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a cidade com que sonhamos é a cidade que podemos construir

la ciudad que soñamos es la ciudad que podemos construir

the city we dream of is the one we can build ourselves

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la ville dont on rêve c’est celle que nous pouvons construire

ser nobre é ter identidade
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Agenda Cultural

Exposição Mulheres reais – modas e modos no Rio de D. João VI . de 09 a 22 de outubro

Data

09/10/2009

Hora

Vários

Cidade

Belo Horizonte

Local

Galeria Alberto da Veiga Guignard

Descrição

Pela primeira vez, a moda serve como instrumento para narração de um período histórico do país. Trajes recriados a partir de documentação histórica, registros fotográficos e descrições de estrangeiros, como os pintores viajantes. As aquarelas de Debret tiveram grande importância no registro da vida cotidiana da Corte do Rio de Janeiro.

Palácio das Artes
Exposição Mulheres reais – modas e modos no Rio de D. João VI
Galeria Alberto da Veiga Guignard

Fotos: divulgação

Entre 9 de outubro e 22 de novembro a Galeria Alberto da Veiga Guignard recebe a exposição Mulheres Reais – modas e modos no Rio de Dom João VI. Dividida em vários módulos a mostra dá um panorama da época tratando desde o figurino de importantes nomes da realeza, como D. Maria I, Carlota Joaquina e Leopoldina até as vestimentas usadas por suas mucamas.
42 figurinos compõem o acervo de vestimentas exposto, correspondente a trajes que não existem mais.
12 acessórios e seis vestidos vieram do Museu do Traje e da Moda, de Lisboa, especialmente para a mostra.
15 jóias que pertenceram a escravas da época foram trazidas do Museu Carlos Costa Pinto, de Salvador.

Mulheres Reais – modas e modos no Rio de Dom João VI
A exposição
Módulo I – Mulheres da Realeza
O Teatro da Realeza
D. Maria I, Carlota Joaquina e Leopoldina pertencem a três universos culturais e existenciais diferentes. Em comum têm a experiência do poder e o exercício das funções da realeza. Suas modas e seus modos não refletem o que são, e sim o que representam. Eles são instrumentos narrativos das transformações da época em que viveram.
Recursos museográficos: 10 figurinos
Recurso multimídia: projeção de imagens dos universos particulares de cada rainha.

Ópera da Corte
Um vestido-ícone revelando cada rainha em sua singularidade: a Maria que não foi apenas piedosa e louca, a Carlota que está além da feiura e da intriga, e a Leopoldina que não se limitou ao papel de mulher-mártir.
Recurso multimídia: 3 trajes
Caixa de Memória (vitrine fechada e climatizada, com registro de controle)
Composta de trajes e acessórios contemporâneos às nossas rainhas vindos do acervo do Museu Nacional do Traje, Lisboa, Portugal.
Recursos museológicos: 6 trajes e 12 acessórios
Recurso multimídia: vídeo sobre as transformações da moda ao longo dos séculos XVIII e XIX

Módulo II – Mulheres da Realidade
Modos velados
A corte portuguesa encontra uma cidade urbanisticamente acanhada, constituída por um emaranhado de ruelas mal arejadas, enlameadas,
sem iluminação, que guarda na arquitetura, no aspecto urbano e nos
hábitos sociais fortes traços orientais.
A casa
Dentro de um ambiente revestido de muxarabis – treliças que revestiam as fachadas das casas –, um tableau vivant composto por duas atrizes, uma negra e uma branca, revela os costumes na privacidade doméstica, onde as mulheres brancas vestiam-se excessivamente à vontade com um camisolão sem forma e
confortável. O modus vivendi oriental atravessava o reduto do lar onde vigorava um ambiente no qual as mulheres teciam, bordavam, catavam piolhos uma das outras, fazendo parte dos costumes a intimidade entre as senhoras e suas mucamas.
A Rua – vultos encobertos
Na rua, o à vontade doméstico das mulheres brancas era encoberto por uma pesada e escura mantilha, casulo ambulante sob o qual se deslocavam discretamente protegidas do olhar alheio.
Recursos museográficos: 7 figurinos
Modos Desvelados
Negras semidesnudas
Em seu percurso, a mulher branca, escondida sob sua mantilha, se depara com as escravas cativas, porém livres para circular nas ruas, exercendo seus ofícios. São lavadeiras, vendedoras e carregadoras vestidas com roupas ganhas, fora de proporção e mal costuradas, que escorregam pelo corpo ou são arregaçadas em função da liberdade de movimentos exigida pelo trabalho. O corpo, então, se desvela em modos que trazem à tona a ancestralidade africana: nela o vestir tinha a função de adornar ou proteger, nunca de esconder.
Recursos museográficos:
- 4 dorsos com figurinos reinterpretando a arte das amarrações de tecidos nos corpos negros.
Modas Reveladoras
O Rio de Janeiro Redescoberto
A chegada da Corte portuguesa e a simultânea Abertura dos Portos
às Nações Amigas transformam para a cidade: as grades de treliça mourisca são proibidas por lei e a transparência entra na ordem do dia com a importação do vidro em suas mais variadas formas – vidraças, cristais, candelabros e lentes. Os colonos, que não tinham quase nenhuma vida social, passam a freqüentar as festas da corte e, para isso, copiam as modas européias, adquirindo novos hábitos como o de usar talheres e se sentar à mesa. Para isto, contam com a larga importação de produtos de luxo vindos da Inglaterra e, mais tarde, da França, cujo comércio instala-se na Rua Direita (atual
Rua 1º de Março), fazendo dela o ponto irradiador das novas modas e modos.
Recursos museográficos: plantas de 1808 e 1818 que revelam a evolução urbana da cidade.
Maquete da Rua Direita (atual R. 1º de março) com as boutiques de moda
Branca emergente Emergindo do fundo espesso de suas mantilhas, as mulheres brancas encantam-se com as novas modas e modos que chegam com a Corte.
A abertura dos portos despeja uma profusão de produtos de luxo na cidade. Copiar é a palavra de ordem para legitimar-se frente aos “civilizados”. O excesso passa a ser uma forma de expressão e visibilidade social. Nem sempre o resultado dá certo. Não são raros os viajantes estrangeiros a observar o exagero como traço marcante das mulheres da terra.
Recursos museográficos: 3 figurinos
5 miniaturas de brancas emergentes
Negras Bonecas
As brancas ricas copiam as modas que vêm de além-mar num esforço de se equiparar com as européias e, ao mesmo tempo, se diferenciar do mundo escravo. Mas, estranha contradição, fazem das mucamas suas réplicas, espelhos de seu status! Assim paramentadas, verdadeiras bonecas, as jovens negras submetem-se a essa elaboração visual que, contudo, não consegue extirpar os traços da africanidade vivamente presentes na altivez da tez escura, nos cabelos, nos dentes limados, nos corpos e rostos muitas vezes escarificados.
Recursos museográficos: 3 figurinos
Negras Multiculturais
Com a chegada da corte, cresce a população da cidade, o comércio expande-se e, no movimento das ruas, observa-se a presença marcante das escravas de ganho ou alforriadas. Elas colorem as ruas, criando um vestir arquetípico brasileiro: saias de tecidos grosseiros tingidos, parecidas com as de algodão inglês estampado alegre; peças de roupas herdadas; os xales, última moda européia, novos ou herdados, tornam-se objetos de desejo; e os panos da
costa – bens valiosos tecidos na África – somam-se a outros panos que se amarram nos quadris (rojões), conferindo ao uso dos tecidos mil e uma utilidades. Para completar, os adereços: privadas do direito de propriedade, suas jóias de ouro e prata significam poupança. Amuletos pendem de suas cinturas: figas sincretizam a tradição européia (a figa é romana) a cultos fálicos africanos; moedas para atrair dinheiro; dentes protegem contra inimigos; e miniaturas de produtos vendidos prenunciam a prosperidade.
Recursos museográficos: 8 figurinos
Negras Jóias
Jóias africanas do acervo do Museu Carlos Costa Pinto (Salvador – Bahia)
Módulo III – O passado no presente: 1808 em 2008
Re-Debret
Produção fotográfica em projeção multimídia com mulheres do Brasil de hoje trajando os figurinos da exposição inspirados nas aquarelas de Jean-Baptiste Debret .
Desfile Antropológico
O visitante desfila em uma passarela central ladeada com criações de estilistas mineiros contemporâneos que refletem as matrizes e os matizes da moda de 1808 até hoje presente em nossas modas e modos de ser e de estar.
Recursos museográficos: 09 looks

Data: 09 de outubro a 22 de novembro
Horário: 2ª-feira, 18h-21h / de 3ª-feira a sábado, 9h30-21h / domingo, 16h-21h
Entrada franca
Balcão de Informações: (31) 3236-7400
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