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Victor Hugo: uma ponte entre Brasil e França . Rogério Medeiros Garcia de Lima
Descrição
A MagisCultura chega à sua vigésima edição. Completamos, portanto, dez anos de publicações semestrais da revista literária da Associação dos Magistrados Mineiros. Decidi escrever sobre Victor Hugo, notável poeta, romancista e político francês. Enquanto preparava este artigo, o acaso me aguçou a inspiração. Adquiri, no sebo, um livro do padre e filósofo argentino Ítalo Gastaldi. O autor reproduz dura crítica de Victor Hugo à modernidade. Hugo era cultor da arte, beleza, justiça, paixão e poesia. Não concebia o mundo pautado apenas pela razão, como apregoavam os modernos da sua época.
Fazia coro o também francês e escritor Romain Rolland:
“A razão é um sol impiedoso; ela ilumina, mas cega”.
A influência francesa no Brasil
O Brasil possui antigos vínculos com a França, cuja cultura nos influenciou bastante ao longo do século 19.
Durante o curso de doutorado, descobri um poeirento livro de Oliveira Vianna, na biblioteca da Faculdade de Direito da Universidade Federal de Minas Gerais (“O idealismo na Constituição”, de 1927). Citei-o em minha tese, quando apontava a nossa tendência a copiar arquétipos estrangeiros.
Vianna era um crítico de Ruy Barbosa, especialmente porque o notável jurista e político baiano foi o mentor da transplantação do modelo político norte-americano para a Constituição Republicana de 1891.
Ironizava: outrora, traduzíamos nossos males do francês; agora, passamos a traduzi-los do inglês...
Naqueles idos, a Academia Francesa servira de protótipo para a criação da Academia Brasileira:
“Quando a França tomou parte, em 1922, no Rio de Janeiro, na Exposição Internacional Comemorativa do Centenário da Independência do Brasil, o edifício construído para a sua representação adotou o modelo do histórico Petit-Trianon, ainda existente em Versalhes. Terminada a Exposição, o Presidente da República Francesa, Edouard Herriot, resolveu doar o imóvel ao Governo brasileiro, para servir de sede à Academia Brasileira”.
A influência francesa em Portugal
Entre 1860 e 1870, surgiu em Portugal famoso movimento de renovação de ideias e modelos literários:
O movimento teve por porta-vozes alguns dos maiores escritores portugueses do (século 19): Antero, Eça de Queirós, Ramalho Ortigão, Oliveira Martins, Teófilo Braga (é a esse núcleo, acrescido de mais alguns nomes, que se convencionou colar a etiqueta de geração de 70). (...)
“O chamado ‘movimento da geração de 70’ iniciou-se em Coimbra e começou por revestir o aspecto de um protesto contra a arcaica disciplina da Universidade (de Coimbra). O próprio Teófilo Braga conta que o reitor se tornara muito odioso, obrigando os jovens a abotoar a batina, a usar a meia até acima do joelho, a recolher ao toque do sino. Ora esses jovens liam as Origens do Cristianismo, de Renan, a História de França, de Michlelet, os poemas de Victor Hugo, e conheciam, embora confusamente e através de traduções francesas ou simplesmente de citações, o pensamento filosófico de Hegel. A disciplina clerical da Universidade era portanto para eles uma execrável sobrevivência das tiranias pretéritas, (...)
“A opinião pública condenou os estudantes, e um deles (um jovem chamado Antero de Quental, que gozava de um enorme ascendente entre os colegas) veio a público com um manifesto no qual explicava as razões dos estudantes:
‘Que querem os estudantes da Universidade? Justiça! Um raio de sol também para nós, desse sol da liberdade e progresso que luz para todo o século e só a nós nos deixa nas trevas do passado. Um lugar no banquete das garantias liberais que nos é devido, porque essa liberdade custou o sangue dos nossos pais, o nosso sangue!’”.
Na segunda geração romântica portuguesa, havia muitos seguidores de Almeida Garrett. Contudo, registrava-se também grande influência dos escritores franceses Lamartine e Victor Hugo, entre outros.
Não obstante, Eça de Queirós criticava “a incompetência científica de Coimbra”:
“O sinal mais visível era a importação, da França, das teorias ali ensinadas. Em ‘O francesismo’, Eça recordava que os livros, pelos quais tinha de estudar, eram, aberta ou secretamente, traduções de compêndios franceses. (...) Até a cultura jurídica nacional era francesa, o que lhe parecia um escândalo”.
Romantismo e realismo no Brasil
No Brasil, ainda na fase pré-romântica, aponta-se “a influência estrangeira, política e literária, vinda de Londres, primeiro, e de Paris, depois, com predominância”.
A influência francesa surgiu a partir de 1816, com o pleno desenvolvimento das atividades musicais e teatrais desencadeadas pela vinda da Família Real e a chegada da missão artística francesa:
“Começa a gelatinizar-se a era brasileira, cujo processo de cristalização vai se completar nos vinte anos seguintes, com a Independência e a Abdicação, o Romantismo literário e artístico, as instituições políticas brasileiras.
“É curioso que toda essa metamorfose se haja iniciado com a Missão Francesa, cuja tarefa, por inesperado, foi emancipar-nos da predominância artística e intelectual da antiga Metrópole” (negritos no original).
O Romantismo expressou os sentimentos dos descontentes com as novas estruturas:
“A nobreza, que já caiu, e a pequena burguesia, que ainda não subiu: de onde, as atitudes saudosistas ou reivindicatórias que pontuam todo o movimento. (...)
“Apesar das diferenças de situação material, pode-se dizer que se formaram em nossos homens de letras configurações mentais paralelas às respostas que a inteligência europeia dava a seus conflitos ideológicos.
“Os exemplos mais persuasivos vêm dos melhores escritores. O romance colonial de Alencar e a poesia indianista de Gonçalves Dias nascem da aspiração de fundar em um passado mítico a nobreza recente do país, assim como – ‘mutatis mutandis’ – as ficções de W. Scott e de Chateaubriand rastreavam na idade Média feudal e cavaleiresca os brasões contrastados por uma burguesia em ascensão. De resto, Alencar, ainda fazendo ‘romance urbano’, contrapunha a moral do homem antigo à grosseria dos novos-ricos; e fazendo romance regionalista, a coragem do sertanejo às vilezas do citadino. (...)
“Como os seus ídolos europeus, os nossos românticos exibem fundos traços de defesa e evasão, que os leva a posições regressivas: no plano da relação com o mundo (retorno à mãe-natureza, refúgio no passado, reinvenção do bom selvagem, exotismo) e no das relações com o próprio ‘eu’ (abandono à solidão, ao sonho, ao devaneio, às demasias da imaginação e dos sentidos). Para eles caberia a palavra do Goethe clássico e iluminista, que chamava a esse Romantismo ‘poesia de hospital’”.
Não foi diferente no advento do Realismo, quando havia uma sede de objetividade correspondente aos métodos científicos cada vez mais exatos do final do século 19:
“Os mestres dessa objetividade seriam, ainda uma vez, os franceses: Flaubert, Maupassant, Zola e Anatole, na ficção; os parnasianos, na poesia; Comte, Taine e Renan, no pensamento e na História. Em segunda plana, os portugueses, Eça de Queiroz, Ramalho Ortigão e Antero de Quental, que tratavam em Coimbra uma luta paralela no sentido de abalar velhas estruturas mentais. No caso excepcional de Machado de Assis, foi a busca de um veio humorístico que pesou sobre a sua eleição de leituras inglesas”.
A reação modernista
Em 1944, Érico Veríssimo proferiu uma série de conferências na Universidade de Berkeley (Califórnia, EUA). Numa delas, apontou o ambiente onde surgiria o Movimento Modernista no Brasil:
“Durante quase quatrocentos anos, a vida intelectual de minha pátria teve uma certa qualidade de espelho: refletia as modas literárias e artísticas da Europa, primeiro através de Portugal e depois direto de Paris. Mas após as duas primeiras décadas do século XX, começamos uma vida literária própria – claro que não de todo isenta de influência alheia, porque nenhuma literatura é de todo independente, mas ao menos demos início a uma literatura preocupada com os problemas sociais e morais do Brasil, que falava uma linguagem brasileira”.
Mário de Andrade era o principal agente desse movimento, cujo marco foi a Semana de Arte Moderna de São Paulo:
“Chegou a falar do ‘amigo José de Alencar, meu irmão’, designando quer o caráter antiacadêmico e antieuropeu da própria obra, quer a sua própria filiação no desenvolvimento literário do Brasil. Escreveu em 1928 Macunaíma (O Herói sem nenhum caráter), livro perturbador, mergulhado na mitologia indígena, procurando criar uma linguagem que contivesse todos os regionalismos do país. (...)
“O abrasileiramento da literatura constitui uma constante nas fixações estéticas. Uma das formas expressivas de sua atitude (e de muitos escritos da época) encarnava-se no desejo de atirar fora a influência europeia. Ele escreveria uma carta a Manuel Bandeira, em 26 de junho de 1925, dizendo: ‘Combato atualmente a Europa o mais que posso. Não porque deixe de reconhecê-la, admirá-la, porém pra destruir a europeização do brasileiro educado’”.
Victor Hugo, escritor universal
Nacionalismo e paixão à parte, é sempre prazeroso e ilustrativo ler autores clássicos franceses, como Anatole France, Émile Zola, Gustave Flaubert, Guy de Maupassant, Honoré de Balzac, Marcel Proust, Sthendal e Victor Hugo.
O historiador André Maurois, ao exaltar a literatura francesa de então, destacou Victor Hugo como protagonista:
“A primeira metade do século XIX fora na França uma prodigiosa época literária, tão rica em escritores de gênio quanto a Renascença ou os começos do período clássico. No Segundo Império, principiou o crepúsculo dos deuses. Victor Hugo, que não se conformara com o golpe de estado, viveu até o fim do regime no exílio, primeiro em Jersey, depois em Guernesey. Para ele, como escritor, foi a salvação, porque o exílio lhe proporcionou lazeres para escrever grandes obras, como Os Miseráveis. Mas esse afastamento privou a escola romântica de seu chefe mais brilhante”.
Hugo era dramaturgo, romancista e poeta. Foi o maior dos românticos da França e uma das figuras mais gloriosas de toda a literatura francesa. Escrevia sempre em tom grandiloquente.
Exerceu enorme influência também no continente latino-americano:
“A influência intelectual francesa é predominante em toda a América Latina do século XIX, em política como em literatura, no verso como na filosofia.
“Lamartine, Alfredo de Musset e Victor Hugo foram fartamente imitados além-mar, nos seus aspectos particulares de emoção sentimental, de sensualidade palpitante e de irradiação verbal”.
Victor Hugo e o Brasil
O imperador brasileiro D. Pedro II era muito culto e apreciava a boa literatura.
Mantinha correspondência com famosos escritores e cientistas da sua época, tais como Almeida Garrett, Alexandre Herculano, Camilo Castelo Branco, Victor Hugo, Lamartine, Pasteur e muitos outros.
Numa viagem a Paris, em 1877, o monarca convidou Victor Hugo a visitá-lo no hotel onde se hospedara.
Com a recusa do escritor, republicano radical, D. Pedro II tomou a iniciativa de fazer uma visita à casa de Hugo.
Érico Veríssimo narra, com muita graça, passagem desse encontro. O neto do escritor francês entrou ruidosamente na sala e o avô ordenou:
- Cumprimente Sua Majestade, meu menino.
D. Pedro II retrucou:
- Não, minha criança, há só uma majestade nesta sala. É seu avô.
Ciente da admiração que seu pai nutria por D. Pedro II, a filha de Victor Hugo participou das cerimônias fúnebres do imperador na capital francesa, em 1891.
Victor Hugo político
Influenciado pela mãe, o jovem Victor Hugo assimilou o espírito da monarquia.
Com o tempo, tornou-se adepto da democracia liberal e humanitária.
Era crítico da miséria e da desigualdade social, embora não chegasse a abraçar o socialismo.
Em 1848, foi eleito deputado da Segunda República.
Deixou a França após o golpe de Estado de 2 de dezembro de 1851, o qual atacou duramente em Histoire d’un crime.
Opondo-se a Napoleão III, durante o Segundo Império viveu exilado em Jersey, Guernsey e Bruxelas.
Recusou a anistia concedida posteriormente:
- Et s’il n’en reste qu’un, je serai celui-là.
Pregava:
“Tenhamos fé.
“Não, não nos deixemos abater. Desesperar é desertar. Olhemos o futuro.
“O futuro – não se sabe quais tempestades nos separam do porto, mas o porto longínquo e radioso, podemos distingui-lo; repitamo-lo, é a república para todos; acrescentemos: o futuro é a paz com todos”.
Victor Hugo poeta
Victor Hugo produziu versos primorosos:
“Ah, tem pena de ti, foge! - Talvez aches que sou
Um homem como são todos os outros, um ser
Inteligente, que se encaminha direto à meta que sonhou.
Não te iludas. Sou uma força que avança!
Agente cego e surdo de mistérios fúnebres!
Alma de infortúnio formada por trevas!
Aonde vou? não sei. Mas sinto-me carregado
Por um sopro impetuoso, um destino insensato”.
“Ah! esse duplo mar do tempo e do espaço
Em que o navio humano sempre passa e de novo passa...”.
“Criança, o povo te olha,
A multidão se vira para ti.
César ia querê-la em sua guarda,
Jesus ia querê-la em sua lei.
Não sejas de um e nem do outro;
São dois grandes homens, mas
Da verdade sê o apóstolo,
Deixa-os em seus cumes.
Georges está de joelhos, Jeanne reza;
Crianças, o olho celeste está com vocês;
Curvem-se, de alma enternecida.
O mundo é grande e o seu dono é suave”.
Victor Hugo romancista
Os Miseráveis – publicado em 1862 - é o mais famoso romance de Victor Hugo, cuja leitura muito me marcou na juventude.
Traduz o pensamento político do autor, ao condenar a miséria e a opressão do Estado sobre os indivíduos, especialmente os menos favorecidos.
Jean Valjean, o protagonista, ainda jovem, furtou um pão para saciar a fome. Foi preso e condenado a cinco anos de prisão pelo.
Fugiu da prisão.
Recebeu a ajuda de um bispo e conheceu a virtude.
Com muito trabalho, conseguiu enriquecer.
Criou como filha a jovem órfã Cosette, resgatada por ele da pobreza.
No entanto, foi descoberto pelo inspetor de polícia Javert, que o perseguia avidamente.
Sofreu novas agruras, mas, sempre praticando boas ações, reabilitou-se e viveu em paz até morrer.
As últimas palavras de Valjean para Cosette, no leito de morte, são uma ode à vida:
“Morrer não é nada; horrível é não viver”.
Sobre sua lápide se inscrevera:
“Ele dorme. Embora a sorte lhe tenha sido adversa, ele viveu. Morreu quando perdeu seu anjo. Partiu com a mesma simplicidade, como a chegada da noite após o dia”.
Alguns dados biográficos
Victor-Marie Hugo nasceu em Besançon, França, em 26 de fevereiro de 1802.
Era filho de Sophie Trébuchet e Joseph Hugo.
O pai - Conde de Siguenza - foi general do exército napoleônico.
Com a separação dos pais, Sophie assumiu a educação de Victor Hugo.
Sob influência materna, os primeiros escritos de Hugo expressavam lealdade à monarquia e devoção católica.
No entanto, durante as turbulências políticas antecedentes à Revolução de 1848, na França, o escritor passou a defender a república e a liberdade de pensamento.
Casou-se em 1822 com Adèle Foucher, sua amiga de infância.
Eugène, irmão de Victor Hugo, era apaixonado por Adèle. Ficou mentalmente perturbado por causa desse casamento. Acabou internado em um manicômio.
O casal teve duas filhas.
Com o tempo, Victor Hugo e a esposa se distanciaram. Ele aderiu à libertinagem em Paris.
Adèle se tornou amante de Saint-Beauve, amigo da família.
De 1832 a 1948, o escritor habitou um apartamento na Place des Vosges, bairro Le Marais, na capital francesa.
Em 1837, o rei Luís Filipe I conferiu a Victor Hugo o grau de oficial da Legião de Honra.
O escritor frequentou sessões espíritas, após a morte de uma filha grávida, em 1843.
Faleceu em Paris, no dia 22 de maio de 1885.
Sua morte causou grande comoção na França.
Está sepultado no Panthéon.
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