a cidade com que sonhamos é a cidade que podemos construir

la ciudad que soñamos es la ciudad que podemos construir

the city we dream of is the one we can build ourselves

la cittá che sognamo é la cittá che possiamo costruire

la ville dont on rêve c’est celle que nous pouvons construire

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Publicações

Tipo: Artigos | Cartilhas | Livros | Teses e Monografias | Pesquisas | Lideranças e Mecenas | Diversos

Escopo: São João del-Rei | Tiradentes | Ouro Preto | Minas Gerais | Brasil | Mundo

 

Frei Veloso, botânico e editor . Luiz Cruz

Descrição

“Sem livros não há instrução” . Frei Veloso

O século das luzes teve início com Voltaire, que promoveu o iluminismo francês, causando forte impacto na Europa. As ideias de Voltaire e dos enciclopedistas franceses também exerceram forte influência na elite cultural e científica de Portugal e seus domínios coloniais no final do XVIII.
As ideias iluministas atravessaram o Atlântico e chegaram às Minas Gerais. Mesmo sob rígido controle da Coroa Portuguesa, que proibira a circulação de obras literárias. Os livros eram considerados “libertinos e escandalosos”. Entre os inconfidentes circulou o Recueil de Loix Constitutives des États-Unis de l’Amérique. Se a influência e os ideais de liberdade, igualdade e fraternidade não foram bem sucedidos nas propostas libertárias dos envolvidos da Inconfidência Mineira, o mesmo não ocorreu com as intenções do Marquês de Pombal (1699-1782) de consolidação das ideais iluministas e das ciências modernas, com a reforma do ensino, através da contratação de professores estrangeiros para a Universidade de Coimbra. Ocorreu, então, uma revalorização da política agrícola e industrial em Portugal. A partir de 1770, a Coroa Portuguesa iniciou uma série de publicações com intuito de incentivar a produção de matérias primas para a indústria portuguesa e incentivar a agricultura. É nesse cenário profícuo de ideias, publicações, aprimoramentos e pesquisas que vamos encontrar Frei José Mariano da Conceição Veloso.
Frei Veloso nasceu na Vila de São José, a atual cidade de Tiradentes/MG, em 14 de outubro de 1742. Era filho de José Vellozo da Câmara e Rita de Jesus Xavier. Foi batizado “José Veloso Xavier”, na Matriz de Santo Antônio dessa vila. Sua mãe era irmã de Antônia da Encarnação Xavier, então, Frei Veloso era primo de Joaquim José da Silva Xavier (1746-1792). Provavelmente os primos passaram alguns anos juntos, quando Joaquim José ficou órfão e esteve na companhia de sua tia Rita. Lamentavelmente, não se sabe em qual casa do núcleo arquitetônico de Tiradentes nasceu Frei Veloso, pois muitos documentos desapareceram.
Kenneth Maxwell, em A devassa da devassa, cita o ofício secundário do Alferes Joaquim José da Silva Xavier, de tirar dentes, o que deu origem ao seu apelido “Tiradentes”. O Alferes tirava dentes e também colocava novos feitos de ossos. Vamos encontrar em Formação do Brasil Colonial, de Arno Wehling, que o Alferes “não suportava arrancar dentes. Isso mesmo! Já era um adepto, então, do que se costuma chamar, hoje em dia, de odontologia preventiva”. O Alferes chegou a ter uma botica em Vila Rica e é provável que tenha tido influência de seu primo Frei Veloso, que desde cedo tinha muito gosto pela botânica.

Aos 19 anos José Veloso deixou a Vila de São José e foi para o Convento de São Boaventura, tornando-se franciscano. Este convento também era conhecido como Convento de Macacu. Fora edificado ainda no século XVII. Situado no interior fluminense, no arraial Porto das Caixas, atualmente integrando o município de Itaboraí. Porto das Caixas foi uma localidade de importância, devido a sua localização próxima aos rios Macacu e Aldeia. Foi criado um porto fluvial destinado a recolher os produtos da região, logo atraindo mais habitantes e comerciantes. A origem do nome de Porto das Caixas é devido ao fato dos produtos serem embarcados em caixas.
Em frente ao Convento de São Boaventura, existia a Matriz de Santo Antônio, a Casa de Câmara e a Cadeia, praça e arruados que compunham a antiga Vila de Santo Antônio de Sá, a segunda mais antiga do Rio de Janeiro. A arquitetura do convento de São Boaventura é do mesmo partido arquitetônico do Convento de Santo Antônio, do Largo da Carioca, na cidade do Rio de Janeiro. O Convento de São Boaventura foi a quinta obra feita pela Ordem Franciscana no Brasil. Foi nesse ambiente que José Veloso estudou. Mas no período de 1829 a 1840, uma epidemia dizimou a população da Vila Santo Antônio de Sá e causou o abandono do convento pelos franciscanos. A vila desapareceu e restaram apenas as impressionantes ruínas do Convento de São Boaventura. As ruínas compõem atualmente o Sítio Arqueológico Fazenda do Macacu, Convento de São Boaventura e Vila de Santo Antônio de Sá, que tem proteção através de tombamentos municipal, estadual e federal.
José Veloso foi ordenado no Convento de Santo Antônio, no Rio de Janeiro, onde estudou Filosofia e Teologia. Deve ter sido no Convento de Santo Antônio que José Veloso Xavier adotou o nome de José Mariano da Conceição Veloso. No período de 1768 a 1771, foi pregador e ministrava aula de História Natural no Convento de Santo Antônio. Também lecionou Retórica no convento em São Paulo. Trabalhou na aldeia indígena de São Miguel, em São Paulo. Como a Coroa Portuguesa expulsou a Companhia de Jesus, devido o seu amplo trabalho missionário-mercantil, em 1760, o navio Nossa Senhora de Arrábida levou os últimos jesuítas para o exílio. Com isso, os franciscanos assumiram as margens do rio Ururaí, hoje Tietê, região atualmente conhecida como São Miguel Paulista. A denominação desta localidade, deve ter sido por causa de Anchieta. Com a presença franciscana, Frei Veloso comanda a reforma e ampliação da igreja de São Miguel Arcanjo. Paredes foram erguidas, o pé direito da nave foi aumentado, janelas abertas e uma capela foi erguida em homenagem à Nossa Senhora do Rosário. Frei Veloso utilizou o adobe, tijolo artesanal cozido ao sol, muito empregado na arquitetura da Vila de São José, em Minas. A igreja de São Miguel foi um dos primeiros bens tombados pelo IPHAN, mas com a construção da Catedral de São Miguel, em 1965, a antiga Capela dos Índios, como é chamada pelos moradores da região, ficou abandonada, foi saqueada. Hoje é alvo de atenção por parte da Associação Cultural Beato José de Anchieta.
Ainda morando no Convento de Santo Antônio, Frei Veloso transformou o seu claustro em um herbário e como autodidata passou a estudar botânica. Em 1782, quando ainda estava trabalhando na aldeia indígena de São Miguel, foi convidado pelo vice-rei Luís de Vasconcelos de Souza para chefiar uma expedição botânica pela capitania do Rio de Janeiro. Essa expedição foi realizada ao longo de sete anos, acompanhada por religiosos, militares, desenhistas e escravos. A expedição percorreu pela Serra do Mar, em direção a Santos, passando pela Ilha Grande e por Paraty, chegando até a Serra de Paranapicaba. O material coletado de espécimes da flora e fauna foi encaminhado para o Real Museu e Jardim Botânico da Ajuda, de Lisboa, em Portugal. A expedição botânica chefiada por Frei Veloso recebeu elogios do vice-rei Luiz de Vasconcelos de Souza e o trabalho resultou na publicação póstuma, em onze volumes ricamente ilustrados de Florae Fluminensis – seu descriptionum plantarum praefectura (1825-1827).
Em 1790 Frei Veloso foi para Lisboa, levando consigo 70 “caixões” com coleções de exemplares classificados por si. Na metrópole, enquanto aguardava a publicação de sua obra dedicada à botânica, trabalhou no Real Museu e Jardim Botânico da Ajuda de Lisboa, que mais tarde passou a chefiar e desempenhou o cargo com dinamismo.
Em Portugal, constatou que havia uma lacuna em se tratando de textos impressos. Aproveitando as intenções de oferecer informações objetivas e de interesse dos produtores agrícolas e sobre técnicas industriais, fomentadas pelo iluminismo, Frei Veloso vai se tornar uma figura de relevância no cenário das luzes e das ciências de Portugal setecentista.
Dom Rodrigo de Sousa Coutinho (1755-1822) afilhado do Marquês de Pombal e seu segundo sucessor, em 1796 se tornou o responsável pelos assuntos coloniais e Secretário Interino para os domínios ultramarinos da rainha Dona Maria I (1734-1816). Dom Rodrigo era bem informado e ilustrado, estudou no Colégio dos Nobres e quando esteve na França, manteve encontros com o Abade Raynal. Com larga experiência, exerceu papel relevante para o iluminismo no Brasil. Dom Rodrigo convidou Frei Veloso para a direção da recém-criada Tipografia do Arco do Cego. Com isso, Dom Rodrigo conseguiu unir um grupo de brasileiros que poderiam estar envolvidos com as causas republicanas, mas ao contrário, promove indiretamente o desarme das tensões entre a metrópole e a colônia, através do projeto iluminista que estava em implantação. E, neste caso, a grande contribuição de Frei Veloso foram as publicações de técnicas modernas que poderiam ser aplicadas nas colônias e especialmente no Brasil. Assim, a produção do Arco do Cego ganhou importância, pois vem a difundir as luzes das ciências, da agricultura, da arte e da poesia, um modelo típico do Iluminismo. Frei Veloso conseguiu concretizar os anseios da intelectualidade portuguesa e das colônias de acompanhar os modelos franceses e ingleses. O próprio editor foi o tradutor de obras estrangeiras, para que as edições ficassem ao nível editorial do que estava ocorrendo na Europa, naquela época.
Na Tipografia do Arco do Cego, Frei Veloso relacionava-se com muitos correspondentes brasileiros, cujos textos publicava. O poeta Bocage lá trabalhou como tradutor e revisor. As publicações eram promovidas através da edição de catálogos das obras publicadas e das ainda no prelo. Os livros eram vendidos em casa própria localizada no Rossio. Muitos livros eram enviados para o Brasil, e é interessante lembrar que a impressão editorial na colônia brasileira só foi autorizada a partir de 1808.

No curto período em que funcionou, vinte e oito meses, de 1799 a 1801, a Tipografia do Arco do Cego criou a Aula de Gravura, uma oportunidade para se formar novos gravadores. Concentrou várias atividades pertinentes às artes gráficas, como tipografia, calcografia e tipoplastia. Chegou ter 24 gravadores. Era intenção de Frei Veloso dotar o Arco do Cego com profissionais capacitados e dispensar trabalhos feitos por outras oficinas.
As obras editadas pelo Arco do Cego eram ricamente ilustradas, tornando-se uma característica do editor Frei Veloso, as imagens foram recursos indispensáveis para a instrução e o entretenimento. As áreas de publicação abrangiam a História Natural, a Agricultura, a Poesia, o Desenho, a Medicina, a Náutica, as Ciências Exatas, a Química e a História. Foram 83 títulos publicados, sendo 36 autores portugueses, 41 traduções e 6 em latim. Dos 83 títulos, 44 eram ilustrados na calcografia, com o total de 360 gravuras. Sendo que muitas gravuras, devido à acuidade técnica, eram vendidas em avulso. O pesquisador Caio Boschi levantou 51 títulos publicados antes ou depois do período da existência da Tipografia, que também podem ser considerados integrantes do projeto editorial do Arco do Cego.
No período de 1798 a 1806, Frei Veloso organizou uma publicação em cinco tomos, divididos em onze volumes, intitulada O Fazendeiro do Brasil Cultivador, com textos recolhidos de autores americanos e europeus. Apresentava textos monográficos que tratavam desde a fabricação do açúcar, o cultivo de especiarias, o preparo do leite, seus derivados e outros. Encontramos, pela primeira vez o registro de um brasileiro preocupado com as queimadas florestais que comprometiam a flora e a fauna, além de destruir os nutrientes do solo e provocar erosão. Frei Veloso alertava para o perigo das queimadas destruírem plantas ainda sem levantamentos e desconhecidas. Nesta publicação vamos perceber o sentimento nativista de Frei Veloso, não apenas no título da obra, mas também nas introduções ou advertências dos volumes. Havia uma preocupação com o “ócio literário”, ou seja, com os autores cujas obras “jamais servirão para o conhecimento dos camponezes, como desconhecedores da linguagem em que são escriptas e apenas para algum rico proprietário” e “para que nada falte a estes homens úteis, que habitam os campos, e sustentão as Cidades”.
Como tradutor para língua portuguesa e introdutor no Brasil das propostas do projeto iluminista do império, participamos do nascimento da Química Moderna, com a obra Alographia dos alkalis vegetal ou potassa, mineral ou soda e dos seus nitratos, em volume único, três tomos com mais de trezentas páginas. Livro editado por solicitação do próprio príncipe regente. Frei Veloso conseguiu reunir artigos e outras publicações dos centros mais avançados da época, especialmente da França e Inglaterra. Frei Veloso já era detentor de vasto conhecimento das plantas tropicais e até meados do século XIX tanto a “potassa” quanto a soda eram produzidas principalmente pela queima de certos tipos de vegetais. Dentre os autores traduzidos nesta obra encontramos Richard Watson, professor de Química da Universidade de Cambridge. Ignaz von Born, mineralogista austríaco e professor na Universidade de Praga. Jean Antoine Chaptal, que estudou medicina, mas se tornou químico e foi ministro do Interior da França e fundou as primeiras fábricas de produtos químicos franceses.
Quando Frei Veloso chegou a Lisboa, em 1790, portava os manuscritos de sua obra botânica: Florae Fluminensis, mas que fora publicada postumamente. Por ser uma obra amplamente ilustrada, as páginas iam sendo arrancadas, o que veio a comprometer sua longevidade. Atualmente, existem apenas duas coleções completas no Brasil, uma na Biblioteca Nacional, que também possui chapas originais em cobre e outra na Biblioteca Brasiliana Guita e José Mindlin, na Universidade de São Paulo. É necessário registrar que o bibliófilo José Mindlin conseguiu colecionar o maior número de obras publicadas pela Tipografia Arco do Cego, mais do que qualquer outra biblioteca, inclusive de Portugal.
No acervo de obras raras da Biblioteca Batista Caetano (criada em 1827), de São João del Rei, atualmente sob a guarda da Universidade Federal de São João del Rei, há um volume do Fazendeiro do Brasil.
Frei Veloso teve uma importância extraordinária para o iluminismo português e soube como ninguém tirar proveito para os aspectos econômicos, agrícolas e industriais do Brasil. Frei Veloso editor e autêntico polígrafo, mesmo estando em Portugal, foi o precursor da indústria do livro no Brasil.
Com as invasões napoleônicas de 1808, a Corte Portuguesa fugiu para o Brasil e Frei Veloso retornou acompanhando Dom João VI. Dom Rodrigo também veio para a colônia. Logo, Dom João VI abre a Impressão Régia, utilizando-se da mão de obra especializada de Lisboa. Frei Veloso já estava com a saúde comprometida pelo desgaste e dedicação às suas diversas atividades, passou seus últimos dias no Convento de Santo Antônio, do Rio de Janeiro, onde veio a falecer em 13 de junho de 1811 e onde foi sepultado.
A cidade de Tiradentes está preparando programação para registrar os 200 anos da morte de Frei Veloso, este célebre mineiro, homem de grandeza multidisciplinar. Durante o mês de junho haverá ciclo de palestras, eventos esportivos, a inauguração da Praça Frei Veloso e uma exposição na Biblioteca do Ó sobre sua vida e obra.

Luiz Cruz . Professor e bombeiro voluntário . Abril de 2011

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Brasil e Portugal celembram Frei Veloso . Luiz Cruz

Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo celebram o bicentenário da morte de Frei José Mariano da Conceição Veloso (1811-2011). Portugal também rende homenagens ao ilustre frei.
José Mariano da Conceição Veloso nasceu na antiga Vila de São José, a atual cidade de Tiradentes, estudou no Convento de São Boaventura, no interior fluminense e se ordenou no Convento de Santo Antônio do Largo da Carioca, no Rio de Janeiro. Foi professor em São Paulo, onde também atuou junto a uma comunidade indígena e até levou as técnicas construtivas de sua terra natal. Frei Veloso coordenou uma expedição botânica pelo interior fluminense e assim que ficaram prontos os trabalhos, partiu em 1790 para Lisboa, visando a publicação de “Florae Fluminensis”. Em Lisboa tornou-se uma pessoa influente no campo editorial e dirigiu a Tipografia Arco do Cego, que mesmo com curta duração, conseguiu publicar muitas obras, além formar novos gravadores.
Frei Veloso foi uma figura típica do iluminismo português e muito trabalhou para produzir obras bem ilustradas e com texto fácil para que os livros se torneassem acessíveis a todos interessados em temas diversos. Trabalhou como editor e também como tradutor. Era defensor de edições bem cuidadas e ilustradas, acreditando que a imagem seria um elemento fundamental para a aprendizagem. Publicou em 11 tomos o “Fazendeiro do Brasil”. Sua obra “Florae Fluminensis”, teve publicação póstuma (1825-1827).
Tiradentes/MG abriu as comemorações do bicentenário de Frei Veloso, realizou-se uma série de eventos, com apoio das ONGs locais e da Proex – UFMG, durante o mês de junho, dentre eles o Ciclo de Palestras, com a participação dos pesquisadores Aníbal Bragança, Valéria Mara da Silva, Fernando Luna de Oliveira e Caio César Boschi. Na galeria do Instituto Cultural Biblioteca do Ó, foi montada uma exposição sobre a vida e obra do frei, com a curadoria de Maria José Boaventura Leite. Foi realizado um passeio ciclístico ao povoado do Bichinho, uma oportunidade de lazer e contemplação da bela paisagem da Serra de São José.
Durante o XIV Festival de Cultura e Gastronomia de Tiradentes, foi realizado o Almoço evocativo à memória de Frei Veloso, no jardim do Instituto Cultural Biblioteca do Ó. A chef Maria Luiza Boaventura criou um cardápio especial – Entrada: Caldo Mineiro de fubá de moinho. Prato Principal: Carne ensolarada com gembê de abóbora e arroz. Sobremesa: papa fina perfuma com baunilha e rapadura dourada com queijo Minas. Entre a sobremesa e o café “A palavra à mesa”, conversa sobre a obra de Frei Veloso.
No Rio de Janeiro, no imponente Solar da Imperatriz, no período de 30 e 31 de agosto foi realizado o seminário internacional: “O botânico Frei Veloso (1742-1811) letras e ciências entre Brasil e Portugal”, uma iniciativa da Escola Nacional de Botânica Tropical, Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro e da Universidade Estadual do Norte Fluminense, sob a coordenação dos pesquisadores Alda Heizer e Fernando Luna. Este seminário reuniu pesquisadores e interessados de Minas, Rio de Janeiro, São Paulo, além dos pesquisadores Miguel Figueira de Faria, da Universidade Autônoma de Lisboa e Neil Safier, da University of British Columbia, Canadá.
Em São Paulo, no período de 21 a 23 de setembro foi realizado o Seminário Mindlin 2011: Frei José Mariano Veloso e a Tipografia do Arco do Cego. O evento reuniu 20 especialistas sobre Frei Veloso, a produção editorial do Arco do Cego e o ambiente em que atuou. Alguns pesquisadores tiveram o privilégio de participar dos seminários de Tiradentes, Rio de Janeiro e São Paulo. No dia 24 de setembro, foi inaugurada na Pinacoteca do Estado de São Paulo a exposição “Frei Veloso e a Tipografia do Arco do Cego”, com curadoria de Cristina Antunes e Ermelinda Pataca. A exposição reuniu livros e gravuras em que Frei Veloso atuou direta ou indiretamente como editor e tradutor. O acervo é da Biblioteca Brasiliana Guita e José Mindlin, que é detentora do maior acervo de obras editadas pela Tipografia Arco do Cego. A exposição ficará aberta ao público até o dia 15 de novembro. A Pinacoteca do Estado de São Paulo localiza-se na Praça da Luz, 2, centro de São Paulo. O ingresso é de R$4,00, sendo grátis aos sábados. Mais informações através do tel. (11) 3324-1000. Detalhes da exposição podem ser apreciados através do site www.pinacoteca.org.br

Fonte: Alma Carioca

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