Agenda Cultural
Exsposição Versos Inversos . 19 a 30 de julho
Data
Hora
Cidade
Local
Descrição
Jovens autores dos Versos Inversos
Inverno Cultural da UFSJ apresenta exposição Versos Inversos do FELIT
A poesia marginal dos anos 70 na visão de 39 jovens autores sãojoaneneses
Durante o 23° Inverno Cultural da UFSJ, os participantes do evento e população em geral poderão visitar mais uma vez a exposição Versos Inversos dos alunos da oficina literária do FELIT. Depois do seu lançamento ano passado, no 3° Festival de Literatura de São João del-Rei, a mostra foi apresentada em escolas da cidade e na Biblioteca Municipal Baptista Caetano D’Almeida, seguindo, posteriormente, para Belo Horizonte, onde foi aberta à visitação na Biblioteca Pública Estadual Luiz de Bessa. Agora, quem não teve oportunidade de conhecer os versos dos jovens autores sãojoaneses poderá apreciá-los entre os dias 19 e 30 de julho, no Centro Social e Cultural do 11° Batalhão de Infantaria do Regimento Tiradentes, localizado na av. Hermílio Alves, s/n, Centro, entre 14h às 20 horas. A abertura será no dia 19, próxima segunda-feira, às 17h, durante sarau a ser comandado pelos novos escritores.
A exposição Versos Inversos é formada por 42 painéis com poemas de 39 jovens – todos alunos dos 8° e 9° anos do ensino fundamental e do 1º ano do ensino médio das escolas públicas e particulares de São João del-Rei. Durante quatro meses, ano passado, eles se reuniram na oficina de produção literária do FELIT e, inspirados no conceito da poesia marginal dos anos 70, produziram o livro homônimo, lançado durante a terceira edição do festival, cujos versos são também apresentados em lâminas, que formam a respectiva mostra.
Esta poesia - dita marginal - foi um movimento cultural que tem como seus principais representantes Ana Cristina César, Cacaso, Paulo Leminski e Chacal, entre outros, além de renomados ensaístas como Viviana Bosi, Alice Ruiz e Marcelo Dolabela e Heloisa Buarque de Holanda, que, entre outros autores consagrados, já confirmou presença no 4° FELIT, marcado para os dias
Nos finais dos anos 60 e da década de 70, esses poetas trabalhavam basicamente com a ideia de uma poesia mutante, anárquica, desestruturada, com o tom tropicalista de contestação estética e social, uma linguagem fragmentária e visual, de captação de flagrantes e de domínio público como os grafites.
Ela não foi um movimento poético de características padronizadas e, sim, um momento de libertação dos termos e expressão livre num período de repressão política. Tudo era considerado suporte para a expressão e impressão das poesias, fosse um folheto, uma camiseta, xerox, apresentações em calçadas, ou seja, toda forma alternativa de expressão que estivesse longe do alvo da censura.
Esse conceito foi assimilado pelos alunos da oficina do FELIT que produziram verdadeiros achados poéticos, como o poema DIVÓRCIO, de Tamires Klaicy de J. Souza, de 15 anos:
Vão-se os anéis
Ficam os dedos.
Vão-se as saudades
Ficam os juros.
Vão-se os amores
Ficam os filhos.
E a pensão?
Só fica atrasada!
Ou no poema EM PEDAÇOS, de Daniele Lúcia Valle de Carvalho, de 16 anos:
Se cada vez que chorar por você
Sumir um pedaço de mim ...
Épa! Pera aí! Cadê eu?
Durante a abertura da exposição, no dia 15, às 14h, alguns alunos apresentarão seus poemas e dos demais colegas. Professores da oficina estarão presentes também para falar sobre a feitura do livro. A Biblioteca Luiz de Bessa fica na Praça da Liberdade, 21.
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Informações p/ imprensa
Via Comunicação : F: 3291-2765
Jornalistas Luiz Francisco Corrêa (F: 9977-6714) e Lúcio Teixeira Carvalho (8737-0207)
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Esta exposição faz parte do 23º Inverno Cultural . Paisagens Sonoras . Ouvir, ver, sentir . 17 a 31 de julho
Sobre o FELIT . Festival de Literatura de São João del-Rei