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Própolis verde agora é também produto exclusivo de Minas Gerais

Descrição

A pesquisa contribui para o reconhecimento e tipificação da própolis verde

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BELO HORIZONTE (16/06/11) - A própolis é uma substância produzida pelas abelhas com a resina que protege algumas plantas. É usada pelo inseto para vedar frestas da colmeia e, pelos homens, como remédio natural contra, por exemplo, inflamações de garganta. No caso da própolis verde, uma pesquisa da Fundação Ezequiel Dias (Funed) identificou que sua produção está relacionada com a resina de uma planta exclusivamente brasileira, especificamente da espécie encontrada em algumas regiões de Minas Gerais: a Baccharis dracunculifolia, mais conhecida como alecrim ou vassourinha do campo.

A planta é encontrada também no Nordeste do estado de São Paulo, na região da cidade de Franca, mas a pesquisa revela que a própolis produzida em 102 municípios de Minas é única e, por isso, obteve junto ao Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA), em parceria com o Ministério da Agricultura, a outorga para a denominação da origem do produto.

Nos estudos, pesquisadores verificaram que quando insetos da espécie Baccharopelma baccharidis entram em contato com o alecrim do campo, eles estimulam a planta a produzir substâncias de defesa que atraem as abelhas Apis Mellífera, que produzem a própolis verde a partir da coleta desses resíduos.

As pesquisas feitas na Funed determinaram as características da própolis verde mineira (aroma, sabor, coloração, aspectos físico-químicos, microbiológicos, microscópicos e indicações terapêuticas, origem botânica e os parâmetros biológicos associados à produção de própolis verde), a forma de produção, o tipo de alimentação ministrada às abelhas, o procedimento de coleta, transporte e armazenamento da própolis, o meio geográfico, características ambientais e do solo.

A diretora de Pesquisa e Desenvolvimento, Esther Margarida Bastos, autora do estudo, iniciou as investigações da própolis em 1992. Ela ressalta a importância de se legitimar um produto tipicamente mineiro. “A denominação de origem é o resultado de um trabalho de pesquisa de vários anos que está sendo transferido para a cadeia apícola. Esta certificação garante a procedência de um produto tipicamente mineiro, dando credibilidade a própolis verde no mercado internacional, além de agregar valor ao produto, protegendo produtores e consumidores”, afirma.

Denominação da Própolis

A denominação é uma certificação que reconhece produtos cujas qualidades ou características se devem essencial ou exclusivamente ao meio geográfico e cuja produção, transformação e elaboração ocorrem numa área geográfica delimitada. Ela é o primeiro passo para que possa ser feito o pedido da patente junto ao Instituto Nacional de Proteção Industrial (INPI).

Essa foi a primeira denominação de origem para a própolis verde no Brasil outorgada pelo IMA a partir de estudos realizados pela Diretoria de Pesquisa e Desenvolvimento da Funed. A denominação se deu por meio da Portaria nº 1138 de 2011, que definiu as regiões produtoras de Própolis Verde no Estado, composta por 102 municípios mineiros. A chancela foi dada em parceria com o Ministério da Agricultura.

Os produtores das 102 cidades já começam a ser certificados pelo IMA e podem agregar o selo de autenticidade ao produto, mesmo antes de obter a patente do INPI, que deve ser feita por uma entidade que representa a cadeia apícola em Minas Gerais, Federação Mineira de Apicultura (Femap-MG), em colaboração com a Funed e com a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig).

Produto de Interesse

Estima-se que são produzidas mais de cinco toneladas de própolis verde por mês em Minas Gerais. O produto já despertou a curiosidade e interesse da comunidade científica do Brasil e também de outros países, como o Japão, que vem investindo na pesquisa do potencial terapêutico da própolis contra o câncer.

Na Funed, há estudos para o desenvolvimento de medicamentos a partir do produto. Esther Bastos completa que a conquista da denominação de origem da própolis verde de Minas Gerais incentivará investigações futuras na fundação para a construção de novos processos de denominação. “Não só a própolis mineira como também seus subprodutos serão valorizados, como os medicamentos que estamos desenvolvendo a base dessa resina”, diz.

Fonte: Agência Minas

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