OGs e ONGs
Grupo de Inculturação Afro-descendentes Raízes da Terra
Título
Grupo de Inculturação Afro-descendentes Raízes da Terra
Data de início das atividades
Fevereiro de 1994
Responsável pelo órgão/cargo
Vicentina Neves Teixeira (presidente)
Endereço
Rua Uriel Pio, nº 11. São Geraldo, São João del-Rei
Telefone
032 3373 5064
032 3373 0332
Atividades/Serviços
O principal objetivo do Grupo de Inculturação Afro-descendentes Raízes da Terra é o resgate da cultura negra, através de trabalhos com a auto-estima que exaltam as conquistas dos negros na sociedade atual. E por acreditar que o preconceito está intrinsecamente ligado à falta de conhecimento, o grupo tenta combatê-lo através da conscientização, levando o conhecimento da cultura afro-descendente para a sociedade.
Para realizar esses serviços, o Grupo se prepara participando de congressos, como da Conferência Estadual de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, e fazendo pesquisas sobre o tema. Assim, capacita-se para oferecer palestras em escolas e eventos e realizar eventos próprios de conscientização cultural, que possuem como público alvo toda a população são-joanense, em especial as crianças.
Segundo a tesoureira Efigência Vicentina Neves (a Genica), o trabalho com as crianças é mais importante porque “Ninguém nasce racista é o convívio, a sociedade que torna a pessoa racista”. Por isto, segundo ela, trabalhar contra o preconceito com crianças é fundamental, por ser, de certa forma, preventivo.
O grupo também possui um grupo de percussão e dança, que toca sempre ritmos afro-descentes, traz figurino típico e canta letras carregadas de significados políticos e culturais.
Além disso, no São Geraldo, bairro onde se encontra a sede do Grupo Raízes da Terra – que no momento funciona na casa da presidente Vicentina Neves Teixeira –, são realizadas duas reuniões mensais com todos os membros do Grupo, onde são trocados conhecimentos, discutida a agenda cultural e tomadas as principais decisões. Quando o Grupo ainda possuía uma sede própria com maior espaço, eram oferecidos cursos de pintura, costura, argila e gesso para a comunidade do bairro.
Por fim, o Raízes da Terra pretende construir um Museu do Escravo, que contará a história da escravidão em São João del-Rei e região, através de artefatos e documentos históricos da cidade. Esse projeto, entretanto, ainda não pôde ser levado adiante devido a dificuldades financeiras, falta de apoio e, principalmente, falta de local para construção.
Para realizar esses serviços, o Grupo se prepara participando de congressos, como da Conferência Estadual de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, e fazendo pesquisas sobre o tema. Assim, capacita-se para oferecer palestras em escolas e eventos e realizar eventos próprios de conscientização cultural, que possuem como público alvo toda a população são-joanense, em especial as crianças.
Segundo a tesoureira Efigência Vicentina Neves (a Genica), o trabalho com as crianças é mais importante porque “Ninguém nasce racista é o convívio, a sociedade que torna a pessoa racista”. Por isto, segundo ela, trabalhar contra o preconceito com crianças é fundamental, por ser, de certa forma, preventivo.
O grupo também possui um grupo de percussão e dança, que toca sempre ritmos afro-descentes, traz figurino típico e canta letras carregadas de significados políticos e culturais.
Além disso, no São Geraldo, bairro onde se encontra a sede do Grupo Raízes da Terra – que no momento funciona na casa da presidente Vicentina Neves Teixeira –, são realizadas duas reuniões mensais com todos os membros do Grupo, onde são trocados conhecimentos, discutida a agenda cultural e tomadas as principais decisões. Quando o Grupo ainda possuía uma sede própria com maior espaço, eram oferecidos cursos de pintura, costura, argila e gesso para a comunidade do bairro.
Por fim, o Raízes da Terra pretende construir um Museu do Escravo, que contará a história da escravidão em São João del-Rei e região, através de artefatos e documentos históricos da cidade. Esse projeto, entretanto, ainda não pôde ser levado adiante devido a dificuldades financeiras, falta de apoio e, principalmente, falta de local para construção.
Público alvo para comunicação de atividades da entidade
Toda a população de São João del-Rei
Agenda
- 13 de maio - Dia da Abolição da Escravatura: O Grupo participa e realiza eventos em comemoração a Abolição, com missa inculturada, palestras e apresentações teatrais;
- Semana do dia 20 de novembro – Semana da Consciência Negra ou Semana do Zumbi: O Grupo oferece palestras e estudos sobre a situação do negro no Brasil, além de realizar apresentações de dança e de teatro.
- O Grupo Raízes da Terra participa de outras atividades culturais na cidade, além de participar de eventos e oferecer palestras. Participa, por exemplo, do evento mensal Terra de Livres.
- Semana do dia 20 de novembro – Semana da Consciência Negra ou Semana do Zumbi: O Grupo oferece palestras e estudos sobre a situação do negro no Brasil, além de realizar apresentações de dança e de teatro.
- O Grupo Raízes da Terra participa de outras atividades culturais na cidade, além de participar de eventos e oferecer palestras. Participa, por exemplo, do evento mensal Terra de Livres.
Publicações
http://mfjcidadania.blogspot.com/2010/04/sjdr-contra-opressao.html
http://invernocultural.ufsj.edu.br/noticias_ler.php?codigo_noticia=1284
http://www.folhadasvertentes.com.br/default.asp?pagina=integra&cd_materias=3777&cd_jornais=148
www.ufsj.edu.br/portal-repositorio/File/revistalapip/.../miranda_e_silva.doc
Passo a passo para o cidadão ter acesso às atividades ou serviços
- As escolas, organizações de eventos e entidades interessados nas palestras ou apresentações do Grupo Raízes da Terra devem entrar em contato com Vicentina ou Genica por telefone.
- Quem sem interessar em participar do Grupo deve entrar em contato por telefone ou comparecer a uma reunião.
- Quem sem interessar em participar do Grupo deve entrar em contato por telefone ou comparecer a uma reunião.
Perfil dos membros
Atualmente o Grupo conta com cerca de vinte e cinco membros. Entre os membros mais ativos encontram-se Isabel Cristina de Almeida, Nivaldo Neves, Efigênia Vicentina Neves e Vicentina Neves Teixeira.
Parceiros
- Associação de Congado Santa Efigênia
- Em determinados momentos, faz parcerias com a UFSJ.
- Em determinados momentos, faz parcerias com a UFSJ.
Histórico
O Grupo de Inculturação Raízes da Terra surgiu da iniciativa de Vicentina Neves Teixeira que, após voltar de um encontro ecumênico no Maranhão e conhecer grupos afro-descendentes, resolveu reunir amigos e fundar um grupo de conscientização sobre a cultura negra em São João del-Rei.
O grupo, primeiramente, receberia um nome africano, de origem religiosa. Porém, acabaram optando por Raízes da Terra, pois o nome era uma inferência ao seu principal objetivo: buscar as raízes da cultura dos negros no Brasil. Dessa forma, o primeiro nome dado ao grupo foi Grupo de Consciência Negra Raízes da Terra.
Entretanto, com o aprendizado dos membros do Grupo, revolveram novamente mudar o nome. “Consciência negra era um nome muito pesado”, conta Efigênia Vicentina Neves, a Genica: “Consciência não tem cor”. Por este motivo, resolveram mudar o nome para Grupo de Inculturação, pois contemplava o objetivo de trazer esclarecimento sobre a cultura dos negros.
Em seus primeiros anos, o Raízes da Terra era apoiado pela Irmã Efigênia, do Instituto Auxiliadora. Com o apoio da escola, era possível oferecer aulas de datilografia e costura, por exemplo. Porém, com a transferência da Irmã, a parceria com o Instituto não durou por muito tempo.
Ao longo dos anos, os membros do Grupo procuraram sempre se esclarecer e se profissionalizar. Participaram de vários congressos, conferências e seminários e fizeram pesquisas na cidade, se capacitando para apresentar palestras e fazer um trabalho de conscientização, principalmente com crianças.
Em parceiras, primeiramente com a Associação Cultural Mucambo e atualmente com o Grupo Abafú, criou um grupo de percussão e maracatu, que embala os ritmos afros e letras carregadas de significados culturais e políticos.
Além disso, possui uma ligação estreita com a Associação de Congado Santa Efigênia, que é dirigida por membros do Grupo. Juntos, realizam atividades culturais e educacionais, como o Mês da Consciência Negra destinado às crianças, em 2009.
O Grupo de Inculturação também já foi contemplado por projeto de extensão da UFSJ, recebendo trabalho de assessoria, acompanhamento de atividades, voluntários e monitores. Chegou até mesmo a ser tema de dissertações e artigos, como o trabalho Configurações/Contradições do Processo Identitário de Afro-descendentes: Um estudo de caso, de Sheila Ferreira Miranda e Marcos Vieira Silva.
Uma característica muito forte do Grupo é a tolerância religiosa. A maioria dos seus membros é ligada à Umbanda, ao Candomblé ou à Igreja Católica. Realizam missas inculturadas, onde misturam símbolos religiosos afro no ofertório do culto católico. Isso mostra, de forma evidente, o combate ao preconceito e a aceitação das diferenças, além de mostrar a mistura de culturas com que o negro se deparou no Brasil.
***
Grupo Raízes da Terra promove atividades para resgatar cultura negra
Hoje o Raízes da Terra conta com cerca de 30 membros de diferentes gerações. Qualquer pessoa que esteja disposta a colaborar e a ajudar, além de participar frequentemente das reuniões pode entrar para o grupo. Para Vicentina, a maior dificuldade encontrada é a falta de verbas e de ajuda do poder público. Ela diz que no futuro pretende construir um Museu do Escravo que contará a história da escravidão em São João del-Rei e região, através de pesquisas realizadas, documentos e fotografias.
Texto de Thamiris Franco
Publicado no Observatório da Cultura . 19 de maio de 2011
O grupo, primeiramente, receberia um nome africano, de origem religiosa. Porém, acabaram optando por Raízes da Terra, pois o nome era uma inferência ao seu principal objetivo: buscar as raízes da cultura dos negros no Brasil. Dessa forma, o primeiro nome dado ao grupo foi Grupo de Consciência Negra Raízes da Terra.
Entretanto, com o aprendizado dos membros do Grupo, revolveram novamente mudar o nome. “Consciência negra era um nome muito pesado”, conta Efigênia Vicentina Neves, a Genica: “Consciência não tem cor”. Por este motivo, resolveram mudar o nome para Grupo de Inculturação, pois contemplava o objetivo de trazer esclarecimento sobre a cultura dos negros.
Em seus primeiros anos, o Raízes da Terra era apoiado pela Irmã Efigênia, do Instituto Auxiliadora. Com o apoio da escola, era possível oferecer aulas de datilografia e costura, por exemplo. Porém, com a transferência da Irmã, a parceria com o Instituto não durou por muito tempo.
Ao longo dos anos, os membros do Grupo procuraram sempre se esclarecer e se profissionalizar. Participaram de vários congressos, conferências e seminários e fizeram pesquisas na cidade, se capacitando para apresentar palestras e fazer um trabalho de conscientização, principalmente com crianças.
Em parceiras, primeiramente com a Associação Cultural Mucambo e atualmente com o Grupo Abafú, criou um grupo de percussão e maracatu, que embala os ritmos afros e letras carregadas de significados culturais e políticos.
Além disso, possui uma ligação estreita com a Associação de Congado Santa Efigênia, que é dirigida por membros do Grupo. Juntos, realizam atividades culturais e educacionais, como o Mês da Consciência Negra destinado às crianças, em 2009.
O Grupo de Inculturação também já foi contemplado por projeto de extensão da UFSJ, recebendo trabalho de assessoria, acompanhamento de atividades, voluntários e monitores. Chegou até mesmo a ser tema de dissertações e artigos, como o trabalho Configurações/Contradições do Processo Identitário de Afro-descendentes: Um estudo de caso, de Sheila Ferreira Miranda e Marcos Vieira Silva.
Uma característica muito forte do Grupo é a tolerância religiosa. A maioria dos seus membros é ligada à Umbanda, ao Candomblé ou à Igreja Católica. Realizam missas inculturadas, onde misturam símbolos religiosos afro no ofertório do culto católico. Isso mostra, de forma evidente, o combate ao preconceito e a aceitação das diferenças, além de mostrar a mistura de culturas com que o negro se deparou no Brasil.
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Grupo Raízes da Terra promove atividades para resgatar cultura negra
Raízes da Terra realiza apresentações em prol da conscientização
Desde 1994, existe em São João del-Rei o Grupo de Inculturação Afro-descendentes Raízes da Terra, cujo o objetivo é valorizar a cultura negra, levantar a auto-estima dos participantes e resgatar a tradição do povo negro são-joanense. Para alcançar tais objetivos, os participantes do grupo promovem palestras, eventos de conscientização cultural, além de reuniões semanais. Atualmente, não possui uma sede própria e funciona na casa da presidenta Vicentina Neves Teixeira, no bairro São Geraldo.
Vicentina Neves explica que o Raízes da Terra surgiu a partir do Grupo Moscabe, o único que tinha em São João del-Rei de inculturação. Eles faziam reuniões para promover a consciência negra no bairro do Tejuco. Vicentina se interessou pelo trabalh, então eles a convidaram para participar e fundar um núcleo no bairro São Geraldo. Ela contou também com o apoio da Associação de Congado Santa Efigênia e Nossa Senhora do Rosário, que ajudou a fortalecer o grupo e até hoje existe essa parceria, sendo assim já está há 17 anos ativo.
O grupo já chegou a chamar Consciência Negra, mas após participar de uma palestra, Vicentina percebeu que consciência não tem cor e que na verdade existem pessoas de cor, conscientizadas. Então foi feita uma assembléia entre os participantes do grupo e da associação, que juntos decidiram o atual nome. Vicentina explica: Afro-descendentes, porque eles fazem parte da terceira geração de negros que vieram para o Brasil e Raízes da Terra, pois eles estão procurando suas raízes em São João del-Rei. “Queremos fazer nossa história aqui, embora vamos a outras cidades da região que nos convidam para promover eventos e palestras, mas temos que ter nosso alicerce. Nossa raiz é aqui, pois muitas das vezes as pessoas estudam a história afro do Brasil, da América, mas não sabem a do seu bairro, da sua cidade”, diz Vicentina.
A associação e o grupo procuram se aperfeiçoar por meio de participação em congressos, seminários, reuniões com profissionais que possuem um conhecimento amplo sobre o assunto e também por meio de pesquisas sobre as tradições negras de São João del-Rei; pois só assim terão condições de fazer um bom trabalho de conscientização principalmente com as crianças, informa Vicentina.
De acordo com a tesoureira Efigênia Vicentina Neves, mais conhecida como Genica, o trabalho com as crianças é o mais importante. “Ninguém nasce racista, a sociedade, o convívio que tornam as pessoas racistas, por isso procuramos fazer um trabalho de sociabilização e desde cedo conscientizar as crianças de aceitar as diferenças sociais”.
Nivaldo Neves, presidente da Associação de Congado e participante do grupo desde a fundação conta que o trabalho com as crianças é de reeducação. “Antigamente, nós tínhamos uma sede própria, pois recebíamos o apoio de padres e de irmãs do Instituto Auxiliadora, então promovíamos curso de pintura, escultura e costura e assim reeducávamos as crianças e levantávamos sua auto-estima. Porém, com a transferência dos padres e das irmãs, ficamos sem uma sede própria, então nossas atividades são limitadas, mesmo assim procuramos levar o trabalho de conscientização para as crianças, principalmente por meio de palestras nas escolas”, diz.
Vicentina informa que o Raízes da Terra também conta com um grupo de percussão e de dança, que toca ritmos afro-descendentes, por meio de instrumentos como o atabaque, alfaia, bongo, afoxé, dentre outros. As músicas são carregadas de significados culturais e religiosos. O figurino é típico, por exemplo: saias rodadas, flor no cabelo ou o uso do turbante e os meninos utilizam camisa colorida e calça branca. O grupo faz as apresentações em eventos culturais da cidade.
Nivaldo conta que o motivo pelo qual passou a fazer parte do grupo é o fato de poucas pessoas trabalharem com a cultura negra. “Eu ao ter consciência de que a cultura negra estava esquecida, morrendo, resolvi fazer um trabalho para resgatar as tradições e levantar a auto-estima do povo afro-descendente, principalmente das crianças, pois hoje em dia nas escolas os professores não estão reiterados a falar sofre a cultura negra, então muitas vezes as crianças sofrem preconceitos. Elas são menosprezadas por outros que vê o movimento negro como de macumba, ficam triste, aborrecidas, dispersas. Então tenho que fazer esse trabalho de que o negro é bonito, tem valor e é importante para nossa sociedade como qualquer outro povo”, afirma.
Todo ano, no dia 13 de maio, dia da Abolição da Escravatura e no dia da Consciência Negra, 20 de novembro, o grupo realiza atividades em prol dessa conscientização, por meio de apresentações de dança, comidas típicas, palestras e apresentações teatrais, informa Nivaldo.
Texto de Thamiris Franco
Publicado no Observatório da Cultura . 19 de maio de 2011
Principais problemas/dificuldades da área atuante
- O Grupo Raízes da Terra não possui uma sede definida e funciona atualmente na casa de Vicentina Neves Teixeira, presidente do Grupo. Por esse motivo, suas atividades estão limitadas – o Grupo deixa de oferecer cursos de pintura, costura, gesso e argila, como costumava fazer. Além disso, alguns projetos são deixados de lado devido à falta de espaço, como a criação de um Museu do Escravo, que por falta de local até hoje não foi construído;
- Pouco auxílio das autoridades;
- Falta de recursos financeiros e patrocínios.
- Pouco auxílio das autoridades;
- Falta de recursos financeiros e patrocínios.
Propostas e sugestões para o desenvolvimento turístico da cidade
Organização de um calendário cultural para distribuir os eventos da cidade em datas diferentes, com uma programação bem elaborada. Isso evitaria que as datas dos eventos coincidissem e ainda garantiria eventos distribuídos ao longo do ano na cidade, permitindo maior acompanhamento e aproveitamento do público.
Info
Tipo de sustentabilidade econômica
- Cachê das apresentações (as palestras em escolas não são cobradas);
- Patrocínios;
- Os próprios membros costumam contribuir com a arrecadação de renda para o Grupo.
- Cachê das apresentações (as palestras em escolas não são cobradas);
- Patrocínios;
- Os próprios membros costumam contribuir com a arrecadação de renda para o Grupo.
Data da coleta dos dados
23 de novembro de 2010
Responsável pelas informações
Efigênia Vicentina Neves (1ª tesoureira)
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