Agenda Cultural
Espetáculo "Ato de Comunhão"
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Um monólogo que relembra três momentos da vida de um homem: seu aniversário de 8 anos, a morte de sua mãe e um jantar, nada comum, com um homem que ele conhecera na internet. O espetáculo Ato de Comunhão poderia ser mais um conto cotidiano se não fosse baseado na história real do técnico em informática alemão Armin Meiwes, que matou e comeu partes do corpo do engenheiro Bernd Jürgen em 2001.
Gilberto Gaworonski é o ator do monólogo Ato de Comunhão, baseado em uma história trágica alemã – Foto / Divulgação
Escrito pelo argentino Lautaro Vilo, interpretado e dirigido por Gilberto Gawronski e codirigido por Warley Goulart, o espetáculo será apresentado pela primeira vez em Minas Gerais, na Sala Preta do curso de Teatro da Universidade Federal de São João del-Rei (UFSJ), na próxima terça-feira, 26, às 19h30. De acordo com o produtor regional Ricardo Ribeiro, o município foi escolhido como palco graças à amizade dos professores do curso com os integrantes da peça. “O espetáculo foi contemplado com o Prêmio de Teatro Myriam Muniz 2013, realizado pela Funarte, e foi graças a isso que ele pôde vir para a cidade”, contou o produtor.
O enredo
A história do Canibal de Rotenburg, como ficou conhecida pela mídia, aconteceu em 2001 e ganhou vida, novamente, dez anos depois, em 2011, no Rio de Janeiro. “Esse espetáculo é muito rico e a atuação de Gawronski é muito intensa. Foi por causa dessa encenação fantástica que ficamos tão interessados em trazer a peça para o público de São João”, ressaltou Ribeiro.
Utilizando-se de recursos de vídeo-arte e uma linguagem contemporânea, a montagem leva o espectador a um mundo no qual uma relação sadomasoquista surge através de um chat na internet e tem um trágico final antropofágico. “Eles trabalham com muitas imagens, muitos vídeos e todas essas novas tecnologias dentro do espetáculo. Essa é um das principais riquezas da peça”, destacou o produtor. E completou: “Eu, como ator, espero me surpreender tanto com a atuação quanto com o enredo. Um dos intuitos é fazer que o público tenha uma visão diferente dessa história”.
A complexidade perturbadora da vida contemporânea é colocada em cena, juntamente com sentimentos já bastante trabalhados no teatro, como a solidão. A modernidade e as emoções mais primitivos do ser humano estarão presentes nos 60 minutos de espetáculo que terá uma única apresentação, com capacidade máxima para 80 pessoas. Segundo Ribeiro, logo após a peça acontecerá um debate com o ator, o diretor, professores, alunos do curso de teatro e toda a população que comparecer ao local. A entrada é gratuita.