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São João del-Rei: diagnóstico urbano e parâmetros propositivos para intervenções no centro histórico
Descrição
A elaboração dos Projetos para Mobiliário Urbano para o sítio histórico de São João del Rei representa uma iniciativa do Instituto Estrada Real e da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (FIEMG). Tanto estes como os poderes públicos estadual e municipal têm como meta principal recuperar, requalificar e revalorizar os espaços públicos do seu centro histórico. O projeto configura-se como mais uma relevante iniciativa em torno da dinamização turística, social e cultural das regiões e municípios inseridos no circuito da Estrada Real. Como descreve do Governador do Estado de Minas Gerais, Aécio Neves
“Como uma caprichosa linha, a Estrada Real, hoje redimensionada no seu papel histórico — quer ligado à economia, quer ligado às artes — restabelece a majestade do período colonial mineiro, que a extração do ouro permitiu, como o erguimento, sobretudo, de edifíciosreligiosos, que marcaram a genialidade dos artistas nos mais importantes núcleos urbanos da época. Mas não é somente a arte barroca das igrejas seculares que comporá o acervo setecentista. Os pequenos povoados, os lugarejos adjacentes à Estrada Real, formados por populações de parcos recursos, também participaram desse momento de criação com uma arte despojada, mas rica em símbolos, porque, ausente das fontes européias, se inspira na fusão de crenças e na simplicidade da rotina doméstica (SEBRAE, 2006).”
O programa da Estrada Real que incorpora o município de São João del Rei, representado através do seu Instituto objetiva operacionalizar o sonho de transformar os legados do passado histórico, cultural e paisagístico das regiões vinculadas aos seus caminhos em iniciativas de desenvolvimento sustentável. Assim, o programa tem se destacado em âmbito nacional e mundial pelo seu empreendedorismo cultural, social e econômico sintetizado principalmente na inserção do segmento turístico de todos os locais envolvidos nos caminhos denominados “Estrada Real”. O termo é portanto sinônimo de um riquíssimo acervo do patrimônio de bens tangíveis e imateriais que está salvaguardado ao longo dos antigos caminhos que ligam as áreas de mineração ao litoral fluminense.
Nessa acepção, o conjunto das minas de ouro se transforma em ‘Estrada Real’, que hoje representa mais de um caminho específico: o Caminho Velho de Parati, o Caminho Novo dooRio de Janeiro e o chamado Caminho dos Diamantes que se entrelaçam em Ouro Preto (RENGER, 2007:136).
Desde a sua fundação pela Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais o Instituto vem registrando nas suas iniciativas a ênfase na responsabilidade social para viabilizar um turismo sustentável legítimo. Neste contexto, o Instituto prioriza nos seus empreendimentos uma via de mão dupla — potencializar, valorizar e respeitar o patrimônio e as ambiências naturais, a cultura material e imaterial e costumes locais integrando-os a uma dinâmica de desenvolvimento moderno, inovador, coanudado com a contemporaneidade. 10 SÃO JOÃO DEL REI E A FORMAÇÃO 3 DAS CIDADES MINEIRAS ENTRE OS SÉCULOS XVII E XIX Rei e objetivam assegurar os detalhes e aspectos dos patrimônios material e imaterial a serem preservados mediante as necessidades de inovação inseridas no processo de desenvolvimento socioeconômico e turístico locais.
Ao lado dessa orientação conceitual e técnica, os conteúdos propositivos e projetuais de mobiliário para São João tem como referência fundamental as reflexões e atuações do Instituto Estrada Real. Estas têm sido delineadas no sentido de preservar os patrimônios dessas regiões e simultaneamente criam políticas e estimulam empreendimentos modernizadores, que assegurem desenvolvimento econômico e turístico com sustentabilidade social. Portanto, os projetos de mobiliário corporificando uma hamonia dinâmica entre o antigo e o novo. Contemplam, assim, a valorização e o bem estar das históricas ambiências citadinas, respeitando o cotidiano dos seus moradores ao mesmo tempo que cria uma permeabilidade entre os mesmos e os visitantes. Considera-se neste aspecto que ambiências agradáveis de se viver são também lugares atrativos para o turismo são naturalmente lugares agradáveis de se viver.
A primeira parte do projeto está organizada de acordo com os aspectos relacionados aos conceitos e modalidades de mobiliário urbano, seguido de orientações, dispositivos, normatizações e ferramentas, que norteiam a sua planificação projetual no município de São João del Rei. Ressaltam-se os aspectos conceituais e seus vínculos com os princípios do patrimônio natural, artístico e cultural daquele município. Nesses tomos, a salvaguarda, bem como o papel histórico dos sítios, são analisados, tendo como parâmetro as renovações enunciadas na implementação estratégica do conjunto de mobiliários destinados às áreas livres de cada local. Há também uma contextualização no âmbito internacional das reflexões sobre o patrimônio e sua relevância no contexto de uma conjuntura de inovação e renovação, que vise o desenvolvimento social e urbano. Nestes locais as principais modalidades de mobiliário urbano podem ser observadas e relacionadas com as cidades históricas mineiras.
Em seguida é apresentado um diagnóstico de análise da área do Centro Histórico de São João del Rei, baseado em três níveis de leitura e análise do espaço: ambientação do sítio; leitura da paisagem e diagnóstico da situação atual do sítico em questão em relação à infra-estrutura para o turismo. O estudo pretende ainda definir um perímetro de intervenção para a implantação de um novo Projeto de sinalização turística interpretativa a ser doado pela FIEMG à cidade. Além disso, conformam relatórios técnicos qualitativos relacionados às diversas recomendações, que possam proporcionar à cidade uma melhor ambientação como pólo turístico, histórico e cultural da região do Campo das Vertentes.
Mileto Engenharia e Equipe Belo Horizonte, junho de 2009.
Fonte: Mileto Engenharia e Equipe Belo Horizonte, junho de 2009
Arquivo
“Como uma caprichosa linha, a Estrada Real, hoje redimensionada no seu papel histórico — quer ligado à economia, quer ligado às artes — restabelece a majestade do período colonial mineiro, que a extração do ouro permitiu, como o erguimento, sobretudo, de edifíciosreligiosos, que marcaram a genialidade dos artistas nos mais importantes núcleos urbanos da época. Mas não é somente a arte barroca das igrejas seculares que comporá o acervo setecentista. Os pequenos povoados, os lugarejos adjacentes à Estrada Real, formados por populações de parcos recursos, também participaram desse momento de criação com uma arte despojada, mas rica em símbolos, porque, ausente das fontes européias, se inspira na fusão de crenças e na simplicidade da rotina doméstica (SEBRAE, 2006).”
O programa da Estrada Real que incorpora o município de São João del Rei, representado através do seu Instituto objetiva operacionalizar o sonho de transformar os legados do passado histórico, cultural e paisagístico das regiões vinculadas aos seus caminhos em iniciativas de desenvolvimento sustentável. Assim, o programa tem se destacado em âmbito nacional e mundial pelo seu empreendedorismo cultural, social e econômico sintetizado principalmente na inserção do segmento turístico de todos os locais envolvidos nos caminhos denominados “Estrada Real”. O termo é portanto sinônimo de um riquíssimo acervo do patrimônio de bens tangíveis e imateriais que está salvaguardado ao longo dos antigos caminhos que ligam as áreas de mineração ao litoral fluminense.
Nessa acepção, o conjunto das minas de ouro se transforma em ‘Estrada Real’, que hoje representa mais de um caminho específico: o Caminho Velho de Parati, o Caminho Novo dooRio de Janeiro e o chamado Caminho dos Diamantes que se entrelaçam em Ouro Preto (RENGER, 2007:136).
Desde a sua fundação pela Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais o Instituto vem registrando nas suas iniciativas a ênfase na responsabilidade social para viabilizar um turismo sustentável legítimo. Neste contexto, o Instituto prioriza nos seus empreendimentos uma via de mão dupla — potencializar, valorizar e respeitar o patrimônio e as ambiências naturais, a cultura material e imaterial e costumes locais integrando-os a uma dinâmica de desenvolvimento moderno, inovador, coanudado com a contemporaneidade. 10 SÃO JOÃO DEL REI E A FORMAÇÃO 3 DAS CIDADES MINEIRAS ENTRE OS SÉCULOS XVII E XIX Rei e objetivam assegurar os detalhes e aspectos dos patrimônios material e imaterial a serem preservados mediante as necessidades de inovação inseridas no processo de desenvolvimento socioeconômico e turístico locais.
Ao lado dessa orientação conceitual e técnica, os conteúdos propositivos e projetuais de mobiliário para São João tem como referência fundamental as reflexões e atuações do Instituto Estrada Real. Estas têm sido delineadas no sentido de preservar os patrimônios dessas regiões e simultaneamente criam políticas e estimulam empreendimentos modernizadores, que assegurem desenvolvimento econômico e turístico com sustentabilidade social. Portanto, os projetos de mobiliário corporificando uma hamonia dinâmica entre o antigo e o novo. Contemplam, assim, a valorização e o bem estar das históricas ambiências citadinas, respeitando o cotidiano dos seus moradores ao mesmo tempo que cria uma permeabilidade entre os mesmos e os visitantes. Considera-se neste aspecto que ambiências agradáveis de se viver são também lugares atrativos para o turismo são naturalmente lugares agradáveis de se viver.
A primeira parte do projeto está organizada de acordo com os aspectos relacionados aos conceitos e modalidades de mobiliário urbano, seguido de orientações, dispositivos, normatizações e ferramentas, que norteiam a sua planificação projetual no município de São João del Rei. Ressaltam-se os aspectos conceituais e seus vínculos com os princípios do patrimônio natural, artístico e cultural daquele município. Nesses tomos, a salvaguarda, bem como o papel histórico dos sítios, são analisados, tendo como parâmetro as renovações enunciadas na implementação estratégica do conjunto de mobiliários destinados às áreas livres de cada local. Há também uma contextualização no âmbito internacional das reflexões sobre o patrimônio e sua relevância no contexto de uma conjuntura de inovação e renovação, que vise o desenvolvimento social e urbano. Nestes locais as principais modalidades de mobiliário urbano podem ser observadas e relacionadas com as cidades históricas mineiras.
Em seguida é apresentado um diagnóstico de análise da área do Centro Histórico de São João del Rei, baseado em três níveis de leitura e análise do espaço: ambientação do sítio; leitura da paisagem e diagnóstico da situação atual do sítico em questão em relação à infra-estrutura para o turismo. O estudo pretende ainda definir um perímetro de intervenção para a implantação de um novo Projeto de sinalização turística interpretativa a ser doado pela FIEMG à cidade. Além disso, conformam relatórios técnicos qualitativos relacionados às diversas recomendações, que possam proporcionar à cidade uma melhor ambientação como pólo turístico, histórico e cultural da região do Campo das Vertentes.
Mileto Engenharia e Equipe Belo Horizonte, junho de 2009.
Fonte: Mileto Engenharia e Equipe Belo Horizonte, junho de 2009