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Fernando Villavicencio, candidato à presidência do Equador, é assassinado 11 dias antes das eleições
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O primeiro turno das eleições no Equador acontece no dia 20 de agosto, para troca de presidente, vice-presidente e 137 parlamentares
O candidato à presidência do Equador, Fernando Villavicencio, foi assassinato na noite desta quarta-feira, 9, com três tiros na cabeça. Ele saía de um encontro político na cidade de Quito quando foi baleado, de acordo com as agências de notícia do país.
A notícia foi confirmada pelos assessores do candidato à presidência. O primeiro turno das eleições no Equador acontece no dia 20 de agosto, para troca de presidente, vice-presidente e 137 parlamentares.
Segundo o portal El Universo, do Equador, Fernando Villavicencio era o quinto favorito para assumir o cargo no país, com 7,52% dos votos, conforme pesquisa da última terça-feira, 8, do ClickReport.
Combate ao narcotráfico e violência
Villavicencio tinha uma promessa de campanha mais voltada ao combate do narcotráfico no país. “Não tenho medo dos comandantes do narcotráfico”, disse dias antes de ser morto em entrevista coletiva de imprensa.
Entre uma de suas principais promessas de campanha estava construir uma prisão de segurança máxima para combater o crime.
Ele não é a primeira figura pública no país que, ao posicionar-se contra o narcotráfico, acaba morto. Durante o processo eleitoral do Equador, um prefeito e um candidato a deputado, com discursos alinhados contra o narcotráfico, também foram mortos.
O clima político do Equador é de tensão. A poucos dias das eleições, segundo a presidente do Conselho Nacional Eleitoral do país, Diana Atamaint, os funcionários públicos haviam recebido algumas ameaças de morte. Ela afirmou, em coletiva, que eles "estão expostos a essas circunstâncias, não apenas a receber ameaças, mas também à violência política".
“Estamos como a Colômbia dos anos 1990”, diz um jornalista que acompanha o contexto político equatoriano.
Eleições antecipadas no Equador
As eleições no país acontecem em 20 de agosto. O atual presidente, Guillermo Lasso, chegou a dissolver a Assembleia Nacional, em maio, com a justificativa de por fim à "crise política grave e comoção interna".
A dissolução gerou eleições antecipadas, e aconteceu durante um julgamento político que tinha como objetivo destituir Lasso do cargo.
Quem é Fernando Villavicencio?
O então candidato à presidência do Equador tinha 59 anos e era jornalista antes de assumir a carreira pública. Foi integrante da Assembleia Nacional, opositora ao atual presidente do país, antes de ela ser dissolvida e presidida pela Comissão de Fiscalização equatoriana.