessoas”.

Principais problemas/dificuldades da área atuante

- Dificuldades financeiras, principalmente para pagar funcionários e contas;
- Falta de trabalho voluntário (a instituição precisa de voluntários de psicologia e assistentes sociais, pois muitas crianças atendidas necessitam de um maior atendimento psicológico e social).

Matéria jornal:

Creche Risoleta Neves pede ajuda 'a população
Por Gazeta de São João del-Rei em 06/04/2013

“Se essa situação não mudar, o Risoleta Neves vai fechar as portas daqui a algum tempo”. A frase é do presidente das Obras Sociais da Paróquia do Pilar, Nelson Antunes de Carvalho, e se refere ao centro infantil aberto em São João del-Rei há 27 anos, beneficiando,  atualmente, 60 pequenos são-joanenses com idade entre 0 e 4 anos em tempo integral.

Parte interna da creche Risoleta Neves - Foto: Alzira Agostini Haddad / Divulgação
Parte interna da creche Risoleta Neves . Foto: Alzira Agostini Haddad / Divulgação

Com gastos de R$11 mil todos os meses só com folhas de pagamentos, a entidade tenta sobreviver com subvenções que cobrem no máximo 50% das despesas com funcionários e contas básicas como água, luz e telefone. Tudo isso, somado, custa R$15 mil ao Risoleta. “No início do mês nosso ritual é checar extratos bancários, fazer contas, apertar gastos e rezar para dar tudo certo”, comentou Carvalho. Apesar desse cenário, a creche não acumula dívidas. Fato que, para a diretoria, é sinal de milagres. Porém, o centro infantil abre as portas com incerteza todos os dias e, para não deixar de funcionar efetivamente, diminui cada vez mais a faixa etária de atendimento.
O Risoleta Neves já beneficiou crianças com idade até 6 anos. No entanto, aos poucos, precisou tirá-las do centro infantil e se limitar a pequenos com no máximo 4. Só em 2013, 12 meninos e meninas pararam de frequentar a creche. “São 12 famílias que agora vão ter que pagar por alguém que cuide dos filhos. São mães que às vezes os criam sozinhas e não têm recursos suficientes para contratar alguém. Nossos problemas afetam as vidas das pessoas lá fora e isso nos entristece muito”, comentou a coordenadora do Risoleta Neves há 19 anos, Maria José Fonseca. E completou: “Outro dia uma criança perguntou por que eu estava tão brava, o que tinha feito para ela ter que ir embora. Fiquei com o coração partido. Expliquei a situação com muito pesar. Não foi isso o que planejamos e é algo que ainda nos dói. Mal temos coragem para nos despedirmos. Mas foi preciso acontecer para não prejudicar ninguém”.

Receio
Para mães como a doméstica Maria Roberta Santos, a situação assusta. A filha, Gabrielly Taynara, frequenta o centro infantil desde o ano passado. “Já faz parte da rotina dela e é um local que dá segurança à criança enquanto saio para trabalhar, de 8h às 16h. Passar tanto tempo longe da minha filha é difícil, mas saber que está em boas mãos me deixa mais tranquila. Quando vou buscá-la está feliz, alimentada, de banho tomado. Não teria a menor condição de pagar alguém de fora para fazer isso por mim. A creche foi minha salvação. Se perdê-la, vou ter que trabalhar menos dias. E isso reduziria a minha renda e da minha família”, comentou.
As 60 crianças atendidas permanecem no Risoleta Neves de 8h às 17h, sendo alimentadas a cada três horas e recebendo, ainda, auxílio pedagógico com monitoras e uma educadora cedida pela prefeitura. Tudo gratuitamente. No caso de beneficiados que são dependentes de medicamentos e têm carência comprovada, a creche arca, inclusive, com a compra dos remédios.

Receita
As finanças do Risoleta Neves dependem de subvenções. Uma delas vem de parceria com o SESI Minas, que repassa R$5 mil todos os meses para a entidade. A outra vem da Prefeitura através de recursos do Fundeb e auxilio para custear merendas escolares. Em média, já que as verbas costumam oscilar, o centro infantil arrecada de R$8 a R$9 mil ao mês, valor insuficiente até para cobrir uma das despesas básicas da entidade: a folha de pagamentos. Com 14 funcionários fixos, incluindo ajudantes de serviços gerais, cozinheiras, monitoras, equipe pedagógica e um motorista, o custo mais alto dentro da entidade é o de pagamentos, que chega a R$11 mil. O restante das contas é aliviado com doações de fiéis às Obras Sociais da Paróquia do Pilar, que idealizaram o centro infantil. “Esse é um trabalho filantrópico, sem qualquer tipo de arrecadação ou lucro. Se hoje conseguimos ao menos nos equilibrar na corda bamba é porque contamos com a solidariedade das pessoas”, disse o presidente da entidade.  Segundo ele, a dificuldade econômica é o fantasma que assombra o Risoleta Neves desde o início, mas do ano passado para cá a situação piorou. “Ficamos entre a cruz e a espada porque cortamos custos e remanejamos algumas coisas, mas a verdade é que continuamos em defasagem. Cada um dos voluntários é responsável por um grupo de no máximo quatro crianças para garantir a segurança e o cuidado intensivo delas. Mas precisamos de mais gente e não podemos contratar. Da mesma forma, para fazer o trabalho educativo seria interessante ter mais uma professora. E sabemos que trabalho voluntário nesse sentido é muito complicado”, explicou Carvalho.

Necessidades
De acordo com a coordenadora do Risoleta Neves, todo tipo de doação é bem vindo. Mas há itens específicos que podem atender as demandas mais urgentes da entidade. “Fraldas não costumam faltar. Há pessoas que doam frequentemente e alguns pais costumam trazer de casa para os filhos. Precisamos mesmo de alimentos e produtos de limpeza”, comentou.
Doações podem ser feitas na sede da própria entidade, na Rua Nossa Senhora de Belém, nº 33, no Bairro Senhor dos Montes.
Quem quiser colaborar com doações em dinheiro pode realizar depósitos no Banco do Brasil, Agência 0162-7, Conta Corrente 5175-6. Outras informações pelo telefone (0**32) 3371-1722.

Propostas e sugestões para o desenvolvimento turístico da cidade

- Melhorar a educação;
- Melhorar o serviço de limpeza da cidade;
- Auxiliar entidades importantes da cidade, que fazem trabalhos sociais, culturais e educativos, mas que não recebem apoio.

Info

Tipo de sustentabilidade econômica:
- Doações
- Verbas esporádicas do governo estadual
- Verba mensal do SESI (através de bolsas de estudo cedidas aos alunos)
- Arrecadações através de rifas, eventos, etc.

Data da coleta dos dados

3 de setembro de 2010

Responsável pelas informações

Maria José Fonseca e Geraldina Abgail de Jesus (berçarista).

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