Nesta semana, o site da UFSJ publicou matéria sobre o curta-metragem Picolé do Amado, dirigido por profissionais recém-formados na instituição e selecionado para a 17ª Mostra de Cinema de Tiradentes. Agora é a vez de conhecermos “Eros”, produzido pelo Coletivo Sem Eira Nem Beira, que tem entre seus integrantes alunos do curso de Comunicação Social – Jornalismo da Universidade Federal de São João del-Rei. Ao lado de “Picolé do Amado” e “Sinoâncias”, “Eros” será exibido na próxima sexta, 31, às 15h, no Cine Tenda, e traz detalhes sobre a vida do tiradentino Eros Miguel Conceição.

O homem de poucas palavras e muitos talentos foi responsável pelo tombamento da Serra de São José, criação do Instituto Histórico e Geográfico, fundação do grupo de teatro Entre&Vista. Tudo isso enquanto exercia também as funções de eletricista, ourives, fotógrafo e teatrólogo.
Diretor do documentário e estudante do sexto período de Jornalismo, Gustavo Pavan conta que Eros foi uma indicação da produtora da Mostra de Teatro Tiradentes em Cena, Aline Garcia. A partir daí, o projeto foi ganhando forma. “Nenhum de nós que fez o documentário é natural da região, não conhecíamos o Eros. Quando fomos convidados a fazer o documentário, logo vieram falar sobre ele e, aos poucos, a gente foi descobrindo o quanto Eros tinha sido importante para a história contemporânea de Tiradentes”, explica Gustavo. A inspiração, prossegue, “veio da vida dele, da paixão que ele tinha pelo grupo de teatro que ele montou e tocou por tantos anos, dos diversos amigos que ficaram pra trás. Falam sobre Eros munidos de muito carinho e saudade.”

Também integrante do Coletivo e do curso de Comunicação da UFSJ, Endiara Cruz expressa a importância de ter a produção exibida na Mostra de Cinema, um evento já consagrado no país. “Essa inesperada exibição é mais do que merecida. Conseguir inserir o ícone do Tiradentes em Cena na 17ª Mostra de Cinema é um grande feito para nós, integrantes do Coletivo, e, principalmente, para os alunos do Jornalismo que se interessam pela área”, declara. “Abrimos as portas, o que, com certeza, dará coragem para que outros alunos que não tinham confiança no seu potencial tentem inscrever seus projetos”.

Mostra de Cinema
A décima sétima edição da Mostra de Cinema de Tiradentes começou na última sexta-feira, 24 de janeiro. O primeiro filme exibido, a pré-estreia de “Quando eu era vivo”, com Antônio Fagundes, Marat Descartes e Sandy Leah, foi precedido da abertura do evento e da homenagem a Marat. A celebração emocionou o ator, especialmente pela presença de familiares e amigos, como Gero Camilo, que cantou para recebê-lo. No sábado e domingo, a programação seguiu com exibições, seminários, cortejo e atividades diversas. Destaque para a grande presença de público nos filmes “Cidade de Deus – 10 anos depois” e “Meu pé de laranja-lima” e para a boa recepção de “Olho nu”, um filme sobre Ney Matogrosso – ou, como definiu o diretor Joel Pizzini, “um filme com Ney Matogrosso”. Na segunda-feira, a novidade foi a quantidade de curtas exibidos: 21 – entre eles “A voz da intolerância”, cujo diretor, Rodrigo Maia, é graduado pela UFSJ.

Publicada em 28/01/2014
Fonte: ASCOM