Agenda Cultural
II Festival Internacional de Artes de Tiradentes . 12 a 22 setembro
Data
Cidade
Descrição
“Com uma proposta diferenciada, conteúdo interessantíssimo, artistas de altíssimo nível, e planejado com seriedade e competência, este festival virá a ser, sem dúvida, uma referência indispensável ao mundo cultural brasileiro.
Como mineiro, fico muito feliz com a realização do evento em Minas Gerais, e dou os meus parabéns à significativa e linda cidade de Tiradentes, pelo privilégio de estar recebendoesta beleza de festival.”
Rio de Janeiro, 14 de junho de 2012
Nelson Freire
(Artista homenageado da primeira edição do Festival Artes Vertentes)
“Hoje em dia, a fronteira entre o conceito de cidade e província está desaparecendo. Todas as informações são acessadas muito facilmente de qualquer parte. Desta forma, só o pensamento pode ser provinciano. O Festival Artes Vertentes é uma ideia corajosa. Para mim será muito interessante observar o que as minhas fotografias lituanas transmitirão ao público brasileiro.”
Antanas Sutkus
“Optar por uma cidade do interior favorece numa mobilização geral, o que num contexto de cidade grande tende a se perder, a se dispersar. A opção curatorial do Festival Artes Vertentes se alinha à ideia de festival enquanto espaço de convivência e troca de experiências, realidade indispensável ao ambiente artístico.”
Sérgio Rodrigo
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Localizada no centro do Campo das Vertentes, no sopé da Serra de São José, a cidade de Tiradentes, foi desde a Inconfidência Mineira, cenário de episódios marcantes da história brasileira. Bandeirantes, tropeiros e inconfidentes trilharam os seus caminhos, subiram a serra, reuniram-se em casas de amigos, protegidos pela neblina espessa que lenta abraça os casarões coloniais ao anoitecer, e na ânsia pela liberdade espalharam as idéias iluministas, então difundidas na Europa.
Buscando um diálogo com a histórica Tiradentes, a segunda edição do Artes Vertentes terá na palavra liberdade o seu eixo principal, com uma programação que permitirá ricos diálogos entre as diversas formas de expressões artísticas: música clássica, música popular de diversas partes do mundo, saraus e debates literários, artes visuais, instalações áudiovisuais, cinema, dança, teatro e intervenções urbanas.
Em sua primeira edição o festival reuniu 52 artistas vindos de 12 países. Entre os destaques pode-se citar Nelson Freire, Antanas Sutkus, Pedro Soler, Adélia Prado e Evgeny Evtushenko. Foram duas semanas de intensa programação de artes integradas, conceito inédito em festivais no Brasil.
Além de nomes consagrados aconteceram estréias como a primeira execução da composição “Derradeira Luz”, do compositor mineiro Sérgio Rodrigo, um dos mais promissores talentos da sua geração. Por fim, vale destacar a realização de publicações produzidas dentro da mesma vertente, unindo artes visuais e poesia, caso dos livros ”Nostalgia dos tempos da pureza”, de Antanas Sutkus e “Em trânsito”, de Ricardo Coelho.
Artes Vertentes propõe a manutenção desse intercâmbio de alto nível entre o rico patrimônio artístico e cultural de Minas Gerais e o de outros lugares, permitindo ao público a possibilidade de encontros, reencontros e descobertas por meio da arte. Pretende-se, com este conceito inovador, criar um espaço para novas ideias, atuando como uma plataforma de comunicação entre artistas vindos de diferentes culturas, respeitando suas singularidades, antagonismos e, principalmente, o desejo de dialogar.
Através de publicações interligadas pelo eixo curatorial, o festival proporciona a produção e o registro deste produtivo diálogo transcultural de importância singular para o cenário cultural brasileiro. Tais publicações são também uma maneira de difundir a produção simbólica de artistas de renome internacional e preservar o patrimônio imaterial.
Conscientes da preciosidade do conjunto arquitetônico e natural que circunda a bela cidade de Tiradentes, bem como da necessidade de preservação de ambos, o Artes Vertentes propõe um festival de alto nível artístico, adequado às dimensões e particularidades da cidade, além, é claro, de considerar com muito carinho seus habitantes, em especial, as crianças da cidade, as quais poderão usufruir de espetáculos e oficinas em todas as linguagens artísticas em uma importante parceria firmada com a atual gestão municipal.
Desta forma, a Matriz de Santo Antônio e a Igreja Nossa Senhora do Rosário dos Pretos receberão músicos de prestígio internacional para concertos de música clássica. O casarão colonial que abriga o Centro Cultural Yves Alves acolherá exposições de artes visuais, além de saraus literários. O Largo dos Rosário sediará apresentações teatrais de grupos de diversas nacionalidades. Concertos de música popular de diversas partes do mundo terão como palco o mais belo chafariz de Minas Gerais, o Chafariz de São José de Botas.
O festival Artes Vertentes em Tiradentes significa respirar arte e história, e como disse um dos poetas participantes do festival “a arte existe porque a vida não basta”. Esperamos que, pelos caminhos que levavam diamantes, ouro e segredos, o Artes Vertentes traga arte, cultura e novos diálogos.
Luiz Gustavo Carvalho
Diretor Artístico
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