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APA de São José terá três sedes na região
Descrição
Inaugurações estão previstas para este ano
Os amantes da natureza este ano terão motivos de sobra para desbravarem a região do Campo das Vertentes. O turismo ambiental ganha força em 2010 nas cidades de Prados, Tiradentes, Santa Cruz de Minas, São João del-Rei e Coronel Xavier Chaves. Com uma extensão de 4.700 hectares a Área de Proteção Ambiental (APA) Serra de São José tem sido preparada para se tornar alvo do turismo ecológico.
Em Prados foi construída uma sede que recebeu o nome de Casa da Serra, o lugar é uma das opções de ponto de partida para os visitantes. O local, projetado pelo instituto Terra Brasilis, tem como temática principal a biodiversidade e contém informações sobre a área, vegetação, fauna e medidas educativas. A inauguração da casa está prevista para este ano, mas já recebe escolas da região e turistas.
A APA está sob responsabilidade do Instituto Estadual de Floresta (IEF). De acordo com o gestor da área de proteção, Itamar Christofaro Silva, o turismo é um fator benéfico na conservação e preservação de locais como a serra. “A divulgação ainda tem sido boca a boca ou em instituições. As crianças vêm e interagem com o espaço, elas gostam muito, são atentas às informações sobre os animais e seus habitats”, explicou Silva.
O gestor lembrou também que o intuito é incentivar o turismo ecológico. “Estamos preparando o espaço para isso. É uma ferramenta importante na preservação das áreas protegidas. O turismo ambiental é uma realidade hoje, o número de pessoas que procuram essa opção de lazer é cada vez maior”, afirmou.
Ainda dentro da área de proteção, no final do ano passado foram concluídas as obras da Estrada Parque Passos dos Fundadores. Pioneiro no Estado, o caminho tem 9,5 km de extensão que liga as cidades de Prados e Tiradentes. O percurso possibilita aos visitantes um maior contato com a natureza e com as especificidades da Serra de São José.
Para março, está prevista a inauguração da segunda sede, em Tiradentes. Denominada A Casa das Águas, o núcleo terá como tema central a geodiversidade e pretende explorar questões relacionadas às características físicas da APA. No mesmo mês se iniciarão as obras de construção da última sede de visitação. O núcleo Casa Frei Veloso apresentará como temática principal de interpretação O Homem e a História e será construído próximo ao Marco Zero da Estrada Real, no município de Santa Cruz de Minas.
Três biomas compõem a APA e garantem a sua diversidade: mata atlântica, cerrado e campo rupestre. Do total de 4.700 hectares, 3.800 formam o Refúgio Estadual da Vida Silvestre Libélulas da Serra de São José, onde é proibida a intervenção humana. Toda a reserva é composta por floresta secundária. De acordo com Silva, a região foi degrada pelo garimpo e hoje está em estágio de regeneração. Na década de 80, o local tornou-se Área de Proteção Especial e, em 1991, foi transformada em APA. “Melhorou muito a questão da perda, mas os avanços da malha urbana e da agricultura continuaram ao longo do tempo. Apesar disso, em 32 anos o espaço voltou a ser floresta”, explicou. O gestor defende que ações ainda são necessárias para reparar os danos causados pela presença do homem no local. “A floresta é bastante frágil. A região de cerrado foi a que sofreu maior impacto”.
Fauna e flora
Hoje já é possível comemorar os avanços no processo de reparo e preservação da APA. A floresta possui flora diversificada, com cerca de 80 espécies de orquídeas e 242 de árvores, algumas delas que chegam a alcançar 30m de altura. Além disso, a Unidade de Conservação abriga uma fauna opulenta, no local vivem 55,5% das espécies de libélulas do Estado de Minas Gerais, o que justifica o nome da área de refúgio, 32 espécies de anfíbios e nove de mamíferos ameaçados de extinção.
O acesso às trilhas e à Estrada Parque é livre e gratuito.
Apesar da pouca divulgação, o lugar atrai turistas de todo o país e do exterior. Em 2009, foram computadas duas mil visitas na área. “Eu acho que é um local de contato com a natureza que desperta paz. Além disso, é uma oportunidade de me exercitar nas trilhas e aproveitar as cachoeiras”, afirmou o publicitário Haroldo Reis, 25.
Para o estudante Caio Machado Pinheiro, 21, o passeio é uma forma de aliviar o estresse. “A serra é muito bonita, já acampei lá com os meus amigos e pelo menos uma vez por semana eu pedalo pelas trilhas e nado nas cachoeiras. Para mim é uma forma de descarregar as tensões diárias”, revelou.
Toda a APA é composta por propriedades privadas. Cerca de 900 hectares são destinados ao manejo sustentável e os proprietários são responsáveis pela preservação do espaço. Há dois anos, o empresário Marco Antônio de Souza adquiriu terras no local. “Minha vontade é de preservar aquele manancial que é fabuloso, coisa de cinema. A minha ideia é fazer desse espaço um parque ecológico para visitação. Eu pretendo revitalizar as trilhas e reflorestar a área. Já plantamos dois mil pés de frutas para dar uma revigorada na flora”. Assim como o gestor da APA, o empresário acredita que o turismo seja uma ferramenta importante na preservação da área. “Os turistas passam nas minhas terras. As trilhas são praticamente de domínio público, estamos pensando inclusive em colocar pontos de apoio aos visitantes. É positivo porque eles também têm o interesse de preservar”.
Fonte: Gazeta de São João del-Rei . 09/01/2010
Os amantes da natureza este ano terão motivos de sobra para desbravarem a região do Campo das Vertentes. O turismo ambiental ganha força em 2010 nas cidades de Prados, Tiradentes, Santa Cruz de Minas, São João del-Rei e Coronel Xavier Chaves. Com uma extensão de 4.700 hectares a Área de Proteção Ambiental (APA) Serra de São José tem sido preparada para se tornar alvo do turismo ecológico.
Em Prados foi construída uma sede que recebeu o nome de Casa da Serra, o lugar é uma das opções de ponto de partida para os visitantes. O local, projetado pelo instituto Terra Brasilis, tem como temática principal a biodiversidade e contém informações sobre a área, vegetação, fauna e medidas educativas. A inauguração da casa está prevista para este ano, mas já recebe escolas da região e turistas.
A APA está sob responsabilidade do Instituto Estadual de Floresta (IEF). De acordo com o gestor da área de proteção, Itamar Christofaro Silva, o turismo é um fator benéfico na conservação e preservação de locais como a serra. “A divulgação ainda tem sido boca a boca ou em instituições. As crianças vêm e interagem com o espaço, elas gostam muito, são atentas às informações sobre os animais e seus habitats”, explicou Silva.
O gestor lembrou também que o intuito é incentivar o turismo ecológico. “Estamos preparando o espaço para isso. É uma ferramenta importante na preservação das áreas protegidas. O turismo ambiental é uma realidade hoje, o número de pessoas que procuram essa opção de lazer é cada vez maior”, afirmou.
Ainda dentro da área de proteção, no final do ano passado foram concluídas as obras da Estrada Parque Passos dos Fundadores. Pioneiro no Estado, o caminho tem 9,5 km de extensão que liga as cidades de Prados e Tiradentes. O percurso possibilita aos visitantes um maior contato com a natureza e com as especificidades da Serra de São José.
Para março, está prevista a inauguração da segunda sede, em Tiradentes. Denominada A Casa das Águas, o núcleo terá como tema central a geodiversidade e pretende explorar questões relacionadas às características físicas da APA. No mesmo mês se iniciarão as obras de construção da última sede de visitação. O núcleo Casa Frei Veloso apresentará como temática principal de interpretação O Homem e a História e será construído próximo ao Marco Zero da Estrada Real, no município de Santa Cruz de Minas.
Três biomas compõem a APA e garantem a sua diversidade: mata atlântica, cerrado e campo rupestre. Do total de 4.700 hectares, 3.800 formam o Refúgio Estadual da Vida Silvestre Libélulas da Serra de São José, onde é proibida a intervenção humana. Toda a reserva é composta por floresta secundária. De acordo com Silva, a região foi degrada pelo garimpo e hoje está em estágio de regeneração. Na década de 80, o local tornou-se Área de Proteção Especial e, em 1991, foi transformada em APA. “Melhorou muito a questão da perda, mas os avanços da malha urbana e da agricultura continuaram ao longo do tempo. Apesar disso, em 32 anos o espaço voltou a ser floresta”, explicou. O gestor defende que ações ainda são necessárias para reparar os danos causados pela presença do homem no local. “A floresta é bastante frágil. A região de cerrado foi a que sofreu maior impacto”.
Fauna e flora
Hoje já é possível comemorar os avanços no processo de reparo e preservação da APA. A floresta possui flora diversificada, com cerca de 80 espécies de orquídeas e 242 de árvores, algumas delas que chegam a alcançar 30m de altura. Além disso, a Unidade de Conservação abriga uma fauna opulenta, no local vivem 55,5% das espécies de libélulas do Estado de Minas Gerais, o que justifica o nome da área de refúgio, 32 espécies de anfíbios e nove de mamíferos ameaçados de extinção.
O acesso às trilhas e à Estrada Parque é livre e gratuito.
Apesar da pouca divulgação, o lugar atrai turistas de todo o país e do exterior. Em 2009, foram computadas duas mil visitas na área. “Eu acho que é um local de contato com a natureza que desperta paz. Além disso, é uma oportunidade de me exercitar nas trilhas e aproveitar as cachoeiras”, afirmou o publicitário Haroldo Reis, 25.
Para o estudante Caio Machado Pinheiro, 21, o passeio é uma forma de aliviar o estresse. “A serra é muito bonita, já acampei lá com os meus amigos e pelo menos uma vez por semana eu pedalo pelas trilhas e nado nas cachoeiras. Para mim é uma forma de descarregar as tensões diárias”, revelou.
Toda a APA é composta por propriedades privadas. Cerca de 900 hectares são destinados ao manejo sustentável e os proprietários são responsáveis pela preservação do espaço. Há dois anos, o empresário Marco Antônio de Souza adquiriu terras no local. “Minha vontade é de preservar aquele manancial que é fabuloso, coisa de cinema. A minha ideia é fazer desse espaço um parque ecológico para visitação. Eu pretendo revitalizar as trilhas e reflorestar a área. Já plantamos dois mil pés de frutas para dar uma revigorada na flora”. Assim como o gestor da APA, o empresário acredita que o turismo seja uma ferramenta importante na preservação da área. “Os turistas passam nas minhas terras. As trilhas são praticamente de domínio público, estamos pensando inclusive em colocar pontos de apoio aos visitantes. É positivo porque eles também têm o interesse de preservar”.
Fonte: Gazeta de São João del-Rei . 09/01/2010
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