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Agenda Cultural

Exposição . Centenário de Tancredo Neves . 19 de agosto a 30 de setembro

Data

19/08/2010

Cidade

Belo Horizonte

Descrição

Com entrada gratuita, a mostra pode ser vista a partir desta quinta-feira até o dia 30 de setembro

Exposição Centenário Tancredo Neves na noite desta quarta-feira (18/08), nas Galerias Genesco Murta e Arlinda Corrêa Lima, no Palácio das Artes, Avenida Afonso Pena, 1.537. A mostra, que chegou a Belo Horizonte após ter passado pelo Museu Histórico Nacional, no Rio de Janeiro, reconta importantes capítulos da história do Brasil, que tiveram a participação do político mineiro ao longo de décadas, desde sua entrada na vida pública, como vereador em São João Del Rei, à véspera da posse na Presidência da República.

Em entrevista, o governador Antonio Anastasia destacou a importância e o papel político que Tancredo Neves desempenhou no Brasil e em Minas Gerais. Segundo ele, “Tancredo, com sua trajetória impar, é um homem que causou uma diferença muito grande. Todos nós que somos homens públicos, corretos e dedicados iremos sempre nos inspirar em bons exemplos e Tancredo Neves é, sem dúvidas, um grande nome. E nos devemos ser muito honrados de tê-lo como mineiro”, ressaltou.

Na solenidade de abertura familiares do ex-presidente, políticos e outras autoridades, o jornalista Mauro Santayana autografou os dois livros que organizou sobre o ex-presidente – “A política como razão: as idéias e o tempo de Tancredo Neves” e “Tancredo, o verbo republicano”. Tancredo Augusto Tolentino Neves relembrou histórias de seu pai e falou do significado da exposição. Com entrada gratuita, a exposição será aberta à visitação pública a partir desta quinta-feira (19/08) até o dia 30 de setembro.

A exposição reproduz, com linguagem contemporânea, fielmente o conteúdo do Memorial Tancredo Neves, estabelecido em São João Del Rei e tem o apoio cultural da Federação das Indústrias de Minas Gerais (Fiemg) e do Serviço Social da Indústria (Sesi). O museu, aberto em 1990, fica em um casarão do final do século 18 no centro histórico da cidade mineira e foi reinaugurado em 4 de março último, com projeto do curador Marcello Dantas, diretor artístico do Museu da Língua Portuguesa, em São Paulo, do Museu do Caribe, em Barranquilla, na Colômbia, e curador de exposições de diversos artistas de destaque da arte contemporânea, como Anish Kapoor, Gary Hill e Bill Viola. Em Belo Horizonte, Marcello Dantas foi o responsável pela museografia do Museu das Minas e do Metal, que integra o Circuito Cultural Praça da Liberdade.

História
Dividida em sete fases - A Origem; O Caminho; A Habilidade Política; Construção da Democracia; A Dor; Lavra de Ideias e Post Scriptum, a exposição desenha a história e a personalidade do ex-presidente. Na fase A Origem o visitante tem contato com os vínculos primordiais do então futuro presidente com sua terra: uma espiral de metal com antigas fotos de família, documentos, notícias e memórias revelam o contexto em que ele se formou.

Em “O Caminho” - a trajetória política é resumida, contemplando os principais cargos que ocupou e uma cronologia que situa os passos de Tancredo ao longo da História do país. Além de momentos importantes de sua biografia expressos em imagens e recortes de jornais, uma bancada abriga documentos de diferentes etapas de sua carreira e um oratório reúne as cartas trocadas entre Tancredo e o ex-presidente Juscelino Kubitschek. A correspondência, disponível para leitura do público, é em grande parte inédita e foi garimpada nos acervos das famílias dos dois políticos para ilustrar o respeito recíproco e a amizade entre eles.

O espaço “Habilidade Política” explora a característica de dialogador de Tancredo e sua capacidade de construir consensos; uma instalação de aço polido com olhos mágicos em formato de fechaduras, que permitem uma pequena espionagem na parte de trás das portas fechadas do poder. Cria uma espécie de terceira margem do rio entre os enrijecimentos do Brasil de esquerda e de direita.

Imagens das “Diretas Já” e da eleição de Tancredo, em vídeo de Sílvio Tendler, trazem a redemocratização para dentro do Museu. Elas finalizam um percurso de sombras e luzes em um corredor de espelhos com vitrines embutidas, onde objetos que marcaram o nascimento da nossa jovem democracia se revelam com o passar do visitante. Nelas, flâmulas, jornais, fotos, camisetas e objetos convivem com a criação de um campo fértil para a transformação política que ocorria e que culminou no momento máximo da afirmação juvenil do Brasil com sua eleição para presidente no dia do Rock in Rio.

Um dos espaços é reservado a uma instalação que revela a surpresa, agonia e dor coletiva que marcaram o dia antes da posse, sua internação e morte. Projeções mostram a comoção popular, a cobertura televisiva e a tempestuosidade de se fazer uma transição política sem o líder legitimamente eleito. Colunas de pessoas cercadas por imagens de milhões de brasileiros atônitos diante das notícias dão o tom da sala.

No espaço “Post Scriptum” reúnem-se a carta do Papa, as manchetes dos jornais com a notícia da morte de Tancredo e depoimentos como de Ferreira Gullar e outros intelectuais após a tragédia. Em “Lavra de Ideias”, temos a máscara mortuária de Tancredo protegida por uma piscina de água que reflete suas palavras e pensamentos projetados pelas paredes da sala. São como uma nuvem de ideias e sabedorias que fizeram com que valores fundamentais fossem lembrados e defendidos durante sua longa trajetória pública.

Livros
Na abertura da exposição Centenário Tancredo Neves, o jornalista Mauro Santayana, que trabalhou por muitos anos com o ex-presidente e dava a forma final de seus discursos, autografou os dois livros que organizou e que são vendidos juntos, acondicionados em uma luva: um de frases e trechos de discursos de Tancredo (“A política como razão: as ideias e o tempo de Tancredo Neves”), que sintetiza os mais importantes conceitos e valores defendidos pelo ex-presidente em sua vida pública, e outro com uma seleção dos mais importantes discursos do estadista (“Tancredo, o verbo republicano”).

Também estará disponível para venda a caixa produzida pela Fundação Presidente Tancredo Neves à época da celebração dos 20 anos de morte do ex-presidente. Nela, reúnem-se o livro “Tancredo Neves – Um homem para o Brasil”, que reconstrói a trajetória do ex-presidente em uma reunião de documentos, jornais e objetos; uma publicação com a íntegra de seus mais importantes discursos; um CD com a reprodução do discurso histórico de Tancredo após sua eleição à Presidência da República; um caderno de charges protagonizadas por ele e cronologia biográfica. O livro também será vendido separadamente, nas versões brochura e capa dura.

Comemorações
Em março deste ano, o ex-governador Aécio Neves participou do lançamento do selo comemorativo do centenário de nascimento do Presidente Tancredo, comemorado em 4 de março. O selo foi criado pelo artista mineiro Ricardo Cristofaro e focalizou o presidente entre a bandeira de Minas Gerais e o mapa do Brasil, junto ao Brasão de Armas Nacionais. Como pano de fundo, uma vista parcial de prédios históricos de São João Del Rei, sua cidade natal. Foram utilizadas técnicas de fotografia e computação gráfica, com tiragem de 300 mil unidades.

Outros eventos comemorativos foram realizados até 21 de abril, data da morte de Tancredo. No dia 3 de março, o Senado Federal inaugurou o busto do ex-presidente, no salão nobre. No dia 4, foi inaugurada a Cidade Administrativa, em Belo Horizonte, que recebeu o nome do presidente.

Em São João Del Rei, também em 4 de março, foi reinaugurado o Memorial Tancredo Neves, planejado pelo museólogo e curador Marcello Dantas. No dia 6, como parte das celebrações do centenário, São João Del Rei foi homenageada com a reabertura do Museu de Arte Sacra, da Casa de Bárbara Heliodora, e a estreia do espetáculo “Terra de Livres”, exibido ao longo dos meses seguintes. Tratou-se de uma montagem inédita no Brasil, que lançou mão da tradição das procissões das cidades históricas mineiras e convida o espectador a fazer um passeio pelo centro histórico, transformando ruas, casas e igrejas num grande cenário. Outra homenagem a Tancredo Neves foi organizada pela Academia Brasileira de Letras (ABL), que promoveu sessão solene, no dia 23 de março.

A Fundação Tancredo Neves fez a nova edição do livro “Tancredo Neves – Um Homem para o Brasil”, projeto da jornalista Andrea Neves, no Museu Histórico Nacional do Rio de Janeiro, no dia 10 de abril. Na mesma data e local foi aberta a exposição Centenário Tancredo Neves, ora apresentada em Belo Horizonte, que apresentou a trajetória de Tancredo com o mesmo suporte material do Memorial de São João Del Rei, com adaptações para aquele espaço.

Também houve o lançamento dos livros “Tancredo Neves, a Política Como Razão” e “Tancredo: O Verbo Republicano”, organizados pelo jornalista Mauro Santayana. A Fundação Tancredo Neves lançou ainda um portal que reúne a história de Tancredo e o cineasta Silvio Tendler, autor dos filmes "Jango" e "Anos JK", prepara um documentário sobre o ex-presidente.

Fonte: Assessoria de Imprensa do Governo de Minas Gerais
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