São João del-Rei, Tiradentes e Ouro Preto Transparentes

a cidade com que sonhamos é a cidade que podemos construir

la ciudad que soñamos es la ciudad que podemos construir

the city we dream of is the one we can build ourselves

la cittá che sognamo é la cittá che possiamo costruire

la ville dont on rêve c’est celle que nous pouvons construire

ser nobre é ter identidade
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Ouvidoria

Patrimônio da cidade sofre com vandalismo

Descrição

Lixo nas ruas, placas e monumentos públicos destruídos, paredes pichadas.
Estes são apenas alguns dos atos de vandalismo que acontecem em São João del-Rei e diversas outras cidades do país.
Segundo dados apresentados pela Polícia Militar de São João, em 2008 foram registrados 20 casos deste tipo de crime no município e este ano até meados de setembro já são 15. Enquanto o vandalismo em residências, comércios e veículos, até o momento, tiveram uma redução, o número de casos desse tipo de crime contra os patrimônios histórico e público se mantiveram.
Mesmo com a possibilidade destes números serem ampliados até o fim do ano, o tenente Luiz Eduardo Coelho, afirma que eles são pequenos em comparação ao total de delitos na cidade. Esses crimes chamam a atenção porque ocorrem em locais de grande visibilidade.“Em 2008, a Polícia Militar realizou mais de 23 mil atendimentos e este ano já ultrapassamos os 18 mil. Por isso, acreditamos que os crimes de vandalismo em nossa cidade são baixos, mas nossa corporação está atenta a qualquer contravenção e sempre buscamos os culpados por estes incidentes”, explicou.
Ainda segundo o tenente, descobrir o infrator é um grande problema enfrentado pelos policiais. “Estes crimes acontecem em sua maioria de madrugada e não conseguimos localizar o contraventor. Mas com denúncias da sociedade e as investigações realizadas pela Polícia Civil já conseguimos detectar algumas pessoas que praticam o vandalismo”.
Entre os cidadãos são-joanenses que já foram prejudicados por este tipo de crime esta o empresário Múcio Rodrigo Reis Brito, proprietário de uma farmácia de manipulação. “Meu comércio sofre há muito tempo com o vandalismo. O vidro da minha loja já foi quebrado mais de cinco vezes. É um material caro, que tem que vir de Belo Horizonte. Não posso precisar ao certo, mas o prejuízo que venho sofrendo é muito grande”, disse.
Outro lugar na cidade que também foi afetado pela depredação é o muro de grafite e mosaico da Companhia Teatral ManiCômicos. “No dia 18 de setembro, nos deparamos com uma pichação em nosso muro, o qual seria entregue para a comunidade no dia 20 do mesmo mês. Um dos integrantes do grupo teve que paralisar suas funções para recuperar a obra”, explicou uma das integrantes da companhia , Cyntia Botelho.
Ainda de acordo com Cyntia este tipo de crime é indicativo de que algo de errado está acontecendo. “A maioria destes crimes são praticados por adolescentes e jovens. Acredito que a sociedade deva refletir sobre o que leva uma pessoa a fazer isso. Se um jovem pratica este delito é porque não tem lazer ou está tentado dar um recado para a comunidade. Alguma coisa está acontecendo em nossa sociedade e acho que devemos refletir sobre isso”.

EDITORIAL

Vandalismo
“Isso precisa ser observado, pois gera um ciclo que pode representar um crescimento com o passar dos anos”
O vandalismo é uma atitude que deve ser discutida com frequência, principalmente, quando se trata de uma cidade histórica. Mesmo com um percentual baixo em relação aos outros tipos de ocorrências atendidas pela Polícia Militar, conforme matéria veiculada na página 2, pode-se observar que esse tipo de infração não teve redução de um ano para o outro.
As depredações, pichações e até mesmo o lixo nas ruas são formas de vandalismo que são muitas vezes reflexos da sociedade em que vivemos. Geralmente, os principais atores dessa prática são jovens e adolescentes querendo externar seus problemas que frequentemente tem origem na sociedade, dentro da própria casa. Além disso, existem estudos que dizem que as pessoas se sentem mais a vontade para transgredir as normas quando vêem que outros indivíduos já fizeram isso antes.
Isso precisa ser observado, pois gera um ciclo que pode representar um crescimento com o passar dos anos. É preciso um trabalho de conscientização da população sobre a importância de se preservar os patrimônios históricos da cidade, mas também o patrimônio como um todo.
Passar pela Avenida Presidente Tancredo Neves e ver a pichação nas palmeiras próxima ao coreto é perceber o descaso com o patrimônio público e cultural de São João del-Rei e começar a pensar como é a conscientização das pessoas nesse tipo de atitude.
A cidade tem uma arquitetura que se complementa com as centenárias palmeiras e chama a atenção encantando os turistas que passam por aqui. O centro histórico tem um charme especial com o ecoar do som dos sinos. Isso sem contar com a maria-fumaça um dos símbolos de São João.
Tanta beleza não pode ser destruída por um ato de vandalismo. É preciso uma mobilização de todos.

Fonte: Gazeta de São João del-Rei . 10/10/09

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