Ouvidoria
Córrego do Lenheiro São João del-Rei
Descrição
Assoreamento do córrego que corta a cidade de São João del-Rei e reclamações do atendimento da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do município foram assuntos de discussão entre os vereadores na reunião ordinária da Câmara Municipal da última terça-feira, 3. Na ordem do dia, o Legislativo votou e aprovou seis projetos. Além disso, o presidente da Câmara, Antônio Carlos de Jesus Fuzatto (PT), promulgou uma lei que contempla escolas municipais com kits escolares.
A preocupação com as enchentes foi pauta do discurso de vários vereadores. Eles reivindicam ações imediatas de desassoreamento do córrego, já que, em épocas de intensa precipitação, ocorrem alagamentos em vários pontos da cidade. Segundo o vereador Fábio da Silva (PSB), a prefeitura estava definindo questões da licitação para que o desassoreramento seja feito em vários pontos da cidade. “Agora a questão já foi definida. Estão aguardando formalmente o parecer do advogado. Se ele der o parecer será feita a tomada de preço através do pregão, e com o pregão quem der o preço menor vai fazer esse trabalho. Caminhões irão fazer retirada da areia do córrego do lenheiro”, explicou Silva. A área prioritária da ação será o bairro do Tijuco, entre a Ponte das Águas Férreas e a Biquinha, onde, segundo o vereador está a origem do problema. “Se você desassoria o córrego, você abre espaço para a água passar, evitando que ela invada as casas”, completou.
O setor de saúde também foi abordado na sessão. A vereadora Jânia Costa (PRTB), inclusive, afirmou que tem comparecido à UPA para conferir de perto a situação dos pacientes, que há tempos alegam demora exacerbada no atendimento. Problema que, segundo ela, realmente existe e vem sendo constatado em suas visitas. A fiscalização à unidade recebeu apoio de outros vereadores. Stefânio Pires (PMDB) pediu à Jânia que convide mais vereadores para as próximas visitas ao local. Segundo ele, é uma forma de fortalecer ainda mais a fiscalização.
Educação
Com a promulgação de lei efetuada pelo presidente da Câmara, o Executivo irá fornecer material escolar e uniforme para escolas municipais. Segundo Fuzatto, a iniciativa deverá ser colocada em prática no próximo ano letivo, tendo em vista a necessidade de organização do projeto.
Moradores reclamam do mau cheiro
Os moradores da Rua Aureliano Pimentel, Bairro das Fábricas, em São João del-Rei querem que algo seja feito para diminuir o mau cheiro do Córrego do Lenheiro. O esgoto fica parado sob a ponte, pois as manilhas são muito curtas e não chegam ao córrego. Um caminhão de terra jogada no local não resolveu o problema. Eles, também, pedem que seja consertada a grade de proteção de um dos lados da ponte.
O diretor Operacional da Área de Esgoto do Departamento Autônomo Municipal de Água e Esgoto (Damae), Antônio José dos Santos, informou que, em breve, o problema deve ser solucionado. “Vamos fazer um projeto para rebaixar a canaleta. Conhecemos a situação do local, avisei a Secretaria de Obras, que deve concretar ali. É isso que pode ser feito para reduzir o cheiro”, comentou.
Saneamento básico
A moradora Zuleika do Carmo de Melo, 53 anos, ressalta que só quer que o básico seja feito para diminuir o cheiro ruim. “A nossa cozinha e a nossa sala ficam bem em frente. Pedimos o mínimo: que canalize aquilo ali. Sem contar o visual, que é horroroso! Podiam cimentar ou prolongar a manilha. Isso é saneamento básico, é prioridade e não desfazer uma coisa que está pronta para fazer outra. Nossa reivindicação já vem de muito tempo”, afirmou ela.
Maria José Reis Silva, 55, concorda com Zuleika: “Queremos condição de vida. Hoje, não podemos ficar em frente às nossas casas e nem sentar, à tarde, na muretinha para conversar por causa desse cheiro terrível”, disse Maria José.
Bichos
Os moradores contam que aparecem muitos bichos no local por causa da falta de saneamento básico. “É cobra, barata, rato e escorpião. Temos muitas crianças por aqui. Já foi até escorpião dentro do banheiro. Isso é perigo para qualquer um. É muita imundície”, contou Maria Guido de Assunção Luciano, de 67 anos. “Há muito tempo que fazemos esse pedido, mas nada foi feito. O que adianta jogar aquela terra ali? Nada! A primeira chuva que vier leva a terra embora e o esgoto vai continuar parado dos dois lados”, disse Zuleika do Carmo.
Conscientização
Os moradores relataram que aquela parte da “prainha” fica constantemente suja, porque algumas pessoas jogam sacos de lixo nas margens do Córrego. “Pedimos às pessoas que param o carro, aqui, de madrugada, para jogar lixo que eles tenham consciência ecológica e não façam mais isso. O lixeiro passa todo dia! Isso tem que vir da gente, faz parte da educação. Temos que colaborar. Podia ser feita uma lei para multar essas pessoas que jogam lixo na ‘prainha’”, pediu Maria José.
Como a manilha é pequena, o esgoto fica parado nas margens, atraindo bichos e liberando mau cheiro
Falta uma grade de proteção ao lado da ponte
Fonte: Folha das Vertentes . 1ª quinzena/junho/2010
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Descaso com as margens do Córrego do Lenheiro
A mistura de descaso do poder público e de parte da população forneceram o combustível para a autocombustão do mato seco que se acumula às margens do Córrego do Lenheiro. A faixa da margem com início na ponte da Biquinha até a nascente é alvo de desrespeito à Legislação Ambiental e ao Estatuto da Cidade.
Fonte: Instituto Apoiar, 23 de setembro de 2011
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Sujeira e mato no Córrego do Lenheiro
Neste mês de agosto de 2011 fizemos uma caminhada pelo Córrego do Lenheiro em São João del-Rei, iniciando na Rua São João (Tejuco) até a ponte no final da Avenida Leite de Castro/ acesso Av. Trinta Um de Março. Durante todo o percurso encontramos reinando soberanamente o mato, acompanhado pelo lixo que os moradores e transeuntes do percurso vão jogando pelas margens.
Também observamos a grande quantidade de esgoto vazando e formando bolsões de água parada, ideal para a criação de larvas de mosquitos, inclusive da Dengue, contrariando publicidade da Secretaria Municipal de Saúde. Notamos que em todas as pontes do percurso estão sendo iluminadas, enquanto a escuridão assola o debaixo. A situação é de abandono e bate as raias da saúde pública com a proliferação de ratos, baratas e demais insetos. O que poderia ser um atrativo se bem cuidado, hoje é símbolo do descaso.
Fonte: Instituto Apoiar