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a cidade com que sonhamos é a cidade que podemos construir

la ciudad que soñamos es la ciudad que podemos construir

the city we dream of is the one we can build ourselves

la cittá che sognamo é la cittá che possiamo costruire

la ville dont on rêve c’est celle que nous pouvons construire

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Agenda Cultural

Turnê Estrada Real do Concerto VivaViola 60 Cordas em Movimento - Natura Musical

Data

19/07/2010

Hora

20h

Cidade

SJDR

Local

Teatro Municipal

Descrição

Este é um evento do 23º Inverno Cultural
Programação completa do 23º Inverno Cultural



Viola Caipira é atração de cultura popular no mapa da Estrada Real

Após dois anos de atividades o Concerto VivaViola - Sessenta Cordas em Movimento, que reúne os violeiros e compositores mineiros Bilora, Chico Lobo, Gustavo Guimarães, Joaci Ornelas, Pereira da Viola e Wilson Dias, leva música de viola caipira às cidades de São João Del Rei, Diamantina, Paraty, Ouro Preto e  Congonhas, onde será lançado o CD, que tem o mesmo nome e o mesmo repertório do espetáculo. 
A proposta do VivaViola é desenvolver uma visão mais completa do universo da viola caipira e refletir sobre os valores tradicionais, bem como, compreender, promover e fomentar uma re-significação desse segmento musical de maneira intercultural, a partir de sua sonoridade autêntica e singular. O espetáculo é de certa forma, uma referência aos sertões de Minas. Através de canções que refletem: as vivências afetivo-sensorial deste grupo de cantadores comprometidos com a realidade social e os valores da cultura brasileira.
Projeto VivaViola – Sessenta Cordas em Movimento: Tournê Estrada Real é patrocinado pela Natura Musical e produzido pela Picuá Produções, de Belo Horizonte. 

A Tournê
A primeira apresentação do VivaViola - Sessenta Cordas  em Movimento -  Tournê Estrada Real,  será no Teatro Municipal de São João del Rei, dia 19 de julho, às 20h00. Além do patrocínio da Natura Musical, este evento em particular conta com a parceira da Universidade Federal de São João Del Rei e integra a programação oficial do Inverno Cultural. A entrada é franca e os interessados podem adquirir os ingressos na bilheteria do teatro.

No dia 22 de julho, o VivaViola  apresenta-se  em Diamantina. Desta vez, a parceria é com a Universidade Federal de Minas Gerais.
O show faz parte do Festival de Inverno e será realizado na praça Dr. Prado, em horário ainda por definir.  A tournê continua com a música mineira rompendo as fronteiras de Minas e levando o VivaViola até a cidade de Paraty no Rio de Janeiro. O grupo de violeiros se apresentará no dia 19 de agosto, na Praça da Matriz, dentro do Festival da Pinga, tendo como co-parceira a Secretaria  de Turismo e Cultura de Paraty, promotora do evento.   O horário do espetáculo ainda  não foi definido. 

No mês seguinte, dia 10 de setembro, a viola caipira faz festa em Ouro Preto com o VivaViola se apresentando na Casa da Opera - Teatro Municipal de Ouro Preto, às 21h00, em parceria com a Secretaria de Cultura e Turismo. A entrada é franca e os ingressos devem se adquiridos na bilheteria do teatro.

O Encerramento do Projeto VivaViola - Sessenta Cordas em Movimento - Turnê Estrada Real será em Congonhas, em data ainda por se definir.

Após as apresentações os violeiros vão autografar o CD VivaViola, o primeiro do grupo, que será vendido ao preço de R$20,00.

Breve História
O Projeto VivaViola foi criado em 2008 e já, na estréia, lotou o Teatro Alterosa, de Belo Horizonte, durante três dias, conquistando o sucesso da crítica e do público. Em agosto de 2009 repetiu a façanha, ao se apresentar no Grande Teatro do Palácio das Artes em show de lançamento do primeiro Cd do grupo. As apresentações no Teatro Central de Juiz de Fora, no final do ano passado e no Festival da Quitanda de Congonhas, em maio deste ano, reafirmam a qualidade musical e o compromisso deste grupo com inovação criativa em sintonia com as raízes da cultura popular. O VivaViola possui um caráter essencialmente coletivo e, talvez, por isso, proporcione a seus integrantes um ambiente solidário propício a uma expressão artística de alto nível de qualidade e comunicabilidade. Diferentes entre si, mas semelhantes no que se refere às suas origens e formação musical, esses violeiros se reconhecem e se identificam pelo que cantam e tocam.  
Assim, o repertório privilegia o trabalho autoral dos artistas, destacando-se a parceria de alguns deles com o jornalista e poeta João Evangelista Rodrigues. Dinâmico e descontraído este espetáculo incorpora a moda de viola, as folias e os catiras, com ares de contemporâneos. Os seis violeiros se apresentam em solo e duos, com exceção da abertura e do encerramento, quando os artistas cantam juntos, fazem um verdadeiro mutirão de cantoria. 
Ao todo são 14 canções, e em cada uma delas seus autores e intérpretes, falam com alma e convicção, de um universo muito próprio, em defesa da cultura brasileira, sem perder as raízes mineiras nem abandonar perspectiva de universalidade.

Visão e voz dos violeiros
A boa amizade, intensificada por estes dois anos de estreita convivência, dá aos violeiros que integram este projeto, uma visão exata e o real significado desta experiência vivenciada dentro e fora dos palcos.
Na opinião de Bilora o VivaViola tem tomado um rumo cada vez mais surpreendente e agradável. O repertório é consistente e sólido. Até rola paródias pra alegrar o ambiente antes e depois das apresentações. O que a viola não é capaz?! Observa o violeiro, sempre pronto para uma boa brincadeira. “Com o tempo, o show foi tomando uma direção cada vez mais consistente, mas sempre lindo." Comenta.
Chico Lobo reforça o que diz seu companheiro de cantoria:“quando iniciamos o projeto VivaViola, tínhamos o desejo forte de compartilharmos nossas experiências na cultura da viola e levar essa parceria para o público. Montamos o espetáculo, privilegiando nossas veias de compositores conectados com a cultura popular. Sucesso de público e principalmente sucesso no aprofundamento de nossas relações pessoais como artistas e como amigos. Agora o VivaViola é selecionado no edital do Natura Musical, um dos mais concorridos do Brasil e, ao mesmo tempo, estamos recebendo convites para outras apresentações. O reconhecimento alcançado pelo VivaViola é resultado de um trabalho feito com alma dedicação e coração aberto”.
Um tributo aos grandes nomes da música de viola. É assim que Pereira da Viola considera o nascimento e crescimento do projeto VivaViola. O sertão todo, diz o violeiro, neste momento está dando vivas para o nosso VivaViola. Guimarães Rosa, Pena Branca e Xavantinho, de onde estiverem, estão dando vivas ao nosso VivaViola. Nosso mestre, Zé Coco do Riachão, de onde estiver, está dando viva ao nosso Viva Viola. O mesmo acontece com o nosso público, por onde estamos passando se emociona e dá vivas ao nosso VivaViola.  “Valeu à pena sonhar”. O sucesso do VivaViola, é um exemplo natural. A alegria de  cantar juntos num mesmo palco sintonizados numa mesma energia sempre me emociona. Existe uma forte  ligação entre nós e o público. E isto tem sido uma experiência maravilhosa. Prova deste sucesso é o fato da Natura escolher o VivaViola para entrar na sua grade de projetos artístico,  o que comprova e reforça a importância da viola no contexto da cultura brasileira. Tudo isto  amplia e fortalece, de forma significativa, o  ofício  de “dibuiá” uma viola e “cantá” as sutilezas de um Brasil verdadeiro. 
Esse mesmo sentimento de camaradagem presente entre os violeiros também é valorizado por Gustavo Guimarães, que se destaca por sua serenidade e perspicácia. Assim se expressa ao comentar a formação e a dinâmica do VivaViola: “Quando estamos no palco existe um sentimento de cuidado de um violeiro para com o outro e para com o show de um modo geral. Isso também é percebido pelo público que sempre se manifesta positivamente, hora aplaudindo, hora cantando com os violeiros, ou simplesmente contemplando o espetáculo.”
Atento e crítico, Joaci Ornelas procura ver e ir além do bojo da viola. Para o artista, “o VivaViola é muito mais que a possibilidade de trabalho, de cantar e tocar viola! É mais que reunir nossas composições em um CD e apresenta-lo aos vários públicos que apreciam a música de viola. É, antes de qualquer coisa, fruto de união e de uma convivência saudável, carregada de alegrias, de sonhos e de cumplicidade artística e humana. É também a possibilidade de conviver com grandes violeiros e aprender com cada um deles o ofício de ser artista e colocar essa arte a serviço do bem comum.  Tem sido assim esses dois anos de vida desse movimento, que nos surpreende a cada instante, a cada cantoria: seja pela receptividade do público e crítica ou pela força e alegria que emana a união de todos que estão envolvidos nesse projeto”. 
Esse é o caso do VivaViola, diz Wilson Dias, para quem A herança cultural e a religiosidade popular são os fundamentos de um trabalho consistente. Quando se juntam seis violeiros para contar e cantar as histórias de seu povo. Esse importante legado cultural, das tradições brasileiras, às gerações construtoras do hoje, garantem o elo que unem passado, presente e aponta o futuro, sem abuso dos recursos tecnológicos massificadores, trazendo novo sentido para nossas vidas e contribuindo para a valorização e o reconhecimento da nossa cultura popular. 

A Viola Caipira 
Instrumento fundamental na formação da identidade cultural de Minas e do Brasil, a viola caipira continua presente nas manifestações populares, nas festas religiosas e profanas. Símbolo histórico da resistência comunal dos sertões brasileiros é uma das mais relevantes expressões da cultura e da arte verdadeiramente brasileira e contemporânea. Nas palavras do professor Romildo Sant’Anna a viola caipira “é uma das mais relevantes expressões da cultura e da arte radicalmente brasileira”.
A música de viola é uma linguagem expressiva da cultura identitária brasileira. A viola é fruto de uma realidade cultural complexa -formada por elementos religiosos, crenças, costumes -, permeada por matizes étnicos e históricos. Por isso, o instrumento, em suas diversas formas de uso, contribui para escrever a história da música brasileira. A música de viola ressurge a partir dos anos 80 no ambiente cultural diverso, com força e importância no cenário fonográfico. Diferente dos modismos, ela retrata questões relacionadas à tradição cultural brasileira e a expressões musicais contemporâneas.

 Sobre os violeiros

Bilora
Bilora nasceu em Santa Helena de Minas, Vale do Mucuri, divisa com o sul da Bahia, a poucos quilômetros da aldeia dos índios Maxakali. Tem três discos gravados: De Viola e Coração, Tempo das Águas, em que a música homônima foi 3º lugar no Festival da Música Brasileira de 2000, organizado pela Rede Globo. Graduado em letras é ganhador de vários prêmios em festivais da canção pelo Brasil, em 2005 foi um dos selecionados no Festival de Música da TV Cultura. 

Chico Lobo
Nascido entre folias e serestas em SJD.Rei, seu DVD “Viola Popular Brasileira” é pioneiro no gênero. Apresenta o Programa de TV “Viola Brasil” (desde2003). Com 10 CDS lançados, “No Braço Dessa Viola” foi finalista ao Prêmio Sharp97. Chico canta com maestria folias, congados, catiras, modas, suas raízes. Fez turnê pela Itália; há cinco atua em Portugal onde há três, dirige o espetáculo da EnRede que reúne artistas da Espanha, Portugal e Cabo Verde. Em 2008, lançou o Cd internacional "Encontro de Violas – V.Campaniça e V. Caipira". Em 2010 foi o convidado especial do Encontro de Violas de Arame, nos Açores. E, na China representará oficialmente a viola brasileira na ExpoShanghai2010.

Gustavo Guimarães
Violeiro autodidata estudou com mestres, para desenvolver técnicas diferentes, fez aulas com o falecido Zé da Viola. Nasceu em Diamantina, às portas do Vale do Jequitinhonha. Porém, ainda criança, mudou-se com a família para João Pinheiro, Noroeste de Minas, onde morou até os dezoito anos. Lançou em 2009 o CD “Vaqueiro" com excelente aceitação em Minas Gerais. “Sina de violeiro” traçada em seu som de viola o remete aos tempos de menino, às folias, às fazendas de gado em João Pinheiro e ao Vale do Jequitinhonha, seu berço.

Joaci Ornelas
Cantador, compositor e instrumentista, natural de Salinas, Vale do Jequitinhonha, estudou teoria musical, harmonia e história da música na Escola de Artes-BH. Produziu os CDs “O congado”, em Bom Jesus de Matozinhos e foi coordenador do “I Seminário Nacional de Viola Caipira” em Belo Horizonte em 2008. Seu CD "ANDEJO" reúne mais da 15 anos de trabalho e pesquisa de cultura popular no vales do São Francisco e  Jequitinhonha, ambos em Minas Gerais. A viola está hoje ligada ao seu trabalho de forma essencial, seja traduzindo peças de musical renascentista e barroca, executando modas, cantigas e batuques de violeiros do interior de Minas ou em suas próprias composições.

Pereira da Viola
De São Julião, vale do Mucuri. Pereira da Viola é considerado um dos mais extraordinários praticantes da autêntica viola caipira mineira. Desde 1998, participa do projeto Violeiros do Brasil, que reuni em palco onze dos mais destacados instrumentistas da viola brasileira. Tem 5 CDs lançados, “Terra Boa”, “Tawanará” (indicado ao Prêmio Sharp da Música), “Viola Cósmica”, "Viola Ética” e Akpalô. Famoso pela suas batidas de contradança, batuques e voltados-inteiro. Em 2005, Pereira partiu para uma turnê pela Venezuela, onde representou o Brasil no Festival da Canção Necessária. Foi presidente da Associação Nacional dos violeiros do Brasil até 2009.

Wilson dias
Mineiro de Olhos D’Água, vale do Jequitinhonha, tem 3 CDS lançados, Pequenas Histórias, Outras Estórias (2002 - indicado ao Prêmio Tim de Música Brasileira, categoria regional) e “Picuá” (2007 - pré-selecionado ao Prêmio Tim de Música Brasileira). Wilson Dias finaliza uma trilogia que trabalha o universo rosiano, com destaque para os seus deslumbrantes batucões, folias, tira-versos, lundus, calangos direciona sua carreira para o encontro entre a tradição e o urbano com um viés especial para a cultura popular brasileira. 

 Pela Estrada Real
Bons caminhos levam a viola de Minas, de Paraty a Ouro Preto. Advinham de névoa o tempo, o sonho inconfidente. Confabulam com os profetas de Congonhas do Campo em constante vigília, sob o céu das montanhas. Sobem e descem ladeiras. Demarcam em trilhas de silêncio e atalhos de medo a terra ainda por cultivar. Seguem o sol, os sons dos sinos de Minas. Acompanham o ritmo dos passos da tropa com seus cantos e aboios pelas veredas e vertentes. Abrem-se esses caminhos em estradas de pedra, de poeira e lama. Vencem obstáculos. Param. Empacam. Lentamente desenvolvem-se em meandros a feito dos rios.
De repente se descortinam, avançam mundo afora, rumo ao sertão sem nome.
Somem de vista no chapadão. Levam ao que vem depois dos longes, após vilarejos soturnos e discretos, aos mistérios e fortunas plantados entre São João Del Rei e Diamantinos. Os caminhos de Minas se arrastam em futuras conquistas. A colônia cresce em várias direções. Em dicções diversas. Desenvolve-se. Por todos os caminhos e descaminhos dos homens, brilha o ouro farto. Canta em silêncio o diamante das águas. De pouso em pouso, à beira do fogo, esplende a voz, a conversa, a prosa boa, recheada de música e segredos nunca revelados.  Na bagagem, lembranças e saudades das terras de além-mar, de territórios bandeirantes, e áfricas em exílio.  Não faltam suprimentos e mercadorias. Facas e garruchas; Armas para caça e duros imprevistos. Mas quando tudo se cala sob o céu de lua rubra, a viola, instrumento inseparável dos Cometas, vibra suas cordas de aço. Cala, por um instante, a sanha da cobiça. 
A estrada torta se torna real, de uma realidade mágica. Desafiante e encantatória. O que antes era terra bruta mata virgem, rios caudalosos e selvagens, dobra-se ao desejo dos homens empenhados em promissoras descobertas. Em proezas de comércio e contrabandos.
O território Minas civiliza-se. Povoam de sonhos e ambições os sítios mais distantes. Transforma-se em história, em cultura. Em música e poesia. Uma viola caipira inspira os astros, os pássaros, os animais, os seres todos de todas as cercanias. Os viajantes violeiros cantam e tocam em um mutirão de vozes. Seus acordes acordam o tempo presente, o que do passado vem e ao futuro se funde ao concerto do vento canoro e imprevisível. Os caminhos de Minas se abrem ao espetáculo da vida, ao movimento do mundo. A viola vibra. VivaViola.

Contato:
Picuá Produções
Nilce Gomes
55 31 8721-7122 - 9113-1626
www.vivaviola.com.br

picuaproducoes@gmail.com
Skype: picua.producoes

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