São João del-Rei, Tiradentes e Ouro Preto Transparentes

a cidade com que sonhamos é a cidade que podemos construir

la ciudad que soñamos es la ciudad que podemos construir

the city we dream of is the one we can build ourselves

la cittá che sognamo é la cittá che possiamo costruire

la ville dont on rêve c’est celle que nous pouvons construire

ser nobre é ter identidade
CADASTRE AQUI A SUA AÇÃO CULTURAL, PESQUISA, PROJETO, PRODUTO, ENTIDADES, LIDERANÇAS, AGENDA CULTURAL, ETC - CONTRIBUA, ATUALIZE, COMPARTILHE!

OGs e ONGs

Centro Comunitário Dona Zinha

Título

Centro Comunitário Dona Zinha

Atividades/Serviços

Projetos sócio-culturais . São João del-Rei e região . Minas Gerais

Centro Comunitário Dona Zinha

Imagens
 
Texto

Orientações preliminares de higiene, primeiros socorros, trabalhos manuais, horta comunitária, atendimentos gerais na área de saúde, catequese, ajuda humanitária e sopa comunitária

 
Histórico da entidade

CENTRO COMUNITÁRIO DONA ZINHA: do nascimento, execução e produto de uma idéia.

1.1 – O NASCIMENTO DE UMA IDÉIA:

16 DE JUNHO DE 1999 – Elma Fernandes Dias em uma visita ao sacolão da rodoviária-atualmente Supermercado Monte Rei - presenciou caixas de legumes de boa qualidade sendo separadas para se destinarem ao porcos. Surpresa e ao mesmo tempo extasiada, abordou o proprietário e lhe solicitou a doação desses legumes a uma comunidade carente para que pudessem fazer uma sopa. O proprietário aquiesceu de pronto com a doação, sob a condição de que estes legumes fossem retirados todas as segundas feiras. Ao relatar o fato para a Sra. Maria de Loudes Haddad, tiveram então, a idéia de colocar essa ação na prática e, além de obter os legumes, também fazer a sopa e oferecer à uma comunidade. Mas qual comunidade? Pensaram. Resolveram procurar o Frei Estanislau Bartoldi na paróquia de São Francisco de Assis, Convento de Nossa Senhora de Lourdes para que ele sugerisse uma comunidade carente que pudesse se beneficiar com a sopa comunitária. O Frei lhes indicou o bairro de Rio Acima que pertencia a sua paróquia. Foram então conhecer o bairro e em conversas com os moradores demonstraram sua intenção de se tornarem voluntárias para oferecer uma sopa comunitária e ao mesmo tempo, trocar experiências com a comunidade. Aceitos então, começaram a colocar em prática o que seria o primeiro passo na criação de um projeto que se tornaria muito maior posteriormente.

15 DE JULHO DE 1999 - a primeira sopa foi confeccionada e distribuída com sucesso e entusiasmo dos moradores e das voluntárias. A partir daí, fixou-se as terças feiras como o dia para  tornar este evento habitual junto à comunidade.

Foi um movimento espontâneo criado com o objetivo inicial de se oferecer uma confraternização através da sopa comunitária. Logo depois, ampliou-se esta idéia inicial, acrescentando outras atividades tais como: promover um intercâmbio com as famílias através de noções de evangelização, noções preliminares de higiene, primeiros socorros, trabalhos manuais, horta comunitária, oferecendo-lhes, ainda, atendimento geral na área da saúde e ajuda humanitária. Em troca, projetou-se o crescimento independente das famílias, o amadurecimento pessoal e a aquisição de cidadania de cada morador e no desenvolvimento auto sustentável  da comunidade, criando assim uma comunidade eclesial de base, sem fins lucrativos e sem nenhum vínculo político-partidário.

Esta era a utopia que sonhávamos e idealizávamos. Contou-se para isso com a ajuda de muitos voluntários que aderiram ao projeto posteriormente, mas  o incentivo de Frei Vicente Ronaldo, franciscano do apostulantado, foi fundamental.

1.2 – DA IDÉIA À AÇÃO:

As primeiras sopas foram feitas na residência da Elma com a adesão de algumas voluntárias da cidade de São João del-Rei e encaminhadas ao Rio Acima, pelo Sr. Afonso Assunção que durante muitos meses fez este trajeto com seu veículo levando a sopa até a comunidade juntando-se a nós neste trabalho voluntário.

 As sopas eram distribuídas na casa do Sr. Miguel e Dona Izabel Faria que num gesto de fraternidade ofereceram sua residência todas as terças feiras para que se realizasse esta confraternização.

Este evento foi então batizado de “Sopa Comunitária Dona Zinha”, em homenagem a uma senhora costureira que passou grande parte de sua vida doando sopa à comunidade carente do Bonfim.

1.3 –  DA EXECUÇÃO:

No momento em que a “Sopa Comunitária Dona Zinha” crescia e se tornava um empreendimento semanal surgiu a necessidade de se criar um Regimento Interno que era constituído de  regras que permitiu  a criação de uma hierarquia e normatização das ações que davam um respaldo aos empreendimentos do trabalho voluntário e asseguravam –lhes os objetivos principais.

Havia participação de todos da comunidade que ajudavam a descascar, picar os legumes para a confecção das sopas que então, passaram a ser feitas na própria comunidade. Nunca faltavam os legumes e carnes para se acrescentar às sopas e muito menos, os pãezinhos doados pela Sra Dalila Hallack e Sra Heleny Hallack D´Angelo.

Frei Estanislau idealizador maior, incentivava e vibrava a cada acontecimento. Logo começou-se a pensar na construção de uma Igreja, de uma creche e de salas para a realização das atividades que não paravam de crescer nas idéias. Concomitantemente, a participação dos membros da comunidade ia crescendo  e se tornando uma realidade.

Grupos de voluntários novos iam aparecendo e doando suas hablidades como em artesanato, cestaria, biscuit, culinária, trabalhos manuais, aulas de canto e flauta, criação de futebol para meninos, meninas e adultos. Todas as festividades do ano eram comemoradas juntos à famílias, crianças e jovens com almoços e distribuição de presentes às crianças. Citam-se as seguintes voluntárias: Arlette Ávila, Aparecida Zarur, Aída Guimarães, Antônia, Anizabel(Bebel), Beth, Maria Celeste C. Gomes, Caetana Resgala, Jose Calixto Rodrigues, Conceição A. Santos,  Célia Janotti(BH), Cleuza Rocha, Darcy Rodrigues, Eliana Valério, Francisca R. Bosco, Gisele Silva, Geni Gabriel, Irmãs Ancila e Irmã Raquel (mercedárias), Jesebel Faria, Lígia Ferraz, Laila Feres Nohra,Lucila Césare, Luciana Carvalho, Lourdinha, Lucia Filgueiras (Sp), Maria Amelia C. Pimenta (Bh), Maria Estela Guimarães, Maria Francisca Nohra Haddad, Maria da Gloria Viegas, Maria, Marise e Joaninha (Cabeleireiras), Keka (Caixas), Maria do Carmo Teixeira, Maria Ratton, Marcos Antonio Carvalho, Moacir Nascimento Rocha (técnico em futebol), Miraceli Césare, Nelli Lara Tanus, Nilce Cavalcanti, Neíde Abreu, Orígenes Castro Leite, Pedro Ferraz, Roberto Zaniti, Roberto Braga (Médico), Salete Bini (in memorian), Silvio e Vanessa Magalhães, Solange Maria Dia, Suzete H. Teixeira, Tereza Hilário, Virgínia Lombardi e Zoé Mansur Simões.

Além do desenvolvimento de habilidades manuais e esportivas preocupou-se também em levar à comunidade temas atuais sobres relacionamento humano , relações familiares, sáude, uso de bebidas e drogas, anatomia e fisiologia humana, comportamento sexual. Contou-se com os seguintes palestrantes: Dr. Euclides Garcia de Lima, Heleny Hallack, Aparecida Campos, Eliane Giarola, Pedro Ferraz, Nelli Lara Tanus e outros.

A Universidade Federal de São Jõao del Rei na figura do Magnífico Reitor, Helvécio Reis, cedeu vários psicólogos estagiários que prestaram serviço às mães e aos jovens da comunidade.

É interessante observar que para os gastos de manutenção da sopa, festas, almoços, locomoção de veículo que transportava as voluntárias, gastos de materiais para a prática de todas as atividades citadas acima, vinham de doações de comerciantes, empresários e amigos do projeto e eram utilizados através de carnês devidamente comprovados, sem ônus para a paróquia.

 1.4 – DA EXPANSÃO:

Mara Ávila, numa visita que fez para conhecer o trabalho desenvolvido na comunidade, encantou-se com a obra e, como artista que desenvolve sua arte na cerâmica, logo  idealizou um projeto para desenvolvimento e capacitação em Cerâmica do Rio Acima para ensinar esta arte aos membros da comunidade. Através do SERVAS-Serviço de Assistência Social, a implantação desse projeto se tornou realidade. Graças a Mara Ávila e sua filha Marília Ávila, então funcionária do SERVAS, houve o empenho em agilizar o encaminhamento do projeto para que se obtivesse a concessão de verbas pelo BID- Banco Interamercano de Desenvolvimento. Foi longa a espera para que isso acontecesse mas  assim que ocorreu ,esta  foi administrada pelo presidente das obras sociais da Paróquia  de São Francisco de Assis, João Bosco Teixeira e pelo Pároco Frei Estanislau. Todos os recibos e comprovantes da utilização deste dinheiro doado pelo BID  e SERVAS encontram-se registrados em ata e arquivados na paróquia. Á medida que cada parcela da verba ia sendo liberada era prontamente utilizada na compra de equipamentos, máquinas e outros, aplicados no desenvolvimento e aprimoramento dos alunos que faziam parte do projeto de cerâmica. Por solicitação da artista Mara Ávila foram obtidos matéria prima como anti-plástico para adição às fórmulas na confecção de peças de cerâmicas, em terra-cota, faiança, esmalte e o grés. As empresas multinacionais doadoras foram: Calcinação Vitória, fornecendo carbonato de cálcio, Companhia Industrial Fluminense, fornecendo óxido de ferro e feldspato, Verbaza fornecendo talco e Omega, fornecendo quartzo.

Frei Estanislau entusiasmado com as realizações põe em prática a construção da Igreja Santa Clara e da creche Criança Feliz e de um galpão para as aulas de cerâmica. Posteriormente, este galpão recebe o nome “Oficina de Cerâmica Frei Estanislau e Mara Ávila.”

Mais tarde, foi construído outro galpão que se dedicou à arte em madeira do tipo machetaria tornando-se possível, graças a doação dos maquinários pelo Diretor Presidente Dr. Pedro Paulo Fernandez Couto, diretor da fábrica Sanjoanense, intermediado por José Carlos Dias, conselheiro do centro. Este galpão por sua vez recebe o nome de “Oficina de Arte em Madeira Maria de Lourdes Haddad e da Maria Amélia Dornelles DÁngelo”, a então presidente da Superintendência de Artesanato do Governo de Minas Gerais.

Em parceria com a RDM-Rio Doce Manganês, na pessoa do Dr Elieser Gomes Damasceno, então gerente, e Tatiana Bello, gestora do projeto, Magnífico Reitor Helvécio Luiz Reis da UFSJ-Universidade Federal de São João del-Rei,  o ceramista professor Rogério Godoy e Letícia Starlling, gestora da incubadora , Obras Sociais de São Francisco, então pároco frei Renato,  SEBRAE  sob a supervisão de Ruth Viegas, Marcelo Maia e Paulo Henrique C. Silva  e da Secretaria do Governo de Minas Gerais, na figura de Maria Amélia Dornelles D’Angelo, foram reativadas as obras em cerâmica e machetaria.

As verbas destas parcerias foram administradas pela FAUF- Fundação de Apóio à UFSJ-Universidade Federal de São João del-Rei.

1.5 – DA PRODUÇÃO:

Após longa caminhada, peças em cerâmica e machetaria foram levadas para exposição e vendas, primeiramente, no Museu Regional de São João del Rei cedido pelo então diretor Jairo Braga Machado, e posteriormente, no Atletic Club, na pessoa do então presidente,  Renato Bacarini.  Os principais trabalhos realizados em cerâmica foram: confecção de presépios e outras técnicas e, em madeira, caixas e bandejas em machetarias. Foi um sucesso!

Todos os trabalhos que envolveram voluntários se estenderam por oito anos.

2 – DOS COORDENADORES:

Estiveram sempre à frente deste projeto:

Elma Fernandes Dias, José Carlos Dias, Mara Àvila, Maria Lourdes Haddad

3 – HOMENAGEM A MARA ÁVILA

Queremos dar um destarque especial à artista plástica Mara Ávila, que implementou a cerâmica no Rio Acima, empregando técnicas e matérias do mais alto gabarito internacional.

4 – HOMENAGEM AO FREI ESTANISLAU:

A realização deste grande projeto só se tornou possível diante do empenho de um HOMEM cuja personalidade forte, presente, marcante, escondia um coração generoso que sempre acreditou neste sonho. Figura humilde, generosa, idealista buscou sempre a valorização e promoção do ser humano e não mediu esforços para conquistar estes objetivos refugiando-se sempre no anonimato. Queremos registrar que o Frei Estanislau, foi o criador do Salão do Encontro na cidade de Betim-mg, e seu sonho era fazer na comunidade do Rio Acima um outro Salão do Encontro.

 
Coordenação
Mara Ávila, Elma Fernandes Dias, José Carlos Dias e Maria Lourdes Haddad  
Realização
Centro Social da Paróquia São Francisco de Assis . Convento Nossa Senhora de Lourdes
 
Patrocínio
BID-Banco Internacional de Desenvolvimento e do SERVAS-Serviço de Assistência Social
Logistas e empresários de São João del-Rei
 
Parceiros
Comunidade do Rio Acima
Sacolão Rodoviária hoje Supermercado Monterey
Sacolão Center
RDM-Rio Doce Manganês
UFSJ-Universidade Federal de São João del-Rei
FAUF-Fundação de Apoio UFSJ-Universidade Federal de São João del-Rei
Sebrae
Secretária do Governo de Minas Gerais . Superintendência do Artesanato de MG
Calcinação Vitória
Cia Industrial Fluminense
Verbaza
Ômega
 
Compartilhar no Facebook Compartilhar no Instagram Compartilhar no Whatsapp Imprimir

ESSE PORTAL É UM PROJETO VOLUNTÁRIO. NÃO PERTENCE À PREFEITURA MUNICIPAL | CADASTRE GRATUITAMENTE A SUA AÇÃO SÓCIOCULTURAL