Agenda Cultural
Festival Internacional Artes Vertentes . Programação Completa . De 14 a 24/09
Data
Cidade
Descrição
Festival Artes Vertentes reúne artistas de diversos países em um intenso diálogo sobre o tema “Crenças”
Sexta edição do Festival Artes Vertentes acontece de 14 a 24 de setembro próximo, em Tiradentes
Propondo uma reflexão em torno da palavra CRENÇAS em seus diversos aspectos, a sexta edição do Festival Artes Vertentes – Festival Internacional de Artes de Tiradentes - será realizada de 14 a 24 de setembro, na charmosa cidade mineira de Tiradentes. O princípio curatorial do festival, que busca analogias entre as diversas linguagens artísticas, faz com que o Artes Vertentes venha se firmando como um dos mais importantes festivais de artes integradas do país. Em 2017, o evento apresenta uma consistente programação que abrange música, literatura, cinema, artes cênicas e artes visuais. Durante toda a programação, músicos, atores, diretores, escritores e artistas visuais de vários países promovem, junto com o público, um intenso diálogo sobre o mote curatorial, por meio de concertos, espetáculos, filmes, exposições, leituras e palestras.
“A proposta é manter um intercâmbio de alto nível entre o rico patrimônio artístico e cultural de Minas Gerais e o de outros lugares, permitindo encontros, reencontros e descobertas do público por meio da arte. Pretendemos, com este conceito inovador, criar um espaço para novas ideias, atuando como uma plataforma de comunicação entre artistas vindos de diferentes culturas, respeitando suas singularidades, antagonismos e, principalmente, o desejo de dialogar”, explica Luiz Gustavo, Diretor Artístico do Festival.
As atividades acontecerão em lugares de relevância histórica e de importância no patrimônio arquitetônico da cidade, tais como a Matriz Santo Antônio, a Igreja São João Evangelista, a Igreja São Francisco, a Igreja do Rosário, o Centro Cultural SESIMINAS Centro Cultural Yves Alves, o Museu da Liturgia, o Museu Casa Padre Toledo, entre outros locais.
Artes cênicas:
A personalidade homenageada nesta edição será a atriz e bailarina Dorothy Lenner. Nascida em Bucareste, na Romênia, viveu na Argentina antes de fixar-se no Brasil, em São Paulo, onde trabalhou com Alfredo Mesquita, Eugênio Kusnet, Sábato Magaldi e Antunes Filho, além de ter sido discípula de Takao Kusuno, um dos precursores do butô no Brasil. Aos 84 anos, vive hoje em Tiradentes. Além de participar de uma mesa-redonda em sua homenagem, a artista apresentará a sua última criação, Wabi Sabi, no domingo (24), encerrando a programação de artes cênicas do festival. Esta ocupação cênica fala sobre a adaptabilidade, e sobre a descoberta da beleza na imperfeição e a aceitação do ciclo da vida e da morte.
A programação de artes cênicas do Artes Vertentes será aberta com “Se eu fosse Iracema”. O premiado monólogo apresenta a atriz Adassa Martins, um dos nomes mais promissores do teatro atualmente. Uma carta, escrita pelos índios kaiowás em 2012 é a inspiração inicial da peça que propõe uma reflexão para as causas indígenas e aborda as crenças de diversas etnias indígenas. A atriz foi indicada ao prêmio Shell 2016 pela sua atuação.
O festival promove a sua primeira residência artística nas artes cênicas com a bailarina Jacqueline Gimenes. A bailarina paulista foi, durante anos, uma das principais solistas do Grupo Corpo e vencedora do prêmio Klauss Vianna de Dança. Em Tiradentes, ela realizará a primeira residência de pesquisa para o projeto BWV 988: trinta possibilidades de transgressão. Tendo como ponto de partida as Variações Goldberg BWV 988, obra musical de Johann Sebastian Bach, Jacqueline propõe uma discussão sobre o conceito de transgressão, abordando-o como ação humana de atravessar, ultrapassar. Através de residências de criação com a participação do público e com a participação do artista visual francês François Andes, esta imersão abordará ainda como concepções ético-filosóficas, crenças e preceitos morais presentes na sociedade contemporânea. Entre os dias 15 e 23 os artistas residentes promoverão encontros com o público, que poderá colaborar ativamente na construção desta coreografia, por meio de workshops diários. Estes são abertos ao público e têm acesso gratuito. No último sábado (23), será apresentado o resultado desta rica semana de residência no espetáculo: BWV: trinta possibilidades de transgressão. O projeto é realizado em parceria com a Bienal de Arte Contemporânea de Mons (Bélgica).
Mais sobre os espetáculos:
Se eu fosse Iracema
Serviço:
Elenco: Adassa Martins.
Direção: Fernando Nicolau
Data: 21.09.2017
Horário: 20:00
Local: SESI – Centro Cultural Yves Alves
Entrada: R$ 20 e R$ 10
Classificação indicativa: 16 anos
Sinopse: Se eu fosse Iracema propõe um olhar sobre o universo indígena brasileiro, transitando entre a tradição e a sua situação atual. O espetáculo usa referências que vão de mitos e rituais de várias etnias originárias do país a aspectos como a demarcação de terras e outros direitos fundamentais, muitas vezes negligenciados.
Muito se tem falado das diferenças, da possibilidade - ou da impossibilidade, nestes tempos em que discurso e atitudes intolerantes recrudescem - de conveniência com elas. Pois talvez o índio represente, entre nós, o diferente por excelência, aquele que não reconhecemos, aquele em que não nos reconhecemos, aquele cuja existência teimamos em não aceitar.
Face ao outro - ou àquele que insistimos em não reconhecer como nós - somos capazes de qualquer outra coisa que não: destruir?
BWV 988: Trinta possibilidades de transgressão.
Serviço:
Elenco: Jacqueline Gimenes
Com a participação de François Andes, Phamela Dadamo e Gustavo Carvalho
Data: 23.09.2017
Horário: 15:30
Local: SESI – Centro Cultural Yves Alves
Entrada gratuita
Classificação indicativa: 12 anos
Sinopse: Apresentação da pesquisa desenvolvida durante o Festival Artes Vertentes para o projeto “BWV 988: 30 possibilidades de transgressão”.
Tendo como ponto de partida as Variações Goldberg BWV 988, de Johann Sebastian Bach, e compositores contemporâneos, o projeto pretende, através de residências de criação com o público, discutir o conceito de transgressão como ação humana de atravessar, ultrapassar, abordando, inclusive, concepções ético-filosóficas, crenças e preceitos morais presentes na sociedade contemporânea.
Wabi Sabi
Serviço:
Elenco: Dorothy Lenner
Concepção criadora: Dorothy Lenner, Hideki Matsuka e Ricardo Muniz Fernandes
Data: 24.09.2016
Horário: 16:00
Local: Largo da Igreja São Francisco
Entrada gratuita
Classificação indicativa: Livre
Sinopse: Wabi Sabi é sobre a descoberta da beleza na imperfeição e sobre a aceitação do ciclo da vida e da morte. São haicais lançados no espaço por Dorothy Lenner, Beatriz Sano e Júlia Rocha. Todas dançando o que existe, o momento, o que persiste, aquilo que surge, o que repete, alguém que chega, alguém que vai e o que tudo isso significa. Wabi Sabi são deslizamentos sobre a história delas e também de cada um dos poucos espectadores, que entram como parceiros nestes pas des deux e desmanches, nestas imagens e pedaços do movimento incessante da vida.
O Festival Artes Vertentes apresenta novamente, em 2017, o Ciclo de Ideias (gratuito). Uma série de debates, palestras e mesas-redondas com especialistas em cada linguagem do festival. Em diálogo com a programação de artes cênicas serão oferecidas as seguintes atividades:
- Ciclo de ideais II / TEATRO - "Arte, uma crença na vida": Palestra com Dorothy Lenner. Mediação: Ricardo Coelho. Dia 16 de setembro, às 15:30h, no SESI Centro Cultural Yves Alves (Rua Direita, 168)
Artes visuais:
A exposição coletiva “A Traição das Imagens” reúne obras de artistas brasileiros e estrangeiros. A exposição aborda a palavra Crença nos seus vários aspectos, mas sobretudo, aborda a Crença na Representação, traço perene na História da Humanidade desde a Antiguidade, como por exemplo na Alegoria da Caverna, de Platão, ou nas obras do naturalista Plínio, o Antigo. Este é o principal eixo curatorial abordado pela exposição, que tem a curadoria de Luiz Gustavo Carvalho e é composto por obras de artistas de renome internacional, tais como Nelson Leirner, Eder Santos, Siri e Pierre Verger.
A exposição apresenta 5 obras de Nelson Leirner, nome de grande relevância em âmbito internacional, que construiu uma obra marcada por críticas irônicas ao sistema da arte. Durante toda a sua trajetória, ele sempre buscou atingir as ruas de forma a criar indagações nas pessoas. Para isso, utiliza várias estratégias estéticas e/ou comportamentais de forma experimental, mesmo que cause estranhamento às pessoas. Hoje, é um dos mais expressivos representantes do espírito vanguardista dos anos 60 no Brasil e no exterior. Sua ideia central é popularizar o objeto de arte e introduzir a participação do público.
Eder Santos, cujas obras Ex-Votos e Santos também integram a exposição, já foi apontado como o artista que inventou a vídeo arte brasileira. Formado em belas-artes e comunicação visual pela Universidade Federal de Minas Gerais, começou a carreira em 1983, realizando vídeos sobre obras e processos criativos de outros artistas. Seu trabalho tornou-se gradativamente mais autoral, com interferências sobre as imagens, as narrativas e o ritmo delas. Se no início o uso de ruídos tensionava a linguagem videográfica tradicional, aos poucos transforma-se em experimentos com projeções sobre as mais diversas superfícies.
Política, a obra de Eder Santos traz também influências do Barroco Colonial. “Meu trabalho sempre teve um sentido politico, obras com o imaginário religioso, por exemplo, ganham sentido mais político em tempos de crescimento da bancada fundamentalista, perseguição aos cultos afro-brasileiros e aos homossexuais”, argumenta o artista.
A Crença, no seu contexto religioso também estará presente na exposição. “A crença no seu aspecto religioso é presente na exposição através das três crenças que tiveram uma importância primordial na formação do povo brasileiro: as crenças indígenas, as crenças africanas (e posteriormente) afro-brasileiras e as crenças dos colonizadores portugueses.”, comenta o curador. Assim, a coleção de Ex-Votos de Celma Albuquerque, uma das mais importantes coleções do gênero no país, integra o recorte curatorial, assim como objetos de arte indígena das etnias Karajás e Wayana-Aparai, além da série Orixás, de Pierre Verger
Marcada por um humanismo perene e por um cuidado em retratar os aspectos religiosos das culturas e crenças africanas e afro-brasileiras, a obra de Pierre Verger é constitui o mais importante legado visual sobre o candomblé. Tendo passado grande parte da sua vida na cidade de Slvador, na Bahia, o fotógrafo francês Pierre Verger, realizou também inúmeras pesquisas na África. Realizou um trabalho fotográfico de grande importância, além de ter produzido uma obra escrita de referência sobre as culturas afro-baiana, voltando seu olhar de pesquisador para os aspectos religiosos do candomblé e tornando-os seu principal foco de interesse.
sincretismo religioso é também o tema da instalação visual-sonora Sincretismo Religioso, de Siri. O artista vem realizando importante carreira na arte sonora, sendo convidado a realizar exposições e performances no Brasil e exterior (Victoria and Albert Museum – Londres , NBK Gallery – Berlim e Portikus – Frankfurt, entre outros). As obras deste artista ganham estruturas e formas em vídeos, fotografias, esculturas e, principalmente, na materialização da sua música, rompendo uma evolução musical do abstrato para o concreto, surgindo em um outro nível de existência. Siri farám ainda, uma performance no dia 14, primeiro dia do festival, no Jardim de Centro Cultural Yves Alves.
Cabe ressaltar ainda a presença do artista visual francês François Andes, cuja obra Les Prépratifs também integra a exposição. Através de desenhos e objetos cênicos, Andes tem nas analogias entre diferentes mitologias o seu principal foco de interesse. Em 2016, foi o principal artista do Salão DDessin, em Paris. Em Tiradentes, o artista realizará ainda uma residência com a bailarina Jacqueline Gimenes, uma das principais bailarinas do Grupo Corpo. O resultado desta residência, aberta ao público através de workshops, será apresentada no dia 23 (sábado), na performance BWV 988: Trinta possibilidades de transgressão.
Na exposição serão exibidas ainda obras de Cildo Meireles, OSSO vídeoarte e da jovem artista Ísis Alcântara.
Em parceria com Museu Sant´Anna, a exposição “Santas mulheres – as heroínas da fé” faz parte da programação do Festival. A exposição reúne imagens de artistas populares e eruditos que deram enorme contribuição à arte sacra brasileira, como Aleijadinho, Mestre de Piranga, Frei Agostinho de Jesus, Francisco Vieira Servas. São imagens brasileiras, datadas dos séculos XVII, XVIII e XIX, pertencentes a coleções privadas e, até hoje, nunca expostas ao público.
O Festival Artes Vertentes exibe ainda, no Museu Casa de Padre Toledo, a exposição “A crença na liberdade”. A exposição apresenta os trabalhos das crianças de Tiradentes, desenvolvidos durante todo o ano através das Aulas de Desenho e Pintura da Ação Cultural do Festival Artes Vertentes. A curadoria é assinada por Ricardo Coelho, que é também o professor e coordenador destes cursos.
Serviço:
Exposição “A traição das imagens”
Abertura: dia 14 de setembro, quinta-feira, às 17h30
Endereço: Centro Cultural SESIMINAS Yves Alves (Rua Direita, 168)
Horário de visitação: segunda a quarta e domingo, das 9h às 18h; de quinta a sábado, das 9h às 22h.
Exposição “Santas mulheres – as heroínas da fé”
Museu de Sant’Anna
Endereço: Rua Direita, 93
Horário de visitação: de quarta a domingo, das 10h às 19h
Exposição “A crença na liberdade”
Traz parte da produção artística - desenhos a lápis, giz e pintura - de crianças de 8 a 12 anos que frequentam o curso de Desenho e Pintura da Ação Cultural do Festival Artes Vertentes.
Abertura: dia 16 de setembro, sábado, às 11h
Museu Casa Padre Toledo
Endereço: Rua Padre Toledo sem número
Horário de visitação: de quarta a segunda, das 10h às 17h
* São gratuitas as exposições de artes visuais no Centro Cultural SESIMINAS Tiradentes Yves Alves e no Museu de Sant'Ana.
Cinema
Na vertente cinema, será exibido o Decálogo, obra-prima do diretor polonês. Originalmente produzida para a televisão polonesa, a série consiste em dez filmes de aproximadamente uma hora de duração, cada um representando um dos Dez Mandamentos, explorando possíveis significados dos mandamentos - considerados frequentemente ambíguos e contraditórios - inserindo-os numa história ficcional ocorrida na Polônia dos anos oitenta. É o trabalho mais conhecido e aclamado de Kieślowski, tendo recebido diversos prêmios internacionais. Segundo Stanley Kubrick, que julgava o Decálogo uma das maiores obras realizadas para o cinema, Kieslowski "teve a habilidade muito rara de dramatizar suas ideias, em vez de apenas falar sobre elas".
A programação conta ainda com a exibição de três documentários contemporâneos: Martírio, de Vincent Carelli, aborda questões relacionadas com as crenças indígenas e com a política ruralista do brasileira; Sob o Sol, de Vitaly Mansky, retrata a vida cotidiana da Coreia do Norte; e Fogo no Mar (Vencedor da Berlinale, em 2016), do italiano Gianfranco Rosi, propõe uma profunda reflexão sobre a imigração na nossa sociedade contemporânea. Os três filmes vêm alcançando uma forte repercussão em diversos festivais internacionais. A exibição de Martírio acontecerá na presença do diretor, Vincent Carelli, e será seguida por uma discussão sobre o filme, junto com Ailton Krenak, considerado uma das maiores lideranças do movimento indígena brasileiro.
“Através de uma programação consistente, o Festival Artes Vertentes pretende mais uma vez abranger diversas linguagens do cinema. Não podemos nos esquecer que também K. Kieslowski, autor do Decálogo, teve a sua formação como diretor de cinema documental... Colocando o cinema como um dos principais eixos da programação do Artes Vertentes em 2017, pretendemos mostra a possibilidade de reflexão sobre a sociedade contemporânea oferecida pela sétima arte”, comenta Luiz Gustavo Carvalho, diretor artístico do festival.
Sinopses dos filmes:
Cinema de ficção
Decálogo 1 (Dekalog 1)
Drama. 1989. Polônia. 50 minutos
Versão original em polonês. Legendas em português
Direção: Krzysztof Kieślowski
Classificação: 12 anos
Data e horário: dia 15.09, às 16:00
Krzystof, um professor universitário que acredita na razão e nas forças das leis da ciência, convive com o seu filho Pawel que, aos dez anos, está dividido entre a crença científica paterna e a fé religiosa de sua tia. Porém Pawel está muito ocupado aproveitando a vida, nem menos agradece seu pai pelo par de patins que recebeu de Natal, porque o computador calculou que o lago congelado é seguro para patinar...
Decálogo 2 (Dekalog 2)
Drama. 1989. Polônia. 50 minutos
Versão original em polonês. Legendas em português
Direção: Krzysztof Kieślowski
Classificação: 12 anos
Data e horário: dia 15.09, às 18:30
Um médico idoso é abordado por uma mulher com um pedido complicado: seu marido está gravemente doente e pode morrer, e ela está gravida do seu amante. Se o marido morrer, ela quer manter a criança, mas não de outra forma. E ela cobra do médico um veredicto honesto sobre suas chances. Mas o médico fica perturbado pela sua demanda, pois sua resposta afetará diretamente a vida ou a morte de outro ser humano. Tem ele o direito de brincar de Deus?
Decálogo 4 (Dekalog 4)
Drama. 1989. Polônia. 50 minutos
Versão original em polonês. Legendas em português
Direção: Krzysztof Kieślowski
Classificação: 12 anos
Data e horário: dia 16.09, às 16:00
A jovem Anka e seu pai viveram juntos desde a morte de sua mãe, e sempre foram mais amigos íntimos do que pai e filha. Um dia, Anka descobre uma carta de sua mãe, cujo conteúdo a faz questionar todo o relacionamento com o seu pai...
Decálogo 6 (Dekalog 6)
Drama. 1989. Polônia. 50 minutos
Versão original em polonês. Legendas em português
Direção: Krzysztof Kieślowski
Classificação: 12 anos
Data e horário: dia 16.09, às 18:30
Tomek, um jovem trabalhador dos correios se apaixona profundamente por uma mulher mais velha promíscua que vive em um prédio de apartamentos em frente ao seu. Depois de espioná-la através de um telescópio, ele a encontra e declara-lhe o seu amor. Porém, essa mulher cansada há muito tempo deixou de acreditar no amor.
Decálogo 3 (Dekalog 3)
Drama. 1989. Polônia. 50 minutos
Versão original em polonês. Legendas em português
Direção: Krzysztof Kieślowski
Classificação: 12 anos
Data e horário: dia 17.09, às 15:30
Janusz é motorista de táxi. É véspera de Natal, e ele dá presentes aos membros da sua família e vai à missa da meia-noite. Mais tarde, Ewa, uma antiga amante, pede-lhe para ajudá-la a encontrar o marido desaparecido. Deve Janusz ficar em casa em respeito ao dia santo? Ou deve ele ajudar Ewa, que diz precisar de sua ajuda, para manter o dia santo?
Decálogo 5 (Dekalog 5)
Drama. 1989. Polônia. 50 minutos
Versão original em polonês. Legendas em português
Direção: Krzysztof Kieślowski
Classificação: 18 anos
Data e horário: dia 18.09, às 17:00
Um assassinato insensato, violento e quase malicioso é seguido por uma execução fria, calculada e impecável, enquanto o idealista advogado de defesa do assassino acaba como um acessório no assassinato judicial do seu cliente.
Decálogo 7 (Dekalog 7)
Drama. 1989. Polônia. 50 minutos
Versão original em polonês. Legendas em português
Direção: Krzysztof Kieślowski
Classificação: 12 anos
Data e horário: dia 19.09, às 17:00
"Não roubarás" - mas, neste caso, o "roubo" é de uma criança por sua mãe real, que então se sente emocionalmente incapaz de lidar com a responsabilidade, enquanto a família estável e amorosa que levou a criança está perturbada.
Decálogo 9 (Dekalog 9)
Drama. 1989. Polônia. 50 minutos
Versão original em polonês. Legendas em português
Direção: Krzysztof Kieślowski
Classificação: 12 anos
Data e horário: dia 20.09, às 17:00
Após se descobrir impotente, Roman convence a sua esposa a ter um amante. Apesar de suas palavras anteriores, Roman sente um ciúme obsessivo. Espionando-a, ele descobre o seu caso e promete se matar, sem saber que Hanka estava de fato rompendo um relacionamento...
Decálogo 8 (Dekalog 8)
Drama. 1989. Polônia. 50 minutos
Versão original em polonês. Legendas em português
Direção: Krzysztof Kieślowski
Classificação: 12 anos
Data e horário: dia 20.09, às 18:30
Uma pesquisadora polonês-americana visita Varsóvia e participa de uma palestra sobre ética. Após o evento, ela se aproxima de Zofia, a palestrante, e diz que ela é a pequena menina judia que Zofia se recusou a esconder durante a Segunda Guerra Mundial. Mas Zofia tem um bom motivo para sua aparente covardia...
Decálogo 10 (Dekalog 10)
Drama. 1989. Polônia. 50 minutos
Versão original em polonês. Legendas em português
Direção: Krzysztof Kieślowski
Classificação: 12 anos
Data e horário: dia 21.09, às 18:30
Dois irmãos herdam uma valiosa coleção de selos do pai falecido e tornam-se obcecados com a inesperada sorte. Os irmãos encontram-se enredados em uma série de desventuras enquanto tentam entender, proteger e expandir sua nova fortuna.
Documentários
Martírio
Documentário. 2016. Brasil. 160 min.
Direção: Vincent Carelli
Classificação: livre
Data e horário: dia 22.09, às 17:00
A grande marcha de recuperação dos territórios sagrados dos Guarani Kaiowá através do olhar de Vincent Carelli, que gravou o local de nascimento do movimento na década de 1980. Vinte anos depois, tocado pelos sucessivos relatos de massacres, Carelli procura as origens desse genocídio, um conflito de forças desproporcionais: a insurgência pacífica e obstinada da despojada tribo dos Guarani Kaiowá contra o poderoso aparelho do agronegócio.
Sob o sol (V lutchakh solntsa)
Documentário. 2015. Rússia, Letônia, Alemanha, Republica Tcheca, Coréia do Norte. 106 min.
Versão original em coreano/russo. Legendas em português e inglês.
Direção: Vitaly Mansky
Classificação: livre
Data e horário: dia 23.09, às 18:00
Sob o sol é um filme sobre a vida ideal em um país ideal: a Coréia do Norte. Vemos uma garota em uma escola ideal, filha de pais ideais que trabalham em fábricas ideais, vivendo em um apartamento ideal no centro da capital. Podemos ver como o povo norte-coreano se esforça para fazer com que esse mundo ideal funcione. A menina está preparada para entrar na União das Crianças Coreanas e, assim, fazer parte desta sociedade ideal, vivendo sob os eternos raios do sol, símbolo do grande líder do povo, Kim Il-Jong.
Fogo no Mar (Fuocoammare)
Documentário. 2016. Itália, França. 106 min.
Versão original em italiano. Legendas em português
Direção: Gianfranco Rosi
Classificação: 12 anos
Data e horário: dia 24.09, às 12:00
O documentário captura a vida de Lampedusa. Localizada na costa sul da Itália, Lampedusa se tornou linha de frente na crise de imigração da Europa. O local virou manchete mundial nos últimos anos por ser o primeiro porto de escala para centenas de milhares de imigrantes da África e do Oriente Médio que tentam fazer uma nova vida no continente europeu.
* Entrada gratuita
Todos os filmes serão exibidos no auditório do Centro Cultural Yves Alves/SESI FIEMG (Rua Direita, 168) e terão legendas em português. Exibidos no idioma original.
O Festival Artes Vertentes apresenta novamente o Ciclo de Ideias. Uma série de bate-papo com especialistas em cada assunto, que fará parte da programação de todas as artes. Abaixo, o ciclo de cinema:
- Ciclo de ideais IV (CINEMA/PALESTRA): exibição do filme "Martírio", de Vincent Carelli e mesa redonda com o diretor e com Ailton Krenak. Dia 22 de setembro, às 20h, no Centro Cultural Yves Alves /SESI FIEMG (Rua Direita, 168)
Literatura
A programação literária inclui performances literárias, debates, mesas-redondas e lançamentos dos livros. Na abertura do Festival (dia 14), a escritora Maria Valéria Rezende, vencedora do prêmio Jabuti em 2014, fará uma leitura de trechos do seu livro “Quarenta dias” em dialogo com duas obras musicais de Bach e Beethoven, compostas para quarteto de cordas. A escritora paulista, radicada na Paraíba participará também da primeira mesa-redonda do Ciclo de Ideias do Festival, uma série de palestras, bate-papos e mesas-redondas em torno do mote curatorial de 2017: Crenças. Ela dividirá a mesa “Improvisações sobre a ideia de Deus” com o escritor português António Vieira. Nesta ocasião, no dia 15, será lançado pela primeira vez no Brasil o ensaio homônimo de António Vieira “Improvisações sobre a ideia de Deus”. O ensaio integra a série “Ensaios de Arte e Cultura”, iniciada pelo Festival Artes Vertentes em 2016.
Em parceria com a Editora Kalinka e Editora Hedra, será lançado, no dia 19, o livro Salmo de escritor russo Friedrich Gorenstein, traduzido pela primeira vez para português. Em Salmo (1975), Friedrich Gorenstein (1932-2002) constrói uma trama fantástica e original baseada na passagem mítica do Anticristo pela URSS entre 1933 e 1973. O lançamento será seguido pelo bate-papo na presença da Daniela Mountain (Editora Kalinka) e do jornalista e tradutor, Irineu Franco Perpétuo.
Outro nome em destaque é o poeta e tradutor Guilherme Gontijo Flores, que vem se destacando pelas traduções que realiza de poetas da Grécia Antiga. No Artes Vertentes, ele realizará a performance literária “Dar à voz o poema ritual” (dia 21), onde homenageará diversos poetas da Antiguidade Grega e participará, ainda, da mesa “A crença na representação” (dia 23). O festival promoverá também um encontro do poeta brasiliense com Ricardo Aleixo, um dos maiores nomes da literatura em Minas Gerais. Ricardo Aleixo também falará na mesa “Um mundo sem fronteiras”, uma mesa-redonda que conta ainda com a presença do escritor congolês e professor Félix Ulombe Kaputu – que está em exílio no Brasil. Atualmente, vive em Belo Horizonte e leciona na Universidade Federal de Minas Gerais.
O encerramento do Festival Artes Vertentes conta ainda com a ilustre presença da poeta Adélia Prado, um dos maiores nomes da poesia contemporânea. Ela realizará uma leitura dos seus poemas relacionados ao tema do Festival e falará sobre o assunto na mesa “Porque eu acredito nas palavras.”
Serviço:
-Leituras - Quarenta dias, com a autora Maria Valéria Rezende no concerto de abertura do Festival. Dia 14 de setembro, às 20h, na Matriz de Santo Antônio
- Ciclo de ideias I (LITERATURA) – Improvisações sobre a idéia de Deus, com Maria Valeria Rezende e António Vieira. Dia 15 de setembro, às 17h, no Centro Cultural Yves Alves /SESI FIEMG (Rua Direita, 168);
-Ciclo de ideiais III (LITERATURA E ARTES VISUAIS) - A Alegoria da Caverna: da Grécia ao presente, com Antonio Vieira e François Andes. Dia 18 de setembro, às 16h, no CCYA;
-Lançamento do livro SALMO, com Daniela Mountain e Irineu Franco Perpétuo, Dia 19 de setembro, às 16, no Jardim de CCYA;
- Leituras - Doutor Fausto, com o autor António Vieira no concerto Dobras do tempo. Dia 19 de setembro, às 18h, na Igreja São João Evangelista.
- Performance literária com Guilherme Gontijo Flores. Dia 21 de setembro, às 17h30, no Museu Casa Padre Toledo;
-Ciclo de ideiais V (LITERATURA) - Porque eu acredito nas palavras, com Adélia Prado. Dia 23 de setembro, às 11h, no CCYA;
-Performance literária com Guilherme Gontijo Flores. Dia 23 de setembro, às 20h00, no Museu Casa Padre Toledo;
-Ciclo de ideiais VII (LITERATURA) - Um Mundo sem fronteiras, com Ricardo Aleixo e Félix Ulombe Kaputu. Dia 24 de setembro, às 11h, no CCYA;
-Leituras de poemas - Adélia Prado,no concerto de encerramento do Festival. Dia 24 de setembro, às 18h30, na Igreja São João Evangelista.
* Toda a programação literária do Festival Artes Vertentes é gratuita.
Música
As igrejas barrocas da cidade mineira recebem uma programação musical, que conta com 14 concertos de música clássica. A direção artística é de Gustavo Carvalho, pianista brasileiro com formação na Áustria e na Rússia, que vem desenvolvendo carreira na Europa. A programação será aberta com duas obras de grande relevância: a “Arte da Fuga”, de Johann Sebastian Bach, e a “Grande Fuga”, quarteto de cordas op. 133 do compositor alemão Ludwig van Beethoven, em diálogo com leituras da premiada escritora brasileira Maria Valéria Rezende. As composições serão interpretadas pelo quarteto de cordas O/Modernt (Suécia), quarteto em residência do Festival Artes Vertentes, em 2017.
Composto por quatro excelentes cameristas, os violinistas Daniel Rowland e Hugo Ticciati, o violista Gareth Lubbe e o violoncelista Julian Arp, o quarteto O/Modernt se apresenta pela primeira vez no Brasil e interpretará também o quarteto “A Morte e a Donzela”, de Franz Schubert e o primeiro quarteto de Béla Bártok durante os concertos do festival. Outras obras importantes para esta formação serão apresentadas pela primeira vez ao público brasileiro pelo grupo residente, tais como as “Danças Apolônias”, de Albert Schnelzer, e a peça “Dona nobis pacem”, de Arvo Pärt.
A Orquestra Filarmônica de Minas Gerais será outro grande destaque da programação do Festival Artes Vertentes. Considerada uma das mais importantes orquestras da América do Sul, ela realizará um concerto na Matriz de Santo Antônio, no dia 17 de setembro, sob a regência do maestro Marcos Arakaki, apresentando obras de Bach,, Respighi, Haendel e Purcell.
A programação do primeiro fim-de-semana apresenta ainda a soprano Eliane Coelho na ópera “A Voz Humana”, de Francis Poulenc, em uma versão pocket. Um dos maiores nomes da ópera em âmbito mundial, a soprano brasileira é também reconhecida por sua presença cênica. Cabe a ela encenar o drama desta ópera moderna, composta em 1957, que mostra uma mulher desesperada na tentativa de convencer o seu amante a manter a relação. O libreto, de Jean Cocteau é um dos mais belos textos sobre a solidão humana e sobre as relações passionais.
O maior patrimônio musical de Tiradentes, um imponente órgão do século XVIII instalado na Matriz de Santo Antônio, estará também presente na programação do Festival Artes Vertentes. Elisa Freixo, uma das mais importantes organistas da América Latina, realizará dois concertos na principal igreja da cidade, mostrando ao público um rico repertório que, através de obras de diversas liturgias e danças de diferentes crenças, constrói um estreito diálogo com o tema do evento.
Cabe ressaltar, ainda, a presença do pianista russo Jacob Katsnelson, um dos principais sucessos das últimas edições do Artes Vertentes. Nesta edição, além de um recital com obras de Rachmaninoff, Debussy, Ginastera e Manuel de Falla, ele apresentará o Quarteto para o fim do tempo, de Olivier Messiaen.
Em Tiradentes, além de obras consagradas do repertório camerístico, o público poderá descobrir algumas obras de compositores brasileiros influenciadas por crenças de diferentes origens, como a Congada, de Francisco Mignone, o Carnaval das Crianças de Heitor Villa-Lobos ou a Suíte Litúrgica Negra, de Brasílio Itiberê.
“A programação musical sempre é concebida para estar em diálogo com as outras linguagens contempladas no evento. Este fator é extremamente importante para mostrar ao público como diversas formas de expressões podem estar estreitamente interligadas, estimulando diálogos entre linguagens, culturas e práticas artísticas diversas”, informa o diretor artístico Luiz Gustavo Carvalho.
Agenda
14/09/2017 – 20:00
Matriz Santo Antônio
Obras de J. S. Bach e L. van Beethoven. Leituras de Maria Valéria Rezende.
Quarteto O/Modernt
Maria Valéria Rezende, leituras
15/09/2017 – 12:00
Igreja São João Evangelista
Obras de J. S. Bach e G. Kurtág.
Gilda Oswaldo Cruz, piano
Gustavo Carvalho, piano
Jakob Katsnelson, piano
15/09/2017 – 20:30
Matriz Santo Antônio
Obras de F. Correa de Arauxo, J. S. Bach e F. Schubert
Elisa Freixo, órgão
Quarteto O/Modernt
Daniel Rowland, violino
Hugo Ticciati, violino
Gareth Lubbe, viola
Julian Arp, violoncelo
16/09/2017 – 12:00
Igreja São João Evangelista
J. Haydn: As últimas sete palavras de Cristo na Cruz
Quarteto O/Modernt
16/09/2017 – 20:30
Igreja São João Evangelista
F. Poulenc: A Voz Humana
Direção: Eliane Coelho
Eliane Coelho, soprano
Gustavo Carvalho, piano
17/09/2017 – 12:00
Igreja São João Evangelista
Obras de J.Brahms e C. Franck.
Quarteto O/Modernt
Daniel Rowland, violino
Hugo Ticciati, violino
Gareth Lubbe, viola
Julian Arp, violoncelo
Gustavo Carvalho, piano
Jakob Katsnelson, piano
17/09/2017 – 17:00
Matriz Santo Antônio
Obras de M. Portugal, H. Purcell, O. Respighi, C. W. Gluck, G. F. Haendel e J. S. Bach
Orquestra Filarmônica de Minas Gerais
Marcos Arakaki, regente
18/09/2017 – 10:00 e 15:00
Igreja São João Evangelista
Obras de F. Mignone, C. Santoro e H. Villa-Lobos
Gilda Oswaldo Cruz, piano
Gustavo Carvalho, piano
18/09/2017 – 18:00
Igreja do Rosário
Obras de H. Purcell, A. Pärt, B. Bártok e A. Schnelzer.
Quarteto O/Modernt
Fernando Rocha, percussão
19/09/2017 – 18:00
Igreja São João Evangelista
Obras de F. Liszt e O. Messiaen
Leituras de António Vieir
Hugo Ticciati, violino
Julian Arp, violoncelo
Iura de Rezende, clarinet
Gustavo Carvalho, piano
Jakob Katsnelson, piano
António Vieira, leitura
20/09/2017 – 18:00
Igreja São João Evangelista
Obras de A. Skrjabin, K. Penderecki, B. Itiberê A. Louie e F. Rzewski
Gustavo Carvalho, piano
Iura de Rezende, clarineta
Fernando Rocha, percussão
22/09/2017 – 20:30
Matriz Santo Antônio
Obras de A. de Cabezón, J. C. Fischer, J. P. Sweelinck, J. S. Bach e outros.
Elisa Freixo, órgão
23/09/2017 – 20:00
Igreja São João Evangelista
Obras de S. Rachmaninoff, C. Debussy, A. Ginastera, H. Villa-Lobos, C. Guarnieri e M. de Falla
Jakob Katsnelson, piano
24/09/2017 – 18:30
Igreja São João Evangelista
Adélia Prado
Leituras
Obras de Franz Schubert
Adélia Prado, leitura
Gustavo Carvalho, piano
Jakob Katsnelson, piano
* Serviço:
Os concertos custam R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia) e acontecem nos seguintes locais: Matriz Santo Antônio (Rua da Câmara, esquina com Rua Pe. Toledo, s/n), Igreja de São João Evangelista (Largo do Sol) e Igreja do Rosário (Praça Padre Lourival). O concerto da Filarmônica de Minas Gerais terá entrada franca.
* O Festival Artes Vertentes conta com o patrocínio da Gasmig e com o co-patrocínio do Solar da Ponte.
Assessora de imprensa: Bárbara Chataignier
Saiba mais sobre o Festival Internacional Artes Vertentes (Acesso em 14/09/2017)
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