Ouvidoria
Acidentes de trânsito provocam impacto de R$ 3 bilhões na economia mineira
Descrição
“Temos que criar uma cultura preventiva, fortalecendo a educação, por exemplo. A parte médica e dos serviços de saúde têm, na verdade, uma atuação limitada, uma vez que quase 60% dos acidentes estão relacionadas às atitudes dos motoristas no trânsito”, destaca o consultor da SES e presidente do Grupo Brasileiro de Acolhimento com Classificação de Risco (GBACR), Welfane Cordeiro.
Médico com experiência em Terapia Intensiva, Welfane destaca que pesquisas internacionais recentes demonstram que entre as pessoas que falecem em virtude de acidentes de trânsito, 50% morrem instantaneamente no local. Daqueles que são encaminhados para os serviços de saúde, cerca de 35% do total de casos, o óbito ocorre nas primeiras 24 horas de internação. “Isto quer dizer que uma rede de atendimento perfeita conseguiria reduzir no máximo 50% dos óbitos. As outras mortes só podem ser evitadas por fatores alheios aos serviços de saúde”.
Em Minas, os acidentes de trânsito ocupam a quarta posição no Índice de Anos de Vida Perdidos (IAVP), estatística que relaciona a expectativa de vida da população com a idade média em que ocorrem os óbitos, podendo reduzir em até 5% a expectativa de vida, superando doenças infecciosas, hipertensivas e diabetes.
Estima-se que em Minas Gerais ocorram cerca de 120 mil acidentes por ano, destes 50 mil deixam vítimas. O resultado são as quase quatro mil mortes, 60 mil feridos anuais. “Os acidentes sobrecarregam os serviços de urgência, causando dificuldades de internação dos pacientes”, explica.
Soluções
O setor de saúde pode intervir apenas na questão do acolhimento dos pacientes que sofreram acidentes de trânsito. Para isso, o Governo de Minas vem promovendo, desde 2003, ações no sentido de estruturar uma rede de atendimento regionalizada. Um exemplo é o início da construção, em Montes Claros, do Hospital do Trauma. A obra está prevista para o próximo ano, com investimentos de aproximadamente R$ 40 milhões.
“Criamos e consolidamos a Rede de Urgência e Emergência do Norte de Minas e estamos agora elaborando o modelo para a macrorregião Centro. Desta forma estaremos mais preparados para responder às demandas de saúde provocadas pelo trânsito”, avalia o coordenador Estadual de Urgência e Emergência da SES, Rasível dos Reis Santos Júnior.
De acordo com ele, evidências internacionais demonstram que a regionalização é a melhor estratégia de intervenção. “Num estudo comparativo de 50 estados nos EUA, a mortalidade é em média 8% menor nos estados que adotam sistemas regionais de atendimento”, aponta.
Entre os objetivos estão o correto encaminhamento do paciente, ao ponto de atenção certo, para assistência mais eficaz no menor tempo possível. “Não basta encaminharmos a pessoa para o hospital mais próximo. Deve haver uma conjugação de todos estes fatores”.
Para realizar todas estas propostas, destacam-se ações como a regionalização do SAMU (192) e dos hospitais de referência, expansão de leitos de UTI e instalação de Centrais de Regulação. “No entanto devemos ressaltar que mesmo com melhoria dos recursos disponíveis, sem atuação no sentido de prevenir acidentes, não é possível desafogar o sistema de saúde”, encerrou.
Fonte: Agência Minas, 19 de setembro de 2011
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Nova lei nos EUA obriga motoristas bêbados a pagarem pensão a órfãos de suas vítimas em caso de acidente fatal
Por Redação Grande Arte . 27 de abril de 2022
O ato de dirigir embriagado é uma grande irresponsabilidade, pois não há respeito pela vida de outras pessoas que possam estar na estrada, apesar dos muitos alertas que vêm sendo feitos em campanhas para evitar acidentes desse tipo.
Não importa o quanto o motorista embriagado ache que tem a situação sob controle, dirigir sob a influência do álcool é uma experiência com riscos potencialmente fatais.
Por isso, aquelas pessoas que, mesmo sabendo da gravidade do assunto, decidem ir ao volante em tais condições, devem se submeter às mais severas consequências legais. É por isso que no estado do Tennessee, no sul dos Estados Unidos, o governo fez algumas mudanças em suas leis para que motoristas bêbados se responsabilizem com mais veemência por possíveis acidentes.
Trata-se da chamada “Lei Ethan, Hailey e Bentley”, que obrigará qualquer motorista bêbado que seja condenado por tirar a vida de um dos pais ou cuidador, a pagar pensão alimentícia dos filhos da vítima até que eles sejam maiores de idade.
Por meio deste projeto, além de os filhos de vítimas fatais nessas condições receberem o apoio financeiro necessário, também deverá reduzir os acidentes automobilísticos por embriagados.
Isso foi aprovado pela Câmara dos Representantes do Tennessee, com o nome em homenagem aos filhos de Nicholas Galinger, um policial que foi morto por um motorista bêbado três anos atrás.
“De acordo com este projeto de lei, se um réu for condenado por homicídio culposo veicular devido a intoxicação ou homicídio culposo veicular agravado e a vítima do crime for pai de um filho menor, então o tribunal de sentença deve ordenar ao réu que pague a restituição na forma de pensão alimentícia para cada um dos filhos da vítima até que cada criança atinja a idade de 18 anos”, diz o resumo da lei, segundo o The New York Times.
A lei acabou sendo aprovada por unanimidade pela Câmara. “Como prometido, farei o que for preciso para proteger o futuro de nosso recurso mais valioso, nossos filhos. Os habitantes do Tennessee se preocupam uns com os outros e faremos tudo o que estiver ao nosso alcance para responsabilizar as pessoas que escolheram causar danos”, disse em comunicado o deputado Mark Hall, que apresentou o projeto de lei.
Fonte: Grande Arte