"O período entre julho e outubro é o mais propício para queimadas devido ao clima 'seco. Além disso, em agosto, costuma ventar muito", disse o comandante do 2° Pelotão de Bombeiros em São João del-Rei, subtenente Wagner Eduardo. Jacques. Segundo ele, nas últimas três semanas houve grande aumento na área queimada no município. Em comparação ao ano passado, a extensão de Áreas de Preservação Ambiental (APA) queimadas cresceu em 400%.
Segundo dados do Corpo de Bombeiros de São João, nos últimos 20 dias a instituição tem atendido, em média, dez ocorrências diárias referentes a incêndios florestais. Além disso, 80% dos incidentes estão relacionadas à limpeza de áreas. O comandante Eduardo lembrou que as queimadas não são proibidas, mas é necessário, seguir algumas exigências para não ocorrer transtornos. Além disso, é preciso obter permissão para essas intervenções. "Qualquer queimada precisa de autorização do Instituto Estadual de Florestas (IEF) antes de sua realização", comentou. Ainda segundo o comandante, os proprietários são os responsáveis civis e criminais por queimadas realizadas em seus terrenos, tanto na zona rural quanto no perímetro urbano.
Para prevenir os incêndios e a destruição dás APAs, o 2° Pelotão visitou terrenos limítrofes a essas áreas para conscientizar seus proprietários. Além disso, os militares fizeram o mapeamento desses locais. “Também  estamos vistoriando lotes vagos e encaminhando relatórios para a  prefeitura para que notifiquem os responsáveis por cuidar desses  espaços", disse o subtenente. E lembrou: "Caso o fogo se alastre, a pessoa deve chamar o Corpo de Bombeiros imediatamente pelo telefone 193”.
Com o mesmo objetivo, a Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad), lançou  na última quarta-feira, 3, a Campanha de Combate a Incêndios Florestais 2011. Neste ano, a secretaria prevê que R$4,5 milhões sejam investidos em ações de prevenção e combate a incêndios florestais no Estado, com recursos do Projeto Estruturador Conservação do Cerrado e Recuperação da Mata Atlântica.

Fonte: Gazeta de SJDR, 6 de Agosto de 2011