Agenda Cultural
Opereta . La Serva Padrona . Sociedade de Concertos Sinfônicos
Data
Hora
Cidade
Descrição
Local: Praça do Cruzeiro - Bairro Bonfim
A Sociedade de Concertos Sinfônicos de São João del-Rei fio fundada em 26 de janeiro de 1930 e representa a orquestra sinfônica mais antiga do Brasil em atividade. Esta entidade já se apresentou em diversas cidades e capitais brasileiras, bem como realizou importantes concertos e montagens de óperas.
A montagem da ópera “La Serva Padrona”, que foi estreada recentemente no Teatro Municipal, será apresentada também ao ar livre em cinco bairros da cidade por meio da iniciativa e apoio da Secretaria Municipal de Cultura. Com isso, buscamos retomar o período de grandes realizações desta importante entidade musical e aproximar a música erudita da população.
Giovanni Battista Pergolesi (1710-1736) viveu somente 26 anos e suas obras mais conhecidas são o “Stabat Mater” e o intermezzo cômico “La Serva Padrona”.
Os intermezzos são pequenas obras líricas que eram apresentadas entre os atos das óperas sérias.
O intermezzo toma a sua inspiração da Comédia dell’Arte - um tipo de comédia teatral improvisatória surgida no século XVI na Europa, tendo como personagens principais figuras comuns do povo, com textos que não mais valorizam o código de conduta social vigente na época, mas a vitória do bom senso e dos talentos naturais sobre a riqueza e o status social.
Em “La Serva Padrona” encontramos, pela primeira vez, o papel da serva geniosa e astuta que induz seu patrão a casar-se com ela.
O enredo conta a história de Serpina, uma criada educada desde pequena pelo patrão Uberto. Ao tornar-se adulta apaixona-se por ele e, tendo o criado Vespone como cúmplice, arma mil artimanhas para conseguir casar com seu patrão. O autor do libreto foi Genaro Antônio Federico e a ópera estreou em 28 de agosto de 1733 no Teatro de São Bartolomeu em Nápoles (Itália).
Direção musical e regência: Modesto Flávio
Direção de Cena e cenografia: Marco Camarano
Serpina: Katya Oliveira (soprano)
Uberto: Ney Gouveia (baixo-barítono)
Vespone: Tutti Fonseca (ator)
Orquestra da Sociedade de Concertos Sinfônicos
Matérias sobre o evento
Sinfônica apresenta La Serva Patrona
Com o tema Sentidos do Corpo, o Inverno Cultural da UFSJ presenteia a audição de centenas de espectadores com a ópera La Serva Padrona, traduzida para o português e encenada pela Sociedade de Concertos Sinfônicos de São João del-Rei. O espetáculo será apresentado gratuitamente na segunda-feira, 25, a partir das 21h, no palco do Teatro Municipal. No enredo, a história de Serpina, uma menina educada desde a infância pelo patrão Uberto, um homem rico que se transforma em alvo de sua paixão na vida adulta. E é aí que a história se desenvolve. Apaixonada e com a cumplicidade do criado mudo Vespone, Serpina se dedica a armar planos mirabolantes para se casar com o patrão.
A ópera é dividida em dois atos de 30 minutos e é encenada pela soprano Katya Oliveira (Serpina), pelo baixo-barítono Ney Gouveia (Uberto) e pelo ator Tutti Fonseca (Vespone), que encarna sua personagem com mímicas durante o espetáculo. Além deles, também sobem ao palco outros 20 músicos da Sociedade de Concertos Sinfônicos.
Mas se engana quem pensa que a apresentação será restrita ao Inverno Cultural. A partir de setembro o La Serva Padrona vai às ruas em cinco espetáculos nos bairros Tijuco, Bonfim, Matosinhos, São Geraldo e Senhor dos ontes. As encenações acontecerão aos domingos, a partir das 16h30, em praças públicas, com ordem das apresentações ain-
da a serem definidas. "Tudo isso faz parte de 'uma política. de democratização ao acesso a esse tipo de espetáculo. Queremos oferecer às pessoas a oportunidade de conhecerem nosso trabalho e ouvirem música clássica sem esse estereótipo de classes e público restrito que costuma acompanhar a ópera. Nosso objetivo é desfazer esse tabu", disse o maestro regente da Sociedade de Concertos Sinfônicos, Modesto Flávio.
Para garantir a faceta itinerante do espetáculo e alta qualidade cênica simultaneamente, todo o cenário de La Serva Padrona foi cuidadosamente estudado nos últimos meses criado na filosofia deque "menos é mais". "São três painéis com motivos do século xvrn, uma mesa, três cadeiras, um cabideiro, dois banquinhos e um fogãozinho. A grandiosidade do espetáculo será garantida pelas atuações dentro de um espaço simples, mas bem acabado. Além disso, os figurinos dão o toque final", explicou o diretor de cena, ilurninador e cenógrafo Marco Camarano.
Fonte: Gazeta de SJDR, 23 de Julho de 2011